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Depois de caminhar por vias do Recife – como a Avenida Agamenon Magalhães e Rua Joaquim Nabuco – integrantes do movimento Ocupe Estelita chegaram ao prédio onde mora o prefeito Geraldo Júlio, na Rua Neto Campelo, no bairro da Madalena, por volta das 19h20. Em frente ao edifício, eles gritam palavras de ordem: “Prefeito fuleiro, capacho de empreiteiros”.
##RECOMENDA##A possibilidade já estava sendo cogitada desde o início da manifestação, mas só agora foi confirmada. Os manifestantes soltaram fogos e sentaram no chão, bloqueando a rua. Alguns continuam encapuzados e picharam o muro do prédio.
Eles gritam que se o prefeito não revogar o Projeto de Lei, “ele será derrubado”. Os militantes garantem que irão ocupar a via, e só sairão de lá após a PL ser revogada. Por volta das 19h50, o Grupo de Apoio Tatico Itinerante (GATI) chegou ao local do protesto.
Dois vizinhos do prefeito, que não quiseram ser identificados, afirmam apoiar a decisão de Geraldo Julio. “O prefeito quer organizar o local. Do jeito que está, o espaço vai ficar abandonado, igual São Paulo, só com drogas”, afirmou um deles. “Aprovo o projeto. Não vejo propósito e nem sentido nesse movimento, que só atrapalha”, criticou o outro.
A administradora Roberta Ramos também mora nas proximidades e afirmou que o movimento é pacifico e louvável. “Apesar de morar em edifício, sou contra prédios altos”.
A manifestação foi organizada após o prefeito Geraldo Julio sancionar o Projeto de Lei do Plano Específico do Cais José Estelita, Santa Rita e Cabanga. No primeiro ato, na terça-feira (5), os militantes percorreram várias ruas da cidade e chegaram a fazer um protesto no Shopping Rio Mar, na zona sul da capital pernambucana.
Ainda na terça-feira, a Prefeitura do Recife divulgou uma nota sobre o Projeto de Lei. No documento a gestão municipal afirma que a aprovação “por unanimidade na Câmara Municipal do Recife, instituindo Plano Específico para o Cais de Santa Rita, Cais José Estelita e Cabanga, encerra um processo de amplo debate com os diferentes segmentos da sociedade”.
Com informações de Roberta Patu