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Costumeiramente, em qualquer país democrático, realizar oposição a um governo representa a discordância e o confronto. Os atores da oposição ficam atentos as ações do governo. Críticas e propostas surgem, as quais se contrapõem as práticas da situação.

No Brasil, o PT realizou uma oposição sábia a FHC. Com o apoio dos movimentos sociais, o PT denunciou atos de corrupção, apelidou o governo de FHC de neoliberal, criticou o Plano Real e, em nenhum instante, estendeu a mão ao PSDB.

Em 2002, o presidente Lula conquistou a presidência da República. A política econômica de FHC foi mantida e aperfeiçoada. Em razão disto, a oposição, ou melhor, o PSDB, ficou, inicialmente, sem discurso para enfrentar o governo do PT. Em alguns momentos, o PSDB criticou o governo, mas a crítica não contagiou a opinião pública.

No ano de 2005, o então deputado Roberto Jefersson, pertencente à coalizão partidária que sustentava o governo Lula, denunciou a existência do mensalão. Segundo Jefersson, parlamentares de variados partidos recebiam mesadas para apoiar o governo Lula. Diante desta denúncia, a popularidade do governo Lula decresce. Variados atores políticos e analistas apostaram que o presidente Lula não se reelegeria.

Através de um sábio discurso em cadeia nacional, onde admitiu o caixa-dois e negou o mensalão, Lula inicia a sua jornada para reconquistar a opinião pública e ser reeleito. Por meio do seu carisma, do Bolsa família e da ampliação do consumo, o então presidente Lula cria euforia de consumo e sensação de bem-estar junto aos eleitores e conquista novamente a presidência.

O segundo mandato de Lula não sofre fortes ataques da oposição. Um novo escândalo da dimensão do mensalão não surgiu. E a euforia do consumo e o bem-estar dos eleitores chegam ao ápice da satisfação. Diante desta conjuntura, Lula contribui para o sucesso eleitoral de Dilma em 2010.

Dilma terá um mandato turbulento nos âmbitos político e econômico. Os meses iniciais de 2011 revelam isto. Entretanto, vislumbro que ela chegará com condições de ser reeleita. Mas a oposição terá chances de derrotá-la.

Neste instante, Aécio Neves e Eduardo Campos são os atores principais que podem derrotar o PT em 2014. Unidos ou separados, as condições existem para impedir a continuidade do governo do PT. Porém, considero que a chapa Aécio/Eduardo agregaria capital político e eleitoral e dificultaria, consideravelmente, a possível reeleição de Dilma.

A chapa Aécio/Eduardo não seria tipicamente de oposição a Dilma ou a Lula. Ela pode sugerir ser oposição ao PT. Aécio/Eduardo poderão mostrar para o eleitor

que representam a continuidade das coisas boas, o futuro do Brasil, a renovação da política diante de vários anos de PT no governo, o diálogo com o outro (PT), a boa relação com Lula, as novas práticas de gestão em busca do estado eficiente e a esperança de que as recentes conquistas continuarão.

Portanto, a chapa Aécio/Eduardo seria de oposição ao governo do PT, mas de continuidade e esperança para os eleitores.             

O governo conseguiu desmontar o apoio que a oposição havia obtido no Senado para emendar a Proposta de Emenda Constitucional que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2015, ao convencer os senadores Paulo Davim (PV-RN) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) a retirarem suas assinaturas. Com isso, o total de 28 assinaturas, uma a mais do que as 27 necessárias, caiu para 26, sendo oito delas de senadores de partidos da base aliada do governo.

Os líderes do PSDB, Alvaro Dias (PR), e do DEM, Demóstenes Torres (GO), garantem ter outros nomes para substituir os que recuaram. Os nomes, segundo eles, só serão conhecidos na quinta-feira, quando a proposta será votada em primeiro turno. Os líderes acreditam que contarão com o apoio de 31 colegas. O mecanismo da DRU permite ao governo usar livremente 20% de todas receitas federais, sem ficar engessado aos repasses previstos na Constituição.

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O DEM tem três emendas prontas, todas elas destinando mais recursos para a área da saúde. A do presidente do DEM, senador José Agripino(RN), destina 10% dos R$ 62,4 bilhões da DRU para a saúde. As emendas do líder democrata Demóstenes Torres (GO) preveem para o setor os R$ 9,5 bilhões decorrentes da queda de 1,5% da taxa Selic e parte dos R$ 12 bilhões da DRU destinada à reserva de contingência.

Além de dissidentes conhecidos - como os peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE) e Roberto Requião (PR), e o senador do Pedro Taques (MT), do PDT - os parlamentares governistas que tentam ajudar a oposição a emendar a DRU mostram que a base parlamentar no Senado não é tão sólida quanto acredita o Planalto. Os senadores Clésio Andrade (MG), que está trocando o PR pelo PMDB, e Zezé Perrela (PDT-MG) são exemplos dessa fragilidade.

Os dois afirmam que só retiram as assinaturas se "os interesses maiores" de Minas Gerais forem atendidos. No caso de Clésio, significa que o governo terá de criar um Tribunal Regional Federal (TRF), com sede em Belo Horizonte; nomear a desembargadora Assusete Magalhães para uma das vaga do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e licitar a duplicação da BR 381, no trecho entre Belo Horizonte e João Monlevade.

Os partidos de oposição vão tentar aprovar amanhã na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara a convocação do ministro das Cidades, Mario Negromonte. A ideia é aprovar também o convite dos funcionários da Pasta envolvidos no escândalo da fraude do documento que abriu caminho para a aprovação de projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá (MT), encarecendo em R$ 700 milhões a obra de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014.

"Apresentamos sete requerimentos para tentar convocar o Negromonte e convidar os outros envolvidos ", disse o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP). Os tucanos e lideranças do DEM e do PPS reuniram-se hoje e decidiram que, primeiro, querem trazer para depor na Comissão a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide Vianna, e o chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto. Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Luiza, a pedido do braço-direito do ministro, mudou o parecer que vetava uma alteração defendida pelo governo de Mato Grosso. A mudança foi feita a pedido de Cássio Peixoto.

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A troca aumentou o custo do projeto em R$ 700 milhões, atingindo R$ 1,2 bilhão. A oposição também quer ouvir Higor Guerra, analista de infraestrutura do Ministério, que denunciou a pressão para que adulterasse a documentação que trata da implantação de sistema público em Cuiabá. "Vamos tentar votar os requerimentos. Estamos trabalhando para denunciar a blindagem do governo em torno do ministro", afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).

Apesar das tentativas de convocar Negromonte, a oposição está cautelosa em relação aos ministros envolvidos em denúncias. A estratégia dos oposicionistas é evitar bombardear com muita intensidade ministros de partidos que, no futuro, poderão transformar-se em aliados. Negromonte é do PP, um eventual parceiro dos partidos de oposição tanto nas eleições municipais de 2012 quanto na presidencial de 2014. Daí a oposição light que vem sendo feita aos ministros alvo de irregularidades.

É o caso, por exemplo, do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, do PDT. Ele deverá depor na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle na semana que vem, dia 6. "É ruim marcar o depoimento para tão longe porque aí esfria o assunto e os fatos vão passando. Mas não há muito o que fazer", lamentou o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).

Além de irregularidade no Trabalho, Lupi foi denunciado por ser funcionário fantasma da liderança do PDT na Câmara, entre dezembro de 2000 e junho de 2006. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), informou hoje que vai analisar se cabe ou não a abertura de sindicância para apurar a denúncia. "Hoje é proibido o funcionário em cargo de comissão trabalhar fora da Câmara. No passado havia uma flexibilidade", observou Maia. "A maioria dos funcionários dos gabinetes e não da Câmara trabalham nos escritórios dos deputados nos Estados. No caso do Lupi temos de ver se a lei permitia isso", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Além de temor de melindrar um eventual aliados, a oposição também avalia que tanto Lupi quando Negromonte são cartas fora do baralho. Ambos deverão ser substituídos na reforma ministerial que será promovida pela presidente Dilma Rousseff, no início de 2012. Mas ao contrário de Lupi, que conta com o apoio do PDT, Negromonte está isolado e, nos bastidores, vem sendo fritado pelos próprios colegas de partido.

Brasília - Com a promessa do governo de apresentar uma proposta que viabilize a votação da chamada Emenda 29, na próxima terça-feira (6), os senadores da oposição concordaram hoje (29) em votar amanhã (30) o projeto de lei do novo Código Florestal, aprovado na semana passada na Comissão de Meio Ambiente.

De acordo com líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), será lido hoje no plenário o pedido de urgência para votação do código. Pelo regimento, seria preciso aguardar 48 horas para votação. "A posição do governo é tentar apresentar uma alternativa à Emenda 29 e, até terça, vamos definir essa questão. Se houver um acordo de procedimento para a Emenda 29, haverá um acordo de procedimento para votação da DRU [Desvinculação de Receitas da União]", disse Jucá, após entregar ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o parecer sobre o código aprovado na Comissão de Meio Ambiente.

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Já o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), disse que o Código Florestal é um tema de interesse do país e não do governo. "Mantemos nossa posição. O governo tem até terça-feira para definir sobre a Emenda 29. Se o governo não concordar, vamos usar todos os expedientes para impedir a votação da DRU”, disse. “Em relação ao Código Florestal, não há da parte da oposição qualquer propósito de retardamento. Sabemos que é preciso oferecer segurança jurídica para quem produz e atender também os ambientalistas", completou.

Um dos relatores do Código Florestal no Senado, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), argumentou que com o texto produzido pela Casa "todos ganham". "Colocamos nossas convicções abaixo do interesse nacional. Fizemos tudo o possível diante de posições tão divergentes."

O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), encaminhou hoje requerimento à Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) para ouvir o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre "fatos novos" ligando-o a denúncias de ONGs atendidas pela Pasta. Dias se refere à reportagem da revista Veja de que Lupi teria viajado ao Maranhão, em dezembro de 2009, num avião alugado por Adair Meira, dirigente da Pró-Cerrado, que está sendo investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU) por suspeita de desvio de recursos.

O líder lembrou que Lupi negou ter relações com o empresário quando falou na semana passada na audiência pública da Câmara. "São denúncias da maior gravidade", constatou. "O que pretendemos é tentar ampliar a capacidade de indignação da população brasileira, oferecendo a ela a oportunidade de conhecer melhor os detalhes das falcatruas que são denunciadas pela imprensa do País".

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Na semana passada, o PSDB, por intermédio do senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), pediu ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que investigue as denúncias relacionadas ao Ministério do Trabalho. Para o líder tucano, o que mais espanta a população do País é a impunidade, sobretudo no que diz respeito aos recursos públicos "que se vão e não voltam". "Não há ressarcimento, mesmo quando há comprovação do ilícito praticado", constatou.

Ele anunciou da tribuna que vai sugerir a seu colega da Câmara, o líder Duarte Nogueira (SP), que requeira à Mesa Diretora daquela Casa a instauração de procedimentos que definam crime de responsabilidade o fato de Carlos Lupi ter mentido aos deputados.

Já o senador Aloysio Nunes defendeu no plenário que a presidente Dilma, "que é uma pessoa correta", aproveite a ocasião para dar uma profunda guinada no seu governo, demitindo Carlos Lupi. O senador disse não ter dúvidas de que o ministro do Trabalho "está nos últimos dias da sua passagem pelo governo".

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, voltou à linha de tiro e já se fala nos bastidores do Planalto na antecipação da saída dele da Pasta. Segundo reportagem da revista Veja, ele fez uma viagem oficial em um jatinho alugado pelo dono de uma ONG que tem contratos suspeitos com sua Pasta, e ainda mentiu à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, quando negou conhecer Adair Meira - o proprietário da ONG com o qual viajara -, o que pode antecipar a demissão prevista para a reforma ministerial de janeiro.

"A operação-abafa do governo, que tentou blindar o ministro em seu depoimento aos deputados, na quinta-feira, não deu certo porque ele não saiu do foco", disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), ao anunciar um plantão da oposição a partir do feriado desta terça-feira em Brasília, para pedir a saída de Lupi. "Ninguém pode se manter no ministério à custa de uma declaração de amor à presidente Dilma, porque o governo é dela e ela será cobrada", emenda ACM.

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Na Comissão de Fiscalização, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) perguntou a Lupi se ele havia recebido algum alerta da Casa Civil sobre problemas com a prestação de contas de ONGs. Ele também quis saber se o ministro havia usado um jatinho pertencente a um dos dirigentes da Fundação Pró-Cerrado, Adair Meira - o que o parlamentar considerou um fato grave.

Lupi informou aos deputados que desconhece o dirigente da entidade e que nunca usou o jatinho dele. "Não tenho relação pessoal com o seu Adair. Não sei onde ele mora e nunca andei em avião dele. Já andei em aviões que o PDT alugou para eventos da legenda. Todos são contabilizados e prestados conta."

Giovanni Queiroz, líder do PDT na Câmara, disse: "Nada vai deixar de ser apurado. Que se apure todas as denúncias, infundadas ou não. Não pode ficar nada às escuras". Queiroz disse que conversou hoje com Lupi por telefone, que confirmou ter viajado em jatinho no interior do Maranhão em 2009, mas o líder disse que o ministro não deu informações se conhecia Adair Meira ou não.

O Planalto, por sua vez, tentou, mais uma vez, passar tranquilidade depois de uma semana tentando abafar as reais dimensões das denúncias envolvendo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, bem como o impacto das declarações do ministro de que só sairia a bala. Procurada pelo Estado em razão das denúncias publicadas na revista Veja, a assessoria do Planalto limitou-se a dizer que "o assunto não estava sendo tratado" no âmbito na Presidência da República.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, tem de renunciar ao cargo, afirmou Antonis Samaras, líder do principal partido de oposição no país, o Nova Democracia, acrescentando que ele está aberto a negociações com o governista Partido Socialista sobre a formação de um novo governo.

Após se reunir com o presidente grego, Karolos Papoulias, Samaras declarou que está preparado para ajudar na formação de um governo interino "desde que Papandreou renuncie". "O fato de Papandreou não ter deixado o poder está bloqueando qualquer possível solução", disse o oposicionista.

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As declarações foram feitas após uma semana de turbulência política na Grécia, que ameaçou dificultar o resgate financeiro oferecido ao país e teve o ápice na votação de uma moção de confiança que terminou na manhã de sábado.

Papandreou recebeu o voto de confiança e marcou uma reunião de gabinete para as 12h (de Brasília) deste domingo, para se preparar para uma reunião de ministros de Finanças da zona do euro programada para amanhã. As informações são da Dow Jones.

O ex-governador José Serra utilizou hoje o microblog Twitter para dizer que não é o momento de a oposição discutir a sucessão da presidente Dilma Rousseff, numa aparente resposta à declaração do senador Aécio Neves (MG), que em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no último domingo, afirmou que está pronto para disputar com qualquer candidato do PT, "seja Lula ou Dilma".

Serra afirmou, no Twitter: "2014 está longe. Antes vem 2012. Querer colocar o carro adiante dos bois só atrapalha e desorganiza a oposição". O senador Aécio Neves, no entanto, não quis entrar em polêmica. Por meio de sua assessoria, ele afirmou que pensa exatamente desta forma, de que não é o momento de discutir a sucessão presidencial. De acordo com informações de políticos ligados a Serra, o ex-governador sonha em disputar a eleição presidencial pela terceira vez, em 2014.

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"Uma coisa que mineiro não faz é passar o carro na frente dos bois", endossou o presidente do PSDB em Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, afirmando que a opinião de Serra e de Aécio é a mesma. Pestana lembrou que Aécio afirmou à bancada tucana num jantar realizado há duas semanas que não é hora de colocar a campanha presidencial na rua. "Aécio acha que o momento é de organizar e modernizar o partido e ter foco nas eleições de 2012", disse Pestana. "O partido tem que discutir um realinhamento programático e uma agenda para o Brasil".

Já o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que não entendeu a declaração de Serra como um recado para Aécio. "Não creio que seja para o Aécio, até porque ele (Aécio) foi pressionado a se manifestar pelos próprios integrantes do PSDB". "O que é mais importante é que conversei com o Aécio terça-feira e tenho conversado com o Serra a respeito da definição das primárias para a escolha do candidato. É mais importante definir o processos do que a escolha. Se adotarmos as primárias, o nome escolhido será legitimado pelo processo, e terá a participação da militância", disse Dias.

Para ele, as primárias eliminam a hipótese da rachadura no partido e derrubam qualquer pretexto para a montagem de dissidências. "Estamos chegando a isso com muita facilidade. Primeiro é preciso revitalizar o partido e estimular os militantes, tornar o partido mais sólido para a disputa de 2014. E todo mundo é favorável a isso. O Sérgio Guerra (presidente do PSDB), a Executiva, desde os tempos em que o presidente era o Tasso Jereissati (ex-senador cearense). O Aécio e o Serra já são favoráveis".

Depois de dois dias de debates, o PT aprovou neste domingo (4) uma diretriz para as eleições municipais de 2012 que abre brecha para alianças com partidos de oposição e mira o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Embora a resolução do 4.º Congresso do PT diga que o PSDB, o DEM e o PPS são "adversários" com os quais os petistas não formarão chapa, o partido da presidente Dilma Rousseff barrou uma tentativa de última hora de proibir, com todas as letras, o apoio dos rivais.

Com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT de Minas, deputado Reginaldo Lopes, subiu à tribuna para pregar que as siglas de oposição não fossem expulsas dos palanques. "Nós vamos negar receber apoio?", perguntou ele. "Isso é hipocrisia."

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Em Minas, há uma articulação em curso para que o PT avalize a reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB), com o apoio do PSDB. O vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto de Carvalho (PT), brigou com Lacerda e prega candidatura própria. Lacerda e o senador Aécio Neves (PSDB), por sua vez, querem a reedição da parceria com o PT, vista com bons olhos por Lula. A polêmica rachou o PT em 2008.

Na tentativa de conter duas alas do partido que queriam vetar coligações com o PMDB, o presidente nacional da legenda, deputado Rui Falcão, afirmou que os petistas não podem "impor" hegemonia. Um grupo de Santa Catarina apresentou proposta para excluir o PSD de Kassab das coligações. A votação sobre o assunto foi empurrada para o Diretório Nacional, mas ficou evidente que a cúpula petista é favorável a acordo com o PSD. Na Bahia e em Sergipe, por exemplo, o PT infla o partido de Kassab. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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