Apesar de anunciar a pré-candidatura do ex-deputado federal e atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem, à disputa da Prefeitura do Recife em 2016, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, veio a Pernambuco nesta segunda-feira (8) em busca de uma reaproximação com o PSB. Entre as agendas do pedetista, houve um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB) e foi remarcada uma reunião com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), além disso, ele participou de reunião com a Executiva Estadual.
Segundo Lupi, mesmo o PDT tendo apoiado a candidatura de Armando Monteiro nas eleições de 2014, agora, o momento é outro. “Aqui, inicialmente com o governador, ele ganhou a eleição, nós demos apoio oficial à candidatura do senador Armando Monteiro e ficamos muito felizes com esta aliança com o senador, mas agora é outro momento. Ele hoje é governador eleito de um partido que tem uma história de aliança entre PDT e socialistas”, analisou.
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Destrinchando a conversa que teve com Câmara, o líder nacional abordou a fusão com o PPS. “Colocamos muito a questão nacional. Ele quer ajudar a fazer uma reaproximação nacional já que, com essa possibilidade da fusão do PSB com o PPS levam eles muito para o campo do PSDB, mas como eu percebi que está praticamente descartado, isso volta o PSB para o seu leito natural”, ressaltou, com esperança de aproximação. “Quando volta para o campo natural, o diálogo é muito mais fácil porque somos aliados de meio século. Então, ele ficou de marcar uma reunião com o presidente do partido, Siqueira, lá em Brasília e essa reaproximação”, revelou.
Com o nome de Paulo Rubem anunciado como pré-candidato, Lupi preferiu não tratar de questões locais com o governador. “Eu, com sinceridade, não tratei de nível local porque como nós tivemos uma candidatura adversa e contrária, não seria nem ético da minha parte falar sobre isso. Isso vai ser muito da questão que vai ser discutida pelo diretório regional aqui, porque o partido tem visões diferentes”, frisou, relembrando a postura de alguns correligionários. “O Paulo Rubem defende que a gente vá para uma linha de oposição, os deputados já são contrários a essa discussão, mas é algo que tem que ser discutido internamente para termos essa definição”, ponderou.
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Ele também separou o intuito da reaproximação do PSB com a eleição local no Recife. “A eleição municipal ela trata muito o foco de cada cidade e cada um tem que respeitar. O partido existe para ter candidatos, se cada partido quiser obrigar os outros de não ter candidatos aí acaba os partidos. Essa questão das capitais é uma diretriz nacional e não dos Estados, e só onde não tiver nomes é que não vamos lançar, e Paulo, desde da outra vez reivindicou que não houve esse compromisso com a nacional e agora há. Se ele quiser será candidato”, reconfirmou.
Reunindo o diretório estadual para tratar de pautas internas e eleitorais, o pedetista também comentou sobre a convenção estadual da legenda. “Eu já tive hoje aqui uma conversa prévia e cerca de 100 municípios já podem fazer as convenções municipais, porque para fazer a convenção estadual, primeiro você tem que fazer a municipal. Então, iremos dar um prazo máximo de 90 dias para que essas convenções sejam realizadas, e logo depois, mês seguinte, nós fazemos a estadual”, contou.
Encontros com prefeitos – Na vinda de Lupi ao Recife estava marcada também, uma reunião com Geraldo Julio, mas como o socialista está em Brasília a conversa será realizada nesta terça (9). “Não será mais aqui. Ele ficou com alguns compromissos em Brasília e eu vou conversar com ele amanhã, vou está lá e a gente combinou de conversar lá, mas a conversa é a reaproximação com uma conversa com os dirigentes do PSB tanto Geraldo, como o governador, como que eu tive há duas semanas com Rollemberg, o governador de Brasília. É um pouco a reaproximação de dois aliados históricos. É um pouco o campo nacional que eu estou tratando”, sinalizou.
Ainda em Pernambuco, a última agenda de Carlos Lupi hoje será em Olinda numa reunião com Calheiros. “Renildo é meu amigo de muitos anos. Foi deputado comigo, trabalhou na revisão constitucional, é um diálogo franco com quem eu tenho profundo respeito e amizade, e claro: tudo gira em torno da política e das eleições e possíveis alianças. Já somos aliados hoje”, detalhou o presidente nacional.