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Os rebeldes sírios em Aleppo pediram um cessar-fogo de cinco dias ao governo da Síria para conseguirem evacuar civis e feridos dos bairros da cidade que eles ainda controlam.

A proposta ainda requer a aprovação do presidente sírio Bashar al-Assad e de seu principal aliado militar, a Rússia. Caso um acordo seja alcançado, o governo e os rebeldes negociariam o futuro de Aleppo, podendo preparar o terreno para uma retirada completa dos rebeldes da cidade, como deseja Assad.

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O secretário de estado dos EUA, John Kerry, irá se reunir com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na próxima quinta-feira em Hamburgo para discutir os esforços para conter a violência em Aleppo. Kerry irá levantar a proposta dos rebeldes durante a conversa, de acordo com um conselheiro ocidental da oposição síria. Fonte: Dow Jones Newswires.

Sessenta mil pessoas morreram em cinco anos, torturadas ou devido às péssimas condições de detenção, nas prisões do regime sírio, denunciou neste sábado o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Desde março de 2011, pelo menos 60 mil pessoas morreram por tortura ou maus tratos, principalmente por falta de remédio e alimentos, nos centros de detenção do regime", informou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, assinalando que a cifra teve origem em fontes do regime. "O maior número de mortes foi registrado na prisão de Saydnaya e nos centros de detenção dos serviços secretos do exército do ar e da segurança do Estado", acrescentou.

Situada 30km ao norte de Damasco, a prisão de Saydnaya é uma das maiores do país. O OSDH afirmou que criou uma lista com o nome de 14.456 mortos, entre eles 110 crianças. Segundo Rahman, meio milhão de pessoas passaram pelas prisões do regime desde o início, em 2011, do conflito, que deixou 270 mil mortos e levou milhões de pessoas a fugir.

Por outro lado, acrescentou o diretor do OSDH, milhares de pessoas morreram no mesmo período nas prisões dos grupos rebeldes e jihadistas. Em fevereiro, especialistas da ONU na Síria haviam acusado o regime de Damasco de "extermínio de detidos", afirmando que as mortes em massa de prisioneiros eram resultado de "uma política de Estado".

O enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, havia anunciado a nomeação de Eva Svoboda como responsável pelos temas de detidos e sequestros.

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