Tópicos | Orquestra Sinfônica Brasileira

A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) apresenta nesta quinta-feira (26), às 20h, em suas páginas no Facebook e no Youtube, o terceiro concerto da Série Clássica Brasileira, com regência da maestrina Mariana Menezes. A exibição, ainda sem a presença de público, foi gravada na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, no último dia 18, após quatro ensaios realizados na semana anterior.

No programa, estão obras de Jocy de Oliveira, Dmitri Shostakovich e Wolfgang Amadeus Mozart. “A direção da orquestra escolheu um repertório que tivesse uma variedade estilística e que representasse diversos períodos históricos. São três estilos muito diversos”, disse Mariana à Agência Brasil. Foram convidados também os solistas Marina Considera, Simone Leitão e Jessé Sadoc. "Tenho certeza que a gente construiu uma coisa muito interessante para o público", afirmou a maestrina.

##RECOMENDA##

A apresentação será aberta com a peça para soprano e orquestra de cordas Who cares if she cries, de Jocy de Oliveira, encomendada pela OSB e que estreou em 2006. Marina Considera será a solista. O título da obra é baseado na letra de uma melodia anônima do século 16 que se refere a Ofélia, de Shakespeare.

Segundo informou a OSB, por meio de sua assessoria de imprensa, Jocy de Oliveira é pioneira de um trabalho multimídia no Brasil que envolve música, teatro, textos, instalações, vídeo e cinema. Ela concebeu e dirigiu diversos vídeos, além de compor, roteirizar e dirigir nove óperas de sua autoria, apresentadas em diferentes países e distribuídas em DVDs. Como compositora e pianista, Jocy gravou 25 discos no Brasil e exterior. “Sua obra tem muito impacto e formas não convencionais”, definiu Mariana Menezes.

Contemporâneo e clássico

A segunda obra é o Concerto para piano nº 1, de Dmitri Shostakovich, que terá a participação da pianista Simone Leitão e do trompetista Jessé Sadoc. A obra foi composta em 1933 e se destina a um concerto para piano, trompete e orquestra de cordas, mostrando citações e paródias musicais de canções populares alemãs e inglesas.

Shostakovich é considerado um dos maiores compositores do século 20, destacando-se pela “linguagem harmônica única e uma importância histórica devido aos seus anos de trabalho sob o poder de Stalin”, observou a OSB. Foi influenciado também pelo estilo neoclássico de Igor Stravinsky e pelo romantismo de Gustav Mahler, especialmente nas suas sinfonias.

O programa será encerrado pela OSB com a Sinfonia nº 40, de Wolfgang Amadeus Mozart, conhecida como Grande Sinfonia. A obra está estruturada em quatro movimentos, segundo o arranjo tradicional do período clássico estabelecido por Haydn: movimento rápido, movimento lento, minueto, movimento rápido. Mozart compôs 41 sinfonias. A de número 40 foi escrita em 1788, três anos antes de sua morte, aos 35 anos de idade. Essa sinfonia inspirou Beethoven e Schubert e está entre as obras de Mozart mais admiradas, além de mais executadas e gravadas, de acordo com a OSB.

Esta é a primeira vez que Mariana Menezes foi convidada para reger a Orquestra Sinfônica Brasileira. Ela tem regido orquestras no Brasil e no exterior, como convidada, mas afirmou que a OSB é importante porque leva o nome do Brasil. "Por isso, me sinto muito honrada e feliz", afirmou.

A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) comemora nesta segunda-feira (17) 80 anos de existência. Por causa da pandemia de covid-19, a celebração será feita por meio de concertos em vídeo divulgados nas redes sociais.

O plano inicial para comemoração das oito décadas de existência da OSB se baseava em uma Temporada 2020 festiva, com destaque para a música brasileira e os artistas nacionais, tendo a história da instituição como fio condutor das atividades. Em função da pandemia, o projeto precisou ser alterado.

##RECOMENDA##

“O isolamento nos proporcionou a possibilidade de inovarmos – o que já é uma tradição da OSB. Adaptamos nossa programação para o formato digital, pois acreditamos que o cenário ainda não oferece a segurança sanitária necessária para voltarmos à rotina de ensaios e concertos presenciais”, disse, em nota, a diretora geral da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira, Ana Flavia Cabral Souza Leite.

“Sabemos que nada substitui a experiência de estar em uma sala de concerto, mas estamos trabalhando no sentido de oferecer em nossos canais digitais um produto de qualidade e que transmita ao público a emoção presente em todas as nossas apresentações”, acrescentou.

Todos os programas serão gravados pelos músicos individualmente a partir de suas casas e os concertos serão exibidos nas páginas da OSB no Facebook e YouTube semanalmente. Amanhã, dia do aniversário, terá início a “Série OSB 80 Anos”. Serão seis vídeos publicados diariamente até o dia 22 de agosto.

O primeiro terá “Música para fogos de artifício reais”, de Haendel. Nos quatro vídeos seguintes serão homenageadas as famílias de instrumentos da orquestra: a percussão, interpretando Bach e Ernesto Nazareth; as cordas, executando uma obra de Alberto Nepomuceno; Mozart sob os cuidados das Madeiras; e Giovanni Gabrieli ao som dos metais. Encerrando a série, a orquestra se une novamente para interpretar o célebre trecho do quarto movimento da 9ª Sinfonia de Beethoven, a “Ode à Alegria”.

A Série Beethoven, em homenagem aos 250 anos do compositor alemão, contará com cinco concertos virtuais, e o primeiro deles será exibido no dia 25 de setembro. Ao longo do ciclo, será apresentado um panorama com algumas das suas principais obras.

Já a Série Clássica Brasileira também ganhará espaço no novo cenário, com dez concertos. No ciclo serão apresentadas obras de compositores nacionais desde Carlos Gomes e Villa-Lobos até artistas contemporâneos como Rodrigo Cicchelli e João Guilherme Ripper. O primeiro programa ganha as plataformas no dia 1º de outubro, e os concertos vão se revezar com a Série Beethoven até o final do ano.

Responsável por revelar talentos como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Menezes, a OSB promoveu a popularização da música de concerto com projetos relevantes como os Concertos da Juventude e o Aquarius.

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), uma das mais importantes do país, retoma suas atividades neste domingo, às 18h, com um concerto beneficente na Sala Cecília Meireles, na Lapa, centro do Rio, após um período de grave crise financeira. O concerto beneficente, em prol da própria fundação mantenedora da orquestra, terá como regente o maestro Roberto Tibiriçá e como solista o pianista Leonardo Hillsdorf. No repertório, obras de Chopin, Johann Strauss e Tchaikovsky.

Mais do que um retorno, a apresentação de hoje marca a conquista de dois novos e importantes contratos de patrocínio que permitiram à OSB regularizar, no início de setembro, o pagamento dos músicos, que ficaram meses sem receber salários. Ao longo dos anos de 2015 e 2016, a OSB perdeu a maior parte de seus investidores, em função da crise financeira no país, o que gerou um rombo de R$ 21 milhões e a suspensão das atividades de uma orquestra que soma mais de 5 mil concertos em 77 anos de atuação.

##RECOMENDA##

“Com a reestruturação executiva que promovemos recentemente, seremos capazes de apresentar ao público um trabalho absolutamente novo no mercado e na história da música sinfônica no país, focando também nos projetos de responsabilidade social”, afirmou o presidente do conselho curador da Fundação OSB, Eleazar de Carvalho Filho. Ele informou que serão anunciadas no evento de hoje as datas dos próximos concertos na Sala Cecília Meireles, espaço da Secretaria Estadual de Cultura que, a partir de agora, concentrará a temporada de apresentações da orquestra.

A Fundação OSB também firmou parceria com a Rádio MEC FM, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para transmissões ao vivo dos concertos pela emissora e pelas redes sociais. Em entrevista ao programa Antena 1, da MEC FM, o pianista Miguel Proença, diretor da Sala Cecília Meireles, manifestou satisfação em abrigar os concertos da orquestra que marcou sua carreira musical.

“Quando cheguei ao Rio de Janeiro, ainda jovem, para estudar, não perdia os concertos da OSB. Os solistas da orquestra eram marcantes. Eu me lembro de Jacques Klein tocando em 11 concertos da OSB em um mesmo ano. Maestros maravilhosos passaram pela orquestra. Não há como uma instituição dessas desaparecer”, afirmou.

Reestruturação

A nova fase marca também o resultado de um trabalho de nove meses na reestruturação e na qualificação da gestão da fundação mantenedora da orquestra. “Implantamos importantes áreas gerenciais como a controladoria, a unidade de monitoramento de projetos e análise de conformidade legal – o que estamos chamando de ‘compliance cultural’. Procuramos estabelecer novos paradigmas de gestão, sobretudo alinhados com as mudanças da Lei Rouanet. Temos trabalhado lado a lado com o Ministério da Cultura, buscando o rigor necessário na prestação de contas dos projetos incentivados e chegamos a um sistema de gestão que pode servir de modelo para outros projetos culturais”, disse a diretora executiva da Fundação OSB, Ana Flavia Cabral Souza Leite.

Uma das novidades é o empreendimento da fundação no campo da responsabilidade social, com o projeto Conexões Musicais, que tem como proposta desenvolver os dois pilares de uma verdadeira política cultural – formação e fruição. O projeto de democratização do acesso à cultura será desenvolvido ao longo de três anos, passando por 30 cidades que já foram pré-selecionadas e propõe a música como instrumento de transformação e de envolvimento de milhares de crianças, alunos da rede pública de ensino e toda a população das localidades por onde a orquestra passa.

A reestruturação conta com o apoio dos músicos da OSB. “Sofremos muito nesse período sem salários e sem estar junto ao nosso público. O drama pessoal às vezes pesava mais do que o desejo de lutar, mas optamos por acreditar. Todos nós, músicos e administração, tiramos lições dessa crise. Hoje os músicos, através das comissões, mais do que nunca participam da gestão de forma efetiva”, disse o representante dos músicos, Nikolay Sapoundjiev.

Os ingressos para o concerto beneficente custam R$ 300, a inteira, e R$ 150, a meia-entrada. A Sala Cecília Meireles fica no Largo da Lapa, 47, no centro do Rio.

[@#galeria#@]

Consagrado como um dos principais nomes da música brasileira, o pernambucano Lenine volta ao Estado para se reencontrar com o público, mas dessa vez com uma roupagem um pouco diferente. Ele se apresenta neste domingo (20), no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). O show gratuito está previsto para às 18h (horário local) e faz parte da comemoração de 60 anos de uma construtora do estado.

##RECOMENDA##

A apresentação será dividida em três momentos e tem um repertório que conta com nove músicas do cantor e compositor, além de outras três peças que a Orquestra vai interpretar solo. Na primeira parte do show, a OSB vai interpretar as peças "Lamento e Dança", do pernambucano Clóvis Pereira; Pássaro de Fogo, de Igor Stravinsky , além de Ludmila, criada por Mikhail Glinka. O segundo momento, é com a participação de Lenine. As canções da programação são: "A Gandaia das Ondas/Pedra e Areia", "De onde vem a Canção", "O Último Pôr do Sol", "Miragem do Porto", "Se Não For Amor Eu Cegue", "Jack Soul Brasileiro", "Leão do Norte", "Chão" e "O Silêncio das Estrelas" (foto abaixo). "Não foi difícil 'pinçar' as músicas para esta apresentação", comentou Lenine.

A orquestra sinfônica estará sob a batuta do maestro Leandro Carvalho (foto à direita), que conhece de perto a música pernambucana e o trabalho de Lenine e rasga elogios ao artista nordestino. "Está sendo um prazer enorme para a Orquestra estar em Recife e muito bem acompanhada desse mestre chamado Lenine, grande compositor e instrumentista. Iluminada mesmo", comentou. Ele ainda detalha o que o público vai ver hoje à noite.

"Os arranjos ficaram lindos e a integração foi muito especial. Está uma simbiose real e isso acaba resultando em uma música cheia de energia e emoção", analisou.

Lenine e a OSB realizaram três ensaios para esta apresentação. Em um deles, o pernambucano, bem humorado, conversou com a equipe do Portal LeiaJá e comentou a expectativa para a noite deste domingo, além de analisar esse momento de comemoração dos 30 anos de carreira.

LeiaJá - Lenine, você vai ter mais uma vez esse encontro com o público pernambucano. Qual expectativa para essa apresentação gratuita, com promessa de casa cheia para conferir esse espetáculo?

Lenine - Acho bacana, me sinto honrado. Primeiro, pela lembrança, né? Segundo, por tocar em casa e, terceiro, por poder vestir minhas canções a rigor (risos) e dividi-las no coletivo, com esse grupo de 80 pessoas que formam a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Então, eu estou muito feliz. Feliz e muito honrado.

LeiaJá - Como foi a elaboração do repertório para essa apresentação, já que são 30 anos de carreira e tantas músicas para selecionar um pequeno número?

Lenine - Acho que um fato que facilitou muito foi o de já ter tido experiência com outras orquestras, com a OSB, inclusive. Isso me possibilitou, com o tempo, ir arranjando parte do meu repertório dessa maneira sinfônica. Então, de certa maneira, não foi muito difícil a gente "pinçar" as canções mais importantes de cada projeto, tentar ser amplo nessa amostragem, afinal de contas eu estou comemorando 30 anos. Eu levei tudo isso em consideração e selecionei essas oito canções para a gente cantar agora no domingo.

LeiaJá - Fazer um show com uma orquestra é mais fácil ou mais difícil?

Lenine - A questão não é se é difícil ou mais fácil, a questão é chegar na alma da música. Você pode chegar de várias maneiras. No caso de uma orquestra, como é muito mais gente, quando esse clique acontece é infinitamente mais impactante porque se trata de 80 pessoas tocando junto, exercitando a música coletivamente e isso tem um significado que, realmente, reverbera muito mais.

LeiaJá - Chegando aos 30 anos de carreira, como é que você imagina o seu futuro musical? Como você avalia a sua maturidade musical nesse momento?

[@#video#@]

Na manhã desta quinta (17), o grupo Queiroz Galvão divulgou em coletiva para a imprensa as informações do show de celebração aos 60 anos do grupo, que trará mais uma vez ao Recife o cantor Lenine. O cantor se apresenta ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira neste domingo (20), 18h, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, com acesso aberto ao público.

Para o maestro da OSB, Leandro Carvalho, "O evento tem um aspecto de democratizar e descentralizar o acesso a esses bens simbólicos: a música de concerto e a música clássica”. O concerto terá três atos: na abertura a OSB toca Russian and Ludmilla, do compositor russo Mikhail Glinka, considerado pai da música russa. Encerrando o momento clássico, a orquestra interpreta O Pássaro de Fogo: Suite, do compositor russo Igor Stravinsky.

##RECOMENDA##

No ato final, a Orquestra Sinfônica Brasileira incorpora as raízes pernambucanas para receber e acompanhar o cantor Lenine. No repertório estão canções como A gandaia das ondas\Pedra e Areia, De onde vem a canção, O último pôr-do-sol, Miragem do Porto, Se não for amor Eu Cegue, Jack Soul Brasileiro, Leão do Norte e Chão. Para animar a festa, Lenine e a OSB tocam um medley de frevo incluindo a tradicional Vassourinhas, Último dia, Relembrando o norte, Duda no Frevo e a melódica O silêncio das estrelas.

“Acredito numa música sem a possibilidade de haver adjetivos. Música pra mim é música”, diz Lenine. O músico ainda ressalta que “Tocar com a OSB é, de alguma forma, reafirmar essa condição de que a música tem pra mim: algo sem fronteiras”.

Serviço

Lenine e Orquestra Sinfônica Brasileira

Domingo (20) | 18h

Parque Dona Lindu (Avenida Boa Viagem - Boa Viagem)

Gratuito

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando