Tópicos | Oscar 2021

A audiência do Oscar deste ano despencou em mais da metade, alcançando uma nova média mínima de 9,85 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, informou a rede de televisão ABC nesta segunda-feira (26).

A enorme queda de 58,3% referente a 23,6 milhões, o mínimo histórico alcançado no ano passado, era amplamente esperada para a maior noite da indústria cinematográfica de Hollywood. Outras premiações realizadas durante a pandemia também sofreram baixas desastrosas na audiência.

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Com os cinemas fechados na maior parte do ano e vários filmes com expectativa de grande sucesso, estrelados por atores renomados, adiados, uma safra menos conhecida de indicados competiu na cerimônia de domingo, em que "Nomadland", de Chloé Zhao, foi o grande vencedor.

A queda de telespectadores também vem de uma tendência geral de baixas de vários anos para o Oscar, que ultrapassou 43 milhões de espectadores em 2014.

Entre os que não compareceram à cerimônia estava Anthony Hopkins, que surpreendeu ao triunfar como melhor ator por "Meu Pai", um prêmio que se esperava que fosse para o falecido Chadwick Boseman. A categoria foi o prêmio final da noite.

O Oscar geralmente termina com a distinção de melhor filme, com muitos espectadores apontando que a falta de um discurso de aceitação no grande final da cerimônia foi outro elemento do anticlímax.

"Aos 83 anos, eu não esperava receber este prêmio, realmente não esperava", disse Hopkins em um vídeo postado em sua página do Instagram na manhã desta segunda-feira.

A cerimônia pouco ortodoxa do Oscar deste ano foi transferida para uma estação de trem glamourosa de Los Angeles, para cumprir o protocolo estrito imposto devido à pandemia covid-19, e reuniu as estrelas de Hollywood pela primeira vez em mais de um ano.

Chadwick Boseman foi indicado à categoria de Melhor Ator no Oscar 2021. Falecido em agosto de 2020, o ator recebeu uma indicação póstuma por seu trabalho no filme A Voz Suprema do Blues, da Netflix. 

Na categoria, também estão indicados Riz Ahmed (O Som do Silêncio), Steven Yeun (Minari), Gary Oldman (Mank) e Anthony Hopkins (Meu Pai). Chadwick ficou eternizado na história do cinema por seu papel em Pantera Negra, filme que fez um grande sucesso de bilheteria. 

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A indicação a Boseman foi muito comemorada na internet. O público colocou o nome do ator entre os primeiros assuntos dos Trending Topics, nesta segunda (15). "Ele e nada acima dele, fazendo história por onde passa, pra sempre a nossa estrela"; "Merecidíssimo e espero que ele ganhe"; "Chadwick Boseman consegue a primeira indicação ao #Oscar porém também póstuma. Já ganhou lenda"; "Se esse oscar não for do Chadwick Boseman nós teremos problemas". 

 

Ao que tudo indica o Oscar 2021 vai continuar igual aos outros anos: presencial. Segundo a Variety, a cerimônias mais famosa do cinema não será virtual, sendo que um representante da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas afirmou que o Oscar presencial irá acontecer no próximo ano, ainda segundo a revista.

A data foi a única alteração da premiação até agora, que postergou em dois meses o evento, já que ele geralmente acontece entre fevereiro e março e em 2021 vai rolar no dia 25 de abril por conta da pandemia do novo coronavírus.

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Mesmo com o anúncio, não se sabe ao certo quais medidas de segurança serão adotadas pelos organizadores para preencher os três mil e 400 assentos do Teatro Dolby, em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde rola a cerimônia. Também não se sabe, ainda, quantos dos indicados vão aparecer na cerimônia presencial, aliás, mais do que isso, não se sabe se eles estariam confortáveis em comparecer à cerimônia.

Lembrando que premiações como o Emmy Awards, Prêmio Multishow e MTV MIAW aconteceram de forma híbrida neste ano, sendo que parte da cerimônia foi presencial e alguns dos indicados receberam os prêmios de casa, por videoconferência.

O documentário Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, dirigido por Bárbara Paz, foi escolhido para representar o Brasil no Oscar 2021! É a primeira vez que um documentário é selecionado para representar o paí­s na premiação. A trama entrelaça a arte e a doença do diretor Hector Babenco, revelando ansiedades, medos, memórias, reflexões e fabulações da vida do artista. O longa também mostra que Babenco vivia um confronto interno com o seu vigor intelectual e sua fragilidade fí­sica. O documentário chega aos cinemas brasileiros já na próxima quinta-feira, dia 26.

- É uma maravilha isso, é o primeiro documentário a ser escolhido pelo Brasil a competir. é uma surpresa maravilhosa, o Hector merecia muito isso. Eu acho que o amor venceu, comentou Bárbara Paz.

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Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou já foi selecionado para mais de 20 festivais internacionais e estreou mundialmente no Festival de Veneza de 2019, recebendo o prêmio de Melhor Documentário na Mostra Venice Classics e o prêmio Bisato D’Oro 2019 (Prêmio Paralelo ao 76º Festival Internacional de Cinema de Veneza dado pela crÃítica Independente). No iní­cio de 2020, o filme conquistou o prêmio de Melhor Documentário no Festival internacional de Cinema de Mumbai, na ͍ndia. O documentário também já foi selecionado para o festival do Cairo, Festival de Havana, Festival de Mar del Plata, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival do Rio, Mostra de Tiradentes, Festival de Aruanda, FIDBA (Festival Internacional de Cinema Documental), na Argentina, Baltic Sea Docs, na Letônia e para o Mill Valley Film Festival, nos Estados Unidos.

- Recebemos com enorme alegria a escolha do Babenco para representar o Brasil na corrida pelo Oscar. Ao mesmo tempo que é uma enorme alegria, é uma enorme responsabilidade. É uma disputa com os melhores 80, 90 filmes do ano... Faremos essa campanha com muita dedicação e orgulho. Temos um filme lindo e muito especial nas mãos, afirmou o coprodutor Fabiano Gullane.

Hector Babenco foi um cineasta argentino naturalizado brasileiro. Em 1994, o artista se submeteu a um transplante de medula óssea para tratar um câncer linfático. Ele morreu em 2016 após ser internado para tratar de uma sinusite. Na ocasião, o diretor sofreu uma parada cardiorrespiratória e não sobreviveu.

Babenco foi casado com Bárbara Paz de 2010 até sua morte, em julho de 2016.

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