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As facções rivais palestinas Hamas e Fatah concordaram em se encontrar na capital do Qatar, neste domingo, para discutir a realização de eleições presidenciais e legislativas no curto prazo. O presidente palestino, Mahmud Abbas e o chefe do Hamas, Khaled Meshaal se encontrariam hoje para explorar a formação de um comitê interno palestino para planejar as preparações para as eleições e a implementação de um acordo de reconciliação. "Nós concordamos com a realização de eleições rapidamente e para isso temos que remover qualquer obstáculo que possa atrasar o pleito", disse o porta-voz do Fatah, Azzam al-Ahmad.

Ele disse também que as negociações, que estão sendo mediadas pelo emir do Qatar, Hamad bin Khalifa al-Thani, foram positivas e que os dois lados chegaram a um acordo para as questões mais importantes, como a reconciliação, a formação de um governo de transição feito por independentes. As informações são da Dow Jones.

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Uma autoridade palestina afirmou que os principais negociadores de Israel e da Palestina vão se reunir nesta semana pela primeira vez em mais de um ano. Segundo Azzam al-Ahmed, a reunião vai acontecer na terça-feira na Jordânia.

Al-Ahmed disse que não são esperadas negociações formais durante as conversas entre Saeb Erekat, negociador palestino, e Isaac Molcho, de Israel. No entanto, eles deverão trocar opiniões sobre questões importantes relacionadas à segurança, às fronteiras entre Israel e um futuro estado Palestino.

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Autoridades israelenses, não confirmaram a reunião, que pode ser a primeira entre as duas partes desde uma rodada de negociações que teve vida curta e foi rompida em setembro de 2010. Os palestinos têm afirmado que não vão retomar as negociações a menos que Israel suspenda a construção de assentamentos na Cisjordânia e no leste de Jerusalém. As informações são da Associated Press.

Um manifestante palestino atingido no rosto por uma bomba de gás lacrimogêneo disparada na direção dele por um soldado de Israel durante um protesto ontem não resistiu aos ferimentos e morreu hoje, informaram ativistas, que denunciaram uso excessivo da força por parte dos israelenses.

Mustafa Tamimi, de 28 anos, atirava pedras na direção de um veículo blindado do exército de Israel no povoado cisjordaniano de Nabi Saleh quando um soldado abriu uma porta do carro e disparou a bomba na direção do manifestante quase à queima-roupa, disseram testemunhas. Tamimi chegou a ser socorrido e internado em um hospital, mas morreu hoje.

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O protesto de ontem era contra a construção de assentamentos judaicos por parte de Israel em terras que os palestinos pleiteiam para a fundação de um futuro Estado independente e soberano.

Uma porta-voz militar israelense confirmou o uso de bombas de gás lacrimogêneo para "conter distúrbios violentos e ilegais" na região. De acordo com o grupo humanitário israelense B'Tselem, Tamimi é a vigésima pessoa a morrer nos últimos oito anos depois de ser atingida por um recipientes de gás lacrimogêneo disparado por soldados de Israel em povoados rurais da Cisjordânia.

Enquanto isso, centenas de pessoas participaram hoje dos funerais de um menino de 12 anos morto ontem junto do pai em um bombardeio israelense contra a Faixa de Gaza. O menino, identificado como Ramadan, e seu pai, Bahajat, morreram quando um míssil israelense atingiu a casa onde moravam. Revoltados, militantes palestinos dispararam foguetes rústicos na direção de Israel durante a procissão fúnebre, mas sem causar danos nem vítimas, segundo uma porta-voz militar. As informações são da Associated Press.

A agência da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) admitiu nesta segunda-feira (31) a Palestina como membro pleno da entidade, numa votação ocorrida na assembleia geral da Unesco realizada em Paris. "A Assembleia Geral decidiu admitir a Palestina como membro da Unesco", diz a resolução adotada por 107 dos 193 países integrantes.

Legisladores norte-americanos ameaçaram reter cerca de US$ 80 milhões em recursos para a agência caso a Unesco aprovasse a filiação da Palestina.

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Autoridades norte-americanas se opuseram ao pedido palestinos na Unesco e disseram que a aprovação poderia prejudicar os esforços para a retomada das negociações de paz entre israelenses e palesitnos.

Os palestinos tentam se tornar membros plenos da Organização das Nações Unidas (ONU), mas como isso deve demorar algum tempo, eles pediram separadamente a entrada na Unesco. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Qualquer plano que divida o estado palestino é inaceitável, disse o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, mas acrescentou que tal estado pode existir temporariamente como parte do "território liberado". "Qualquer plano que crie dois estados estaria aceitando um estado sionista na terra palestina", acrescentou. Khamenei falou durante a Conferência Internacional sobre a Palestina, enquanto as Nações Unidas continuam estudando o pedido de filiação da Autoridade Palestina.

Ao criticar uma solução de dois estados para Israel e os palestinos, Khamenei acrescentou que o pedido de reconhecimento da Palestina pelas Nações Unidas deve fracassar. Ele disse que os palestinos não devem se limitar a buscar um país com base nas fronteiras pré-1967 - o que implicitamente reconheceria Israel - "porque toda a terra pertence aos palestinos".

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Em 23 de setembro, o Conselho de Segurança da ONU recebeu a pedido de reconhecimento pleno de um estado palestino em meio à veemente oposição de Israel e dos EUA. O presidente palestino Mahmoud Abbas pediu que o Conselho de Segurança reconheça um estado palestino independente na Cisjordânia, Leste de Jerusalém e Faixa de Gaza, áreas capturadas por Israel na guerra de 1967.

Khamenei voltou a chamar Israel de "tumor cancerígeno" e "uma ameaça permanente" à paz no Oriente Médio, como costuma fazer em seus discursos sobre o tema. "Não é preciso dizer que os palestinos, como fizeram em Gaza, vão criar um estado em qualquer terra palestina liberada", disse Khamenei. "Mas o objetivo final é liberar toda a Palestina, do Mediterrâneo ao Mar Morto."

"Não propomos uma guerra convencional pelos países islamitas, nem jogar os judeus ao mar nem arbitragem pelas Nações Unidos ou outros órgãos internacionais", mas um "referendo pelos palestinos", independentemente de religião, mas excluindo os judeus que imigraram, acrescentou.

Em agosto, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad disse que o reconhecimento potencial de um estado palestino pela ONU deveria ser apenas "um passo" em direção "à total liberação". A conferência conta com a presença de parlamentares de cerca de 20 países. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O reconhecimento do Estado palestino entra em debate na 66ª Assembleia-Geral da ONU por meio da presidente Dilma Rousseff. No discurso, que abre o encontro, na quarta-feira, Dilma dirá que passou da hora de o mundo reconhecer a existência da Palestina. Ignorando o desconforto que o apoio explícito pode criar entre americanos e israelenses, a presidente pretende reforçar a posição de líder internacional que o Brasil busca.

O discurso ainda não está pronto. Além dos tópicos que Dilma escolheu e das linhas gerais traçadas pelo Itamaraty, pouco foi desenvolvido. A versão final deve ser feita mesmo em Nova York, nos dias que antecedem à abertura da Assembleia-Geral.

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A situação palestina não será um tema central, mas se encaixa em um dos tópicos preferenciais do Brasil: a mudança da geopolítica mundial, a necessidade de reforma da governança global e a abertura de espaço para novos atores internacionais.

A presidente deve chegar a Nova York na madrugada de hoje e voltará ao Brasil, provavelmente, na quinta-feira ou na sexta-feira. Além da agenda na ONU, Dilma pode manter até sete encontros bilaterais com chefes de Estado - quatro deles já confirmados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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