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O problema fundamental da zona do euro é a falta de confiança em suas estruturas e isso não vai ser resolvido com uma eventual saída da Grécia do bloco, disse neste domingo (17) o ex-primeiro-ministro do país George Papandreou. "O problema não é a Grécia", afirmou. "Se fosse, a solução seria simples: expulsá-la do bloco econômico".

Em uma entrevista à BBC neste domingo (17), dia em que os eleitores vão às urnas pela segunda vez em pouco mais de um mês, Papandreou afirmou que a crescente tendência das nações da zona do euro de culpar umas às outras pelo contínuo drama fiscal na região estava ajudando a reforçar o apoio a nacionalistas e outros partidos políticos extremistas.

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Papandreou liderou o governo grego na negociação do primeiro acordo de resgate com a União Europeia (UE) e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2010. Ele renunciou no fim do ano passado para abrir caminho a um governo de unidade nacional, que negociou um segundo pacote de socorro ao país.

"Estamos em um momento-chave na Europa", disse. "Nossas estruturas precisam ser modernizadas, precisamos nos tornar mais integrados a fim de criar a confiança de que podemos lidar com nossos problemas". As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, pediu hoje que os partidos rivais do país trabalhem juntos, enquanto se preparava para entregar o poder a um governo interino. Em comentários gravados à televisão, Papandreou disse que o novo governo terá de garantir o novo acordo de ajuda de 130 bilhões de euros e avançar nas reformas econômicas. A fala foi veiculada enquanto o premiê estava prestes a começar uma reunião com o presidente Karolos Papoulias, na qual ele deve entregar o cargo e abrir caminho para o sucessor.

Ainda que não tenha sido formalmente nomeado, Papandreou deve apontar o atual presidente do Parlamento, Filippos Petsalnikos, como líder do novo governo. A principal sigla da oposição, Nova Democracia, aprovou o nome do candidato, segundo a emissora de TV estatal NET.

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Papandreou e o líder do Nova Democracia, Antonis Samaras, concordaram no domingo com um governo de coalizão. Mas disputas internas desde então atrasaram várias vezes o anúncio do novo primeiro-ministro e do gabinete. Um encontro dos dois líderes, junto com outras lideranças políticas, deve ocorrer na mansão presidencial a partir das 15h (horário de Brasília) de hoje, quando deve então ser anunciado o novo primeiro-ministro. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, e o líder da oposição no país, Antonis Samaras, podem escolher o presidente da Corte de Justiça Europeia, Vassilis Skouris, como primeiro-ministro interino do novo governo de coalizão, afirmou a rede de televisão SKAI. Segundo a reportagem, o anterior favorito ao cargo, o ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Lucas Papademos já não está sendo considerado, depois de surgirem objeções do ministro de Finanças, Evangelos Venizelos.

Papandreou deverá anunciar oficialmente sua renúncia hoje, para pavimentar o caminho para um governo interino que implementará as regras do plano de resgate de 130 bilhões de euros oferecido ao país. Em seguida, serão realizadas novas eleições na Grécia.

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No domingo, Papandreou e Samaris, líder do partido Nova Democracia, chegaram a um acordo para formar um governo de coalizão. No entanto, divergências desde então adiaram repetidamente o anúncio do novo primeiro-ministro e do novo gabinete. As informações são da Dow Jones.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, agradeceu hoje o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, pela sua "coragem e determinação" na liderança do país durante a crise financeira. No entanto, ela também cobrou que o novo governo grego implemente urgentemente as reformas combinadas com a União Europeia (UE), segundo afirmou o representante da líder alemã. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, disse que a chanceler expressou "respeito pela decisão de Papandreou", durante uma ligação telefônica.

Ontem, Papandreou concordou em renunciar para permitir a formação de um governo de união. O anúncio oficial da saída do primeiro-ministro e da nova coalizão deve ser realizado hoje, antes da reunião do grupo de ministros de Finanças da zona do euro, que se reúne em Bruxelas para decidir sobre a liberação da próxima parcela do primeiro pacote internacional de resgate para a Grécia. As informações são da Dow Jones.

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A Europa exigiu, a população pressionou e o governo de George Papandreou na Grécia caiu. Ontem, líderes políticos gregos chegaram a um acordo para a formação de um governo de união nacional na esperança de aprovar o pacote de resgate da União Europeia, impedir um calote total e evitar o caos financeiro no continente. Falta definir quem irá compor o governo. Líderes políticos entraram pela madrugada em negociações.

A saída de Papandreou foi confirmada para evitar um terremoto nos mercados hoje. O governo grego é o quinto a ser derrubado pela crise na Europa. Mas, desta vez, as condições para assumir o poder e até a data de novas eleições foram determinadas por Bruxelas.

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Papandreou, que em 2009 foi eleito com a promessa de reduzir a pobreza, termina seu governo com meros 10% de apoio da população. Ontem, confirmou que não fará parte do novo governo e oficialmente entregará seu cargo depois de chegar a um acordo com a oposição sobre o novo chefe de governo. "Não posso deixar um vácuo", disse, antes de fechar o acordo.

Seu anúncio conclui uma semana de caos político gerado por sua decisão de levar o pacote de resgate a um referendo nacional, medida que enfureceu a UE e que tinha como meta evitar a convocação de eleições antecipadas. Ontem, a imprensa local indicava que o substituto seria Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu, um tecnocrata apoiado pelos principais bancos europeus. Outros três nomes estavam na mesa de negociações.

O acordo ainda segue outra exigência da UE. Eleições serão convocadas, mas só depois de a Grécia aprovar no Parlamento seus compromissos de reformas exigidos pela UE para que 130 bilhões sejam liberados. Essa era uma exigência de Alemanha e França. Vários partidos gregos insistiam que queriam rever os termos do acordo. Em Atenas, a perspectiva é de que a eleição ocorra no final de fevereiro.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, pode permanecer no cargo. Considerado pessoa de confiança da UE, hoje vai a Bruxelas entregar aos demais ministros da zona do euro o compromisso de aprovação do pacote. Sem mostrar compromisso em cortar gastos, salários e pensões, a Grécia não receberá nem a parcela de 8 bilhões prevista para pagar as contas até o fim do ano, nem o pacote de 130 bilhões para 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, tentava hoje formar um novo governo de união nacional em uma nova tentativa de estabilização política do país, mas enfrentava a resistência do principal grupo de oposição. O presidente da Grécia, Karolos Papoulias, informou hoje por meio de sua assessoria que reuniria "sem demora" os líderes dos partidos políticos do país a pedido do primeiro-ministro, em uma tentativa de desfazer o impasse entre situação e oposição. O chefe de Estado discutirá com os líderes políticos "as oportunidades existentes de cooperação", diz o comunicado.

Papandreou reiterou hoje que está pronto para deixar a chefia de governo em favor de um governo de coalizão, mas rejeita a ideia de antecipar as eleições, disse um porta-voz. Por sua vez, Antonis Samaras, líder do principal partido de oposição da Grécia, a Nova Democracia, reiterou seu pedido de eleições antecipadas imediatas e rejeitou a iniciativa de formar um governo de coalizão com os socialistas.

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Samaras se pronunciou depois que o primeiro-ministro, George Papandreou, comunicou ao presidente Papoulias sua intenção de formar um governo de coalizão que implementaria um pacote de ajuda de 130 bilhões de euros ao país aprovado pela Europa no mês passado.

A Nova Democracia, que elogiou o acordo de ajuda, se opõe às medidas de austeridade que o governo vem implementando desde o início da crise da dívida no ano passado, que considera responsáveis pelo aprofundamento da recessão na Grécia. "Papandreou condenou o país com suas políticas", disse Samaras em declarações à televisão. "Nenhum programa pode prosseguir sem o apoio do povo, e por isso precisamos de eleições", disse.

Já o partido Laos, de extrema-direita, pediu que Antonis Samaras reconsidere sua rejeição à tentativa de Papandreou de formar um governo de coalizão. "Estou fazendo um apelo público para que Samaras reconsidere sua decisão", disse Giorgios Karatzaferis, líder do Laos, com comunicado. "Demos o primeiro passo, a saída de George Papandreou do poder. Precisamos dar o segundo passo juntos", afirmou.

Negociações

Papandreou iniciou hoje negociações para formar um governo de coalizão que garanta uma ampla aprovação ao último acordo de ajuda internacional à Grécia e evite uma catástrofe financeira para o endividado país. Ele se reuniu com o presidente Papoulias pela manhã e convocou para o domingo uma reunião ministerial.

Em entrevista a jornalistas depois do encontro com o presidente, Papandreou indicou claramente que o governo a ser formado terá poder para aprovar legislação referente ao pacote de socorro, confirmando as diferenças com a Nova Democracia. "As decisões de 26 de outubro e as obrigações decorrentes destas decisões são uma condição para o país continuar no euro", disse o primeiro-ministro após o encontro com o presidente.

Depois de Papandreou ter obtido ontem à noite um voto de confiança do Parlamento, Samaras pediu eleições imediatas, afirmando que Papandreou rejeitou sua proposta de uma coalizão suprapartidária que apenas ratificaria o acordo de empréstimo, mas não a implementação das medidas.

Em meio ao impasse, um porta-voz do governo lembrou que a Grécia precisa ratificar até o fim do ano o plano de resgate financeiro oferecido pela União Europeia (UE) para solucionar sua crise da dívida. "Segundo um cronograma inegociável da cúpula europeia (onde o plano foi acertado), o novo acordo precisaria ser ratificado no Parlamento até o fim de 2011", disse Ilias Mossialos, o porta-voz.

"Nossos parceiros europeus não irão esperar. Nós temos apenas sete semanas e não podemos perder nenhum dia", acrescentou ele, aumentando a pressão para que os políticos gregos cheguem a um consenso sobre a formação de um governo de unidade nacional.

Enquanto isso, circulavam rumores segundo os quais Papandreou pode nomear seu ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, para liderar um governo de unidade nacional ainda neste sábado, disse um representante do Partido Socialista (Pasok), de Papandreou, acrescentando que o chefe de governo não excluía outros candidatos.

"Papandreou acredita que Venizelos é a pessoa mais adequada para liderar o governo de coalizão", disse a fonte. "Venizelos é o principal negociador na Europa, portanto haverá continuidade, embora o maior partido de oposição Nova Democracia seja contra a proposta", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

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