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Policiais e testemunhas estão prestando esclarecimentos sobre a morte de nove pessoas durante tumulto após ação da Polícia Militar (PM) em baile funk na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na madrugada deste domingo (1º), que também deixou outras 12 pessoas feridas.

Em entrevista à Rádio Eldorado, o porta-voz da PM, tenente-coronel Emerson Massera, disse que ainda "não é possível apontar que houve uma falha dos policiais". "Preventivamente, apreendemos as armas de todos policias e pedimos exame residuográfico", afirmou o tenente-coronel.

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Os policiais que participaram da ação negam ter disparado arma de fogo. A Corregedoria está investigando a ação da PM no pancadão. Imagens estão no inquérito e estão sendo analisadas - entre elas a que mostram agressões cometidas por policiais.

"É muito grave (a agressão), mas a primeira sensação que dá, não estou desqualificando o fato, que é extremamente grave, mas a sensação que temos é que não ocorre no problema do pancadão, que teve a correria das pessoas. A imagem é muito lenta e parada", avaliou Massera. Os policiais que aparecem no vídeo serão identificados para saber se estavam em Paraisópolis na madrugada de domingo.

De acordo com a versão oficial, seis PMs estavam na Avenida Hebe Camargo, perto da comunidade, quando uma dupla passou de motocicleta por volta das 5h30 e atirou contra os policiais, ao serem abordados. Eles fugiram em direção à festa, que reuniu 5 mil pessoas.

Na chegada ao baile, os policiais dizem que teve início o tumulto e que os suspeitos se esconderam na multidão. Isso teria feito com que participantes da festa, em pânico, tropeçassem e se machucassem gravemente.

Já moradores, em relatos e vídeos, acusam os PMs de agir com truculência. O governo do Estado informou que vai investigar as circunstâncias das mortes para apontar se houve excessos. "Os policiais tentaram prevenir a instalação do pancadão. Começou a (se) fazer policiamento nos arredores para evitar crimes durante o evento. Em um dos pontos, passou uma moto, em atitude suspeita", afirmou o porta-voz da PM.

Segundo Massera, os policiais pediram para eles pararem, mas os ocupantes atiraram e fugiram em direção ao baile funk. "A ação dos criminosos é que provocou o tumulto."

Sem estrutura

Há quase uma década, o Baile da Dz7 (17) acontece aos fins de semana na região de Paraisópolis. Em algumas ocasiões começam na quinta e se estendem até domingo, o que gera reclamação de moradores do Morumbi, bairro vizinho. Jovens se deslocam de diversos locais da cidade rumo ao pancadão.

"O baile funk acontece há anos na comunidade Paraisópolis, sem estrutura adequada. É preciso focar em providências para oferecer local mais adequado para a realização do evento, que acontece aos fins de semana", defendeu o tenente-coronel.

Segundo o porta-voz da PM, somente no último sábado, 30, foram registrados 250 pontos de pancadão na cidade de São Paulo. "Somente neste ano, já foram 45 operações que preveniram a realização do pancadão em Paraisópolis."

Conforme moradores, esses bailes também se tornaram motivo de incômodo frequente, por causa do barulho e das aglomerações.

"Risadinha" era um dos apelidos de Gustavo Cruz Xavier, de 14 anos, uma das nove pessoas que morreram pisoteadas em um baile funk em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, após ação da Polícia Militar na madrugada deste domingo (1°). A lembrança de como o adolescente era conhecido é do tio, o ascensorista Roberto de Oliveira, de 44 anos.

"Ele era muito querido. Enquanto a gente estava resolvendo as coisas, procurando por ele, umas 100 pessoas apareceram na casa dele. Colegas, amigos de infância, parentes. Ele tinha o apelido de "risadinha". Ria de tudo, não ficava mal. Era muito feliz", disse.

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As expressões sérias apareciam apenas para as fotos para as redes sociais, relembra o tio. Oliveira diz que o adolescente não dava trabalho para a família e que os bailes eram a sua diversão. "Ele só tinha tamanho, era um menino bom. Tanto que o pai dele já é falecido, morreu há uns oito anos, e ele não entrou para o crime."

O corpo de Gustavo está sendo velado e será enterrado em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, na tarde desta segunda-feira (2). "Muita gente está vindo. Vão reservar um ônibus para trazer as pessoas para cá. Teve amiguinho dele que veio a pé", contou Oliveira.

Ao longo do domingo, a família do garoto procurou por ele já com a certeza de que Xavier era uma das vítimas. Ele aparecia desacordado e caído no chão em um dos vídeos que circularam nas redes sociais. À noite, o corpo foi reconhecido pelos familiares. "Ali, o mundo acabou para a gente", disse o tio do menino.

O deputado federal Marco Feliciano (Pode-SP) defendeu que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), acabe com os bailes funks que acontecem nas comunidades paulistas, como o que foi realizado na madrugada do último domingo (1º) em Paraisópolis, onde nove jovens morreram pisoteados após um tumulto que teria sido gerado por uma perseguição policial.

--> Bolsonaro diz que lamenta mortes em baile funk

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Em publicação no Twitter, Feliciano não comentou sobre as mortes, mas disse que os "moradores honestos" dessas localidades "não aguentam mais" o que chamou de "bandalheira" dos bailes funks.

“Moradores honestos da periferia de São Paulo NÃO AGUENTAM MAIS [sic] a bandalheira em bailes funk. Recebi denúncias de tráfico de drogas, prática de atos obscenos, prostituição e até pedofilia”, argumentou Feliciano. 

“O prefeito Bruno Covas tem que acabar com isso! Proporei audiência pública sobre o tema”, emendou o deputado. 

Na madrugada desse domingo, segundo informou agentes do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), acontecia uma operação na região de Paraisópolis quando dois homens, em uma motocicleta, dispararam contra os policiais. A moto teria fugido em direção ao local onde acontecia o baile, ainda atirando, o que gerou o tumulto e a perseguição por parte dos policiais. Cerca de 5 mil pessoas estavam no baile. A PM disse ainda que foi recebida com pedradas e garrafadas no local. 

Pessoas que estavam no baile e ficaram feridas, além de familiares contestam a versão da polícia. 

O presidente Jair Bolsonaro falou, nesta segunda-feira (2), sobre as nove mortes durante ação policial, na madrugada deste domingo (1º), em baile funk, na comunidade de Paraisópolis, na zona Sul de São Paulo. 

Em parada rápida no Palácio do Planalto para cumprimentar um grupo de eleitores, o presidente disse: "Eu lamento a morte de inocentes". Bolsonaro, no entanto, não falou sobre a operação da Polícia Militar. 

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Cerca de 5 mil pessoas estavam no baile quando a PM realizava uma ação de perseguição a homens armados que fugiam com motocicletas. No tumulto, jovens que saiam da festa foram encurralados em vielas estreitas da favela. Nove deles morreram pisoteados. 

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), também comentou sobre o ocorrido por meio do Twitter, no qual ela afirma ter determinado que a Secretaria de Segurança Pública faça uma rigorosa apuração do caso. 

"Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio", disse.

Nove pessoas morreram pisoteadas e 12 ficaram feridas durante tumulto após ação da Polícia Militar em baile funk na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, na madrugada deste domingo, dia 1º. A corporação afirma que os agentes de segurança perseguiam dois suspeitos em uma moto, quando entraram no local da festa, que reuniu cerca de 5 mil pessoas. Já moradores, em relatos e vídeos, acusam os PMs de agir com truculência. O Estado informou que vai investigar as circunstâncias das mortes para apontar se houve excessos.

A mãe de uma jovem de 17 anos relatou que a adolescente foi agredida por um policial militar durante a correria no baile funk. "Ela levou uma garrafada na região da cabeça. Levou pontos no centro da testa, em volta do olho e no queixo. Deve ter levado uns 50 pontos. Ela afirma que foi agredida por um policial e está com marcas de cassetete nas costas", conta a dona de casa, de 36 anos, que pediu anonimato.

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Ela afirma que não sabia que a filha estava na festa, mas descobriu ainda na madrugada, quando recebeu ligação do posto de saúde. A família mora em Pirituba, zona norte. Segundo o relato da jovem, os participantes do baile teriam ficado cercados em ruas estreitas durante a ação policial. "Ela já tinha ido lá outras vezes, escondida. Minha filha relata que acontecia o baile e os policiais fecharam os dois lados. Eram mais de duas viaturas de cada lado. Tinha uma viela e vieram os PMs, cercaram entrada e saída. No desespero, não tinha para onde correr."

A agressão teria ocorrido quando a jovem tentou ajudar outra garota, que também estaria sendo agredida por um PM. "Ela saiu de perto do namorado e, quando foi levantar a menina, o policial 'tacou' a garrafa na cara dela. Ela ficou internada 12 horas porque fez tomografia do crânio para ver se não tinha sangramento ou fratura. Quem sobreviveu nasceu de novo."

Trancados

O dono de um bar na comunidade, que também não quis ser identificado, disse que o baile ocupava de três a quatro quarteirões. Segundo ele, os PMs apareceram uma vez e logo depois voltaram disparando balas de borracha e bombas de gás no início da madrugada. Relatou não ter visto a perseguição descrita pela PM.

Ao ver a confusão, disse, baixou a porta e acolheu oito pessoas que estavam com um "paredão" de som na frente do bar. Desligaram a luz e ficaram em silêncio por horas. Saíram só quando o dia já estava claro. Na versão da PM, porém, o episódio teria sido por volta das 5h30, quando já havia amanhecido.

O público que frequenta o bar aos sábados tem perfil diferente daquele de outros dias. Pedreiros, pintores e operários dão lugar a jovens com "paredões" de som que se proliferam em dia de baile. A festa onde houve o tumulto é a da 17, uma das maiores da região, referência a um antigo comerciante que deu início ao evento há dez anos. O baile prosperou e, aos sábados, atrai milhares em uma mistura com festas menores.

O dono do bar disse que é comum a ver a PM na área. "Às vezes são educados, chegam e pedem para fechar. Em outras, lançam bomba aqui dentro e batem nos frequentadores." Procurada, a Secretaria de Segurança Pública disse que, por ser domingo, não conseguiria apurar e se manifestar sobre relatos de supostas violências ocorridas em outros dias.

Clima tenso

Moradores têm relatado escalada da tensão em Paraisópolis após o assassinato de um sargento da PM há um mês. Segundo líderes comunitários, lá aumentaram ações policiais, com relatos de ameaças e truculência.

Nas redes sociais, moradores vinham comentando sobre possível "invasão" da PM na comunidade. "Os moradores estão com medo, e nos enviam relatos de agressões e ameaças constantes", disse Marisa Fefferman, da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio, grupo que busca que dar visibilidade a casos de abuso nas periferias.

"O baile funk (aumentou) por conta da ausência do Estado, que não investe em equipamentos de lazer para a comunidade. Cresceu de forma desorganizada. O baile cresceu, mas nunca teve solução, só repressão", disse Gilson Rodrigues, líder comunitário de Paraisópolis. Segundo moradores, esses bailes também se tornaram motivo de incômodo frequente, por causa do barulho e das aglomerações.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública não se manifestou sobre os relatos ou o suposto elo com a morte do PM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil e a Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo informaram que vão apurar as circunstâncias da ação da Polícia Militar durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis na madrugada de domingo, 30. Nove pessoas morreram pisoteadas.

O ouvidor das polícias, Benedito Mariano, disse à reportagem que entrou em contato com a Corregedor da PM e pediu que a apuração seja conduzida por esse órgão.

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Em uma rede social, o governador João Doria (PSDB) lamentou o ocorrido e falou que o caso será investigado: "Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio", disse ele no Twitter.

"Foi uma ação desastrosa da Polícia Militar porque gerou tumulto e mortes na comunidade de Paraisópolis, com a repressão ao baile funk. Todas as circunstâncias precisam ser apuradas, se de fato houve uma perseguição policial contra suspeitos ou se isso foi inventado como um álibi dos policiais", afirmou o advogado Ariel de Castro Alves, membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe).

"Mesmo tendo perseguição, não se justifica esse tipo de ação. Deveria ter um planejamento maior, já que ali estavam 5 mil pessoas. A polícia precisa estar preparada para evitar tragédias, desastres, mortes, tumultos, como esse que ocorreu em Paraisópolis", completou Alves.

Segundo a versão oficial, policiais militares perseguiam dois suspeitos em uma motocicleta quando entraram no local onde ocorria a festa, com cerca de 5 mil pessoas. Havia seis motocicletas da PM estacionadas na altura da Avenida Hebe Camargo, na zona sul, para reforçar o patrulhamento da região por causa do baile funk.

Por volta das cinco horas da manhã, passou pelo local uma outra moto com dois suspeitos, que dispararam contra os agentes de segurança e fugiram em direção a Paraisópolis. Os policiais, então, perseguiram a dupla, de acordo com o registro policial.

Ao chegar à comunidade, os policiais afirmam que teve início o tumulto e os suspeitos se esconderam na multidão. Isso causou pânico e fez com que participantes da festa tropeçassem e se machucassem gravemente. As identidades das vítimas - uma mulher, sete homens e um adolescente de 14 anos - ainda não foram divulgadas.

A vendedora Maria Cristina Quirino Portugal estava com raiva do filho Denys Henrique Quirino da Silva, de 16 anos. Ele havia saído para trabalhar na tarde do sábado, 30, e até a manhã do domingo, 1º, não havia dado notícia. A informação do seu paradeiro veio do pior modo possível: o hospital telefonou informando sobre a morte do jovem em tumulto no baile funk de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Mais oito pessoas morreram na confusão, que começou após a chegada do PM no local.

Moradora do Limão, na zona norte, onde vive com os quatro filhos, Maria Cristina não entendeu como o filho foi parar em um baile funk tão longe de casa. "Ele saiu para trabalhar e não voltou. Até eu receber a ligação do hospital, eu estava brava com ele e isso só passou quando o vi gelado no IML (Instituto Médico-Legal)", disse a mãe da vítima, em frente ao 89º Distrito Policial (DP), onde o caso está sendo investigado. Ela acredita que era a primeira vez que o filho, que era auxiliar de serviços gerais em uma loja de tapetes, tinha ido a esse baile.

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Maria Cristina contou que cresceu na Brasilândia, na zona norte, onde a muvuca de bailes funks a incomodava bastante. Sobre a ação policial, porém, acredita que poderia ter sido feita de forma a evitar a confusão. "Nasci e cresci em periferia e sei que nem todo mundo ali é bandido. Ao contrário. Sou a favor da polícia, mas isso que aconteceu não poderia ter acontecido, sou cidadã. A estratégia tem de ser diferente, sem bala de borracha, sem gás. Tem de acabar com os bailes antes de começarem. Caso contrário, outras mães vão perder seus filhos", disse.

O corpo do seu filho, contou, não tem nenhuma marca mais expressiva que pudesse explicar a morte, como alguma perfuração de tiro, o que para ela torna plausível a explicação de pisoteamento. "Não tem marca de nada, mas ele não conseguiu se defender", lamentou. "Estou vazia. Ele estava no local errado, na hora errada."

Ela classificou o temperamento do filho, a quem chamou de teimoso, como difícil e problemático na escola. Por faltas, foi desligado de um colégio, mas a mãe tentava uma nova vaga em outra instituição. Para o futuro, seu plano era se alistar no Exército. "Cansei de falar para deixar de andar com más companhias, mas não adiantou."

Após a morte de nove pessoas na madrugada deste domingo (1º) em um baile funk na favela Paraisópolis, zona sul de São Paulo, o tenente-coronel Emerson Massera, porta -voz da Polícia Militar, afirmou que policiais usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio em reação ao ataque inicial de bandidos que atiraram contra as viaturas e seguiram em direção ao local onde ocorria o evento, também conhecido como ‘pancadão’. A PM informou que cerca de 5 mil pessoas participavam do baile. As declarações foram dadas em uma entrevista coletiva no início da tarde.

“As ações só se deram porque os policiais foram atacados”, afirmou o porta-voz da PM. Ele explicou que uma moto com dois indivíduos em atitude suspeita passou por um ponto de estacionamento de patrulhas da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), do 16º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) que realizavam a Operação Pancadão na região. Segundo ele, os policiais estavam ali para garantir a segurança das pessoas. Massera acrescentou que, ao serem abordados, os suspeitos não pararam e dispararam contra os policiais.

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Os agentes perseguiram os bandidos até o baile funk, quando ocorreu o tumulto. “Na tentativa de abordagem, esses ocupantes da moto fugiram e dispararam contra os policiais. Esse acompanhamento se deu por cerca de 300 metros, quando acabou terminando no pancadão. Os criminosos utilizaram as pessoas que estavam frequentando o baile como uma espécie de escudo humano para impedir a perseguição policial”, detalhou Massera.

Segundo ele, no momento em que os policiais chegaram próximo ao pancadão, em seis motocicletas da Rotam, as pessoas foram na direção dos policiais, “arremessando pedras, garrafas e aí a atuação da polícia acabou sendo uma ação de proteção aos policiais”. Ele disse ainda que os criminosos se misturaram à multidão, “inclusive efetuando disparos de arma de fogo contra os policiais. Nós recolhemos no local pelo menos uma munição de calibre 380 e uma de 9mm que supomos que estavam com esses bandidos”, acrescentou.

Segundo Massera, na dispersão, algumas pessoas teriam tropeçado. Nove pessoas morreram por ferimentos após terem sido pisoteadas. “Por conta dessa correria que se deu com a chegada dos policiais, em acompanhamento aos criminosos, nove pessoas ficaram feridas gravemente e vieram a falecer. Até o momento a informação é que morreram pisoteadas, não há nenhuma com perfuração de arma de fogo ou algum outro tipo de lesão”, disse o agente.

Das nove pessoas mortas, quatro foram identificadas, sendo uma delas um adolescente de 14 anos. Entre as vítimas, que ainda não tiveram seus nomes revelados, estão oito homens e uma mulher.

Quanto aos suspeitos, a Polícia Militar informou que, com a dispersão, não conseguiu perseguir os suspeitos e que, por enquanto, ninguém foi preso.

Apuração

Segundo a PM, o caso agora segue para apuração na Polícia Civil e também será feito o Inquérito Policial Militar para apurar se houve alguma falha no procedimento. O porta-voz reiterou que os policiais usaram apenas balas de borracha ao ser questionado sobre relatos de vítimas e moradores que usaram as redes sociais para informar que viram policiais atirando com armas de fogo.

“A informação que temos até o momento é que nenhum policial efetuou disparo de arma de fogo, de qualquer forma, preventivamente, nós apreendemos dos policiais envolvidos nessa ocorrência [as armas utilizadas] para verificar se houve algum disparo. Isso é praxe, medida que é feita em toda investigação policial”, explicou.

A PM ressaltou que a atuação da polícia não foi em relação ao baile funk. “Nós temos como consenso que a atuação da polícia nesses casos tem que ser uma ocupação preventiva de buscar ocupar antes. Esse baile já estava instalado, nossa estimativa é que de pelo menos 5 mil pessoas participavam deste pancadão. A atuação da polícia militar ocorria no entorno, então os fatos só se deram em razão da agressão que os policiais sofreram fora do pancadão”, finalizou.

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Oito pessoas morreram após uma perseguição policial com troca de tiros durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, na madrugada deste domingo (1º). Há ainda, pelo menos, outras duas pessoas feridas. Dado foi informado pela Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com informações do G1, o 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) informou que agentes de segurança realizavam a Operação Pancadão na região quando dois homens, em uma motocicleta, dispararam contra os policiais. 

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A moto teria fugido em direção ao local onde acontecia o baile, ainda atirando, o que gerou o tumulto e a perseguição por parte dos policiais. Cerca de 5 mil pessoas estavam no baile. A PM disse que foi recebida com pedradas e garrafadas no local.

A Polícia Militar encontrou, na noite de segunda-feira (6) o corpo da policial Juliane dos Santos Duarte, de 27 anos, desaparecida desde a última quinta-feira (2), dentro de um carro na zona sul da capital. O veículo foi localizado na Rua Cristalino Rolim de Freitas, no bairro Campo Grande. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública no início da madrugada desta terça-feira (7).

Na última semana, as polícias Militar e Civil montaram operações na região de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, após relatos de que a policial militar teria sido atacada por homens e sumido. Juliane foi vista pela última vez na Rua Melchior Giola, na Vila Andrade.

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Na última sexta-feira (3) policiais encontraram um corpo em Paraisópolis, que poderia ser da policial, mas, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, o corpo era de um homem.

Desaparecimento da policial

De acordo com o boletim registrado no 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi), uma secretária de 41 anos compareceu ao DP informando que a policial participava de um churrasco em sua casa, quando, por volta da meia-noite, foi para a casa de vizinhos. Às 6 horas da manhã, uma vizinha chegou desesperada e informou que a PM teria sido baleada por indivíduos desconhecidos.

Os disparos teriam envolvido uma briga iniciada em um bar após ela se identificar como policial militar e reclamar do sumiço de um aparelho celular da mesa em que estava. A policial atuava na 2ª Companhia do 3º Batalhão Metropolitano, responsável pelo patrulhamento em parte do Jabaquara, na zona sul.

Na tarde da última sexta-feira, após uma denúncia pelo canal 190, foi localizada a moto da PM em Pinheiros, na zona oeste da capital.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo a IBGE, a maior comunidade de São Paulo, Paraisópolis, terá sua própria agência bancária, que se chamará Banco de Paraisópolis. Os moradores a administrarão e terão sua própria moeda apelidada de Nova Paraisópolis, que será impressa e circulará apenas dentro do bairro.

Os moradores poderão obter contas correntes, cartão de débitos e aplicativo para celular, além de priorizar empréstimos que financiem o comércio local, já que há cerca de 8 mil estabelecimentos comerciais no bairro. E quem tiver a conta no banco, terá descontos no comércio credenciando.

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Os juros e taxas de funcionamento serão usados para financiar causas da comunidade, como construções de moradias e canalização, pois apesar de toda essa “fama” a comunidade vive sérios problemas de pobreza extrema e tráfico de drogas.

Segundo a Rede Brasileira de Bancos Comunitários, funcionando às margens dos grandes bancos, de forma independente, existem 103 dessas instituições operando no país que giraram R$ 40 milhões entre 2016 e final de 2017. 

Para quem desconhece, os bancos comunitários existem há mais de 20 anos no Brasil e o primeiro Banco foi em Palmas, criado em 1998 na Favela de Palmeiras.

*por Tayná Barros

Um incêndio de grandes proporções atingiu a favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 1º, com a destruição de ao menos 50 casas, segundo informação do Corpo de Bombeiros.

A corporação está no local realizando agora trabalho de rescaldo. 24 viaturas e 90 homens permanecem na região. O incêndio começou pouco após as 13h30.

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Uma pessoa foi socorrida por inalação de fumaça, mas não há informações sobre seu estado de saúde.

O Corpo de Bombeiros informa que as causas ainda estão sendo investigadas, mas não está descartada a incidência de curto circuito na favela de Paraisópolis.

Outro incêndio

Em 14 de maio de 2016, um incêndio atingiu pelo menos 100 casas na comunidade Paraisópolis, localizada na zona sul de São Paulo. Na época, uma área total de 1.000 metros quadrados foi afetada pelas chamas.

Um incêndio de grandes proporções atinge a favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 1º, com a destruição de ao menos 20 casas, segundo informação do Corpo de Bombeiros.

A corporação combate as chamas com 22 equipes e o fogo não estava controlado até as 14h50. O incêndio começou pouco após as 13h30.

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Uma pessoa foi socorrida por inalação de fumaça, mas não há informações sobre seu estado de saúde.

Cerca de 20 casas desabaram na rua Pasquale Galupi, em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, na madrugada deste domingo, 5. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 7h e deslocou 18 viaturas ao local.

Segundo a corporação, quatro vítimas estão desaparecidas. Duas pessoas feridas foram encaminhadas ao pronto-socorro de Campo Limpo. O estado de saúde das vítimas não foi divulgado.

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os temporais que caíram em São Paulo em junho já fizeram a capital ultrapassar a média histórica de chuva no mês. Foram 73,44 milímetros registrados nas últimas 24 horas, entre as 9 horas de sábado e às 9 horas de domingo, segundo registro do Mirante de Santana, na zona norte da capital. O total de chuvas é de 119,8 mm - a média histórica é de 55,7 mm.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências da Capital (CGE), a previsão para os próximos dias também deve ter chuva. Na segunda, em função da aproximação de frente fria, o tempo ficará instável e chuvoso ao longo do dia, com previsão de elevados índices pluviométricos. A temperatura mínima será de 16º C e a máxima, 21º C. Na terça, a capital deve ter um volume significativo de chuvas, aumentando o risco para deslizamento e transbordamentos de córregos e rios. A temperatura mínima será de 16º C e a máxima, de 18º C. Na quarta não deve chover.

Um incêndio de grandes proporções destruiu neste sábado, dia 14, pelo menos 100 casas da favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, segundo as primeiras estimativas do Corpo de Bombeiros. Até as 22 horas, não havia informação sobre vítimas, e o trabalho de combate às chamas estava na fase de rescaldo.

O resgate chegou a socorrer um homem, que havia caído de uma laje, em local perto do incêndio, mas em caso não relacionado. Segundo a corporação, o fogo começou por volta das 17 horas, mas em cerca de três horas já estava em fase de controle. A expectativa, porém, era de que os trabalhos continuariam até a manhã deste domingo.

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Ao menos 15 viaturas foram enviadas para o local e pelo menos 45 bombeiros trabalharam para combater as chamas. Eles chegaram rapidamente ao local, mas tiveram dificuldade em manobrar os veículos de grande porte dentro das ruas estreitas da comunidade.

Centenas de pessoas acompanharam, de diferentes pontos da favela, o trabalho dos bombeiros. De trás das fitas de isolamento, choravam diante da destruição. "Meu vizinho ficou jogando um balde de água (no fogo), gritando. Mas me deu desespero. Vimos que não ia dar tempo de tirar nada e saímos correndo", conta a dona de casa Fátima de Marco, de 54 anos.

A causa das chamas ainda seriam investigadas. Segundo os moradores, havia pelo menos duas possibilidades. Uns falaram que teria começado em uma lanchonete, outros, que partiu de uma das residências.

A noite de sábado costuma ser a mais agitada da semana em Paraisópolis, quando churrascos, cultos e festas ao som de carros ocorrem em diferentes pontos, simultaneamente.

Embora quase toda as casas atingidas fossem de alvenaria, os moradores contam que o fogo se alastrou rapidamente. Os bombeiros estimaram em 1.000 metros quadrados a área total atingida. A favela é uma das maiores de São Paulo e tem cerca de 100 mil habitantes.

Rápido

"Minha avó é um pouco surda e estava no segundo andar. Meu irmão correu e desceu com ela. A gente estava vendo TV quando ouviu o povo gritando. Foi tudo muito rápido", contou o instalador Leandro Araújo Davi, de 32 anos. Os moradores ainda não tinha ideia do estado de seus imóveis quando os bombeiros chegaram.

"Demorou demais, muito mesmo", reclamou. Quando as equipes começaram a trabalhar, os moradores foram orientados a se afastar.

Um incêndio atingiu a favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, no fim da tarde desta terça-feira (5). O Corpo de Bombeiros informou que treze viaturas foram encaminhadas ao local.

Segundo a corporação, duas residências foram atingidas pelas chamas. Até o momento, não há informações de vítimas e nem as causas do incêndio. O fogo foi controlado por volta das 17h50.

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Um policial militar foi baleado na quinta-feira, 23, em um confronto com suspeitos na Rua Itajubaquara, na comunidade de Paraisópolis, zona sul da capital paulista. A PM foi acionada com a informação de que um grupo de criminosos estava reunido em um imóvel na via.

Segundo a corporação, o policial foi recebido com tiros no local às 14h58, ao que revidou, dando início ao confronto. O PM, que não teve o nome informado, acabou sendo baleado no abdômen. Ele foi socorrido ao Hospital Albert Einstein e passou por cirurgia. À noite, seu estado de saúde era estável.

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Em seguida, a polícia fez um patrulhamento em Paraisópolis com o intuito de encontrar os suspeitos. Uma nova troca de tiros ocorreu e um suspeito foi baleado. O seu estado de saúde não foi divulgado. Ninguém havia sido preso até as 22 horas.

Um incêndio de grandes proporções atingiu a favela do Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada desta terça-feira (10). O fogo começou por volta das 4h e já foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. Ainda não há informações sobre vítimas ou número de desabrigados.

Cerca de 18 viaturas dos bombeiros foram enviadas ao local. No momento, a corporação trabalha no rescaldo.

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Um incêndio atinge alguns barracos da favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, desde as 7h14 desta sexta-feira. O fogo está localizado na altura da Rua Campos Freire, 100, Vila Andrade, e 16 viaturas do Corpo de Bombeiros estão se dirigindo ao local. Um helicóptero Águia 9 da Polícia Militar auxilia na ocorrência e não há informações sobre feridos até o momento.

A Operação Saturação da Polícia Militar na Favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, em vigor desde o dia 29 de outubro, prendeu 36 pessoas em flagrante por crime ou contravenção penal até as 3h desta terça-feira. A ação tem como objetivo capturar criminosos e sufocar o tráfico de drogas na comunidade, de onde partiram ordens para a execução de policiais militares recentemente.

Além das prisões em flagrante, 11 procurados foram detidos e seis adolescentes apreendidos por ato infracional desde o começo da ocupação. Nesse período, 340 quilos de maconha e 38 quilos de cocaína foram recolhidos e foram apreendidas 50 unidades de drogas sintéticas, 16 armas de fogo e 351 munições.

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Durante as buscas, foi encontrada também uma lista com nomes de 40 policiais marcados para morrer. Neste ano, 92 policiais militares foram mortos no Estado.

Na última quinta-feira (1), a PM expandiu a Operação Saturação para os bairros de Campo Limpo e Capão Redondo, ambos na zona sul da capital, onde cerca de 300 homens foram escalados para trabalhar. Antes disso, na quarta-feira (31), policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) entraram na favela São Remo em busca de suspeitos, ao lado do câmpus da Universidade de São Paulo (USP), no Butantã.

A operação em Campo Limpo e no Capão Redondo começou às 17h de quinta e terminou às 6h de sexta-feira (2). No total, 1.071 pessoas foram abordadas e nove presas em flagrante. Foram apreendidas duas armas, sete munições, 5 kg de cocaína e 1,3 kg de maconha.

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