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A deflagração de uma greve na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ficou só na ameaça. Professores da instituição de ensino rejeitaram uma paralisação após assembleia realizada na manhã desta terça-feira (25), no Clube Universitário do Campus Recife. Diante do resultado, durante este ano não devem acontecer novas reuniões tendo como pauta o início de uma greve.

Liderados pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), os professores reivindicavam um aumento salarial integral de 19,7% já para o próximo ano. Por outro lado, o governo federal propôs um reajuste de 21%, fracionado em quatro anos. Os educadores da Federal também pediam melhores condições de trabalho e mais investimentos nas universidades públicas.

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A última greve dos docentes da UFPE aconteceu em 2012. A paralisação durou mais de 110 dias e foi considerada um dos maiores atos grevistas da história.

Gilberto Cunha, presidente da Adufepe, acredita, levando em consideração os relatos dos professores na assembleia, que os professores rechaçaram a possibilidade imediata de greve por considerarem que a atual crise econômica e política impediria negociações de aumento salarial, além de melhoras nas condições de trabalho e uma reestruturação nas carreiras. Para ele, os mesmo problemas vão acabar atrapalhando a realização de algumas atividades acadêmicas na UFPE: "A gente sabe que a universidade está sucateada e enfraquecida, vamos ter problemas futuros."

Ao todo, 290 professores votaram. Destes, 168 foram contra a greve, 114 a favor e 8 se abstiveram.

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