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Após o prefeito da cidade de Boa Vista (AM), Arthur Henrique (MDB), cancelar a participação do cantor pernambucano Johnny Hooker do festival Mormaço, devido as críticas de evangélicos e políticos da extrema direita, o deputado estadual Pastor Júnior Tércio (PP-PE) elogiou a decisão do gestor. 

O cancelamento da apresentação ocorreu após alguns parlamentares locais de direita compartilharem vídeos antigos de Johnny, durante um show dele em 2018, no qual o artista aparece dizendo que "Jesus é travesti" para os seus fãs. Na época, o cantor protestava contra o cancelamento de uma peça teatral sobre Jesus em que a atriz principal era uma mulher transexual.

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O prefeito Arthur pediu desculpas e disse que “não abre mão” dos seus princípios e valores.

"Eu quero pedir desculpas, respeito é algo que eu não abro mão, todos sabem dos meus princípios e dos meus valores, e como prefeito sempre vou fazer o melhor pelas pessoas e pela cidade de Boa Vista. De imediato, iniciamos as tratativas jurídicas e a meu pedido, a Fetec cancelou essa atração do festival", destacou o gestor municipal.

Com a decisão, o deputado Júnior Tércio logo usou suas redes sociais para elogiar o prefeito.

"Prefeito Arthur Henrique de Boa Vista, estamos juntos. Corretíssimo. Um sujeito desse não merece estar na sua cidade. Veio aqui em Pernambuco e disse que Jesus é travesti", afirmou o pastor bolsonarista, ao também definir as músicas de Johnny Hooker como "ruins".

Cantor se defende

Em sua página oficial no Instagram, o artista classificou como LGBTfobia e extremismo religioso a decisão do prefeito de Boa Vista.

"O mais curioso é que o prefeito Arthur Henrique fala em vídeo que o festival Mormaço é um festival que vai sempre se pautar pelo respeito. Ora, prefeito Arthur Henrique, o meu show é um show de respeito, o meu show é um show de respeito de celebração de diversidade, um show que incita a palavra do amor e do respeito a todos", disse Johnny, que finalizou convocando os seus amigos Duda Beat e Xamã para se posicionarem contra o cancelamento.

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Ele ainda destacou a fala do gestor, na qual o mdbista afirmou que os artistas foram escolhidos pela Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista (Fetec), através de interações nas redes sociais, em que os moradores do município "apontaram quem eles gostariam de assistir no festival".

"Arthur diz em um vídeo publicado em suas redes sociais que a programação do festival Mormaço foi composta através de pedidos que foram realizados no site da prefeitura e no site do festival. Olha, meu show foi incluído na programação por clamor popular, por que a nota de cancelamento da Fetec fala em motivos de interesse público pra cancelamento?", questionou o artista.

Ao G1, a Fetec disse que o cancelamento da apresentação no festival "não se deu, em hipótese alguma, por LGBTQIAPN+fobia" e que "algumas manifestações ultrapassaram o limite da crítica, com ameaças que poderiam colocar em risco a segurança do cantor e do próprio público".

 

A música gospel está mais perto de virar patrimônio imaterial cultural do Recife, assim como o Brega. Na última segunda (13), foi aprovado, em segunda discussão, o Projeto de Lei (PL) número 363/2021, de autoria do Pastor Júnior Tércio (Podemos), que visa instituir o segmento como tal. Agora, o PL segue para sanção do prefeito João Campos (PSB). 

Durante a votação, apenas três vereadores foram contra o projeto, Ivan Moraes (PSOL), Cida Pedrosa (PCdoB) e Dani Portela (PSOL). Como justificativa ao PL, o pastor Tércio colocou que “o segmento da música gospel vem crescendo e ganhando um grande número de apreciadores por fortalecer os vínculos familiares e levar a palavra de Deus".

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Nas redes sociais, o parlamentar comemorou a vitória após o término da votação. “Considero a aprovação dessa matéria uma vitória do segmento gospel que, após a sanção, passará a  ter o seu estilo ainda mais difundido culturalmente, no município, assim como, mais  valorizado e fortalecido, consolidando o movimento cultural gospel”. Agora, o projeto de lei segue para avaliação do prefeito João Campos que poderá sancioná-lo ou vetá-lo.

O vereador do Recife, Pastor Júnior Tércio (Podemos), apresentou na Câmara Municipal um Projeto de Lei (PL) que visa declarar a música gospel como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. O PL 363/2021 foi proposto pelo parlamentar no final do mês de outubro e, agora, segue para análise e emissão de pareceres por parte das comissões competentes.

Se aprovado, o projeto declara o gênero musical gospel como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade do Recife. Outros ritmos, como o brega, já possuem o título, que visa resguardar e valorizar determinado segmento da cultura local. Até sua aprovação, o PL precisa passar pela análise das comissões e pelo plenário da Casa. Em caso de parecer favorável nesse primeiro momento, seguirá posteriormente para sanção ou veto do prefeito João Campos (PSB). 

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Ao justificar o projeto, o Pastor Tércio afirmou que Pernambuco é o estado com o maior número de evangélicos na região Nordeste e disse que a música gospel é usada para os mais variados fins, indo do simples apelo estético aos motivos cerimoniais e, até mesmo, mercadológicos. “O objetivo principal é a evangelização, ou seja, que as pessoas confraternizem e conheçam a palavra de Deus”, explicou.

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