Um dia após o ataque de membros de uma torcida organizada do Sport ao grupo de tricolores que comemorava o aniversário do Santa Cruz, nessa segunda (3), no centro do Recife, a diretoria rubro-negra foi alvo de críticas. Proibida na última gestão, a maior uniformizada do clube voltou a frequentar a Ilha do Retiro e os eventos do Leão, desde 2019, quando começou a administração Milton Bivar.
Apesar disso, em entrevista a Rádio CBN, nesta terça-feira (4), o mandatário afirmou que não tem conivência com o grupo. “Não temos relacionamento nenhum com torcida alguma. A gente convive porque tem que conviver, não tem saída. Agora, relacionamento? Não tenho relacionamento com cabra safado”, afirmou. “Estamos todos estarrecidos. Mandamos um ofício para o promotor de Justiça, solicitando as devidas medidas para identificar os maus elementos que fizeram esse ato covarde”, completou.
##RECOMENDA##Questionado sobre a presença de membros da TO em festas, como a sua posse e a carreata de acesso à Série A, e mais recente na recepção ao uruguaio Leandro Barcia, Milton, mais uma vez, se eximiu de contato com a torcida. “Como eles tomam conhecimento de alguns eventos, eles vão estar lá. Nas contratações, eles invadem o aeroporto. Não tenho controle, porque os jogadores estão inocentes. Eles ganham uma camisa e usam, qual o problema?”, perguntou.
Por fim, o presidente cobrou medidas das autoridades. “O Sport não tem poder de Polícia, quem tem é o Estado. Tem que prender, julgar e fazer cumprir pena, aí resolve. O problema do Brasil é a impunidade. Essa torcida nunca se acabou, só tiraram a camisa”, finalizou.