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Morreu na quinta-feira (13), aos 81 anos, o ator Paulo Goulart. No final de 2013, ele havia sido internado para tratamento de um câncer na região dos pulmões, dois anos após ser tratado por um câncer nos rins. O enterro do ator será realizado nesta sexta-feira (14), a partir das 14h, no Cemitério da Consolação.

Ele nasceu Paulo Afonso Miessa em 9 de janeiro de 1933, mas se tornou Paulo Goulart em homenagem ao tio radialista, Airton Goulart. Natural de Ribeirão Preto, começou sua carreira no rádio. Chegou a estudar Química Industrial, pois queria "ter algum ofício".

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Mas não conseguiu fugir do dom para as artes cênicas. No início dos anos 50, a Rádio Tupi abriu testes para locutores. Goulart não passou no teste, mas mesmo assim foi contratado por Oduvaldo Vianna como radioator. Vianna foi quem percebeu no jovem de voz e gestos marcantes o potencial para se tornar, então, ator profissional.

Com 18 anos, integrou o elenco de vários programas e, como era o caminho natural da época, acabou chamando atenção dos diretores de TV. O primeiro programa no qual atuou foi o de Mazzaropi, no papel de Boca Mole.

Em 1952, estreou na TV Paulista, no elenco da novela Helena. Foi também neste ano que entrou para o Teatro de Alumínio, sob a direção de Abelardo Figueiredo. Lá conheceu aquela que se tornaria sua mulher e mãe de seus filhos: a atriz Nicette Bruno, com quem se casou em 1954. Foi também com ela que estreou nos palcos, no mesmo ano, Senhorita Minha Mãe.

Era o início de uma parceria para toda a vida, que rendeu projetos como o Teatro íntimo Nicette Bruno, fundado pelo casal, além de dezenas de peças memoriáveis e premiadas. Em 1953, por exemplo, foi dirigido pelo estreante Antunes Filho em Week-end, de Noel Coward. Entre outras produções teatrais das quais participou nos anos seguintes, destaca-se Bife, Bebida e Sexo, dirigida por Paulo Francis em 1955.

Em 1956, entra para o elenco da histórica Vestido de Noiva, em que contracenava com Henriette Morineau, com quem Paulo conviveu por vários anos e a quem diz dever muito a sua formação. Para participar da peça de Nelson Rodrigues, Paulo e Nicette se mudaram para o Rio, onde ele também trabalhou no cinema, integrando o elenco do longa Rio Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos.

Parcerias

Depois de passagem pela TV Continental (1959), foi dirigido por Ziembinski em Zefa Entre os Homens, de Henrique Pongetti, em 1962. No mesmo ano, Paulo se mudou com Nicette e a família para Curitiba. Lá, trabalhou na Escola de Teatro Guaira, na TV Paraná e no Teatro de Comédia do Paraná. Mas, apesar da boa fase no sul do País, a TV estava em seu caminho e os Goulart voltaram para São Paulo em 1966, quando o ator foi convidado pela TV Excelsior para atuar em As Minas de Prata (1966), de Ivani Ribeiro.

Enquanto isso, nos palcos, Nicette e Paulo firmaram parceria com o diretor Antonio Abujamra, criaram o Teatro Livre e encenaram diversas produções, como Boa Tarde, Excelência (1967), O Olho Azul da Falecida (1968) e Os Últimos Passos (1969), entre outras.

Protagonista

Na TV, da Excelsior para a TV Globo foi questão de tempo e, em 1969, ele fazia sua estreia na emissora em A Cabana do Pai Tomás, adaptação de Hedy Maia do romance de Harriet Beecher Stowe. Em seguida, ainda em 1969, ganhou seu primeiro protagonista, o personagem de Flávio Avelar, em Verão Vermelho, de Dias Gomes. Na década de 70, voltou à Tupi para trabalhar nas novelas Éramos Seis (1977), de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho; e Gaivotas (1979), de Jorge Andrade.

No teatro, em 1974, seu hilário papel como a Mme. Hortense de Orquestra de Senhoritas, de Jean Anouilh, com adaptação e direção de Luís Sérgio Person, rendeu ao ator os prêmios de melhor atuação do ano pela Associação Paulista de Críticos (APCA) e o Molière de melhor ator.

Na década de 80 retornou à Globo para atuar em Plumas e Paetês (1980), Jogo da Vida (1981), Transas e Caretas (1984), Roda de Fogo (1986) e Fera Radical (1988). Além das novelas que o tornaram nacionalmente famoso, Goulart também integrou o elenco de várias minisséries, como Chapadão do Bugre (1988), de Antônio Carlos da Fontoura, na TV Bandeirantes.

Vilões também sempre foram presentes em sua carreira. Em 1993, no remake de Mulheres de Areia, de Ivani Ribeiro, deu vida ao inesquecível Donato. Já nos anos seguintes, passaria pelo SBT, onde fez As Pupilas do Senhor Reitor (1995), e pela Rede Bandeirantes, em O Campeão (1996). Em 1997, regressou mais uma vez à TV Globo e interpretou o aviador Ulisses em Zazá, de Lauro César Muniz. Em 2002, Benedito Rui Barbosa daria a ele mais um personagem memorável: Farina, de Esperança.

Em 2006, a família Goulart foi homenageada no 18º Prêmio Shell de Teatro. Paulo, Nicette e os filhos, que trabalharam juntos em diversos projetos foram premiados com um troféu especial por sua união e realizações teatrais ao longo de mais de duas décadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff divulgou nesta quinta-feira (13), nota de pesar pela morte do ator Paulo Goulart, que faleceu hoje aos 81 anos de idade, em decorrência de câncer. Dilma lembrou grandes momentos da carreira do ator e disse que a cultura brasileira está mais pobre com sua morte. "O governo e o povo brasileiros receberam consternados a notícia da morte do ator Paulo Goulart", escreveu. Segundo a presidente, Goulart era um grande expoente das artes e brilhou nos palcos, teatros e na tela da TV.

A presidente lembrou a trajetória do ator - que em 62 anos de carreira participou de 40 novelas, 27 filmes e 9 minisséries. "Neste momento de dor, quero transmitir meus sentimentos a seus familiares e amigos", afirmou Dilma.

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também emitiu uma nota de pesar. "Paulo Goulart deixa na memória dos brasileiros uma brilhante trajetória em favor da nossa cultura de teatro, cinema, rádio e TV. Sentiremos muita falta de sua atuação, seus personagens marcantes, seu caráter e sua generosidade", escreveu. O governador lembrou ainda da viúva de Goulart, a também atriz Nicette Bruno. "Para Nicette Bruno, familiares e amigos, transmito meus sentimentos e orações neste momento difícil", escreveu o governador.

No final de 2013, o ator havia sido internado para tratamento de um câncer na região dos pulmões, dois anos após se tratado por um câncer nos rins. O corpo do ator deve chegar às 23h30 no Teatro Municipal de São Paulo, onde será velado até as 13 horas de amanhã; o enterro será realizado às 14 horas no Cemitério da Consolação.

O ator Paulo Goulart, 81, morreu nesta quinta-feira (13) em São Paulo. Ele estava internado no hospital São José, na região central paulista. Entre agosto e outubro de 2012, o artista ficou internado devido a um câncer na região entre os pulmões. Há sete anos, o ator global já havia passado por uma cirurgia para a retirada de um tumor no rim.

Nascido em Ribeirão Preto (SP), em 9 de janeiro de 1933, Paulo Afonso Miessa, teve o Gourlart como sobrenome artístico que veio de um tio, o radialista Airton Goulart. A carreira começou na Rádio Tupi, em 1951, como ator de radionovelas.

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O artista estreou nas telinhas em 1952 quando ainda era adolescente e desde então não parou de encenar. Teve destaque em participações de novelas como “Roda de fogo” (1986). Também participou de filmes e foi dublador. 

Ele era casado há 60 anos com a também atriz Nicette Bruno, com quem teve três filhos, as atrizes Beth Goulart, Bárbara Bruno e o ator e dançarino Paulo Goulart Filho, além de sete netos, entre eles as atrizes Vanessa Goulart e Clarissa Mayoral. 

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Baseado no livro homônimo de Érico Veríssimo, O Tempo e O Vento chega aos cinemas brasileiros nesta sexta (27) e traz em seu elenco nomes como os de Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Cléo Pires, Suzana Pires Marjori Estiano e Paulo Goulart. A história das guerras e lutas do povo gaúcho se une a da família Terra Cambará, criando uma história recheada de amor e pela dor da perda.

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Tudo começa quando, em meio a um cerco ao sobrado dos Terra Cambará, surge o capitão Rodrigo Cambará (Thiago Lacerda) montado em seu cavalo e indo em direção ao interior da mansão. Lá ele encontra Bibiana Terra Cambará (Fernanda Montenegro), matriarca do clã que se prepara para seus últimos momentos de vida. Ela decide então narrar a trajetória de sua família, que se confunde com a construção de momentos marcantes na história do Rio Grande do Sul.

A história remete a quando Pedro Missioneiro (Martin Rodriguez) chega à estância de Maneco Terra (Luiz Carlos Vasconcellos). Lá, o índio criado pelos padres missioneiros conhece Ana Terra (Cléo Pires/Suzana Pires), os dois se apaixonam e nasce o menino Pedro Terra. Para defender a honra da família, Maneco mata o indígena. Tempos depois, a estância é invadida e os homens são dizimados. Sem ter para onde ir, Ana Terra segue para o povoado de Santa Fé junto com outros retirantes.

Ao chegar no povoado, ela e seu filho reconstroem suas vidas. Bibiana Terra (Marjorie Estiano) é fruto do relacionamento entre Pedro e Arminda Terra (Aúrea Batista), ela conhece capitão Rodrigo e logo se apaixona por ele. A paixão gera o desafeto entre o militar e Bento Amaral (Leonardo Medeiros), levando os dois a um duelo vencido pelo segundo de maneira injusta. Assim nasce a rixa entre as famílias Terra-Cambará e Amaral, que dá a tônica para todo o resto do desenvolvimento da trama.

A direção de Jayme Monjardim proporciona ao espectador um espetáculo visual único, captando como poucos as belezas naturais do Rio Grande do Sul, especialmente de Bagé, cidade onde grande parte das sequências foram filmadas. A cartela de cores em tons terrosos - tão característica dos trabalhos do diretor - é mantida, bem como a iluminação suave e envolvente que tanto permeia suas obras. A fotografia em muito lembra trabalhos de Monjardim para a televisão, como os da novela Pantanal (1990) e O Clone (2000).

Destaque para a grandiosa trilha sonora, que consegue recriar a atmosfera sonora perfeita para o visual proporcionado pela película. A química existente entre o casal Fernanda Montenegro e Thiago Lacerda é de tirar o fôlego, bem como a sintonia entre ele e Marjorie Estiano. Com final emocionante, O Tempo e o Vento pode ser considerado um dos melhores filmes nacionais dos últimos anos, tanto por sua estética, quanto pela força da história de amor em meio a guerras e disputas familiares.

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