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Após mais um caso de briga entre organizadas na noite desta quarta-feira (15) no estádio do Arruda, o delegado Paulo Moraes, da delegacia de repressão a intolerância esportiva, reconheceu que, com casos cada vez mais crescentes de agressões entre uniformizadas, a violência  no futebol está longe de acabar. O responsável por combater os crimes desses ‘torcedores’ afirma que é preciso buscar novas formas de se combater o problema já que a cada jogo os registros de confusões só aumentam.

“Isso não vai acabar nunca. A cada dia de jogo temos registros de casos de agressões cada vez piores. É preciso fazer um estudo sociológico para se combater esse problema. Mesmo tendo registros de alguns desses criminosos, temos penas pequenas para eles, nossa legislação é fraca. Não depende só de mim para dar fim a essa violência”, lamentou em entrevista ao Portal LeiaJá.

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Desta vez, o caso de violência entre torcidas organizadas foi relatado durante a realização da partida entre Santa Cruz e Figueirense no estádio do Arruda. O fato curioso é que apesar do jogo ser do tricolor pernambucano, a confusão envolveu integrantes das uniformizadas do Sport e Náutico que estavam no estádio no setor destinado a torcida visitante. Um ‘torcedor’ ligado a Fanáutico foi agredido por seis integrantes da Gang da Ilha nas próprias arquibancadas do José do Rêgo Maciel.

O delegado relatou que os motivos da agressão teriam sido relacionados a parcerias diferentes que as organizadas pernambucanas possuem com os times de Santa Catarina. “Foi relatado um caso de agressão dentro do estádio e a PM foi acionada para conter, ao chegarmos lá reconhecemos que a vitíma era integrante da torcida do Náutico que tem ligação com o Avaí, e os agressores, integrantes do Sport, eram ligados a do Figueirense. Os torcedores do Sport ao reconhecerem esse torcedor do Náutico o espancaram”, disse.

Ainda segundo Paulo, a vítima foi socorrida dentro do próprio estádio e conduzida a ambulância dos primeiros socorros e em seguida a UPA próxima ao Arruda, ao chegar lá, o mesmo fugiu. Afirmando que este torcedor do Náutico já tem registros anteriores em outras confusões de organizadas, o delegado afirmou que a polícia irá em busca dele. “Segundo informações esse torcedor do Náutico foi agredido porque estava tirando fotos da torcida do Figueirense, e queremos saber quais eram as intenções dele com essas imagens, se era o de marcar alguma briga ou outra coisa. Se ele fugiu é porque teme algo”, pontuou.

Os agressores, que também já tem passagem pela polícia, foram identificados, porém não foram detidos pelo caso se tratar, segundo o delegado, de uma agressão leve, o que impede a polícia de detê-los.

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