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Na manhã deste domingo (17), a capital pernambucana acordou com o céu nublado e com pancadas de chuva. No entorno do cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, local em que o candidato à presidência e ex-governador do Estado, Eduardo Campos, será enterrado, bem como seu assessor, Carlos Percol, algumas pessoas já se juntaram para prestar a última homenagem para o líder.

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"Esse tempo combina muito com a tristeza que todos estamos sentindo. Ele era muito influente na vida de todos os pernambucanos. Era um verdadeio Getúlio Vargas, porque deu muito direito a quem não tinha", conta emocionado o vigilante Júlio de Araújo, de 53 anos. A previsão é que o enterro seja feito às 17h.

Nem a chuva, que ameaçou cair na noite deste sábado (16), nem mesmo o horário, afastou o povo pernambucano de prestar a última homenagem ao ex-governador Eduardo Campos. Já era madrugada quando o cortejo com os três corpos das vítimas da tragédia aérea, que deixou sete mortos na última quarta-feira, começou a circular pelas ruas do Recife.  

Famílias se aglomeravam nas calçadas e nas janelas das casas para acompanhar cada instante do trajeto. Nas mãos, traziam cartazes com mensagens de carinho, bandeiras do Estado e até do Náutico, time do coração do candidato à presidência. O pequeno Gabriel André, de 9 anos, era um dos que carregava o símbolo do clube pernambucano. “Fiquei acordado até agora para homenagear os mortos, especialmente, o governador que era alvirrubro”, contou o garoto, emocionando ainda mais quem assistia à passagem da comitiva. 

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No carro do corpo de Bombeiros, três dos cinco filhos de Campos acenavam para as pessoas e eram retribuídos com palmas e o coro: “Eduardo, Eduardo!”. Uma faixa com a frase "Não vamos desistir do Brasil" foi fixada no veículo.

Logo atrás, vinha outro carro trazendo os corpos do assessor Carlos Augusto Percol e o fotógrafo Alexandre Severo. Não menos homenageados,os dois também foram bastante aplaudidos. “Fiquei muito triste ao ver a passagem do caixão de Percol. Minha filha é jornalista, e falava tão bem dele. Foi muito emocionante, ainda estou sem palavras”, contou a dona de casa, Valéria Andrade.

Acompanhando o cortejo, estavam milhares de carros, bicicletas e motos. Alguns buzinavam, outros tocavam até músicas de campanha de Campos. Entre elas, "Pernambuco é o meu amor, e Eduardo é o meu governador".  

“Nunca imaginei que a minha última carreata de Eduardo seria para acompanhar o corpo dele. Hoje é dia mais triste da minha vida”, falou, aos prantos, o militante José Serafim. 

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O clima foi tenso nessa quarta-feira (22), na sessão plenária da Câmara do Recife quando o vereador da oposição, Raul Jungmann (MD) subiu na Tribuna da Casa e discursou.  Ele comentou de uma nota divulgada em jornal local que, segundo ele, se tratava de inverdades enviadas pelo secretário de Imprensa da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), Carlos Percol e do assessor de imprensa da Secretaria da Juventude e Qualificação Profissional, Aquiles Lopes.

Jungmann iniciou a fala afirmando que as primeiras ações dele nessa quarta, após ler o jornal, foi entrar em contato com a família e com membros de seu gabinete para explicar o que foi divulgado em um jornal local. Ele se referia a uma foto que aparecia com um copo de uísque e acompanhado por duas mulheres na madrugada do último sábado (18) para o domingo (19). No texto, informava que a foto tinha sido tirada pelo vereador Marco Aurélio (PTC) e que o assunto foi discutido na Câmara, na última segunda-feira (20). Também dizia no texto que após ‘toró’ que caiu no Recife, o parlamentar não estava preocupado com a situação. Porém, a confusão partiu daí, porque ao vereador do PTC desmentiu o fato.

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O vereador soltou o verbo sobre o fato e acusou Perco de ser o autor as informações. “O que tentavam fazer aqui não era nada mais, nada menos que me desmoralizar com essa covardia porque tentava-se dizer que eu aqui estava preocupado com as vítimas da cheia e das chuvas, mas que eu estava numa festa bebendo então eu era um cínico, um mentiroso e atribuiu isso ao vereador Marco Aurélio porque quem entende jornalismo sabe que quando está em aspas se atribui a fala. Esse foi o meu despertar hoje”, contou.

Ele citou os anos que tem na vida pública e disse não ter passado ainda por algo parecido. “Eu devo ter 40 anos que estou na política e eu nunca vi torpeza igual. Eu nunca vi baixaria igual. Eu já enfrentei diversas situações com o ministro da Reforma Agrária,  com o líder pelo desarmamento, no combate a corrupção, eu já pensei ter presidente enfrentado e tudo, mas nunca passei por isso”, disse.

O parlamentar falou que recebeu logo cedo uma ligação de Marco Aurélio afirmando não ter partido dele essa atitude, a foto, nem tão pouco as falas. “Ele disse que não fora ele e que ele desconhece isso daqui. Então além da torpeza, além da covardia, agora você tem um crime: falsidade ideológica. Isto é criminoso, um crime não só contra a mim, mas também contra o vereador Marco Aurélio, se eu fui atingido, ainda mais o vereador”, comentou.

Sanduíche – Demonstrando irritação com o fato, o oponente comparou a política com um sanduíche. “Seu tivesse aqui de dar uma definição do que considero a política, eu diria que a política é como um sanduíche: de uma parte interesse para se ter a casa que se quer, o salário que se quer melhorar, o emprego que se busca, o interesse legítimo de toda a sociedade, saúde e educação. A outra parte são valores, são princípios, são regras de conduta. Se a política não tem valores, não tem princípios não tem regras é barbárie, é violência, é esterco, excremento, não é política. 

Raul Jungmann continuou o discurso duro e intenso e declarou sem discrição o nome da pessoa que segundo ele, teria dissipado as informações. “Quem fez isso, sabe o que estava fazendo. E sabe o que visava: desmoralizar a mim e desmoralizar a toda a população. (...) Quem teria sido o autor disso aqui? O autor disse aqui chama-se o Sr. Percol, o secretário de Comunicação da prefeitura da Cidade do Recife e seu adjunto, Sr. Aquiles. E eu peço que eles me processem, O Sr. Percol e o Sr. Aquiles que venham me processar. Porque tem email disso, tem email com a declaração falsa. Tem email com um discurso falso mentiroso, covarde”, afirmou. 

“E é tão estúpido, é tão burro, é tão canalha e é tão primária essa forma de agressão que lá se encontrava a mãe do governador, se encontravam o irmão do governador, secretários encontrei vários, inclusive amigos. Lá estava Mendoncinha, lá estavam Augusto Coutinho, são cínicos eles? São insensíveis? Claro que não", Frisou.

Após mais de 10 minutos de fala, Jungmann disse que a vida profissional não tinha nada haver com a amizade e defendeu a índole das mulheres que o acompanhavam na festa. Ele encerou pedindo a cabeça do secretário de Imprensa e afirmando que a culpa não é do prefeito Geraldo Julio. “E quero dizer: ou o prefeito Geraldo Julio pune demitindo os responsáveis por isso, e quero chamar a atenção de Gilberto (líder do governo na câmara) não estou acusando o prefeito de absolutamente nada. Não creio que o prefeito tenha qualquer envolvimento com isso. Não é dele, não é da sua história. Mas, se não houver uma punição em relação ao Sr. Percol em relação a Sr. Aquiles, infelizmente ele se tornará corresponsável”, cravou o oponente. 

Marco Aurélio – Depois do discurso de Jungmann, o vereador do PTC subiu à tribuna e confirmou que não tinha envolvimento com o fato. “Alguém aqui me viu com alguma foto do vereador Raul Jungmann em alguma festa? Ninguém viu porque eu não tinha. Se eu tivesse e tivesse usado eu usaria de frente, de costa não, no bom debate. Essa Casa tem que ter o bom debate, a boa oposição e tem que ter os bons governistas”, defendeu o vereador. 

 Confira o vídeo do discurso de Raul Jungmann

 

 

 

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