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O Dia de Reis, celebrado neste sábado (6), marca o fim das celebrações de Natal. No Recife, um cortejo de pastoris realizou uma caminhada para a tradicional celebração da Queima da Lapinha, saindo do Pátio do Livramento até o Pátio de São Pedro, no bairro de Santo Antônio. 

A prefeitura realizou o evento, reunindo 15 grupos de pastoril, além de blocos líricos, levando a lapinha, feita de palha e folhas secas, para ser queimada ao final da passeata. A tradição reza que pedidos e desejos para o ano que começa devem ser jogados na fogueira, para que sejam realizados.  

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Visitantes se encantam 

Por fazer parte da cultura popular, muitas pessoas já conhecem e gostam de prestigiar o cortejo. É o caso de Fabio dos Santos Cardoso, 42 anos, historiador, professor e catequista, que vai todos os anos ver a queima. “É uma coisa cultural e é uma coisa muito boa também, a gente participa, a gente vê essa junção do final do ciclo natalino pro início do ciclo carnavalesco”, comentou. 

“Todos os anos a gente vê os pastoris, as meninas de azul, vermelho, a Diana que usa as duas cores. Isso tudo é muito bom e eu acho que isso é a cultura de Pernambuco falando para o mundo”, concluiu. 

Por outro lado, a tradição ainda é novidade para outra parcela da população, como é o caso de Regina Cabral, moradora do bairro de Casa Forte, que compareceu pela primeira vez ao evento, acompanhada de duas irmãs, marido e filha. 

“Eu quero realmente conhecer, porque eu não nunca vi. Pra saber como é que é, qual é o processo, como é que é feito, eu vi que vai ter pastorinho, vai ter bloco lírico. É assim né? Para ver como é que é. Pra conhecer realmente”, disse. 

Tradição para quem participa 

O evento, por mais especial que seja para todos, traz uma animação ainda maior para quem participa do desfile, como as integrantes dos pastoris. A emoção toma conta de Juliana Andrade, de 38 anos, que participa das festividades do Pastoril Menino Jesus de Vovó Bibia desde os dois anos de idade, e atualmente dirige as coreografias para as crianças. 

“É uma que veio da minha avó. Ela juntou as netas para dançar pastoril alegrar a entrega das cestas básicas no Natal, ela teve muita neta, e eu cresci todo final de ano estando num pastoril, costurando as roupas, ensaiando, indo dançar no Hospital do Câncer, em instituição de idosos. E me emociona. É só escutar qualquer música de pastoril que para mim bate lá dentro porque tá no sangue, tá enraizado”, compartilhou. 

O cortejo saiu do Pátio do Livramento às 18h em direção ao pátio de São Pedro, e foi recebido por uma multidão que aguardava sua chegada para os desfiles dos pastoris e dos blocos líricos, além do momento aguardado da queima da lapinha.

 

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Em Belém, a última segunda-feira de outubro foi marcada pelas assombrosas figuras presentes no quarta edição do Cortejo Visagento, evento que tem como foco a promoção da cultura local, o conhecimento das lendas regionais, estímulo à leitura e à passagem de experiências. A concentração começou às 18 horas, no Cemitério de Santa Izabel, no bairro do Guamá. Com muita música e história, o cortejo caminhou até a praça Benedicto Monteiro, onde se encerrou, com concursos de melhores fantasias, apresentações musicais e estímulo para mais projetos culturais na cidade.

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“Nós acreditamos que o conhecimento da cultura local é importante para os jovens da nossa comunidade. O halloween já era muito exaltado dentro da nossa instituição, nós não temos bruxas, mas nós temos a Matinta, então vamos homenageá-la”, disse Mineia Silva, presidente do Espaço Cultural Nossa Biblioteca e coordenadora-geral do Cortejo Visagento.

Victor Ramos, um dos organizadores do evento, afirmou que o Cortejo está ali para dar visibilidade real às visagens, ressignificar a data de 31 de outubro, e a imagem do cemitério.

“Pessoas costumam ter medo desse lugar, mas é um lugar de descanso e paz, que contém várias histórias do imaginário e contam a história do próprio bairro”, disse Victor.

“Nós estamos em um bairro que precisou se construir por si só, ninguém ajudou o Guamá, o Jurunas, a Terra Firme, ou a Condor, nós fomos empurrados, nós tivemos que lutar pelo nosso bairro, tínhamos a opção de tentar, ou continuar chorando. Este é um bairro que sofre com uma visão negativa, e onde há visão negativa, não há investimento público. Nós temos, aqui, cemitérios, hospitais que ficaram marcados por abrigarem doenças terríveis, e os maiores investimentos feitos no bairro não foram para os moradores. Temos condomínios, que não são para os moradores, uma universidade, que não é para os moradores. Então nós estamos em uma luta para fazer com que a cultura de leitura se torne uma cultura do Guamá, para contaminar a cidade toda, querendo dar uma nova cara para o bairro do Guamá. Não somos um bairro violento, somos um bairro de criatividade. Hoje nós disputamos a mente das pessoas com a ignorância, principalmente, depois desses últimos anos de governo. Eu não tenho problemas com a igreja, mas aqui, no bairro do Guamá, nós temos uma por rua, no mínimo, e nós estamos no tempo da ciência, e ambas podem crescer juntas, por isso, queremos mais escolas, mais bibliotecas, queremos a leitura espalhada pelo lugar”, declarou Raimundo Oliveira, professor de história, e idealizador do projeto do Cortejo Visagento.

Nesta edição, o cortejo homenageou a lenda do Curupira, chamando atenção para as queimadas que ocorreram na Amazônia, mas quem também marcou presença lá, e roubou a cena, foi a Matinta Pereira, a “dona do lugar”.

“O comando, aqui, é da Matinta Pereira, é do Saci Pererê, é do Curupira. Esse território é nosso, nos respeitem, porque nós somos gente”, afirmou Raimundo.

Por Paulo Ricardo de Brito, Matheus Vinicius Silva e Ana Clara Soares (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Como forma de valorizar a cultura local, o IV Cortejo Visagento estará nas ruas no dia 31 de outubro, conhecido mundialmente como o Dia das Bruxas (Halloween), mas que, regionalmente, é comemorado como o Dia da Matinta. Com uma programação que contou com oficinas de produção de adereços e fantasias e até escrita criativa para os moradores do bairro, a quarta edição do cortejo vai reunir a população por diversas ruas do bairro do Guamá, em apresentações e performances dos grupos Teia, Shaira Mana Josy, a Matinta Maria Borges e outros. Por causa da pandemia, o cortejo ficou suspenso nos últiomos dois anos.

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A concentração será no Cemitério Santa Izabel, na avenida José Bonifácio, e segue em direção à praça Benedito Monteiro, passando pelas ruas Silva Castro, Liberato de Castro e Barão de Igarapé Miri, no Guamá, um dos maiores e mais populosos bairros da capital paraense.

 Em cada edição, a criatividade está presente por meio de fantasias e maquiagens artísticas, referenciando assombrações e personagens populares nas lendas já conhecidas por todos, como a Mulher do Táxi, a Cobra-grande, o Saci Pererê, e muitos outros.

 Nesta edição, como forma de chamar atenção para as queimadas na Amazônia, o cortejo  homenageia um personagem importante na história dos contos e lendas do Pará e do Brasil: o Curupira, o guardião da floresta. “Esse ano nós decidimos que esse personagem seria o Curupira, que é o defensor da natureza. Nos juntamos ao Movimento Amazônia de Pé para trazer a discussão da importância da preservação depois de todas as queimadas que vêm acontecendo nos últimos anos”, conta Tereza Oliveira, uma das organizadoras do Cortejo Visagento.

A expectativa nesta edição é de que pelo menos mil pessoas participem do cortejo. A criatividade sempre está presente por meio de fantasias e maquiagens artísticas. Para Mineia Silva, coordenadora do evento e do Espaço Nossa Biblioteca, um dos objetivos é também reunir os alunos das escolas públicas do bairro no evento. "Esperamos que o evento consiga agregar um número bem maior de escolas participando, pois muitas ainda não haviam participado do Cortejo e esse ano vemos que estão confirmando presença”, enfatizou Mineia. 

O projeto foi criado pelo Espaço Cultural Nossa Biblioteca e recebe a colaboração de professores, artistas e moradores do Guamá. Essa busca pela valorização local também levou voluntários da Biblioteca a ministrar aulas dentro do Cemitério de Santa Izabel. “O espaço tem como motivação realizar o cortejo todos os anos, na ideia de promover a valorização de contos e lendas do Brasil e do Pará. Acreditamos que a nossa cultura tem que ser destacada, para não ser esquecida pelas novas gerações, sendo justamente uma forma de resistência à cultura americana”, explica Mineia.

Durante o percurso, uma parada é feita a cada rua para contação de histórias e apresentações realizadas por convidados, parceiros e jovens e crianças participantes das atividades. Para os organizadores do projeto, a valorização da cultura popular é o ponto de partida para a celebração.

A escolha de iniciar o cortejo no Cemitério Santa Izabel também tem um significado: é um espaço de fortes crenças populares e cenário de diversas lendas conhecidas no bairro. 

Serviço

IV Cortejo Visagento.

Local: Cemitério Santa Izabel, bairro do Guamá.

Horário: 18h.

Data: 31/10.

Da assessoria do evento.

O tradicional Auto do Círio, programa de extensão da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA), volta às ruas nesta sexta-feira (7). O evento antecede o Círio e ocorre há 28 anos. O cortejo se inicia na Casa das 11 Janelas e segue até a Praça Felipe Patroni. O tema deste ano é “Agradecer, bendizer e celebrar”.

Tarik Coelho, coordenador do programa de extensão, comentou sobre a experiência de voltar a realizar esse espetáculo presencialmente depois de dois anos, e diz que a maior dificuldade enfrentada foi o tempo. “É uma emoção muito grande poder voltar a realizar o Auto do Círio presencialmente, nós artistas paraenses estávamos muito ansiosos por esse momento de fé e devoção à Nossa Senhora de Nazaré”, disse.

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A fotógrafa Danielle Cascaes é licenciada em Teatro pela ETDUFPA e  faz registros do Auto do Círio desde 2018. “É um evento que tem fotógrafos do mundo todo, e esse foi muito importante para mim porque foi o momento da minha carreira que eu tive a publicação Internacional, na Vogue Itália, com o registro do Auto do Círio do bailarino Juan. Eu fiquei muito lisonjeada de que o meu trabalho foi pela primeira vez reconhecido internacionalmente com um registro do Auto”, falou a fotógrafa.

Danielle disse já estar se preparando para o cortejo deste ano, comprando os materiais necessários, e que mesmo que o trajeto seja curto ele demanda muito fisicamente. “Eu acho que eu vou um pouco mais cedo para fotografar mais os bastidores do que qualquer outra coisa. Porque eu realmente não acho que eu vou ser capaz de aguentar o cortejo inteiro devido a condições físicas de uma recente cirurgia. Mas eu vou sim e vou tentar fazer tudo o que eu posso, tudo o que estiver ao meu alcance. Então eu estou me preparando física e psicologicamente para aguentar esse momento e eu acho que de qualquer maneira vai ser uma ótima experiência”, disse Danielle.

A fotógrafa comenta a alegria de poder fotografar esse espetáculo pela primeira vez como fotógrafa oficial do projeto. “É um marco para a minha carreira, porque eu comecei fotografando nele, foi uma das primeiras vezes que eu fotografei. Então eu estou muito feliz de ter sido convidada pela direção do Auto para ser a fotógrafa oficial deste ano e eu espero fazer o meu melhor trabalho. Fotografar o Auto sempre é um momento especial para mim, não só como artista mas como pessoa devota e cidadã dessa cidade”, concluiu.

A artista e professora da UFPA Luiza Monteiro é também a diretora artística do elenco que se apresenta nesta sexta-feira (7) e afirma que o Auto do Círio é um momento importante para aprender mais sobre estar em cena. “O Auto é um momento muito importante para que a gente possa aprender a estar em cena e a trocar com o público e com os outros artistas, já que, são muitas coisas acontecendo, tem muita visualidade, maquiagem, figurino e muitas performances. É uma oportunidade de explorar a capacidade que o corpo tem de estar em cena e perceber os elementos da cena no ao vivo, no improviso e no contato com esse público gigantesco que participa do auto do círio”, explica.

A professora, que participa da apresentação há mais de 10 anos por meio da Companhia Moderno de Dança, conta que o Auto já tem um espaço especial na agenda de outubro. “Para mim o Auto faz parte de todo um ritual, encontros e momentos que celebram o meu Círio de Nazaré. Também é pra que eu manifeste a minha fé, apresente minha arte. Ele faz parte do meu calendário do Círio para que eu possa dançar, rezar, agradecer e estar em comunhão com as pessoas que eu amo.”

O coordenador do programa, Tarik Coelho, confia que Nossa Senhora dê forças para que consigam realizar o Auto do Círio dentro do que foi planejado e encoraja a todos que participem deste momento. “O trajeto foi todo pensado nessa questão do público, retiramos palcos do caminho e alargamos nossas ações, esperamos que tudo dê certo. Por isso venham assistir o Auto do Círio 2022, nosso retorno ao presencial, um momento de muita fé e devoção dos artistas paraenses à Nossa Senhora”, finalizou.

Por Ana Luísa Cintra e Yasmin Seraphico (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Como forma de valorizar a cultura amazônica, o III Cortejo Visagento será realizado em Belém no dia 31 de outubro, data do Halloween, ou Dia das Bruxas, mas que, regionalmente, é comemorado como o Dia da Matinta. A programação terá oficinas de produção de adereços e fantasias, contação de histórias e apresentações.

A terceira edição do cortejo vai mobilizar a população por diversas ruas do bairro do Guamá. A concentração será no cemitério Santa Izabel, com saída para as ruas José Bonifácio, Pedreirinha, João de Deus, até a avenida Bernardo Sayão.

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Em edições anteriores, como na última, que reuniu mais de duas mil pessoas, destacaram-se a criatividade das fantasias e maquiagens artísticas, referenciando assombrações e personagens populares nas lendas já conhecidas por todos, como a Mulher do Táxi, a Cobra-grande, o Saci Pererê, o Curupira e muitos outros.

O projeto foi criado pelo Espaço Cultural Nossa Biblioteca e recebe a colaboração dos professores das escolas Barão de Igarapé-Miri e Frei Daniel, que viram a necessidade de reforçar a leitura como uma forma de desenvolver um sentimento de pertencimento e orgulho da cultura paraense. Essa busca pela valorização local também levou voluntários da Biblioteca a ministrar aulas dentro do Cemitério Santa Izabel. “Nós possibilitamos que crianças e jovens aprendam sobre a história do bairro sob uma ótica diferente, ressignificando construções públicas e criando uma visão mais positiva sobre esse espaço”, conta Raimundo de Oliveira, um dos idealizadores do projeto.

Durante o percurso, haverá paradas para contação de histórias e apresentações. O Cortejo Visagento integra um projeto maior, que é o "Guamá Tricentenário". O trajeto segue a estratégia de rememorar a origem do bairro e está envolvido em um conjunto de ações que terão uma temporalidade e um ponto de culminância no tricentésimo aniversário do bairro.

A cada ano o cortejo vai seguir para uma região diferente do Guamá, levando um pouco da história daquele espaço específico. “Queremos trazer visibilidade para os fazedores de cultura do bairro, trazendo valorização ao que temos no Guamá pelos próprios moradores e modificando a visão de que o bairro é um lugar perigoso, mostrando que é um centro de cultura”, explica Tereza Oliveira, uma das organizadoras do Cortejo Visagento.

Serviço

III Cortejo Visagento.

Local: Cemitério Santa Izabel, bairro do Guamá.

Horário: 19h.

Informações: Ariela Motizuki -  (91) 993772930

Da assessoria do evento.

Na próxima quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, acontecerá a marcha da consciência negra contra o racismo, o genocídio e pelo direito de viver do povo preto. O evento será feito no Parque 13 de Maio, no Centro do Recife, a partir das 14h e é uma iniciativa da Articulação Negra de Pernambuco (ANEPE), em parceria com mais de 50 movimentos negros que buscam articular estratégias de incidência política em Pernambuco. 

A data, estabelecida como Dia da Consciência Negra, tem como mote de reflexão a morte do líder negro Zumbi dos Palmares, que aconteceu em 20 de novembro de 1695. De acordo com a ANEPE, no evento acontecerão algumas intervenções culturais e em seguida o grupo deve seguir em marcha, juntamente com um cortejo de afoxés para a Rua da Guia, no bairro de São José.

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No local, a partir das 18h, algumas atrações como o grupo Femigang, Isaar, afoxé Omô Nilê Ogunjá e as DJs Themonia e Nenacalligera comandarão a noite e finalizarão o evento. 

Dando por iniciadas as festividades e mobilizações do Mês da Consciência Negra, a Caminhada dos Terreiros de Pernambuco chega à sua 13ª edição nesta sexta-feira (1º). O tradicional cortejo das religiões de matriz africana é promovido pela Rede de Articulação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, com apoio da Prefeitura do Recife.

Nesta 13ª edição, o tema da Caminhada será Mexeu com um (a), mexeu com todos (as), convocando à comunhão entre os povos de diferentes gêneros, cores e crenças e à mobilização contra o racismo e a intolerância religiosa. A programação começa às 14h, no Marco Zero, com um breve momento de falas de lideranças religiosas e homenagens, seguidas do Xirê, bonita e solar celebração com cânticos e danças para todos os orixás.

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A Caminhada, que celebra a força de religiões ancestrais do povo negro, matrizes culturais e sociais brasileiras, como o candomblé, a jurema e a umbanda, seguirá pela Avenida Marquês de Olinda, Ponte Maurício de Nassau, Avenida Martins de Barros, Praça da República, Rua do Sol, Avenida Guararapes e Avenida Dantas Barreto até o Pátio de São Pedro.

A Secretaria de Cultura do Recife e a Fundação de Cultura Cidade do Recife irão assegurar tablado, som e toldo para a concentração da caminhada, no Marco Zero, e para a dispersão, no Pátio. Será disponibilizada ainda a Frevioca, além de banheiros químicos na concentração, no percurso e no final do trajeto.

Trânsito

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) preparou uma operação especial de trânsito para acompanhar todo o trajeto. As ações terão início às 14h, com agentes de trânsito realizando monitoramento na Ponte Giratória, ruas da Moeda e Vigário Tenório, além da Avenida Alfredo Lisboa.

A depender da necessidade, a CTTU poderá realizar a interdição temporária do acesso ao Marco Zero, na Avenida Alfredo Lisboa, no Bairro do Recife. Dessa forma, os condutores que seguem pela Ponte Giratória, sentido Centro, deverão realizar o desvio pela Avenida Martins de Barros. Já quando o cortejo estiver na Avenida Martins de Barros, o trânsito será desviado pela Ponte Giratória.

Um efetivo de 15 agentes de trânsito será destacado para acompanhar todo o percurso, montando bloqueios itinerantes ao longo da passagem dos religiosos e garantindo a orientação dos condutores e a segurança viária. As operações seguem até 19h, horário esperado para a dispersão total do público.

*Da assessoria

O Halloween, que é comemorado no dia 31 de outubro, será marcado pelo II Cortejo Visagento, em Belém, que neste ano levará assombrações para as ruas do bairro do Guamá. O evento tmabém vai homenagear o jornalista e escritor paraense Walcyr Monteiro, autor de livros sobre fantasmas, visagens e assombrações.

A concentração do Cortejo será em frente do Cemitério Santa Izabel, às 18 horas. De lá os participantes seguirão até o Espaço Cultural Nossa Biblioteca, que está organizando o evento em parceria com o projeto ParáLer.

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A homenagem ao escritor paraense, que morreu em maio, aos 79 anos, de pneumonia, é pela dedicação que o mestre do folclore paraense deu às lendas amazônicas, eternizado por obras como "Visagens e Assombrações".

O primeiro momento da noite terá narração de histórias de visagens, ainda na frente do cemitério, com Janete Borges. Em seguida, o cortejo sai pelas ruas do Guamá, com algumas paradas para programações. Uma dessas paradas será na casa de Dona Júlia, que é uma das moradoras mais antigas do Guamá e que contará as histórias assombrosas do seu tempo de garota.

Para Marta Lima, que há 28 anos é voluntária da Nossa Biblioteca, esse momento é um dos mais aguardados do Cortejo. “Será um momento de homenagem para Walcyr Monteiro e também de resgate da cultura do bairro do Guamá”, disse.

Quem participar do Cortejo também poderá se candidatar ao concurso de melhor fantasia da noite, com prêmio no valor de R$ 200,00. Mineia Neita, voluntária da Nossa Biblioteca há 23 anos, e que participará do Cortejo, falou que a expectativa é grande para o dia do evento. “Esse ano queremos atingir mais ruas do bairro (Guamá) com mais paradas, onde as pessoas possam contar lendas urbanas ou contos de terror”, concluiu.

Para mais informações sobre a programação basta entrar em contato pelo número (91) 3249-5270 ou pelas redes sociais @ecnbiblioteca.

Serviço

Cortejo Visagento.

Local: Cemitério Santa Izabel, Guamá.

Data: 31 de Outubro. Hora: 18h.

Endereço: Tv. Francisco Caldeira Castelo Branco, 896, São Brás.

 

Na última quinta-feira (22), internautas criticaram a decisão da Embaixada de Pernambuco dos Bonecos Gigantes em reproduzir a imagem do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em forma de boneco gigante para o Carnaval 2019. Após a repercussão nas redes sociais, chegou a vez de Bolsonaro virar tema de um bloco de rua.

Organizado pelo grupo "Brasil acima de tudo", o bloco "Eu vim de graça" sairá pelas ruas do Recife no período carnavalesco com os foliões admiradores de Jair Bolsonaro.

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A equipe do "Eu vim de graça" promete distribuir camisetas com o tema do bloco em prol da doação de sangue para as pessoas que participarem da campanha através de um banco de coleta. Informações sobre o local da concentração e a data do "Eu vim de graça" serão divulgadas em breve.

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O Carnaval de Olinda já tem data para 'começar': a tradicional saída da Pitombeira dos Quatro Cantos, que abre a agenda de prévias, está confirmada para o próximo dia 7 de Setembro, que marca a data da Independência do Brasil, e também a abertura do 'Verão' em Pernambuco.

A partir da data, a troça inicia a temporada de ensaios abertos, realizando seus cortejos até a chegada da maior festa do mundo. A sede da Pitombeira fica na Rua 27 de Janeiro, 128, no Sitio Histórico de Olinda. Confira a postagem da troça carnavalesca anunciando o início das suas prévias:

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O Bloco Nação Organ realizará seu primeiro cortejo cultural “Conexão de Saberes” no dia 30 de junho. O cortejo promete colorir as ruas do Guamá com música e alegria, tendo como partida inicial da Sede do Pássaro Junino Beija-Flor, localizado na rua Frei Daniel de Samarati, no bairro do Guamá, às 16h.

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O bloco nasceu há dois anos, com uma mistura de cultura do Pará/Pernambuco que se dedica a promover as bandeiras da arte musical e cênica e da cultura popular e tradicional dos estados brasileiros, com a junção de ritmos como: carimbo, o pássaro, samba-reggae, entre outros estilos.

A ação que faz parte do projeto “Conexão de Saberes” dividiu-se em dois momentos. O primeiro é de formação, realização de oficinas contemplando o bairro do Guamá e o segundo, de apresentações artísticas. As oficinas serão diárias e se iniciaram no dia 25 de junho, na quadra da Associação Carnavalesca Bole Bole.

Segundo a coordenadora Suellen Ferro, o projeto leva educação e mantém a cultura regional. “O cortejo vai mostrar às crianças e adolescentes inseridos ou não no projeto, a cultura, música, arte e educação e como esses elementos criam a consciência de caminhos melhores do que a criminalidade e drogas”, afirmou.

O cortejo será o momento de apresentar os resultados após o intenso período de formação ministrado. Para que o evento acontecesse, o bloco uniu forças com grupos e profissionais do mundo artístico e cultural de Belém, como o pássaro Junino Beija Flor e potencializar a vivência das tradições e manifestações culturais.

“Esperamos atingir um grande público e firmar a continuidade do projeto e manter forte as manifestações culturais que existe no bairro do Guamá e afastar ao máximo possível os jovens da criminalidade”, disse Suellen.

O projeto tem como objetivo a salvaguarda de saberes e fazeres de mestres da cultura popular e o envolvimento das novas gerações e estimular o ensino, reconhecimento, valorização e a mistura da cultura popular, como o carimbo. Com isso, fortalecer a identidade e estimular a troca de informações e experiências entre mestre, músicos, brincantes, pesquisadores, produtores culturais e comunidade em geral. Este projeto conta com o patrocínio do Banco da Amazônia por meio de Edital Público.

Para o coordenador de patrocínios do Banco da Amazônia, Ewerton Alencar, os projetos culturais, incentivados ou não por Lei Municipal, são voltados à Literatura, Eventos Culturais, Música, Audiovisual e Artes Cênicas. “A instituição é o maior incentivador da cultura e apoia todos os tipos e em todos os estados, é importante saber, que o projeto realiza ações voltadas para a educação e estimulo a cultura promovendo troca de experiências com os profissionais da área,” relatou.

Da assessoria do Banco da Amazônia.

 

Neste sábado (4/2), Táta Kinamboji/Arthur Leandro é o convidado do grupo de leitura, discussão e experimentação da exposição Não-Dito, evento conduzido pela artista pernambucana Ana Lira em Belém (PA). A atividade se inicia com um cortejo urbano, às 14 horas, na Praça da República, que segue em direção ao CCBEU. O ponto de encontro é a própria praça, na altura do número 780 da avenida Presidente Vargas. Durante o cortejo, os participantes carregarão seis estandartes produzidos por Táta Kinamboji na obra Crônica da Morte Anunciada, feita para o Projeto Ecossistema Tropical 2.0, que ocorreu em Belém em novembro de 2016. 

O Tempo dá/O Tempo tira/O Tempo passa/E a folha vira

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O poema dos povos Bantu serve de mote para o diálogo na galeria do MABEU/CCBEU. Na galeria, a tarde vai ser permeada de experiências sensoriais, leituras e um diálogo aberto que envolverá discussões sobre a invisibilidade da cultura dos povos de matriz africana e os desafios trazidos pela violência social e institucional que afetam a disseminação dos saberes destes povos. A participação no evento é gratuita.

A exposição Não-Dito segue no CCBEU até 24 de fevereiro de 2017. A mostra resulta do processo de pesquisa do projeto Voto!, no qual Ana Lira explorou resíduos das campanhas eleitorais para debater a atual crise de representação política brasileira, mapeando discursos criados por rasgos, escritos e colagens que foram deixados para trás pela população e transformados pela ação do tempo. A visitação pode ser feita de segunda a sexta, das 14 às 19 horas, e sábados das 9 às 13 horas. O grupo de leitura funciona aos sábados, às 14 horas.Visitas de grupos e escolas podem ser agendadas pelo e-mail educativovoto@gmail.com

SERVIÇO

NÃO-DITO (grupo de leitura e cortejo urbano com Táta Kinamboji/Arthur Leandro)

Quando: sábado 04/02/17, às 14h

Onde: saindo da Praça da República (na altura do número 780 da Avenida Presidente Vargas) em direção ao CCBEU. 

NÃO-DITO (exposição da artista Ana Lira)

Quando: até 24/02/17

Onde: Galeria de Arte do MABEU-CCBEU - Museu de Artes Brasil-Estados Unidos. Travessa Padre Eutíquio, 1309, Batista Campos, Belém.

Abertura: quarta-feira (11/01/2017) às 19h30

Visitação gratuita: segunda a sexta das 14h às 19h e sábado das 9h às 12h

Visitas de grupos e escolas: segunda a sexta, das 9h às 14h, com agendamento

Informações e agendamentos: (91) 3221-6116 ou (91)3221-6143

Informações da assessoria do evento.

No próximo sábado (21), o Sítio Histórico de Olinda será palco para mais uma edição da prévia carnavalesca 'Macuca'. A festa terá início às 18h, na Bodega de Véio, localizada no Amparo, onde se dará início a um cortejo com a Orquestra de Frevo do Maestro Oséas.

Às 21h, o evento seguirá com shows das bandas Academia da Berlinda e Forrólindense, além do Dj 440, noFortim do Queijo, localizado no bairro do Carmo. Os ingressos já estão à venda nas lojas Avesso (Graças) e Redley (Shopping Recife), no Bar de Peneira (Olinda), além da internet . Os valores variam de R$ 40 a R$ 80.

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Serviço
Prévia Macuca em Olinda
Sábado (21) | 18h (cortejo) e 21h (shows)
Academia da Berlinda, Forrólindense e DJ 440
Fortim do Queijo (Rua Manuel Borba - Carmo, Olinda)
R$ 40 (meia), R$ 50 (Social + 1kg de alimento) e R$ 80 (inteira)
Vendas disponíveis no Bar de Peneira (Quatro Cantos | Olinda), lojas Avesso(Graças ) e Redley (Shopping Recife), além da internet.

As ruas do município de Guaramiranga, no Ceará, vão ficar mais coloridas e divertidas. Deste sábado (5) até o dia 12, acontece o 22º Festival Nordestino de Teatro. Nesses dias, artistas, brincantes, crianças e adultos da cidade e veranistas saem às ruas no Cortejo que marca a abertura do Festival Nordestino de Teatro.

Depois do cortejo de abertura, haverá quatro espetáculos, dos mais de 25 que serão apresentados nesta edição, distribuídos nas Mostras Palco Ceará, Mostra Nordeste, Ceará Convida, Nordeste Universitária, FNT para Crianças e Palco Giratório. Durante oito dias serão apresentados espetáculos teatrais para todas as idades, além de shows, debates, oficinas, lançamento de livros e atividades recreativas para as crianças, tudo isso com acesso gratuito.

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A programação completa do FNT pode ser conferida no site do Festival. O FNT 2015 é realizado pela Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga, com apoio cultural da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará/Secult.

22º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga

De 05 a 12 de setembro de 2015

Guaramiranga, Ceará

www.agua.art.br.

fnt@agua.art.br  | (85)3321-1405

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Delegados e demais policiais civis do Estado realizam, nesta quinta-feira (2), uma passeata no Centro do Recife para reivindicar melhores condições de trabalho. A categoria caminha pela rua da Aurora em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano, no bairro de Santo Antônio. O ato reforça a paralisação de 24h definida pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco. (Sinpol-PE). O trânsito apresenta retenções na região.

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Vestidos de preto, os policias e delegados realizam um cortejo pelo fim do programa Pacto pela Vida, implantado em Pernambuco em 2007, melhores condições de trabalho e reajuste salarial. A categoria carrega um caixão ao som da marcha fúnebre para simbolizar o ato. De acordo com o Sinpol-PE, cerca de 600 profissionais participam da passeata.

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De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Pernambuco (Adeppe), Francisco Rodrigues, uma das diretrizes do programa Pacto pela Vida era justamente a valorização da categoria, acordo não cumprido pelo Estado. "O Pacto pela Vida faz propaganda gratuita para Pernambuco, enquanto a categoria está sucateada. Temos o pior salário do Brasil", explica. Apesar da insatisfação, a categoria descarta uma greve imediata. "Este será nosso último recurso", complementa Rodrigues.

Em todo o Estado, apenas as delegacias de Caruaru, no Agreste, e de Petrolina, no Sertão, funcionam. Nas demais regiões, as unidades policiais estão em regime de plantão. Só serão mantidos os expedientes no Instituto de Medicina Legal (IML), flagrantes levados até delegacias e investigações em locais de homicídios.

Com o propósito de manter viva as manifestações populares, a Prefeitura do Recife promove, nesta sexta-feira (26), o desfile das bandeiras dos Santos Juninos. O cortejo seguirá pelas principais ruas da capital pernambucana, com concentração marcada para as 16h, na Rua da Imperatriz.  O trajeto compreende a Ponte da Boa Vista, Rua Nova e Avenida Dantas Barreto. O destino final será o Arraial Almira Castilho, montado no Pátio de São Pedro.

O percurso será animado  pelas banidinhas  juninas 19 de Fevereiro, Tropical, Som Brasil, Veneno, Harmonia, além de membros da Associação dos Bacamarteiros de Pernambuco. Também seguem em caminhada as quadrilhas Raio de Sol, Dona Matuta e Mirim Evolução.Enquanto as 16 Bandeiras e seu cortejo não chegam, o Trio Pé de Serra Harmonia anima o Pátio de São Pedro, a partir das 18h.

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No último domingo (21), as Bandeiras dos Santos Juninos seguiram em procissão do Morro da Conceição até o Sítio da Trindade, onde foi realizado o encontro simbólico das figuras de São João (Catolicismo) e Xangô (Candomblé). 

Confira o roteiro:

16h Concentração na Rua da Imperatriz, em frente à Igreja Matriz da Boa Vista

18h Saída em passando pela Ponte da Boa Vista, Rua Nova e Avenida Dantas Barreto

19h Chegada ao Pátio de São Pedro

 

 

 

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Desde 2010 integrante do calendário pernambucano, o Dia da Cultura de Bois – 28 de fevereiro – foi comemorado, de fato, neste domingo (1º), com um encontro de agremiações de bois e ursos, no Recife Antigo. Concentrados na Avenida Rio Branco, inúmeros grupos compuseram o primeiro evento do tipo realizado nas ruas históricas do Bairro do Recife.

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Do Marco Zero, o cortejo segue pela Avenida Marquês de Olinda, Ponte Maurício de Nassau até o destino final, a Praça da República. Entre os grupos presentes à celebração estavam o Boi de Mainha, Boi Malabá, Boi da Mata, Boi Glorioso de Bonito e Urso Zé da Pinga. Integrante deste último, Edileuza Lira afirmou que cada Boi convida um Urso para o evento anual. 

O trecho escolhido pelo trajeto e o dia oficial da cultura de Bois não são em vão. Foi em 28 de fevereiro de 1644 quando o lendário boi, confeccionado pelo governo de Maurício de Nassau, foi visto voando sobre a então Ponte do Recife. Vertente cultural das mais representativas do Estado, a cultura de Bois conta, atualmente, com mais de 300 grupos em Pernambuco. 

Neste sábado (7), último final de semana antes da Folia de Momo, nas ladeiras de Olinda, será realizada um desfile de bonecos gigantes. O evento reunirá 60 bonecos, que sairão em cortejo pelas ruas do Sítio Histórico e realizarão, em frente à Prefeitura, uma partida de futebol amadora. Entre os participantes, bonecos do Homem da Meia-Noite, Ariano Suassuna, Luiz Gonzaga, Michael Jackson, Galvão Bueno, Thiago Leifert e a estreia dos Beatles.

A concentração será às 9h, na Praça do Carmo, em Olinda. Os gigantes seguem, ao som de muito frevo, pela Prudente de Morais, Bernardo Vieira de Melo e passam pelo Mercado da Ribeira. A apoteose acontece na Rua de São Bento, em frente ao Palácio dos Governadores, sede da Prefeitura de Olinda. Lá eles darão início a uma animada 'pelada de peso', sem cunho competitivo. Participam da iniciativa bonecos produzidos por Silvio Botelho, Camarão e Embaixada dos Bonecos Gigantes. 

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O evento, realizado pela Prefeitura de Olinda através da Secretaria de Patrimônio e Cultura, tem como objetivo prestar o merecido reconhecimento aos bonequeiros da cidade, que dão vida ao principal símbolo do Carnaval olindense.

Na seleção de Olinda estão Alceu, Chico Science, Bajado, Rei do Maracatu e Caboclo de Lança. Na seleção do terror, Soares, Chuck, Fred Krueger, Dick Vigarista e Mutley. Na de Pernambuco, Reginaldo Rossi, Mauro Shampo, Kuki, Caça Rato e Magrão. Haverá também uma seleção de craques do futebol com bonecos de Pelé, Neymar, Messi, David Luiz e Cristiano Ronaldo.

Como medir o carinho do povo por um homem público? Talvez seja uma tarefa que não é possível de ser feita, porém, o Recife viveu neste domingo (17) um momento histórico e que mostrou a todos os cantos do Brasil os sentimentos das pessoas por um político: respeito, tristeza, agradecimento e saudade. Milhares de pessoas seguiram os restos mortais do ex-governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos. Foram do Palácio do Campo das Princesas, área central da capital pernambucana, até o desfecho no Cemitério de Santo Amaro.

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Os relógios marcavam mais ou menos 16h30, quando o cortejo, conduzido pelo caminhão do Corpo de Bombeiros, saiu do Palácio com destino ao cemitério. Amigos, familiares e autoridades seguiram o percurso no veículo, todos movidos pela emoção de se despedir de Campos. Mas foi o povão, vindo de várias cidades nordestinas e em meio a muito aperto e calor, que deu com vigor o último adeus ao ex-governador. “Eduardo, guerreiro, do povo brasileiro” foi o grito entoado pelos admiradores. Questões políticas também incentivaram outro grito: “Fora PT!”.

Nas ruas do centro do Recife, tanto as pessoas que acompanharam o cortejo, quanto o público que aguardava o caixão com os restos mortais, acenaram e entoaram gritos de apoio à família Campos. Renata (esposa) era uma das mais acarinhadas pelo povo, além de João, de 20 anos, filho mais velho de Eduardo e cogitado para seguir os caminhos políticos do pai. O pedido a Marina Silva, até então candidata a vice, também foi destaque: “Marina presidente”. Crianças, jovens, idosos, negros, brancos, enfim, pessoas diversas formaram o “mar de admiradores”.

E nesse mar, em meio à multidão, dona Nazinha da Silva, cabeleireira do bairro de João de Barros, no Recife, teve a dura, porém honrada missão de conduzir sua filha, Natália Maria da Silva, 27 anos. A jovem tem deficiência física, causada por um problema de parto no seu nascimento. Natália é fã de Eduardo e pediu à mãe para acompanhar o cortejo. “Ela ama Eduardo. A morte dele nos deixou muito tristes mesmo. Eu não podia deixar de trazer ela. Nós tínhamos que nos despedir dele”, disse dona Nazinha.

Os cabelos brancos do aposentado Tomáz de Aquino, de 80 anos, se destacava entre a multidão que aguardava o fim do cortejo próximo à entrada principal do Cemitério de Santo Amaro. A idade não foi problema para ele, que, como um jovem atleta, percorreu todo o percurso a pé. “Eu gostava muito de Eduardo Campos e ele gostava muito do povo de Pernambuco. A tristeza no meu coração é enorme. Quase não acredito. Eduardo morreu, a família sofre e o Brasil perdeu”, falou o aposentado.

Na entrada do Cemitério, soldados da Polícia Militar de Pernambuco aguardavam a passagem do corpo para uma homenagem. A salva de tiros foi uma das homenagens prestadas pela PM, fato que orgulhou o cabo José Carlos Neves. “É um sentimento de tristeza que guardo em mim, mas, de muito orgulho também. Eu faço parte da história. É uma honra para mim”, relatou, antes dos tiros.

De portões abertos, o Cemitério de Santo Amaro aguardava a chegada do cortejo. Além da multidão que acompanhava o caminhão dos Bombeiros, outro grande número de populares ansiava para se despedir do corpo de Eduardo. Muita gente queria registrar o fato histórico e para isso foi necessário se agruparem em cima de altos túmulos para fotografar. Porém, por causa do grande número de pessoas, em alguns momentos, houve tumulto e alguns se machucaram.

Passava das 19h quando o corpo de Eduardo Campos foi colocado na cova, ao lado do corpo de seu avô, Miguel Arraes, sepultado em 2005. Os gritos de carinho por Campos foram somados ao barulho ensurdecedor de cerca de 20 minutos de fogos. Chegava ao fim a dolorosa despedida do homem que queria e sonhava em ser presidente da República, mas pode ter mudado - e sem dúvida marcou - a história do Brasil mesmo sem se eleger.

O corpo do ex-governador Eduardo Campos chega ao cemitério de Santo Amaro, na região central do Recife, após um percurso de 2 km, iniciado no Palácio do Campos das Princesas. O cemitério está lotado de populares, militantes e políticos que foram acompanhar a cerimônia de sepultamento do ex-governador. Há pessoas que esperam pelo sepultamento sentados em túmulos e nos muros do local.

O corpo do ex-governador é recebido com palmas e fogos de artifício na entrada do cemitério e aos gritos de: "Eduardo, guerreiro, do povo brasileiro". Populares também clamam esbravejando: "justiça, justiça, justiça" e "daqui pra frente, Marina presidente". No local, militantes socialistas empunham bandeiras do partido e da candidatura de Campos e Marina à presidência da República. 

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A mãe de Eduardo Campos, Ana Arraes, o irmão Antônio Campos e a possível candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, entraram no cemitério com flores nas mãos. 

A expectativa é de que mais de 100 mil pessoas tenham acompanhado o velório de Campos.

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