Grupos sociais minorizados, historicamente, têm travado longas lutas por direitos e, principalmente, por respeito. Foi e é assim, por exemplo, com os negros, as mulheres e com a população LGBTQIAPN+. Esta última tem o mês de junho como seu “mês do Orgulho”, que joga luz sobre as demandas e os avanços conquistados pela comunidade. E é dever de todos respeitar as diversas formas de se relacionar, de amar ou se identificar. O direito de ser deve ser preservado.
Na madrugada do dia 28 de junho de 1969, a polícia de Nova York fez uma batida no bar Stonewall Inn, famoso por ser um dos poucos locais a acolher a população LGBTQIAPN+ naquele estado, que possuía leis que criminalizavam a homossexualidade. A batida violenta provocou uma série de protestos, o que ficou conhecido como a Rebelião de Stonewall, marco da luta da comunidade por direitos e respeito. A data seria, posteriormente, definida como o Dia Internacional do Orgulho.
Convenhamos, em pleno século 21, não deveríamos, ainda, precisar lembrar acontecimentos trágicos do passado para falar de humanidade. Evoluímos muito em tecnologia, mas não avançamos o mesmo tanto em dignidade. Pessoas LGBT continuam a ser preteridas nos mais diversos espaços sociais, perseguidas, excluídas e mortas. Muitas vezes, o preconceito vem dos próprios governantes, que, eleitos para atuar em prol de toda a população do país, escolhem agradar apenas a uma parcela, relegando os demais a segundo plano, ou mesmo fazendo “vista grossa” para as violências que sofrem.
Interessa-me também falar sobre mercado de trabalho e empreendedorismo. Nesta seara, é importante destacar a relevância da diversidade. Ter um ambiente corporativo diverso traz inúmeros benefícios, como a variedade de pontos de vista. Esta pode promover mais inovação, ao misturar diferentes visões para chegar a um resultado ainda melhor. Se dizem que “duas cabeças pensam melhor do que uma”, imagine se elas vierem de realidades bem diferentes? O potencial criativo é bastante ampliado.
O esforço pela igualdade e contra o preconceito precisa ser coletivo. Ninguém precisa ser negro para lutar contra o racismo. Da mesma forma, o apoio à comunidade LGBTQIAPN+ deve vir de diversas frentes. Afinal, como a própria sigla indica, a inclusão é o foco. Há que se trabalhar muito para alcançá-la de forma mais plena.