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As medidas previstas com a implementação do Juntos Pela Segurança, novo programa de segurança pública do Governo Raquel Lyra (PSDB), foram divulgadas ao público nesta segunda-feira (27). É esse o plano que deve nortear todo o investimento e também as ações de segurança de Pernambuco até, pelo menos, 2026, ao fim do mandato da atual governadora. O Juntos Pela Segurança, que substituiu o antigo Pacto Pela Vida, foi um dos programas mais aguardados do governo este ano, tendo sido detalhado após seis meses do seu anúncio, que foi feito em maio. 

Em uma coletiva realizada nesta segunda-feira (27) na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, a governadora Raquel Lyra, o secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho, e o secretário de Desenvolvimento Fabrício Marques Santos, além de outros representantes das forças de segurança, deram detalhes sobre as metas estabelecidas até 2026. 

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O maior desafio da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) será diminuir a violência do estado em 30%, contemplando, sobretudo, crimes e mortes violentas, além de roubos de carros e violência contra a mulher. De acordo com o Governo do Estado, os números de violência em Pernambuco são os mesmos de 2012, ou seja, o estado não conseguiu avançar com o Pacto Pela Vida e lida com uma crescente nos indicadores de crimes. Atualmente, Pernambuco é o quinto estado mais violento do país. 

O sistema prisional também foi apontado como o alvo da maior parte das ações de seguranças anunciadas nesta segunda-feira (27). O governo reconheceu que houve negligência por parte das últimas administrações até agora, quanto à efetividade da ressocialização de reeducandos, além do crescimento do crime organizado dentro do sistema penitenciário. 

"Esse plano foi construído a muitas mãos e tem como pilar fundamental a democracia. A capacidade de buscar o diálogo para fazer uma construção coletiva que se iniciou no primeiro dia do nosso governo; aliás, antes ainda dele começar, na transição", afirmou Raquel Lyra. Segundo o secretário Alessandro Carvalho, as medidas recém-anunciadas são apenas parte de um plano de ações bem mais robusto e cujo custeio seguirá sob avaliação e busca por investidores. "Uma ressalva: as obras que mencionamos são as mais relevantes, mas não é que termine aí, não. Muitas outras obras estão previstas", alegou. 

A governadora Raquel Lyra (PSDB) durante discurso no lançamento do Juntos Pela Segurança. Foto: Vitória Silva/LeiaJá 

Eixos de atuação

Segundo o secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional de Pernambuco, Fabrício Marques Santos, o planejamento do Juntos Pela Segurança tem foco em seis áreas: combate aos crimes violentos contra o patrimônio, combate aos crimes violentos contra a mulher, combate às Mortes Violentas Intencionais (MVI), efetividade do sistema prisional, efetividade da ressocialização, e combate aos furtos e roubos de carros. 

As ações  

Indicadores

- Reduzir em 30% as Mortes Violentas Intencionais (MVIs) até 2026, colocando Pernambuco na menor posição desde a série histórica de 1985;  

- Reduzir em 30% os Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) até 2026, colocando Pernambuco na menor posição desde a série histórica de 1985;  

- Ter menos de 30 mortes violentas intencionais por cada 100 mil habitantes;  

Sistema prisional

- Construir 7.950 vagas em presídios até 2026;  

- Ter, pelo menos, 40% dos presos estudando ou trabalhando até 2026;  

- Construir uma Central de Audiência de Custódia no Grande Recife;  

- Construir a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização; 

- Construir 12 unidades fabris nas unidades prisionais; 

“Já houve uma primeira leva de investimentos na construção de 12 grandes galpões, dentro dos nossos presídios, para trabalhar a profissionalização. Além disso, o estímulo para que se contratem mais reeducandos em cumprimento de medida em meio aberto, e permita também que isso possa acontecer com um acompanhamento próximo e multidisciplinar do Estado de Pernambuco. Nos últimos anos, a administração não olhou para o sistema penitenciário. A gente acredita que, com foco neste trabalho, a redução da criminalidade também existirá, afinal de contas, muitos dos crimes são demandados de dentro das penitenciárias. É um fato, o crime organizado está posto dentro das penitenciárias e a gente precisa não só garantir a segurança de quem lá está e lá trabalha, mas também a efetiva separação dessas pessoas”, afirmou a governadora Raquel Lyra, ao anunciar as obras já previstas para o sistema. 

Polícia e Defesa Civil

- Reforma do quartel do Comando Geral no Recife; 

- Construção da nova sede do Batalhão de Polícia de Rádio Patrulha no Recife; 

- Criação de dois novos batalhões em Bezerros e Goiana; 

- Construção da nova Sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri); 

- Construção de 12 complexos da Polícia Civil; 

- Construção de 15 novas delegacias e reforma de 26 unidades em todo o estado; 

- Construir a nova diretoria integrada de segurança no Agreste;  

- 4.019 agentes de segurança contratados através de concursos;  

“Aquela região [Agreste] tem 25% da população pernambucana e era atendida pelo Batalhão de Caruaru. Há estudos, de dentro da Polícia Militar, com cerca de 10 anos, que indicam que o ideal seria separar [os batalhões] para poder dar mais foco às cidades populosas e atender melhor as cidades menores, que muitas vezes tem a cobertura de dois homens numa viatura, duas horas por dia. A gente aumenta o efetivo e a estrutura, para que a polícia esteja presente em todos os municípios", continuou Raquel. 

Obras e implementações

- Utilização de duas mil câmeras alta definição para o monitoramento, prevenção e apuração de crimes (não foi especificado se as “bodycams”, utilizadas no uniforme policial, estão contempladas; atualmente, o estado conta com apenas 300 câmeras em funcionamento);  

- Interação com até duas  mil câmeras privadas; 

- Reconhecimento de placas de veículos para controlar entrada e saída de áreas específicas e com investigações em andamento; 

- 14 unidades do Corpo de Bombeiros construídas em todo o estado. 

 

A gestão da segurança pública em Pernambuco tem sido um dos principais alvos de críticas no Governo Raquel Lyra (PSDB). De problemas no diálogo com a classe policial a episódios violentos de destaque nacional, como a chacina de Camaragibe, o atual mandato tem tido poucos acertos através da Secretaria de Defesa Social (SDS). Como uma resposta à população, a gestão anunciou, em julho, o Juntos Pela Segurança, programa que substituirá o Pacto Pela Vida, introduzido pelo PSB no estado. 

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No entanto, a apresentação do programa à sociedade estava marcada no calendário da gestão para 28 de setembro, após anúncio da governadora. A divulgação não aconteceu. Em resposta ao LeiaJá, a SDS informou que o atraso acontece em função da finalização do registro de propostas obtidas através do Ouvir Para Mudar, um processo de escuta popular realizado pelo governo e que foi concluído no dia 27 de setembro. 

O Ouvir Para Mudar "será usado como base para a formulação do Plano Plurianual que está sendo confeccionado pelo Executivo e vai apontar em que ações o governo vai investir os recursos estaduais", informou a secretaria. 

E concluiu: "A pasta reforça que tem trabalhado de forma contínua para apresentar à população de Pernambuco todos os detalhes acerca do Programa Juntos pela Segurança, que já realizou a entrega de sete mil coletes à prova de bala e 415 novas viaturas, sete carros específicos para busca, salvamento e resgate dos Bombeiros, além de mais de 20 milhões de na modernização de armamentos. O Governo do Estado ainda pretende investir cerca de R$ 1 bilhão para combater a criminalidade no Estado". 

Estatísticas de segurança no estado 

O ano de 2023 já abriu com um aumento no índice de tiroteios e conflitos armados, superando o ano passado ainda no primeiro trimestre. Os crimes se concentraram no Grande Recife, área mais populosa do estado e também com as cidades mais violentas (Recife, Jaboatão e Cabo). Segundo relatório do Fogo Cruzado, a metrópole registrou 497 tiroteios no período, gerando 559 vítimas. 

Em comparação com o mesmo período de 2022, o número de tiroteios aumentou, mas o número de baleados foi inferior. No ano passado, o Grande Recife teve 475 (mesmo número de 2021) tiroteios nas datas analisadas, mas essas ocorrências geraram 601 vítimas. Assim, 2023 teve 22 tiroteios a mais e 42 vítimas a menos. 

No acumulado de seis meses, a região metropolitana somou 1.013 pessoas baleadas. O dado significa que, em média, seis moradores dessas cidades foram alvejados a cada 24 horas. Os dados da SDS-PE divulgados até agora contemplam o período janeiro-agosto. Setembro ainda não tem os dados de violência mapeados, pois o método de apuração da secretaria estipula que as estatísticas de um mês estarão disponíveis até o dia 15 do mês posterior. 

De janeiro a agosto, o estado acumulou 2.402 registros de mortes violentas intencionais (MVI), sendo 697 no Grande Recife, 391 na capital e 1.314 no interior. No quadro de letalidade policial, ou seja, mortes provocadas ou por intervenção de um agente do estado, os 88 casos tiveram o perfil racial registrado. Entre as vítimas, 85 eram pretas ou pardas, e três eram brancas. 

Nos primeiros oito meses do ano, os crimes violentos letais intencionais (CVLI) foram 2.314. A parte mais densa no Grande Recife, que teve 663 casos. No interior, foram 1.273 casos, e no Recife, 378 casos. Pernambuco também registrou, no mesmo período, 1.770 estupros; 1.1019 no interior, 465 na região metropolitana, e 286 unicamente no Recife. 

Em agosto, o LeiaJá apurou que Pernambuco teve, pelo menos, 43 feminicídios consumados em quase oito meses. No geral, os crimes de violência doméstica e familiar contra as mulheres somaram 33.471 casos. O caso mais recente de extrema violência (incluindo letalidade policial e violência armada) é a chacina de Camaragibe. A chacina inclui a morte de um homem, suspeito de matar dois policiais, e a execução de sua família inteira.

Juntos Pela Segurança 

A nova política de segurança pública e defesa social do estado de Pernambuco, o Juntos pela Segurança foi lançado pela governadora Raquel Lyra, foi lançada em 31 de julho, para substituir o Pacto Pela Vida, que veio perdendo força nos últimos anos e contemplou um cenário de sucateamento na Secretaria de Defesa Social. De acordo com o governo, o orçamento garantido para o programa é de R$ 1 bilhão, mas R$ 660 milhões já estariam garantidos para aplicação imediata.  

Também segundo o Governo Lyra, considerando a média anual de investimentos aplicados pelo Executivo estadual para a segurança pública nos últimos oito anos (R$ 36 milhões), o valor investido pelo Governo de Pernambuco para o Juntos pela Segurança (R$ 660 milhões) é 18 vezes maior do que o gasto no período entre 2015 e 2022. 

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O pré-candidato a governador de Pernambuco, Miguel Coelho (União), avaliou a segurança pública em Pernambuco e disse que o Pacto pela Vida é um modelo ultrapassado. Em live com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Rafael Cavalcanti, o pré-candidato defendeu mais investimentos e a valorização das forças policiais.

 “Não existe valorização das polícias para que possam desenvolver o seu trabalho, porque o atual governo está preocupado em bater metas do Pacto pela Vida, independentemente das condições de trabalho que são dadas às forças de segurança”, disse Miguel.

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“A gente precisa de uma nova política de segurança, porque o Pacto pela Vida está ultrapassado, vencido, só tem estatísticas que não condizem com a realidade. Enquanto isso a população está com medo, assustada, e as forças de segurança desvalorizadas”, acrescentou o pré-candidato.

Miguel afirmou também que se eleito vai retomar os investimentos em inteligência e promover a integração entre das polícias civil e militar com a guardas municipais. Ex-prefeito de Petrolina, ele citou o exemplo da cidade do Sertão do São Francisco, onde segundo ele foram investidos, sob sua gestão, R$ 7,5 milhões em equipamentos, uniformes, viaturas e outros avanços para a Guarda Municipal, além de mais R$ 652 mil na aquisição de munição para o armamento dos agentes.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara comanda, nesta quinta-feira (3), reunião do Pacto Pela Vida, na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).

Antes, o governador lança o Programa Mediar, coordenado pela Secretaria de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, que visa ampliar a abrangência do serviço de mediação de conflitos.

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O programa vai contar com o apoio de veículos que irão circular com equipes por todo o Estado. 

*Da assessoria 

O Governo de Pernambuco anunciou nesta quarta-feira (3), que houve uma redução de 20% nos homicídios no mês de outubro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020. O governo estadual garante que, na série histórica, esse foi o outubro com menos registros dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) desde 2013.

O governador Paulo Câmara (PSB) conduziu a reunião do Pacto pela Vida avaliando as estatísticas criminais do Estado, que também apontam para uma retração de 13% dos homicídios nos primeiros dez meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados completos dessa queda nos CVLIs devem ser divulgados no próximo dia 15.

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“Temos todo um planejamento para redução da violência em Pernambuco e vamos continuar fazendo isso, dentro do Pacto Pela Vida, acompanhando os resultados mês a mês e continuar avançando nessa política, que é fundamental para salvar vidas no nosso Estado”, afirmou o governador.

O secretário estadual de Defesa Social, Humberto Freire, destacou os resultados obtidos pela da Área Integrada de Segurança, com sede em Salgueiro, que há 185 dias não registra homicídios.

Segundo Freire, no território, que é formado pelas cidades de Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, Serrita, Terra Nova e Verdejante, o último homicídio foi registrado no dia 16 de maio deste ano.

"Atualmente essa região tem um índice abaixo do preconizado pela ONU, que é de 10 homicídios por 100 mil. Queremos irradiar essa experiência exitosa de prevenção e repressão aos crimes contra a vida para todo o Estado”, disse.

Nesta quarta-feira (6), a reunião do Pacto pela Vida avaliou que, entre janeiro e setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020, Pernambuco registrou uma queda de 12% no número de homicídios. O programa estadual também revela que os crimes patrimoniais também apresentaram uma retração de aproximadamente 4%. 

Os números oficiais serão divulgados no próximo dia 15 de outubro. “Os resultados são importantes. Mas a reunião também buscou planejar os próximos três meses e pactuar ações necessárias, porque nossa meta é continuar reduzindo a violência em Pernambuco, mostrando cada vez mais que o caminho conduzido pelo Pacto Pela Vida é um caminho da paz e de salvar vidas”, diz o governador Paulo Câmara.

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Para auxiliar o Pacto Pela Vida, o governador assinou uma autorização de orçamento, no valor de R$ 9 milhões, para a aquisição de quatro mil novas pistolas Beretta 9mm, com o objetivo de renovar o armamento da polícia pernambucana. 

“São equipamentos mais leves e modernos, dentro do que há de melhor sendo utilizado pelas forças de segurança no mundo. Mas é preciso esclarecer que a repressão e o enfrentamento são o último recurso. A prioridade da segurança, e de todos os que fazem o Pacto pela Vida, é a prevenção e preservação de vidas”, afirmou o secretário de Defesa Social do Estado, Humberto Freire.

Segundo divulgado pelo governador Paulo Câmara (PSB) nesta quinta-feira (8), Pernambuco teve o primeiro trimestre menos violento em sete anos. Analisando os dados do programa Pacto Pela Vida referentes ao período, o Estado teve uma redução de aproximadamente 16% no número de vítimas.

Os dados referem-se aos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), em relação ao mesmo período correspondente a 2020. O governador salienta que as estatísticas de março também indicam o 43º mês consecutivo de redução nos roubos e furtos em Pernambuco.

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O governo estadual aponta que, considerando toda a série histórica do Pacto Pela Vida, os primeiros três meses deste ano registraram o menor número de homicídios desde 2014, quando ocorreram 828 CVLIs. O detalhamento dos dados deve ser divulgado no dia 15 de abril.

De acordo com o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, mesmo diante de um cenário econômico bastante desfavorável o Estado continua fazendo a criminalidade recuar, obtendo indicadores importantes na garantia da normalidade no dia a dia das cidades. 

“Casos de roubos e homicídios são investigados com rigor e os responsáveis são levados ao sistema de justiça criminal. Nosso objetivo é sempre ampliar o raio da prevenção e fortalecer a contra resposta àqueles que insistem em afrontar a lei e a paz social”, ressaltou Pádua.

Com o objetivo de impulsionar ainda mais as políticas públicas de prevenção à violência em Pernambuco, o governador Paulo Câmara anunciou, nesta quinta-feira (28), a contratação de 79 novos servidores temporários, que irão atuar, por meio dos programas Governo Presente e Juventude Presente, na articulação e pactuação de ações junto a grupos mais vulneráveis. Os novos contratados também vão tomar parte na execução de projetos em conjunto com as secretarias e órgãos estaduais e municipais em 59 territórios prioritários para prevenção social.

“Temos 18 municípios sendo trabalhados, onde a violência ainda persiste. Eles vão ter um reforço, a partir da chegada desses servidores, que vão ampliar as políticas públicas para transmitir oportunidades. Cuidando de cada um e dando oportunidades, a gente pode fazer um Pernambuco menos desigual e cada vez mais vigilante em relação à violência, ajudando o Pacto Pela Vida não apenas no trabalho repressivo, mas principalmente no trabalho que pode transformar vidas, que é o de prevenção”, frisou Paulo Câmara.

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Os novos contratados trabalharão nos Núcleos de Prevenção à Violência na Região Metropolitana do Recife, Mata Sul, Mata Norte, Agreste e Sertão de Pernambuco. Eles atuarão diretamente com foco na inserção das políticas públicas estaduais, promovendo ações de integração com os municípios e executando atividades preventivas e de fácil acesso para a população em geral.

De acordo com o secretário de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, Cloves Benevides, a iniciativa permitirá encontrar novos caminhos de cooperação, estabelecendo sempre espaços protegidos e pessoas com condições de exercício da cidadania. “Vamos ocupar os territórios com profissionais que vão cuidar de acompanhar o cotidiano dessas pessoas para evitar os conflitos. Atuar com os jovens, com oficinas reflexivas, debates sobre cultura de paz. Acompanhar os egressos que saíram do sistema prisional e que precisam, às vezes, de uma orientação, além de organizar processos de qualificação”, detalhou o secretário.

Leandro Tavares, um dos novos servidores contratados, definiu a oportunidade como desafiadora, mas gratificante. “É uma chance que temos de aproximar as políticas publicas integradas ao território e os mais vulneráveis. É ter a possibilidade de discutir educação, saúde e assistência diretamente no local e com a participação social”, afirmou.

*Da assessoria 

Associações representantes de categorias e entidades de defesa à ciência e aos direitos humanos se reuniram para lançar, nesta terça-feira (7), o "Pacto pela Vida e pelo Brasil", que tem por objetivo "alertar e representar a sociedade brasileira" em meio à crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Fazem parte da frente a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão em Defesa dos Direitos Humanos Evaristo Arns, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

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"As entidades uniram suas forças para clamar pela união de toda sociedade brasileira, de todos os seus cidadãos, governos e Poderes da República, e formar uma ampla aliança para enfrentar a grave crise sanitária, econômica, social e política que vive o país", diz o texto assinado por autoridades que comandam as entidades reunidas, como o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

O grupo irá enviar ainda hoje o documento assinado pelas autoridades para governadores e para os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Na carta, as entidades defendem "a opção por escolhas científicas, políticas e modelos sociais" baseados no "diálogo maduro, corresponsável" e na "busca por soluções conjuntas para o bem comum". Veja aqui a íntegra do documento.

O governador Paulo Câmara comandou a primeira reunião de acompanhamento do Pacto Pela Vida de 2020, realizada na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag). Ao abrir o encontro, nessa quinta-feira (9), ele destacou o esforço de toda a equipe em favor da continuidade das reduções dos números de Crimes Violentos Letais Intencionais (homicídios) e Crimes Violentos contra o Patrimônio (roubos e furtos) alcançados ao longo do ano de 2019, reforçando o compromisso de atingir índices ainda mais baixos.

“Agradeci a dedicação de todos que se empenharam muito para obtermos essas  reduções consecutivas e fiz questão de reforçar a necessidade de nos esforçarmos ainda mais para perseguirmos os resultados que a sociedade espera”, afirmou Paulo Câmara. Atualmente, Pernambuco contabiliza 24 meses consecutivos de redução no registro de CVLIs e 28 meses consecutivos na diminuição de CVPs.

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O governador reforçou ainda o compromisso de continuar trabalhando para avançar na diminuição da violência e na construção de uma cultura de paz em Pernambuco. “Os atuais números ainda não são ideais, mas não vai faltar compromisso e trabalho, com cada vez mais ações de prevenção, articulação social e repressão às diferentes modalidades de crime. Tenho certeza de que 2020 será um ano ainda melhor para todos nós”, finalizou.

*Da assessoria de imprensa

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) lançam nesta quarta-feira (5) o Atlas da Violência de 2019. O levantamento, com base em dados oficiais do Ministério da Saúde, traz os dados referentes ao ano de 2017. Pernambuco figura de forma negativa no estudo, apresentando índices elevados nos diversos recortes da violência no país.

Em 2017, Pernambuco figurava no grupo com mais elevadas taxas de homicídio, acompanhado de Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Pará e Acre. O estado pernambucano teve um aumento de 21% na taxa de homicídios, consolidando uma trajetória de crescimento na violência no estado desde 2014 e demarcando a triste derrocada do programa Pacto pela Vida, segundo os autores do estudo. Para o Ipea e o FBSP, a morte do governador Eduardo Campos em 2014 dá pistas do caráter voluntarista dos mecanismos de governança, em contraposição à importância da arquitetura institucional e dos arranjos de governança para uma política de Estado. Além da morte do ex-governador, as resistências das corporações policiais em relação ao controle externo de sua atividade seriam o motivo do declínio do programa.

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Um dos destaques negativos do estado é a morte prematura de jovens, idade que vai dos 15 aos 29 anos. Além da tragédia, os homicídios de jovens geram consequências sobre o desenvolvimento econômico e geram custos significativos para o país. Um estudo apresentado no levantamento constata que as mortes violentas de jovens custaram ao Brasil cerca de 1,5% do PIB nacional em 2010.

As três taxas mais elevadas de homicídio de jovem por 100 mil habitantes foram as dos estados do Rio Grande do Norte (152,3), Ceará (140,2) e Pernambuco (133). As menores ficaram com São Paulo (18,5), Santa Catarina (30,2) e Piauí (38,9). Ao todo, 35.783 jovens foram assassinados no Brasil em 2017. Esse número representa uma taxa de 69,9 homicídios para cada 100 mil jovens no país, taxa recorde nos últimos dez anos. Homicídios foram a causa de 51,8% dos óbitos de jovens de 15 a 19 anos; de 49,4% para pessoas de 20 a 24; e de 38,6% das mortes de jovens de 25 a 29 anos.

Entre 2016 e 2017, os estados com os maiores aumentos na taxa de homicídios de jovens foram Ceará (+60%), Acre (+50,5%), Pernambuco (+26,2%), Rio Grande do Norte (+21,3%) e Espírito Santo (+20,2%). O Brasil experimentou um aumento de 6,7% nessa taxa no mesmo período.

"A criminalidade violenta vem sendo fortemente relacionada ao sexo masculino e ao grupo etário dos jovens de 15 a 29 anos", aponta o estudo. Observando especificamente o grupo dos homens jovens, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes chega a 130,4 em 2017. Dos 35.783 jovens assassinados em 2017, 94,4% (33.772) eram do sexo masculino. Considerando apenas o sexo masculino, os três estados com maiores taxas foram Rio Grande do Norte (281,9), Ceará (262,6) e Pernambuco (255,4). Já as menores taxas são observadas em São Paulo (33,3), Santa Catarina (53,6) e Mato Grosso do Sul (72,3).

Entre 2007 e 2017, a evolução das taxas de homicídios de homens jovens no país foi de 38,3%. No período 2016-2017 a mesma taxa cresceu 6,4%. Pernambuco novamente aparece no topo dos maiores aumentos, ficando na terceira posição com 27,4%. “É fundamental que se façam investimentos na juventude, por meio de políticas focalizadas nos territórios mais vulneráveis socioeconomicamente, de modo a garantir condições de desenvolvimento infanto-juvenil, acesso à educação, cultura e esportes, além de mecanismos para facilitar o ingresso do jovem no mercado de trabalho”, orientam os responsáveis pela pesquisa.

Pernambuco também tem presença negativa nos levantamentos das taxas de homicídios de negros. Os cinco estados com maiores taxas são do Nordeste. Em primeiro lugar está o Rio Grande do Norte, com 86 mortos a cada 100 mil habitantes negros, seguido de Ceará (75,6), Pernambuco (73,2), Sergipe (68,8) e Alagoas (67,9). Entre 2007 e 2017, Pernambuco conseguiu uma redução de 0,9% nessa taxa. Em 2017, 75,5% das vítimas de homicídios no país foram indivíduos negros, definidos como a soma de pretos e pardos.

Com relação aos homicídios contra mulheres, Pernambuco figurou na 12ª posição. Sobre a violência contra a população LGBT, o estado registrou 62 denúncias através do Disque 100, canal que recebe, analisa e encaminha denúncias de violações de direitos humanos. Segundo a pesquisa, 19 denúncias foram de lesão corporal, duas de tentativa de homicídio e 12 de homicídios.

Pernambuco terminou 2018 com 23,2% a menos de homicídios em relação a 2017. Foram 4166 vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no ano passado contra 5427 em 2017. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), esta é a diminuição mais expressiva de um ano para outro na série histórica do programa Pacto Pela Vida, implantado em 2007. Vale destacar, entretanto, que 2017 também foi o ano com maior número de assassinatos no estado na mesma série histórica.

Em comparação com o mesmo período no ano anterior, dezembro foi o 13º mês seguido de diminuição desse tipo de crime, com 22,7% a menos em comparação com dezembro do ano anterior. Se a comparação for de um mês com o seu seguinte, não há uma redução constante.

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A taxa de homicídio para 100 mil habitantes foi de 43,29 casos. O número representa uma queda de 24,1% com o índice em 2017, que ficou em 57,05 casos. O patamar de 2018 nesse indicador baixou em 19,7% na comparação com o ano de início do Pacto Pela Vida, que foi de 53,91 por 100 mil.

Apesar de reconhecer a necessidade de avanços, o secretário da SDS, Antonio de Pádua, comemora os resultados. "É inegável que as forças de segurança pública estão, hoje, trilhando um caminho que vem dando resultados efetivos à população. O investimento em 2018 na área alcançou o recorde de R$ 5,160 bilhões, permitindo ampliar a infraestrutura, aumentar o aporte de recursos para inteligência, renovar viaturas e equipamentos e contratar 2.860 aprovados nos concursos das Polícias Militar, Civil e Científica, bem como do Corpo de Bombeiros Militar. Isso é priorizar a vida das pessoas. Em 2019, seguiremos firmes no combate à criminalidade para fazer um Pernambuco ainda mais seguro para os cidadãos”, afirmou.

Municípios sem homicídios

Seis municípios e um distrito finalizaram 2018 sem homicídios. Além de Fernando de Noronha, fazem parte dessa lista Brejinho, Calumbi, Quixaba, Santa Cruz, Serrita - no Sertão - e Salgadinho, no Agreste. Quando se considera apenas o mês de dezembro, no total 92 municípios e Fernando de Noronha não contabilizaram nenhum CVLI.

A SDS também destaca as cidades que registraram alto percentual de queda nessas mortes. Bodocó, no Sertão, teve 86% menos CVLIs, caindo de 14 para 2. Em João Alfredo, no Agreste, a redução foi de 83%, com queda de 12 para 2. Os municípios que apresentaram queda de 80% de 2017 para 2018 foram: Cedro e Santa Terezinha, ambos saindo de 5 para 1 caso; e Jataúba e São Benedito do Sul, cada um passando de 10 para 2 vítimas de homicídio.

Recife

Foram 191 vítimas a menos na capital pernambucana em 2018, saindo de 791 assassinatos para 600. O decréscimo é de 24,15%.

Agreste

A região de Pernambuco onde mais fortemente se sentiu a diminuição dos CVLIs foi o Agreste, com -31,08%. De 2017 para 2018, 441 vidas foram salvas nesse conjunto de municípios, saindo de 1.419 homicídios para 978. Nos últimos dois anos, o Agreste recebeu investimentos como o 1º Batalhão Integrado Especializado (1º BIEsp), sediado em Caruaru e atendendo a mais de 3 milhões de habitantes da região, e a 11ª Companhia Independente da PMPE, que fica em Lajedo e abrange 120 mil moradores também em cidades vizinhas.

Caruaru foi um destaque na região, pois apresentou o menor número de mortes violentas intencionais dos últimos quatro anos, com 169 CVLIs em 2018. Em relação a 2017, a diminuição na cidade mais populosa do Agreste ficou em 35,49%. Da mesma maneira, a Área Integrada de Segurança 17 (AIS 17), sediada em Santa Cruz do Capibaribe, apresentou a menor ocorrência de homicídios dos últimos cinco anos, com 140 casos.

Igualmente, as demais regiões verificaram redução. A Região Metropolitana (sem incluir a capital) teve a segunda diminuição mais expressiva nesse comparativo entre 2018 e 2017, com -21,07%, uma vez que passou de 1.571 para 1.240 registros de homicídio. Ressaltando que Jaboatão dos Guararapes atingiu a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes desde 2004, ano de início da série histórica estatística da SDS. Foram 45,28 vítimas de CVLI por 100 mil habitantes em 2018. Nos números absolutos, no ano passado houve queda de 20% quando se compara com 2017: de 398 para 317 casos.

Já a Zona da Mata atingiu -18,48%, saindo de 1.039 para 847 homicídios. No Sertão, houve 501 vítimas em 2018, isto é, -17,46% em relação aos 607 casos de CVLI em 2017. Também nessa área da Diretoria Integrada do Interior 2 (Dinter 2) houve 11 datas em dezembro nas quais nenhum homicídio ocorreu: os dias 3, 7, 9, 10, 13, 16, 18, 19, 25, 27 e 28.

Feminicídio e estupro

Se o número de homicídios caiu, houve aumento de denúncias de estupro. As denúncias cresceram 6,82%, saltando de 2.361 para 2522 casos. Se contabilizar apenas o mês de dezembro, 2018 teve 48 denúncias a menos do que 2017.Já os crimes classificados como feminicídio chegaram a quatro no mês passado, são quatro a menos do que em dezembro de 2017.

O número de denúncias de violência contra a mulher também cresceu em Pernambuco. Para a SDS, o resultado não significa que esse tipo de crime aumentou, mas que mais mulheres procuraram as delegacias para prestar queixa. Ao todo, houve registro de 39945 ocorrências em 2019 contra 33.493 no ano anterior, uma variação de 19,26%.

Latrocínio

Em 2018, a taxa de roubo seguido de morte por 100 mil habitantes refreou em 48,2% em relação a 2017. De 2,63 vítimas por 100 mil habitantes, caiu para 1,36. Em termos de números absolutos, significa que o estado teve 119 vítimas de latrocínio a menos, saindo de 250 crimes do tipo para 131 de um ano para o outro. Somente em dezembro do ano passado, foram sete casos, contra oito em dezembro de 2017.

Motivação

Em 2018, a taxa de roubo seguido de morte por 100 mil habitantes refreou em 48,2% em relação a 2017. De 2,63 vítimas por 100 mil habitantes, caiu para 1,36. Em termos de números absolutos, significa que o estado teve 119 vítimas de latrocínio a menos, saindo de 250 crimes do tipo para 131 de um ano para o outro. Somente em dezembro do ano passado, foram sete casos, contra oito em dezembro de 2017.

Lista de 92 municípios e um distrito com zero CVLI em dezembro de 2018

Afogados da Ingazeira, Afrânio, Agrestina, Água Preta, Alagoinha, Amaraji, Angelim, Araçoiaba, Barra de Guabiraba, Belém de Maria, Bodocó, Bom Conselho, Brejão, Brejinho, Calçado, Calumbi, Camutanga, Canhotinho, Carnaíba, Carnaubeira da Penha, Casinhas, Cedro, Chã de Alegria, Chã Grande, Cortês, Cumaru, Cupira, Custódia, Dormentes, Exu, Fernando de Noronha, Ferreiros, Floresta, Frei Miguelinho, Glória do Goitá, Granito, Ibimirim, Iguaraci, Ingazeira, Itaíba, Itapetim, Jataúba, Jatobá, João Alfredo, Joaquim Nabuco, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Itaenga, Lagoa Grande, Machados, Manari, Maraial, Mirandiba, Moreilândia, Nazaré da Mata, Palmeirina, Panelas, Parnamirim, Paudalho, Petrolândia, Poção, Pombos, Primavera, Quipapá, Quixaba, Salgadinho, Saloá, Santa Cruz, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Filomena, Santa Maria do Cambucá, Santa Terezinha, São Benedito do Sul, São João, São José do Belmonte, São Vicente Férrer, Serrita, Sertânia, Solidão, Surubim, Tabira, Tacaratu, Taquaritinga do Norte, Terezinha, Terra Nova, Tracunhaém, Trindade, Tupanatinga, Tuparetama, Venturosa, Verdejante e Vertente do Lério.

O governador Paulo Câmara (PSB) reuniu o secretariado, na última quinta-feira (10), para a primeira reunião do programa Pacto Pela Vida em 2019. Os dados consolidados de homicídios em 2018 devem ser divulgados no próximo dia 15 de janeiro, mas os resultados apontam para uma redução superior a 20% em relação a 2017. O começo de 2019, entretanto, tem apresentado números violentos.

Desde 1º de janeiro até esta sexta-feira (11), foram 103 homicídios, segundo levantamento da Rádio Jornal. Desses Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), 54 foram no Grande Recife e 49 no interior. O LeiaJá solicitou a confirmação desses dados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), mas a assessoria do órgão informou que só divulga quando os números do mês estão consolidados, o que ocorre na quinzena do mês seguinte. Nas últimas 24 horas, ocorreram cinco assassinatos no estado, sendo dois no interior e três na Região Metropolitana do Recife (RMR).

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No último ano, todos os meses tiveram menos assassinatos em comparação com 2017. Entretanto, em comparação de mês a mês, não houve redução constante. Maio, por exemplo, teve uma morte violenta a mais (356) do que o mês de abril (355). Setembro (319) computou mais CVLIs do que agosto (287) e o número continuou a crescer em outubro (332), vindo a reduzir mais uma vez em novembro (299).

Para o secretário de Planejamento e Gestão e coordenador do Pacto Pela Vida, Alexandre Rebêlo, o ano de 2018 teve resultados extremamente positivos. "É a primeira reunião do ano, e nós temos um conjunto novo de secretários chegando agora. O governador convocou todos eles para entenderem a lógica de gestão do Pacto pela Vida. É uma lógica de gestão integrada, na qual as secretarias têm que trabalhar de formar conjunta para que possamos continuar reduzindo os índices de violência. Os dados finais do ano são extremamente positivos e serão divulgados na próxima semana pela própria SDS, mas a redução ficou acima de 20%", disse na quinta-feira.

A segurança pública tem sido um assunto recorrente na campanha pelo Governo de Pernambuco neste ano. Enquanto o governador Paulo Câmara (PSB) comemora a redução dos índices de violência, Armando Monteiro (PTB) tem feito duras críticas ao atual modelo e falado em repactuação do programa. A Associação dos Delegados de Polícia Pernambuco (ADEPPE) também tem reforçado essa discussão, com o início do debate com os postulantes. O presidente da instituição, delegado Francisco Rodrigues, acredita que o Pacto deixou de ser uma iniciativa de segurança pública para ser uma espécie de “marketing” do governo. 

“O Pacto Pela Vida foi criado em 2007 por Eduardo Campos, ao nosso ver uma ideia brilhante, que nada mais é do que o monitoramento da criminalidade no Estado e isso é muito importante porque não se sabia quantas mortes havia em Pernambuco, mas o problema é que as vezes a gente tem a impressão de que o Pacto Pela Vida deixou de ser um programa de segurança para ser um programa de marketing, mais de marketing do que de segurança”, criticou Francisco, ao receber Armando e sua chapa para um debate nessa sexta-feira (14), na ADEPPE.

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Segundo Francisco, falta diálogo com os delegados na gestão do Pacto que, segundo ele, interessa-se apenas nos números deste ano e esquece, por exemplo, que muitos profissionais estão com casos de crimes do ano passado para resolucionar. 

“A preocupação focada muito nos números que o Pacto revela. Recentemente veio um dado sobre a essa questão da resolubilidade, por conta da divulgação dos números, os homicídios do ano passado acabam ficando em segundo plano. A cobrança acaba se voltando para os números de 2018 e isso é ruim para as famílias que estão aguardando respostas sobre os homicídios. As vezes os próprios delegados tem importantes informações sobre aqueles crimes, mas a cobrança para resolver o agora acaba dificultando a solução do crime do passado”, observou o presidente da associação dos delegados. 

O presidente da ADEPPE ainda ressaltou que acredita na necessidade do Pacto ser aperfeiçoado para que produza mais resultados. 

Pré-candidata a governadora de Pernambuco, a vereadora do Recife Marília Arraes (PT) não tem poupado críticas a gestão do governador Paulo Câmara (PSB). Em entrevista a uma rádio de Barreiros, na Mata Sul pernambucana, a petista disse que a segurança pública será o foco da campanha eleitoral deste ano e destacou que “falta vontade política” do governo pessebista para solucionar a questão no Estado.

Ao tratar do assunto, a neta do ex-governador Miguel Arraes comparou a violência em Pernambuco ao trabalho conjunto de diversos voluntários e governos para o resgate do time de futebol “Javalis Selvagens” na Tailândia nos últimos dias.

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“Recentemente vimos o resgate de 13 jovens na Tailândia, foi comoção mundial, e aqui em Pernambuco continuam morrendo cerca de 13 pessoas por dia. Isso não pode continuar acontecendo. Precisa de uma solução e temos visto que isso é simplesmente a falta de uma liderança, de foco para resolver o problema”, salientou Marília. 

Para a pré-candidata, o “Pacto Pela Vida está sendo desmontado e as ações [sociais] que combatem a violência estão sendo esvaziadas” porque falta foco ao governo de Paulo. 

“Falta de liderança, vontade política. O governo hoje não é único, é formado por ilhas, como se fossem feudos divididos, em que cada político toma conta de uma área e segue seu próprio rumo, seus próprios atores políticos”, disse. 

Na última quarta-feira (27), um grupo de integrantes do Movimento Cristão em Ação (MCA) e Ordem dos Policiais do Brasil (OPB) apresentou ao Governo de Pernambuco o 'Pacto Evangélico pela Vida', também chamado de 'Pacto Pela Vida Cristão'. O projeto consiste em uma série de pautas voltadas para a diminuição da violência e combate às drogas através de trabalhos desenvolvidos por igrejas, principalmente as evangélicas e da denominação Batista.

As propostas já tiveram uma boa aceitação da gestão estadual. O secretário de articulação da Casa Civil, Roberto Franca, destacou que aprova a iniciativa e até convidou o MCA para já participar das reuniões semanais do Pacto Pela Vida, conforme divulgado no Jornal do Commercio.

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O posicionamento do governo incomodou movimentos da sociedade civil, como o Fórum Popular de Segurança Pública de Pernambuco, que emitiu uma nota oficial destacando acreditar que todas as ações devem ser pautadas pelo princípio de laicidade do Estado. "O Fórum Popular de Segurança Pública de Pernambuco manifesta várias ressalvas ao 'Pacto pela Vida Cristão', por entender que, entre vários encaminhamentos, ele propõe a retirada de recursos do estado para que sejam repassados a igrejas evangélicas, a fim de que elas executem ações que não foram pautadas de forma democrática pela sociedade em geral", diz trecho do posicionamento.

Como exemplo, o Fórum salienta que foi solicitado que o poder Executivo financie as ações que a igreja deseja pautar. Um dos encabeçadores do Pacto Evangélico pela Vida, Frederico França, da Ordem dos Policiais do Brasil (OPB) e da Igreja Batista, garantiu ao LeiaJá que não haverá pagamento de salário para os idealizadores do programa, apenas dos custos das ações. "Não temos conhecimento dos gastos do governo, mas a ideia é recebermos um incentivo de R$ 5 milhões a R$ 15 milhões ao ano", disse nesta sexta-feira (29).

A nota do Fórum pontua que muitos segmentos religiosos não foram consultados para a confecção de pautas. Frederico garante que participaram das discussões representantes das igrejas Batista, Assembleia de Deus, Presbiteriana e Católica. Questionado se havia parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão católico, ele respondeu que não, mas que padres, de forma não oficial, demonstraram interesse. “E nossa primeira premissa é que não é para ser usado politicamente. Não tem partido e não tem igreja. É interdenominacional. Quem puder participar, vai”.

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O programa é formado por uma pauta com dez itens. O LeiaJá solicitou que Frederico França detalhasse os tópicos. O pastor Israel Guerra, coordenador do MCA e ex-deputado estadual, que também lidera o pacto cristão, não atendeu aos telefonemas.

– Programa de prevenção e tratamento da violência doméstica contra as mulheres, Programa de tratamento de homens envolvidos em ações de violência doméstica e Programa de sensibilização de casais contra a violência doméstica

Segundo França, tais ações consistem na identificação de indícios de violência e, havendo a confirmação, um trabalho de conscientização com o marido, a esposa e as crianças. "Também vamos tentar identificar o motivo, se há por exemplo o uso excessivo do álcool. Queremos que gente capacitada, da Secretaria de Defesa Social (SDS) ou da prefeitura ligada à prevenção da violência, participe das reuniões porque a igreja chega onde o Estado não chega: dentro da família.

– Assistência a detentos e presidiários da execução da pena até a ressocialização e Assistência a famílias de detentos e reclusos

"As pessoas às vezes interpretam isso errado. Não é sustentar o detento, não tem nada disso. O sistema penitenciário, em sua grande maioria, não ressocializa. As igrejas tentam resgatar essas pessoas através do trabalho evangélico - no caso das igrejas evangélicas.  Queremos ter uma entrada mais facilitada nesses presídios para projetos de conscientização, sobre uso de drogas e álcool e sensibilização. Várias pessoas são ressocializadas pela fé. Padres e pastores têm acesso até onde o agente penitenciário não tem, mas como cada um faz sua ação pontual, o resultado ainda é tímido. Queremos também trabalhar com a Funase", explica o presidente da OPB.

– Programa de assistência e orientação a crianças e adolescentes: programas Pepes e Espaço Voar

De acordo com Frederico, os programas já existem, mas seriam fortalecidos. “Tudo hoje é com investimento próprio, de voluntários. Queremos que tenha recursos públicos. Esses são trabalhos sociais e preventivos. Receberíamos um investimento para ampliar o conjunto de ações, mas com o devido acompanhamento e fiscalização do recurso”.

– Programa de apoio a comunidades terapêuticas para dependentes químicos

Fortalecimento de clínicas de recuperação de pessoas envolvidas com drogas. Conforme o presidente da OPB, já existem locais como esses que são mantidos por igrejas e ONGs, como o projeto Cristolândia. "Esses locais têm limite de atendimento e o Governo do Estado tem verba para ampliar isso", complementa Frederico.

– Programa de apoio à prevenção de drogas nas escolas da rede pública

Palestras educativas mostrando valores éticos, morais, de convivência e de respeito aos mais velhos, pais e professores, além de um trabalho para identificar se já há crianças envolvidas com drogas.

– Instalação de núcleos comunitários de segurança nas igrejas

"As igrejas estão presentes a custo zero nos mais variados locais. Nos ambientes mais violentos, a igreja pode ceder seus espaços para desenvolver projetos de escolas comunitárias, creches, atividades ligadas à saúde, etc. Seria uma espécie de Compaz com custo muito mais baixo".

– Programa estadual de profissionalização das igrejas  

“Muitas igrejas e pastores que querem desenvolver ações não têm nível de conhecimento e acesso à informação de maneira mais profissional. O próprio Estado poderia fazer essa capacitação e padronizar o atendimento para que uma pessoa aqui possa fazer o mesmo trabalho de um outro em Petrolina, por exemplo”.

Com Pernambuco atingindo a marca de 5 mil homicídios em 2017, o governador Paulo Câmara (PSB) participa, nesta quinta-feira (7), de uma reunião de monitoramento do Pacto Pela Vida. O encontro será às 9h, na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão, no bairro da Boa Vista, no Recife. 

Nessa quarta (6), depois de entregar 77 novas viaturas como parte do Plano Estadual de Segurança, que prevê investimentos de R$ 290 milhões, Câmara disse acreditar na queda dos índices de violência no próximo ano. “Temos certeza, diante de todo esse planejamento, que teremos uma queda muito grande de homicídios em 2018”, cravou.

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Encontro com ministros em Brasília

Também nessa quarta, Paulo Câmara esteve em Brasília para audiências com os ministros da Integração Nacional,  Hélder Barbalho, e das Cidades, Alexandre Baldy. O governador solicitou que Barbalho liberasse os recursos da Emenda de Bancada, em o valor de R$ 126 milhões, previstos para a Adutora do Agreste. "Esses recursos são essenciais para que não ocorra a paralisação das obras", disse o pessebista. 

Já na conversa com Alexandre Baldy, o chefe do Executivo estadual apresentou  as prioridades de Pernambuco e o ministro, por sua vez, prometeu destravar projetos em andamento na pasta. "O ministro já tinha conhecimento de algumas das nossas demandas e se comprometeu em destravar projetos que estão no âmbito das Cidades", salientou Câmara.

Na área de Saneamento o governador tratou de um financiamento com recursos do FGTS para que a Compesa possa aplicar R$ 383 milhões em 10 obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Os destaques são a Adutora do Alto Capibaribe, que trará água da transposição do Rio São Francisco, captada já no estado da Paraíba, para atender Santa Cruz do Capibaribe, Jataúba, Toritama, Taquaritinga do Norte e outras cidades do Agreste Setentrional, e uma obra para atender Caetés e Capoeiras, no Agreste Meridional. 

Pré-candidato a governador de Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) afirmou que o ciclo de gestão do PSB esgotou e o estado necessita de um chefe do Executivo “com um ânimo, que seja maior que a crise”. Para o peemedebista, a administração do governador Paulo Câmara (PSB) “não deixou nenhuma marca” e a população quer mudança.

“Pernambuco tem que ter voz ativa. Pernambuco é um líder natural do Nordeste. Para recuperarmos esta liderança precisamos de um novo jeito de governar, com entusiasmo, ânimo e firmeza. Acho que se esgotou um ciclo”, disse, em entrevista a uma rádio local. Sob a ótica dele, o desenvolvimento do estado caminha “em câmera lenta, com uma velocidade muito menor que os pernambucanos gostariam”.

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Apesar de muitas vezes utilizar a crise econômica como justificativa para defender o governo estadual, agora no campo da oposição Fernando Bezerra Coelho disse que na realidade falta liderança do pessebista para guiar o Estado. “As dificuldades da crise não servem como justificativa, porque os outros estados investiram. A realidade é que falta projeto, falta liderança. O dever de casa foi muito mal feito”, destacou.

“Precisamos de um governador com ânimo, que seja maior que a crise. Quando olhamos para este governo, vemos que ele não deixou nenhuma marca”, acrescentou. O senador ainda disparou críticas contra a as ações de segurança pública. “O Pacto pela Vida, construído por Eduardo Campos, foi abandonado”, constatou. 

Bezerra Coelho é um dos nomes já anunciados para a disputa pela frente de oposições criada com o objetivo de desbancar o PSB e a reeleição de Paulo Câmara em 2018. Além dele, também já anunciaram as pré-candidaturas o senador Armando Monteiro (PTB) e o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB). 

Os três e as demais lideranças oposicionistas vão se reunir na próxima segunda-feira (11) para debater as propostas. O encontro  será a partir das 17h, no espaço Arcádia do Paço Alfândega, no Recife Antigo.

Durante uma nova discussão na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre o crescimento da violência no estado, nesta quarta-feira (1º), o deputado Tony Gel (PMDB) acusou o ex-governador João Lyra Neto (PSDB) de se omitir diante das ações do Pacto Pela Vida quando assumiu a gestão em abril de 2014. Segundo o peemedebista, Lyra Neto “lavou as mãos” diante do combate a violência e fez com que o programa desandasse e fosse destruído.  

O argumento foi exposto por Tony Gel em aparte ao discurso do líder da oposição na Alepe, deputado Silvio Costa Filho (PRB), que criticava a atuação do governador Paulo Câmara (PSB) diante dos altos índices de homicídios. De acordo com Costa Filho, “depois que Paulo Câmara assumiu o governo a violência só fez aumentar”. Dados apresentados pelo oposicionista apontam que na gestão do pessebista já são mais de 12.500 assassinados. 

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“Não poderia me omitir diante de uma injustiça. Essas colocações omitem uma verdade. É que quando o governador Paulo Câmara assumiu os destinos de Pernambuco o Pacto Pela Vida já estava desarrumado. É muito mais fácil destruir qualquer coisa do que construir”, sentenciou Tony Gel. “Quando Eduardo Campos se desincompatibilizou [em abril de 2014], ele passou com tudo andando bem e o sucessor dele e antecessor de Paulo só foi para uma reunião do Pacto Pela Vida. A partir daí a coisa desandou”, complementou. 

Segundo o peemedebista, “o comandante do Estado já não se interessava mais, não cobrava”. “Simplesmente lavou as mãos e se omitiu. É lamentável dizer isso. Paulo Câmara quando assumiu encontrou o Pacto Pela Vida batendo cabeças, sem o resultado que deveria ter. É muito duro alguém ser acusado de algo que não merece. O Pacto Pela Vida desandou antes de Paulo Câmara assumir”, cravou Tony Gel.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), decidiu realizar uma reunião de monitoramento das ações do programa Pacto pela Vida em pleno feriado, nesta quinta-feira (12). "Aqui a gente não para nem no feriado", destacou o pessebista em sua página do Facebook.

Câmara já tinha dito e voltou a repetir que o seu governo está realizando um fato histórico. "Estamos fazendo o maior investimento da história das polícias, com a contratação de 4.500 novos policiais e a aquisição de equipamentos", contou. 

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Se antecipando às críticas de que apenas policiais nas ruas não basta, o governador ressaltou que outras questões são importantes como identificar os locais de maior segurança. "Mas é preciso não perder o foco da estratégia, identificar os locais de maior violência e atuar de forma cirúrgica para que a sociedade se sinta segura em casa e nas ruas. Estamos trabalhando forte para isso o tempo todo", garantiu. 

O Pacto pela Vida, programa de segurança pública criado em maio de 2007, completou dez anos de implantação sob muitas críticas. Políticos da oposição afirmam que "a falta de liderados" do governador também tem contribuído com o aumento da violência. Mas, Paulo Câmara afirma que o trabalho está sendo feito e que as pessoas já percebem a diferença nas ruas.

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