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A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai propor ao governador Paulo Câmara (PSB) que as reuniões de articulação do Pacto Pela Vida sejam regionalizadas.  A sugestão foi discutida na sétima edição do Pernambuco de Verdade, na noite dessa quinta-feira (28), em Petrolina, no Sertão. O objetivo, de acordo com o colegiado, é de que a temática seja debatida com os prefeitos para incluir as administrações municipais no combate à violência no estado. 

Na passagem por Petrolina, os parlamentares se reuniram com o 5º Batalhão da Polícia Militar, que, de acordo com eles, hoje trabalha com um déficit de 550 homens. “Vamos encaminhar ao governador Paulo Câmara solicitação para criação de um Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp) no São Francisco, além de cobrar as promessas feitas à população”, destacou o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da bancada.

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A agenda incluiu ainda um encontro com o prefeito Miguel Coelho (PSB). O prefeito destacou a importância do Biesp para a região e falou sobre outras demandas para a área de segurança, como a promessa de aquisição de um helicóptero para ajudar no combate à violência e ao tráfico na região.  "Apesar de constar no Plano de Segurança do Governo do Estado, anunciado em abril, até hoje segundo o Portal da Transparência nenhum helicóptero foi adquirido pelo Governo", destacou a deputada Priscila Krause (DEM).

Além da segurança pública, a situação da saúde também foi avaliada. O Hospital Dom Malan, responsável pelo atendimento à população de 54 municípios de Pernambuco, Bahia e Piauí, de acordo com a vistoria da oposição funciona com uma demanda 150% superior à sua capacidade, além dos problemas de infraestrutura. O teto de uma das alas, por exemplo, desabou há dois anos e o piso da Pediatria cedeu há um ano. 

“Ouvimos dos representantes da Fundação Imip, que administra o hospital, que há recursos disponíveis para as obras, mas falta autorização da Secretaria de Saúde para que o investimento seja realizado”, detalhou o deputado Augusto César (PTB). “É um verdadeiro descaso com a população”, completou Júlio Cavalcanti (PTB).

Ainda em relação à saúde, a administração municipal disse que aguarda a regularização de um débito da ordem de R$ 5 milhões do Estado com o município, de ações como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), entre outros programas. Outros locais visitados pelos parlamentares foram a rodoviária da cidade, o Instituto de Medicina Legal, o Corpo de Bombeiros, a Delegacia de Roubos e Furtos, a Compesa e a UPE. As próximas edições do Pernambuco de Verdade serão realizadas na Zona da Mata Sul e Região Metropolitana do Recife.

A Secretaria de Defesa Social (SDS) optou por ficar mais silenciosa neste mês com relação ao número de homicídios, ao contrário do que aconteceu no mês anterior quando os dados de junho apresentavam o menor número de assassinatos em 2017 até então.  Em julho, o número de crimes violentos letais voltou a subir: 447.

Até o momento são 3322 homicídios em 2017, ou seja, os sete meses mais violentos desde o início do Pacto Pela Vida. Em 2007, ano de implementação do Pacto, os primeiros sete meses registraram 2771 assassinatos. 

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Em julho, foram computados também 10.064 crimes violentos contra o patrimônio, como roubos e furtos. Foi o segundo mês com menos ocorrências do tipo, atrás apenas de abril. Porém, até o momento já são 73.394 crimes violentos contra o patrimônio, o que ultrapassa todo o ano de 2014 (65.385), 2013 (52.637), 2012 (52.484) e 2011 (55.684). 

Houve redução nos casos de violência doméstica e familiar. A SDS contabilizou 2310 casos em julho, o menor do ano. Julho também foi o mês com menos casos de estupro: 94. Janeiro havia registrado o maior número de estupros, 186. 

Número de homicídios nos últimos anos:

2016 – 4479

2015 – 3889

2014 – 3434

2013 – 3100

2012 – 3321

2011 – 3507

2010 – 3509

2009 – 4018

2008 – 4528

2007 - 4591

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O novo balanço do número de homicídios em Pernambuco em 2017, divulgado pela Secretaria de Defesa Social (SDS), causou reação da bancada de oposição na Assembleia Legislativa (Alepe). Nesta quarta-feira (16), o colegiado divulgou uma nota pontuando que o Governo do Estado “continua sem rumo e sem comando no que diz respeito ao combate à violência”. De acordo com dados da SDS, de janeiro a julho foram registrados 3.323 assassinatos em Pernambuco, 913 casos a mais que no mesmo período de 2016. O que, segundo a oposição, representa um crescimento de 38%.

“Hoje, a política de segurança do Governo de Pernambuco se restringe à substituição dos postos de comando. Já estamos no terceiro Secretário de Defesa Social e no terceiro comandante da Polícia Militar, sem que os números indiquem qualquer sinal de declínio. Até mesmo a transparência, uma das premissas do Pacto pela Vida, foi abandonado pelo atual governo, como forma de tentar encobrir as falhas e a falta de gestão do programa”, salienta a nota, frisando que a oposição vem alertando o crescimento constante desde 2015. 

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No texto, o grupo ainda pede que o governador Paulo Câmara “deixe de lado a sua costumeira aversão ao diálogo e promova um amplo debate sobre o resgate do Pacto pela Vida e o combate à criminalidade”. 

Leia a nota na íntegra:

"Pernambuco: Governo sem rumo e segurança sem comando 

Os números da Secretaria de Defesa Social, divulgados nesta terça-feira (15), são mais uma prova de que o Governo do Estado continua sem rumo e sem comando no que diz respeito ao combate à violência. Segundo os dados da Secretaria, entre janeiro e julho já foram registrados 3.323 assassinatos em Pernambuco, 913 casos a mais que no mesmo período de 2016, o que representa um crescimento de 38%.

Desde 2015, a Bancada de Oposição vem alertando para o crescimento da criminalidade no Estado, quando foi registrado um incremento de 15% no número de homicídios. A Oposição voltou a alertar para o problema em 2016, quando os casos de assassinatos cresceram mais 13%, e novamente  no encerramento do primeiro semestre.

Hoje, a política de segurança do Governo de Pernambuco se restringe a substituição dos postos de comando. Já estamos no terceiro Secretário de Defesa Social e no terceiro comandante da Polícia Militar, sem que os números indiquem qualquer sinal de declínio. Até mesmo a transparência, uma das premissas do Pacto pela Vida, foi abandonado pelo atual governo, como forma de tentar encobrir as falhas e a falta de gestão do programa.

Segundo o sociólogo José Luiz Ratton, idealizador do Pacto pela Vida, até 2013 o programa mostrou resultado porque tinha as metas pactuadas e acompanhadas pela sociedade, o que não acontece hoje. Também foram abandonados, segundo Ratton, os investimentos em ações sociais e prevenção, essenciais para a redução da criminalidade.

A Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo, trabalha com déficit de pessoal, que ficou mais evidente após o fim do Programa de Jornadas Extras de Segurança, realidade que virou alvo de investigação do Ministério Público de Pernambuco.

Diante do agravamento da situação, a Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco faz um apelo para que o governo Paulo Câmara deixe de lado a sua costumeira aversão ao diálogo e promova um amplo debate sobre o resgate do Pacto pela Vida e o combate à criminalidade, com os Poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público, OAB, representantes dos agentes de segurança e a sociedade civil organizada. 

Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco"

Com relação a 2016, o mês de maio deste ano teve 43% mais homicídios. Ao todo, 2495 homicídios ocorreram este ano em Pernambuco até o final de maio, enquanto no mesmo período do ano passado o número estava em 1.727.

Maio deste ano teve 457 assassinatos, uma média diária de 14,74 por dia. O mesmo mês em 2016 finalizou com 319 dessas ocorrências.

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Apesar desse cenário, a Secretaria de Defesa Social (SDS) comemora a redução com relação aos últimos meses deste ano. Em abril foram 514 homicídios, uma média de 17,13 por dia.  Maio, então, foi o mês menos violento deste ano, apesar de já ter essa tendência pela média histórica.

A SDS também divulgou que 199 pessoas foram presas em maio por assassinato. Foram contabilizados ainda 10107 crimes violentos contra patrimônio, 1699 roubo de veículos, 556 furto de veículos e 2674 ocorrências de violência doméstica e familiar contra a mulher. Todos esses apresentaram redução com relação ao mês anterior.

Ônibus - A taxa de roubo a ônibus continua sendo um sério problema no Estado. Em abril, a SDS registrou 102 ocorrências do tipo. Em maio, o número foi de 105.

O líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Silvio Costa Filho (PRB), também contou durante a coletiva de imprensa nesta terça-feira (16), que uma audiência pública será realizada no dia 25 deste mês, às 9h30, para debater o programa Pacto pela Vida. Costa Filho disse que o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Angelo Fernandes Gioia, foi convidado. 

“É a primeira audiência pública que nós vamos fazer oriunda do Pernambuco de Verdade. Essa foi uma solicitação da bancada da oposição com a presença do secretário Gioia. Há um compromisso da vinda dele com o convite [feito] oficialmente. Está confirmando e combinado com o líder do governo [Isaltino Nascimento]. Torcemos para que ele venha”, falou o parlamentar.

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Costa Filho declarou que a realização de audiências está dentro do “script” constitucional e regimental e que a oposição tem atuado nas vertentes dos pedidos de informação e na realização de audiências. Segundo ele, serão realizadas mais de 20 ainda neste primeiro semestre. 

“Todos esses pedidos de informação e visitas que estão sendo documentadas pela equipe de toda a bancada dos deputados. No segundo semestre, vamos fazer novas visitas. A gente vai fazer o monitoramento. Voltar novamente para saber, de fato, se a obra iniciou, como está a situação. Se andou e cobrar. Nós torcemos para que as ações sejam implementadas, mas a oposição não vai deixar de cumprir o seu papel e defender os interesses do povo de Pernambuco”, frisou. 

A Secretaria de Defesa Social (SDS) promoveu uma série de mudanças de delegados por meio de portaria. No meio das mudanças, Gleide Ângelo deixará a 9ª Delegacia de Polícia e Homícidios de Olinda, onde estava desde novembro de 2015. 

Gleide, popular por investigar casos importantes em Pernambuco, reforçará o Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL). O DPMUL ficará responsável por investigar feminicídios, tanto consumados quanto tentados.

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No Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), chegarão Diogo Melo Victor, que sai da Delegacia de Homicídios e assume a 1ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico; e João Paulo de Andrade, que era do plantão da Delegacia de Atos Infracionais e vai para a 3ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico. 

Já a Delegacia de Polícia do Meio Ambiente será comandada pela delegada Maria Elizabeth Patriota do Rêgo Barreto. Ela foi dispensada da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios.  

O delegado Paulo Berenguer foi dispensado da chefia da Delegacia de Polícia de Roubos e Furtos (DPRF), sob a justificativa de que há necessidade de mudanças de titularidade de chefias de algumas unidades do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais. Em seu lugar, assume o delegado João Gustavo Godoy, da Delegacia de Polícia do Cordeiro.

Outra mudança ocorre na Delegacia de Repressão ao Estelionato, com a saída de Rômulo Aires e a chegada de Adriana Oliveira Fonseca, que já era adjunta da referida delegacia. A 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios será liderada por Francisco Océlio. Na portaria, é dito que a mudança visa “alcançar as metas estipuladas pelo Pacto de Vida (sic), obtendo os resultados de diminuição nos números de Crimes Violentos Letais”.

A mesma justificativa é dada para a saída de Paulo Furtado e entrada de Paulo Gustavo Coelho Dias na chefia da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios. Por fim, a 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios será comandada por Gilberto Loyo de Meira Lins Neto, enquanto a chefia da Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa será de Elder Bezerra Tavares da Silva. 

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Não foi apenas o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), que defendeu o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmando que ele está “dando o máximo de si” pelo estado. O gestor de Petrolina, Miguel Coelho PSB), também amenizou ao falar sobre a área da segurança pública e afirmou que acredita no programa Pacto pela Vida. 

O Pacto é uma política pública de segurança que visa, principalmente, a prevenção de homicídios e que também prevê o monitoramento permanente de ações e resultados, segundo informações do governo estadual. Em entrevista ao LeiaJá, Miguel disse que não se pode ser injusto com a história do Pacto pela Vida, mas confessou que o mesmo precisa ser revisto. “Ainda na época de deputado eu defendia que o Pacto pela Vida precisava ser revisto, até porque qualquer política pública precisa ser revista de tempo em tempos. Com o Pacto pela Vida não seria diferente”, disse. 

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O prefeito da cidade do sertão pernambucano declarou que quer implementar na cidade um modelo inspirado no Pacto pela Vida e em outros programas bem sucedidos, como os existentes na Colômbia. “Iremos também reestruturar a nossa guarda municipal e patrimonial para que possamos dar mais segurança. Isso passa em investimento em centros de videomonirotamento”, contou. 

Ele ainda falou sobre a dificuldade em comandar uma cidade com mais de 340 mil habitantes, ressaltando que não era um “desafio simples”, principalmente em um cenário de grave crise que se encontra em todo o Brasil. “Petrolina, graças a Deus, consegue se destacar um pouco, diferente das outras em razão da fruticultura irrigada, que ajuda”.

No entanto, Coelho pontuou que a cidade passou por um “revés”. “Não só na queda da receita, mas também deixando de arrecadar por simples questão de gestão. Em quase três meses, consegui triplicar a receita de licença de construção, apenas com gestão, informatizando e com mais transparência. Com gestão, eficiência, transparência e zelo pelo bem público estamos conseguindo fazer algumas alterações”. 

A saúde pública é uma prioridade, segundo o prefeito. Ele declarou que, após uma reorganização na Secretaria de Saúde já podem ser vistos os resultados. “Em dezembro do ano passado, na gestão passada, foram de 16 a 17 mi atendimentos. Em janeiro, conseguimos fazer 32 mil”, comemorou. 

O número de homicídios no estado de Pernambuco em janeiro de 2017 é o maior dos últimos dez anos. Dados da Secretaria de Defesa Social do estado mostram que 479 pessoas morreram assassinadas nesse período. Há uma década, em janeiro de 2007, foram contabilizadas 459 mortes violentas – vinte a menos.

A Região Metropolitana do Recife (RMR) responde por 43% desse total. A cidade onde mais pessoas foram assassinadas é a capital, com 70 mortes. Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Olinda e Ipojuca registram mais de dez homicídios. Já no interior do estado, o município com mais ocorrências é Caruaru, com 21 vítimas. Dos 184 municípios de Pernambuco, 68 não tiveram homicídios no mês de janeiro.

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Os dados divulgados ontem (15) interromperam a tendência de queda no número de homicídios, registrada depois da criação do programa Pacto pela Vida, em 2007. O programa foi lançado pelo governo do estado com o objetivo de reduzir a violência por meio de políticas públicas integradas entre áreas do Executivo e também entre os diferentes poderes. 

O objetivo foi cumprido até 2014, quando o número de mortes violentas em janeiro foi quase a metade (256) do registrado no primeiro mês deste ano.

Em meio a críticas de que o Pacto pela Vida teria sido deixado de lado, o governador Paulo Câmara cobrou na segunda feira (13), durante reunião com prefeitos da Região Metropolitana do Recife, que as administrações municipais cumpram o papel que lhes cabe em ações que, para o governo estadual, podem ajudar a reduzir a criminalidade, tais como iluminação pública e a fiscalização de trânsito e bares.

Em texto divulgado pela Secretaria de Defesa Social sobre as estatísticas de janeiro, o órgão informou que “vem ajustando a atuação das polícias de modo a aumentar o policiamento ostensivo, como também aumentar a resolutividade dos inquéritos” para combater os homicídios.

Outros crimes

A Secretaria de Defesa Social divulgou também o número de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) – roubo, extorsão mediante sequestro e roubo com restrição de liberdade da vítima. Em janeiro foram 10.691 ocorrências em todo o estado. Recife é responsável por cerca de 35% do total (3.796 casos).

Um dos setores que mais faz críticas à política de segurança pública do Estado é o rodoviário. Diariamente a cidade registra assaltos em ônibus, inclusive com mortes de passageiros e assaltantes. De acordo com dados do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, desde o início de 2017 até ontem foram registradas 513 ocorrências, uma média de 11,4 por dia.

Até o ano passado, os dados mensais disponiblizados pela Secretaria de Segurança eram mais completos e continham gráficos comparativos por período; taxa de mortes por 100 mil habitantes; além de comparações entre regiões, municípios e população. Este ano, no entanto, o documento contém apenas uma lista simples do número de mortes por município ou região.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reuniu prefeitos dos municípios localizados na Região Metropolitana do Recife (RMR) para discutir segurança pública no Estado e o programa Pacto pela Vida. A reunião foi realizada, nesta segunda-feira (13), no mesmo dia em que iniciaram as audiências públicas para debater a proposta de reajuste dos policiais militares, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Em entrevista concedida à imprensa, após a reunião, Câmara disse que o “combate será incansável” pela segurança e declarou que momentos como o de hoje são importante para debater as parcerias que podem ajudar o governo. “Tivemos a reunião onde foi feita uma apresentação mais detalhada do Pacto pela Vida, das ações que o Governo de Pernambuco tem feito a partir das políticas do combate ao tráfico de drogas na busca incansável de promover segurança pública no nosso Estado e fizemos um longo debate sobre parcerias que podem avançar. Com parcerias, temos condições de dar respostas mais rápidas a esse grave problema que estamos enfrentado”, ressaltou. 

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O governador falou que outras regiões também deverão ser convocadas para o debate, citando os municípios localizados na Zona da Mata de Pernambuco, do Agreste e do Sertão, e frisou que as cidades podem ajudar na redução da criminalidade. “Há fatores que ajudam, como iluminação pública”. 

Paulo Câmara também pontuou que é necessário fazer o mapeamento das áreas onde ocorrem mais crimes, além de dizer que estava “satisfeito” com o resultado do encontro, afirmando que os gestores municipais puderam expor suas preocupações. “Os prefeitos se mostraram receptivos, sabem do desafio também de administrar as suas cidades em um ambiente como este. Nós vamos também iniciar uma série de outras conversas. Os comandos das policiais militares e civis vão se reunir também com as equipes de cada prefeito da Região Metropolitana para que a gente possa, com as informações municipais, criar cada vez mais programas que busquem melhorar a segurança pública. Essa é a primeira rodada de conversas”. 

O socialista acrescentou que é preciso trabalhar para garantir a segurança e que não irá politizar o debate. “Isso é um debate muito sério. Eu espero que a oposição tenha a consciência disso. É só ver o esforço que estamos fazendo, a movimentação que nós queremos. Não vamos torcer pelo “quanto pior, melhor” porque isso não faz bem para os pernambucanos. Vamos continuar a trabalhar muito. Nós não vamos admitir que a bandidagem queira imperar em nosso Estado. Nós vamos dar respostas rápidas e prender quem precisa ser preso”, concluiu.

O governador salientou ainda que o concurso que está sendo finalizado da Policia Militar, com o ingresso de mais 1.500 novos policiais, irá possibilitar que haja um reforço na segurança das cidades. “É um conjunto de ações e vamos estar conversando sempre. Não há uma política pontual. São políticas diárias que nós vamos enfatizar. O importante é que o município sabe que precisamos atuar na prevenção aos homicídios e, ao mesmo tempo, atuar dando a respostas para diminuir com repressão, prendendo os que estão fazendo mal no âmbito da segurança pública. Tenho a convicção de que nós temos as condições de avançar”.

Por fim, ainda contou que o Carnaval foi bem “planejado” e que, na próxima semana, a Secretaria de Defesa Social (SDS), irá divulgar o esquema de segurança durante as festividades. 

Fazendo uma análise da segurança pública em Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB) afirmou que o principal problema do Pacto Pela Vida é a “ausência” do governador Paulo Câmara (PSB) na gestão da área. A avaliação do petebista foi exposta após um dos principais idealizadores do programa, o sociólogo José Luiz Ratton, afirmar que o problema da iniciativa "é anterior à crise econômica" que abateu Pernambuco, rebatendo a justificativa do governo sobre a derrocada do Pacto. 

“Um dos principais idealizadores do Pacto pela Vida, José Luiz Ratton, confirma o que todo pernambucano já vem sentindo há muito tempo. O desmonte do programa Pacto Pela Vida não é causado pela crise econômica, como afirma o Governo de Pernambuco. O principal problema é a ausência do governador na gestão da segurança pública", alfinetou Armando Monteiro, fazendo referência às declarações concedidas pelo sociólogo ao jornal Valor Econômico dessa quarta-feira (25).

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Segundo o senador, ao se analisar o balanço da criminalidade em Pernambuco nos últimos três anos, fica claro o completo retrocesso do programa de segurança pública, com aumento de 44% no número de homicídios e a volta aos patamares do ano de 2007, quando o programa foi implantado. "No Nordeste, estados como Alagoas, Ceará, Sergipe e Rio Grande do Norte tiveram melhor desempenho em 2015. A derrocada do Pacto pela Vida chama a atenção do Brasil. O que seria esperança em termos de modelo se transforma numa desilusão”, lamentou Armando Monteiro.

O senador criticou ainda o fato de o investimento em segurança este ano, considerando a inflação, ser proporcionalmente menor do que o ano passado. “Em Pernambuco, o ajuste fiscal tem sido feito com corte em áreas essenciais, e com sacrifício da população”, concluiu.

Policiais militares participaram de um "enterro" simbólico do programa de segurança pública do governo, Pacto pela Vida, na tarde desta quarta-feira (18) no Recife. Desde o início de dezembro, a Polícia Militar está em operação padrão, com menos equipes nas ruas, devido à reivindicação por aumento salarial.

A Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS), responsável pela convocação, intitulou o ato como "O grito de socorro da sociedade". "Todos os dias assistimos aos índices de violência aumentarem em Pernambuco, o que é inadmissível", disse o presidente da associação, Albérisson Carlos. 

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Os manifestantes fincaram na areia da Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, mais de 700 cruzes, em alusão às vítimas da violência no Estado. Um caixão também foi enterrado simbolicamente na areia.

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"Desde 2008 e 2009 não eram registrados mais de 4 mil mortes no Estado, o que infelizmente voltou a acontecer em 2016 por causa da falta de comando do Governo". A crítica foi feita pelo deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco. 

Segundo o grupo de parlamentares, o número de homicídios em Pernambuco cresceu 30% desde o início da gestão de Paulo Câmara e, mais uma vez, os deputados pedem uma reavaliação do Pacto pela Vida. Em 2016, foram 4.458 assassinatos registrados até 30 de dezembro. 

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"Em 2016 tivemos os piores meses desde a criação do Pacto pela Vida, com o registro de 449 mortes em outubro e 454 em dezembro, o que reforça a necessidade de a questão ser tratada como prioridade de Estado. Nos últimos dois anos foram cometidos 8.349 assassinatos em Pernambuco, números que atestam a falência do Pacto”, pressionou Silvio Costa.

A Bancada ainda lista os altos números de assaltos a ônibus e bancos, mas esquece de mencionar os inúmeros casos de estupros cometidos contra mulheres principalmente na Região Metropolitana do Recife.

Os deputados afirmam que devem "agendar uma visita ao novo procurador-geral de Justiça do Estado, Francisco Barros", nas próximas semanas, para discutir ações com o objetivo de reduzir a criminalidade em Pernambuco.

Com informações da assessoria

Apesar da disputa pelo comando do governo estadual acontecer apenas em 2018, a troca de farpas entre a atual gestão e a oposição tem sido cada vez mais intensa, principalmente quando o assunto é segurança pública. Em um artigo divulgado à imprensa, neste fim de semana, o senador Armando Monteiro (PTB) voltou a atacar o que ele chama de “falência” do Pacto Pela Vida. O programa, criado em 2007 por Eduardo Campos, não tem atingido os índices de redução de violência em Pernambuco. 

Segundo dados apresentado por Armando, em 2015 houve o número de homicídios registrou um crescimento de 12% em relação ao ano anterior e a expectativa é de que 2016 registre uma estatística negativa maior. “O que acontece em nosso Estado? Por que o Pacto pela Vida, que foi referência nacional ao reduzir o número de assassinatos em 30% entre 2007 e 2013, agora sofre tal retrocesso? Na raiz dos problemas de hoje estão ausência de gestão e de comprometimento do governo estadual com as metas do programa e com o acompanhamento dos indicadores de criminalidade”, observou. 

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Sob a ótica de Monteiro, “faltou investimento em áreas essenciais de tecnologia, inteligência e infraestrutura” e não foi institucionalizado um fórum de segurança pública, com participação das organizações da sociedade civil para acompanhar e monitorar o programa.

Fazendo referência a atuação do governador Paulo Câmara (PSB), Armando também não poupou alfinetadas. “Em gestões passadas, o governador participava diretamente das reuniões e impunha um sentido de urgência. Hoje, existe um afastamento proposital do tema, talvez pelos índices desastrosos e pela sensação de insegurança que inquieta o povo pernambucano. Enquanto isso, o Pacto pela Vida sobrevive apenas na propaganda do governo”, disparou.

Para o senador, “Pernambuco não pode assistir passivamente ao aumento da criminalidade” e é necessário uma “cooperação federativa no combate” a violência. 

Na tarde desta quarta-feira (9), a Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco realizou entrevista coletiva para falar dos dados do Pacto pela Vida e do crescimento da violência no Estado. Na ocasião, foi apresentado o número de 451 homicídios somente no mês de outubro, o que representa o pior mês da história do programa de segurança pública, lançado em 2007. 

Só neste ano, já foram somados 3.600 assassinatos, significando que a insegurança em Pernambuco aumentou. Segundo Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Alepe, houve regressão no combate à criminalidade de dez anos em três anos. O parlamentar ainda fez comparação entre Pernambuco e os estados do Ceará e Alagoas, locais que apresentaram redução nos números de violência em 2016. 

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Além disso, foi solicitada a realização de audiência pública para discutir o aumento da criminalidade. Outros pontos a serem debatidos são os rumos do Pacto pela Vida. A reunião ainda não tem data definida, mas deverá ser realizada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos.

A questão das investidas ao patrimônio, como é o caso das ocorrências nas agências bancárias, também foi abordada pelo presidente da Comissão de Cidadania, o deputado Edilson Silva (Psol). Ele explica que não há estado em situação tão grave de crescimento generalizado da criminalidade como Pernambuco. Apontou também a redução de 24% em apreensões de armas, enquanto os estados vizinhos (Ceará e Alagoas) aumentaram as apreensões em 40% e 70%, respectivamente. 

Com isso, foi destacado o fechamento dos bancos do interior, afetando a população. Como explorou o parlamentar Júlio Cavalcanti, líder do PTB na Alepe, há aposentados que precisam se deslocar cerca de 80 km para receberem atendimento bancário. 

A reunião reforçou a decisão da bancada em procurar o Tribunal de Justiça de Pernambuco, o Ministério Público do Estado, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério da Defesa. O intuito é discutir a contribuição de cada órgão para a melhoria do panorama de insegurança em Pernambuco.

Foi realizada, na manhã desta sexta-feira (14), uma reunião no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, a fim de discutir o conjunto de ações prioritárias que serão contempladas pelo Estado no Orçamento Geral da União (OGU) - exercício de 2017. Na ocasião, dois setores foram colocados no topo das medidas que receberão investimentos e melhorias: as seguranças pública e hídrica. 

A definição se estruturou diante dos R$ 224 milhões da reserva parlamentar. Serão destinados R$ 164 milhões às obras da Adutora do Agreste e os outros R$ 60 milhões à conclusão do Complexo Prisional de Itaquitinga, localizado na Mata Norte. De acordo com o governador, Paulo Câmara, é preciso ter um esforço das emendas de bancada para a Adutora do Agreste, a fim de permitir funcionalidade à obra. Ele aponta que, ao ser finalizada, 60 municípios serão beneficiados. Câmara ainda acrescentou que irá pleitear mais R$ 150 milhões, junto ao Ministério da Integração, para acelerar o projeto. 

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No anúncio ficou definido que o governo irá contar com parte das emendas individuais de direito dos deputados e senadores que serão destinados à implantação de dessalinizadores em municípios atingidos pela estiagem - já se estende por cinco anos. Câmara informou que cada parlamentar se comprometeu a destacar R$ 500 mil para esse fim.  

Já no que tange à segurança pública, o governador apontou para a importância de utilizar os recursos provenientes das emendas parlamentares para a conclusão do Complexo Prisional de Itaquitinga. Visando isso, serão demandados R$ 80 milhões, cujo valor de R$ 60 milhões da reserva parlamentar serão utilizados para a conclusão dos três pavilhões maiores, enquanto R$ 20 milhões serão de recursos do Tesouro Estadual, com o intuito de serem utilizados para a finalização de outros dois pavilhões, com obras já em andamento. 

No encontro, o secretário de Planejamento e Gestão e coordenador do programa Pacto pela Vida, Márcio Stefanni, apontou que o Governo de Pernambuco está negociando com a bancada federal a destinação de algumas emendas individuais para reforçar a Polícia Científica. 

Após a posse do novo secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, na última sexta (7), representantes do programa Pacto pela Vida participaram de uma reunião, nesta quinta-feira (13). O chefe da Polícia Civil, delegado Antônio Barros, ressaltou a necessidade de mais atenção aos setores de inteligência e uma articulação cada vez mais forte com os outros estados.

Barros exemplificou a relevância desta conexão nas operações de combate às investidas contra agências bancárias. “É necessário investir na inteligência da polícia porque, com certeza, há ligação (destes crimes) com outros estados. É importante a comunicação com a polícia de outras localidades”. 

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Com relação ao índice de homicídio, o delegado chama de "situação alarmante em Pernambuco" e lembra do grande desafio que é reduzir tais números. Segundo a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), somente entre janeiro e julho deste ano foram calculados 2.600 crimes do tipo no estado.  

Greve dos policiais civis

Sobre o pedido feito pelo Sindicatos dos Policiais Civis (Sinpol) - implementação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) -, as consequentes manifestações e a iminência de paralisação da categoria, Antonio Barros indicou que a polícia está aberta ao diálogo para se chegar ao melhor ponto para os profissionais. “É importante que o sindicato tenha essa consciência também e o novo secretário já abriu diálogo com os representantes da entidade”. 

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O primeiro desafio do novo secretário de Defesa Social de Pernambuco será avançar com o programa Pacto pela Vida, implantado em 2007 – principal alvo de críticas dos policiais civis do estado. Oficialmente empossado, o ex-delegado da Polícia Federal (PF) Angelo Fernandes Gioia, de 52 anos, conversou com a imprensa nesta sexta-feira (7) sobre seus objetivos primários no comando da pasta, em meio a um crescente aumento de crimes, entre eles homicídios e assaltos a bancos.

Segundo dados oficiais, do início deste ano até o fim de setembro foram registrados 3.127 homicídios no estado. Já na próxima segunda-feira (10), o secretário tem em sua agenda uma reunião com as autoridades policiais para debater e adotar estratégias emergenciais. "Conheço bem o Pacto pela Vida e venho para levar adiante esse que é um projeto que tem como objetivo a redução da criminalidade e oferecer ao cidadão que vive em Pernambuco melhores condições de vida", explicou.

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"Venho para motivar o efetivo, dar meios, dentro de uma realidade que o país vive, fazendo o melhor com o que é disponibilizado para a nossa secretaria", complementou. O ex-delegado federal diz que a autocrítica será uma das suas principais características à frente da pasta. "Sou o maior crítico da minha conduta, do meu comportamento. No momento em que eu perceber que não estou agregando, humildemente, pegarei o meu boné e voltarei para casa", declarou.

Ainda em entrevista, Angelo Gioia adiantou que pretende trazer dois delegados federais para a secretaria. João Luiz Caetano de Araújo, que atua como delegado de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, será o novo secretário-executivo de Defesa Social de Pernambuco, e Carlos Henrique Oliveira de Souza, o novo corregedor-geral da SDS. Os novos gestores devem iniciar seu trabalho na próxima segunda-feira (10).

Gioia também aproveitou a ocasião para esclarecer que foi absolvido de um processo contra ele no Tribunal Federal Regional da 2ª Região (TRF). Durante os seis anos que esteve à frente da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, o agora secretário recebeu acusações de abuso de autoridade, denunciação caluniosa, coação e improbidade administrativa. "Tanto em primeira instância quanto no tribunal, o poder judiciário reconheceu que eu agi dentro da mais absoluta legalidade", disse.

O novo secretário assume a pasta no lugar do também delegado federal Alessandro Carvalho, que teria pedido ao governador Paulo Câmara a sua exoneração. Angelo Fernandes Gioia é natural do Rio de Janeiro e formado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele está aposentado da PF desde abril deste ano.

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Alessandro Carvalho não é mais secretário de Defesa Social de Pernambuco, anunciou o Governo no início da tarde desta quinta-feira (6). A pasta agora será liderada pelo delegado da Polícia Federal Angelo Fernandes Gioia.

Segundo a nota enviada à imprensa, Alessandro Carvalho pediu sua saída do posto, sendo atendido pelo governador Paulo Câmara. “Quero publicamente agradecer o trabalho e as contribuições que Alessandro deu à área de segurança, como um profissional dedicado e de elevado espírito público. Um grande amigo. E agora também tenho certeza que Angelo, por sua experiência e capacidade, vai se integrar com eficiência ao trabalho do Pacto Pela Vida”, afirmou o governador na nota.

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Carvalho exerceu o cargo de secretário-executivo em Pernambuco entre julho de 2010 e dezembro de 2013, quando passou a ser o titular da pasta. Foi com Carvalho que o estado vivenciou o aumento do número de homicídios. Em 2014, pela primeira vez desde que o Pacto Pela Vida foi criado em 2007, o estado encerrou o ano com aumento de homicídios, com crescimento de 8,73%. 

O novo secretário, Angelo Fernandes Gioia, foi delegado da Polícia Federal entre 1996 e 2016 e é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, da turma de 1991.  Ele havia se aposentado da Polícia Federal em abril de 2016.

Na primeira reunião plenária na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), após o recesso, que aconteceu nessa segunda (1°), o líder da oposição Sílvio Costa Filho (PRB) destacou que o trabalho continuará sendo focado na fiscalização das obras e programas do Governo do Estado. O parlamentar citou a continuação do debate sobre a situação da Arena Pernambuco e o Programa Pacto pela Vida. 

Outros pontos citados foram os atrasos em projetos como navegabilidade e as dificuldades enfrentadas pelos equipamentos de saúde. Sílvio Costa Filho declarou, durante a reunião, que solicitará a realização de uma audiência pública para que o Executivo informa a situação das contas públicas. Costa Filho salientou que “o trabalho não deverá ser contaminado por nenhum projeto eleitoral e, sim, promover o bom debate, realizar audiências públicas e dialogar com a sociedade civil organizada”. 

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Ainda será solicitada audiência pública para rediscutir o Pacto pela Vida para tratar sobre os índices de segurança pública em Pernambuco. 

Questionamentos

O líder do Governo, Waldermar Borges (PSB), questionou o pedido do deputado Sílvio Costa Filho para a realização de audiência para tratar sobre a Arena Pernambuco. Para o deputado, o debate deve ser feito em um colegiado que dialogue com o tema. “E não em uma comissão presidida por um deputado da Oposição. Faço essa consideração para que a discussão não comece já marcada como um embate entre oposicionistas e Governo, o que não é o caso”, disse Borges.

Congresso Nacional

O Congresso Nacional também retomou, nessa segunda (1), os trabalhos com assuntos diversos a serem discutidos como a definição sobre o mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados. A expectativa é de que, até a próxima terça (9), seja iniciado o processo de cassação de Cunha. Nos bastidores, comenta-se que, em almoço com líderes que aconteceu ontem (1), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi cobrado pelo PSDB, PPS, PT, entre outros partido, para dar prioridade ao tema. 

O julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, outro tema prioritário, deve acontecer até o final deste mês. O Senado ainda deve analisar a PEC 31/16, já aprovada na Câmara, que aumenta de 20% para 30% o uso livre de verbas antes exclusivas para órgãos ou setores como educação e saúde. O PL 300/15, que permite que funcionários terceirizados também trabalhem em atividades-fim das empresas também deve ser analisado pelo Senado. 

 

Candidato a prefeito do Recife, Daniel Coelho (PSDB) afirmou, nesta sexta-feira (29), que a segurança pública é um dos principais problemas enfrentados pela capital pernambucana. Ao participar de um debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco (Lide-PE), o tucano destacou os constantes assaltos a ônibus e pontuou a perda do controle sobre a segurança pública.

“Apesar dos problemas com a mobilidade ainda existirem e serem grandes, infelizmente, nos últimos meses, a população não tem reclamado do tempo que tem passado dentro do ônibus. O que as pessoas têm se questionado é se vão conseguir sair quando entram no transporte público. As pessoas têm sido assaltadas todos os dias. Nós perdemos o controle sobre a segurança pública, esse é um fato”, lamentou Daniel, que também é deputado federal. 

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Avaliando a questão, o candidato lembrou que em 2012 o prefeito Geraldo Julio (PSB) prometeu a implantação do Pacto pela Vida municipal para reduzir a criminalidade, mas segundo ele o programa é falho. 

“Está aí o resultado: piorou muito. O Recife está mais escuro. Do ponto de vista de ações sociais, das medidas preventivas, que é dever da prefeitura, nós falhamos. Nós tínhamos centros sociais urbanos que estão abandonados, na Mustadinha, Totó, Coelhos, áreas pobres, violentas. Eles estão caindo aos pedaços. Mas, se inaugurou um Compaz... Nada contra o Compaz, mas é um desrespeito à população você ter equipamentos públicos importantes, que estão completamente abandonados”, enfatizou.

Benefício privado com o bem público

Outro ponto duramente questionado e criticado por Daniel diz respeito às relações envolvendo pessoas ligadas à iniciativa privada que também fazem parte dos governos do PSB, seja no âmbito municipal ou estadual. “A gente não tem nada contra a relação da iniciativa privada com o setor público. O que não dá é o que acontece hoje, as pessoas nos dois lados do balcão”, criticou Daniel Coelho.

“Se eu for enumerar os casos de secretários que atuam no setor público e prestam serviço diretamente ou através de suas famílias ao governo, eu passaria o dia inteiro falando deste assunto. Tenho respeito por quem está no setor público e por quem está na iniciativa privada, mas não dá para as pessoas ficarem dos dois lados do balcão, como tem acontecido nas gestões do PSB”, finalizou.

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