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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a ação penal aberta pela Lava Jato contra o secretário licenciado de Transportes Metropolitanos de São Paulo Alexandre Baldy. A decisão alcança ainda as medidas cautelares de prisão temporária, buscas e apreensão e sequestro de bens, além "de todo e qualquer expediente investigativo em sede policial ou ministerial relacionado aos fatos".

Baldy foi denunciado pela Lava Jato por peculato, corrupção ativa e passiva e organização criminosa no âmbito da Operação Dardanários, que mirou "conluio" entre empresários e agentes públicos para contratações dirigidas, especialmente na área da Saúde.

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Segundo a Procuradoria, Baldy teria recebido R$ 2,5 milhões em propinas entre 2014 e 2018, período no qual exerceu os cargos de Secretário de Comércio de Goiás, deputado federal e ministro de Cidades no governo Michel Temer.

Ao suspender a ação penal, Gilmar Mendes vislumbrou indícios de que a competência para julgar alguns dos fatos narrados na denúncia é da Justiça Eleitoral de Goiás, e não da Justiça Federal do Rio. O caso deverá ser remetido para apreciação colegiada da Segunda Turma do Supremo.

Em nota, a defesa do secretário licenciado comemorou a decisão. "O Supremo Tribunal Federal, mais uma vez, cumpre seu papel de guardião da constituição, evitando que autoridades apurem fatos que não são de sua competência", afirmaram os criminalistas Pierpaolo Cruz Bottini, Alexandre Jobim e Tiago Rocha.

Baldy foi preso temporariamente pela Dardanários em 6 de agosto e solto no dia seguinte por ordem de Gilmar Mendes. Segundo o ministro, a prisão de Baldy foi autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, para "forçar a presença ou a colaboração do imputado em atos de investigação ou produção de prova", numa espécie de "condução coercitiva", proibida pelo STF.

"Aqui o pressuposto é: realizar o interrogatório não é uma finalidade legítima para a prisão preventiva ou temporária", afirmou Mendes ao soltar Baldy. "No caso dos autos, a possibilidade de decretação da prisão preventiva do reclamante foi expressamente afastada na decisão reclamada ante à absoluta ausência de contemporaneidade dos fatos investigados".

Propinas

A Dardanários mirou esquema de pagamento de propinas a agentes públicos por empresários investigados por desvios no Rio. As ações envolvendo Baldy dão conta de três repasses:

Entre abril e novembro de 2014, com auxílio de Rodrigo Dias - R$ 500 mil pagos "com o intuito de obter facilidades na liberação de valores do contrato de gestão da Pró-Saúde no Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (HURSO);

Ao menos entre janeiro de 2015 e agosto de 2018, junto de Rafael Lousa, ex-presidente da Junta Comercial do Estado de Goiás - R$ 960.416,15 pagos para que Lousa contratasse a empresa Vertude;

Ao menos entre julho de 2016 e outubro de 2018, junto de Rodrigo Dias, ex-presidente da Funasa - R$ 1,1 milhão para contratação da empresa Vertude pela Funasa".

Segundo a Lava Jato, os acertos e pagamentos de vantagens indevidas ocorreram em diversas ocasiões e locais, incluindo a casa de Baldy em Goiânia e seu apartamento em São Paulo. Em uma situação, a propina foi entregue em espécie dentro de uma caixa de gravatas.

O Ministério Público Federal também suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o "núcleo familiar" de Baldy. Quebra de sigilo do secretário identificou transações de alto valor nas contas de sua esposa, Luana Barbosa, em relação à compra de uma aeronave Breech Aircraft e uma casa em Brasília. Outras movimentações suspeitas que estão na mira da Lava Jato são a venda de um apartamento em São Paulo, depósitos e saques de alto valor feitos pelo sogro de Baldy e duas operações de câmbio não declaradas.

Após ser preso na Dardanários, Alexandre Baldy anunciou que se afastaria por 30 dias do cargo de Secretário de Transpores Metropolitanos de São Paulo, cargo que seria assumido pelo seu secretário-executivo. A Fiocruz, por sua vez, anunciou que abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias envolvendo um pesquisador da instituição que também foi preso na Lava Jato.

COM A PALAVRA, OS CRIMINALISTAS PIERPAOLO CRUZ BOTTINI, ALEXANDRE JOBIM E TIAGO ROCHA, QUE DEFENDEM ALEXANDRE BALDY

A respeito da decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, nos autos da Reclamação 43.130, a defesa do secretário Alexandre Baldy informa que:

"A decisão suspende o andamento da ação penal contra Alexandre baldy instaurada no Rio de Janeiro por existirem indícios de que a competência para julgar os fatos é da justiça eleitoral de Goiás.

Nessa linha, todas as investigações e medidas cautelares foram suspensas até que a 2a Turma do STF decida sobre o tema.

O Supremo Tribunal Federal, mais uma vez, cumpre seu papel de guardião da constituição, evitando que autoridades apurem fatos que não são de sua competência.

Pierpaolo Cruz Bottini, Alexandre Jobim e Tiago Rocha, advogados de Alexandre Baldy."

A força-tarefa da Lava Jato no Rio denunciou o secretário licenciado de São Paulo, Alexandre Baldy e mais 10 pessoas por peculato, corrupção ativa e passiva e organização criminosa no âmbito da Operação Dardanários, que mirou 'conluio' entre empresários e agentes públicos para contratações dirigidas, especialmente na área da Saúde. Segundo a Procuradoria, Baldy teria recebido R$ 2,5 milhões em propinas entre 2014 e 2018, período no qual exerceu os cargos de Secretário de Comércio de Goiás, deputado federal e ministro de Cidades (governo Temer).

A acusação da Lava Jato fluminense atinge ainda Rodrigo Dias, ex-presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa - governo Temer) e ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE - governo Bolsonaro); Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fiocruz; e Rafael Lousa, ex-presidente da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg). Também foram denunciados ex-representantes e ex-funcionários da organização social Pró-Saúde, além de três delatores - os gestores da OS Ricardo Brasil Correa e Manoel Vicente Brasil e o funcionário Edson Giorno.

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"Não há dúvidas de que, pelo menos entre abril de 2014 e setembro de 2018, Alexandre Baldy, Rodrigo Dias, Rafael Lousa, Ricardo Brasil e Edson Giorno, de modo consciente, voluntário, estável e em comunhão de vontades, promoveram, constituíram, financiaram e integraram, pessoalmente, uma organização criminosa que tinha por finalidade a prática de crimes de corrupção, peculato e fraudes a licitações, dentre outros", afirmam os procuradores na peça apresentada à 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Na denúncia, o Ministério Público Federal indica que três situações em que Baldy teria recebido as propinas, algumas delas juntamente com outros denunciados:

Entre abril e novembro de 2014, com auxílio de Rodrigo Dias - R$ 500 mil pagos 'com o intuito de obter facilidades na liberação de valores do contrato de gestão da Pró-Saúde no Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (HURSO)'; ao menos entre janeiro de 2015 e agosto de 2018, junto de Rafael Lousa, ex-presidente da Junta Comercial do Estado de Goiás - R$ 960.416,15 pagos para que Lousa contratasse a empresa Vertude; ao menos entre julho de 2016 e outubro de 2018, junto de Rodrigo Dias, ex-presidente da Funasa - R$ 1,1 milhão para contratação da empresa Vertude pela Funasa.

As situações são descritas no documento de 120 páginas que conta com e-mails, fotos, trocas de mensagens, registros de geolocalização, e recibos relacionados aos fatos investigados. Entre os arquivos ligados à denúncia está um vídeo em que o delator mostra como escondeu propina que seria entregue a Rodrigo Dias em uma caixa de gravatas.

Parte das situações descritas na peça já haviam sido reveladas quando a Operação Dardanários foi deflagrada, no início do mês. Na ocasião, Baldy chegou a ser preso preventivamente, mas depois foi solto por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Ao autorizar a ofensiva, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, apontou que Baldy 'adotou a prática habitual de cometimento de vários ilícitos penais ao longo dos seguidos cargos públicos que ocupou.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com as defesas dos denunciados. O espaço permanece aberto a manifestações.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou a soltura do secretário de Transportes do estado de São Paulo Alexandre Baldy.

O secretário licenciado por 30 dias foi preso na quinta-feira (6) após decisão da Justiça Federal no Rio de Janeiro no âmbito da Operação Dardanários, acusado de receber propinas de uma entidade da área de saúde para favorecê-la em contratos com o Poder Público.

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A decisão liminar foi concedida por Mendes no fim do dia dessa sexta-feira (7). “Ante o exposto, defiro o pedido liminar para suspender a ordem de prisão temporária decretada em relação ao reclamante. Expeça-se alvará de soltura. Comunique-se com urgência", diz o trecho divulgado no site do STF.

A defesa de Baldy entrou com pedido no STF após outras tentativas. Ontem solicitou a soltura ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas teve o pedido negado. A defesa questionou a competência da Justiça Federal.

Prisão

Baldy teve a prisão temporária decretada pela primeira instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro na Operação Dardanários, que apura fraudes em contratações da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. 

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Baldy recebeu propinas da organização social Pró-Saúde, para favorecê-la em contratações com o Poder Público. Os repasses teriam sido feitos quando ele exercia os mandatos de deputado federal e de ministro das Cidades, no governo Michel Temer.

A Operação Dardanários foi deflagrada na quinta-feira (6) e também resultou na prisão, dentre outros, de Rafael Bastos Lousa Vieira, que também teve liminar negada pelo desembargador Abel Gomes. Ontem mesmo, Baldy pediu licença de 30 dias do cargo.

Defesa

Em nota, a defesa de Alexandre Baldy afirmou que o ex-ministro não tem relação com os fatos apontados pela operação. “O secretário tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão. Sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais foi questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação”, diz a nota.

O desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), negou liminar e manteve preso o secretário licenciado de Transportes Metropolitanos de São Paulo Alexandre Baldy, detido pela Lava Jato na quinta-feira, 6, na Operação Dardanários.

Baldy é acusado de solicitar e receber propinas de empresários investigados por desvios da saúde no Rio no período em que atuou como secretário do Comércio em Goiás (2014) e enquanto era ministro das Cidades na gestão Michel Temer (2016-2018). A defesa do secretário recorreu da ordem de prisão do juiz Marcelo Bretas, mas teve o pedido negado pelo magistrado e pela segunda instância.

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Uma reclamação contra a prisão de Baldy também foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 7, e está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes.

Os advogados Igor Tamasauskas e Pierpaolo Cruz Botini argumentaram que a prisão é uma medida sem fundamentação, visto que os crimes apurados ocorreram há mais de cinco anos. Além disso, a defesa pediu ao TRF-2 que tirasse os casos da Lava Jato Rio sob justificativa de foro privilegiado e enviasse o processo ao TRF-3, em São Paulo.

Segundo os criminalistas, a jurisprudência do Supremo sobre foro privilegiado engloba somente casos envolvendo deputados federais e Baldy é secretário estadual.

"Ainda que a aplicação de precedente do Supremo Tribunal Federal comporte a discussão trazida pela defesa (sobre sua aplicação apenas a parlamentares federais), não indica, mormente o princípio da simetria constitucional, manifesta ilegalidade a ser sanada neste momento processual", afirmou Abel Gomes, ao negar a liminar.

O desembargador também pontuou que ainda se faz necessária uma "análise mais acurada" da investigação antes de mandar o processo para outras instâncias ou à Justiça Eleitoral.

A Dardanários mirou esquema de pagamento de propinas a agentes públicos por empresários investigados por desvios no Rio. As ações envolvendo Baldy dão conta de dois repasses: R$ 500 mil por destravar pagamentos do governo de Goiás à organização social Pró-Saúde, que administrou o Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (HURSO) entre 2010 e 2017, e outros R$ 900 mil por contrato firmado pela Fundação de Apoio à Fiocruz (Fiotec) que teria sido direcionado para atender aos interesses de seu primo, Rodrigo Dias, ex-presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

Segundo a Lava Jato, os acertos e pagamentos de vantagens indevidas ocorreram em diversas ocasiões e locais, incluindo a casa de Baldy em Goiânia e seu apartamento em São Paulo. Em uma situação, a propina foi entregue em espécie dentro de uma caixa de gravatas.

O Ministério Público Federal também suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o "núcleo familiar" de Baldy. Quebra de sigilo do secretário identificou transações de alto valor nas contas de sua esposa, Luana Barbosa, em relação à compra de uma aeronave Breech Aircraft e uma casa em Brasília. Outras movimentações suspeitas que estão na mira da Lava Jato são a venda de um apartamento em São Paulo, depósitos e saques de alto valor feitos pelo sogro de Baldy e duas operações de câmbio não declaradas.

Após ser preso na Dardanários, Alexandre Baldy anunciou que se afastaria por 30 dias do cargo de Secretário de Transpores Metropolitanos de São Paulo, cargo que seria assumido pelo seu secretário-executivo. A Fiocruz, por sua vez, anunciou que abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias envolvendo um pesquisador da instituição que também foi preso na Lava Jato.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA PIERPAOLO CRUZ BOTINI, DEFENSOR DE BALDY

Alexandre Baldy tem sua vida - particular e pública - pautada pelo trabalho, correção e retidão. Ao estar em cargos públicos, fica sujeito a questionamentos. Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre não participou.

Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE TRANSPORTES METROPOLITANOS

Na manhã de hoje (6), a Polícia Federal esteve na sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, em São Paulo, cumprindo mandado de busca e apreensão da Operação Dardanários, que foi expedido pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Importante ressaltar que tal operação não tem relação com a atual gestão do Governo de São Paulo. A STM colaborou junto à PF enquanto estiveram no prédio. Após as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Polícia Federal.

COM A PALAVRA, O GOVERNADOR JOÃO DORIA

Os fatos que levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de São Paulo. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na condição de Governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que "ainda é cedo para falar sobre a volta" do secretário de Transportes Metropolitanos licenciado, Alexandre Baldy (PP-GO), ao governo do Estado, caso este seja inocentado.

Na quinta-feira (6), Baldy, pediu licença do cargo por 30 dias, após ser preso temporariamente pela Polícia Federal. Em nota o governo estadual afirmou que o período servirá para que o secretário se defenda das acusações.

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Em entrevista à rádio Jovem Pan, Doria disse que Baldy agiu com "competência e dedicação" enquanto à frente da pasta.

O governador também defendeu que as investigações em andamento contra membros do PSDB, como os ex-governadores José Serra e Geraldo Alckmin, devam prosseguir.

"Espero que sejam inocentados, mas sem esconder e condenar investigação", disse Doria.

O secretário de Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy pediu licença do governo João Doria e se afastará por 30 dias a partir desta sexta-feira (7), para "se concentrar exclusivamente na sua defesa". Baldy foi preso temporariamente pela Polícia Federal no âmbito da Operação Dardanário, desdobramento da Lava Jato Rio.

Em nota, o governo de São Paulo informou que a secretaria será comandada temporariamente pelo secretário executivo, Paulo Galli. A gestão Doria também apontou que Baldy demonstrou "competência, dedicação e postura idônea" no exercício do cargo.

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Baldy é investigado por receber propinas de empresários ligados a desvio de verbas da saúde no Rio de Janeiro quando era secretário de Comércio do Estado de Goiás, em 2014, e ministro das Cidades, durante a gestão Michel Temer. Os pagamentos também seriam feitos ao seu primo, Rodrigo Dias, ex-presidente do FNDE no governo Jair Bolsonaro, que não foi localizado.

Entre os crimes investigados estão o recebimento de R$ 900 mil em propinas por direcionamento de contratação de R$ 4,5 milhões realizada pela Fiocruz e o repasse de R$ 500 mil em propinas em troca da regularização de pagamentos do Hospital HURSO, em Goiânia, que era administrado pela organização social Pró-Saúde - alvo da Lava Jato por desvio de verbas públicas do Rio.

Ao pedir a prisão de Baldy, a Lava Jato descreveu trechos de delações, fotos, mensagens de WhatsApp, recibos e tabelas de despesas, além de e-mails e extratos de contas relacionadas à três situações ilícitas envolvendo Baldy e Rodrigo Dias.

Os argumentos e evidências apresentados pela Lava Jato fluminense à Justiça levaram o juiz Marcelo Bretas a autorizar parcialmente as medidas cautelares solicitadas. Na decisão, Bretas apontou que Alexandre Baldy ‘adotou a prática habitual de cometimento de vários ilícitos penais ao longo dos seguidos cargos públicos que ocupou.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA:

Alexandre Baldy pediu licença do cargo de Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo pelo período de 30 dias, a partir de amanhã, dia 7, para se concentrar exclusivamente na sua defesa.

À frente da Secretaria de Transportes Metropolitanos, Baldy retomou obras de mobilidade, garantiu a renovação da frota de ônibus intermunicipais e acelerou a construção de cinco novas estações do Metrô.

Alexandre Baldy tem demonstrado competência, dedicação e postura idônea no exercício da sua função no Governo de São Paulo. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos passa a ser comandada temporariamente pelo seu Secretário executivo, Paulo Galli.

Com a palavra, o criminalista Pierpaolo Cruz Botini, defensor de Baldy

Alexandre Baldy tem sua vida - particular e pública - pautada pelo trabalho, correção e retidão. Ao estar em cargos públicos, fica sujeito a questionamentos. Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre não participou.

Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas.

Com a palavra, a Secretaria de Transportes Metropolitanos

Na manhã de hoje (6), a Polícia Federal esteve na sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, em São Paulo, cumprindo mandado de busca e apreensão da Operação Dardanários, que foi expedido pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Importante ressaltar que tal operação não tem relação com a atual gestão do Governo de São Paulo. A STM colaborou junto à PF enquanto estiveram no prédio. Após as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Polícia Federal.

Com a palavra, o governador João Doria

Os fatos que levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de São Paulo. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na condição de Governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça.

Com a palavra, a Pró-Saude

A Pró-Saúde informa que, desde 2017, tem colaborado de forma irrestrita com as investigações e vem adotando ações para o fortalecimento de sua integridade institucional.

O secretário de Transportes do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, um dos presos durante a Operação Dardanários, da Polícia Federal (PF), hoje (6) na capital paulista, disse por meio de sua assessoria de comunicação que foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais sequer participou. A defesa disse que a medida é descabida e as providências para sua revogação serão tomadas.

“O secretário tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão. Sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais foi questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação”, diz a nota.

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O governador de São Paulo, João Doria, disse por meio de nota que os fatos que levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no governo de São Paulo, motivo pelo qual não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. “Na condição de governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça”, afirmou Doria.

Durante a operação foram cumpridos seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Os alvos foram empresários e agentes públicos suspeitos de fazer contratações irregulares para serviços públicos, especialmente na área da saúde. Até as 7h de hoje, três pessoas já tinham sido presas, de acordo com a PF.

Os mandados da Operação Dardanários estão sendo cumpridos nas cidades de Petrópolis (RJ), Goiânia, Brasília, São Paulo e São José do Rio Preto (SP). A investigação é um desdobramento das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS, que tiveram o ex-governador Sérgio Cabral e gestores de seu governo (2007 a 2014) como investigados.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e após procedimentos de praxe, serão encaminhados ao sistema prisional e ficarão à disposição da Justiça. Os mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, estão sendo cumpridos pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Combate a Crimes Financeiros, com apoio do Ministério Público Federal (MPF).

A pedido do Ministério Público Federal, o juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de mais de R$ 12 milhões do secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo Alexandre Baldy e demais alvos da Operação Dardanários. A ofensiva aberta na manhã desta quinta (6) prendeu o ex-deputado e ex-ministro, um pesquisador da Fiocruz e mais uma pessoa, todos investigados por suposto 'conluio' relacionado ao direcionamento de contratações, especialmente na área da Saúde.

Além de cumprir seis mandados de prisão, agentes fazem 11 buscas em endereços nas cidades de Petrópolis (RJ), São Paulo (SP), São José do Rio Preto (SP), Goiânia (GO) e Brasília (DF). Segundo a PF, a ofensiva apura crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa e foi nomeada em referência 'aos agentes de negócios, atravessadores que intermediavam as contratações dirigidas'.

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O Ministério Público Federal diz que a investigação 'apura pagamento de vantagens indevidas a organização criminosa que negociava e intermediava contratos em diversas áreas'. A ofensiva é um desdobramento das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS.

Segundo os investigadores, ex-diretores da Organização Social Pro?-Saúde delataram 'o pagamento de vantagens indevidas para agentes que pudessem interceder em favor da OS em relação aos pagamentos do contrato de gestão do Hospital de Urgência da Região Sudoeste (HURSO), em Goiânia, que foi administrado pela Os entre 2010 e 2017'.

"Para possibilitar o pagamento de valores não contabilizados, os gestores da OS a? época instituíram esquema de geração de 'caixa 2' na sede da Pro?-Saúde, com o superfaturamento de contratos, custeados, em grande parte, pelos repasses feitos pelo Estado do Rio de Janeiro, os quais constituíam cerca de 50% do faturamento nacional da organização social (que saltou de aproximadamente R$ 750 milhões em 2013, passando por R$ 1 bilhão em 2014 e chegando a R$ 1,5 bilhão em 2015)", indicou o MPF em nota.

De acordo com os procuradores, os agentes ainda 'prosseguiram intermediando os interesses dos ex-diretores da Os na obtenção de contratos de sua empresa recém-criada com outros órgãos da administração pública, mediante o pagamento de um percentual a título de vantagens indevidas'.

Os investigadores identificaram a existência de um esquema de direcionamento de contratos da Junta Comercial do Estado de Goiás (JUCEG) e da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), através da Fundação de Apoio FIOTEC.

"Nestes casos, os empresários colaboradores narraram que obtiveram êxito na contratação de serviços de sua empresa em razão do comando ou da influencia que os investigados exerciam nos órgãos, e, em troca, pagaram altas quantias de dinheiro em espécie ou ate? mesmo através de depósitos bancários", diz a Procuradoria.

Segundo o MPF, a Receita Federal e o COAF apontaram operações suspeitas que indicam a possibilidade de utilização do núcleo familiar de investigados para ocultar os valores oriundos dos crimes de corrupção, peculato e organização criminosa.

Histórico

O MPF lembrou que a Pro?-Saúde ingressou na administração de hospitais estaduais no Rio no final de 2012 e início de 2013, 'época em que seus gestores aderiram a? organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral, mediante ajuste com os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, e o então secretário de saúde Sérgio Côrtes'.

"A propina, equivalente a 10% dos contratos da OS com os seus fornecedores, era entregue aos empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, que controlavam todo o esquema", destacaram os procuradores.

O Ministério Público Federal apontou também que Iskin 'tinha influência tanto sobre o orçamento e a liberação de recursos pela Secretaria de Saúde quanto sobre as contratações pela Pro?-Saúde, indicando empresas e fornecendo toda a documentação necessária, como cotações de preços e propostas fraudadas, para instruir o procedimento de contratação'.

Em contrapartida, o empresário cobrava a devolução de 10% sobre o valor dos contratos dos fornecedores da organização social, distribuídos entre os demais membros da organização criminosa, como Sergio Côrtes e Sérgio Cabral.

De acordo com os investigadores, as quantias eram exigidas diretamente de cada fornecedor, de maneira que os recursos para pagamentos ilícitos não precisavam sair das contas da Pro?-Saúde. A OS funcionava como intermediária para que os recursos da Secretaria Estadual de Saúde fossem desviados para Miguel Iskin, indica a Procuradoria.

"Além do esquema com Miguel Iskin e Sérgio Côrtes, as investigações também revelaram que os gestores da entidade a? época firmaram contratos da entidade com empresas das quais eram sócios, para possibilitar o pagamento de valores não contabilizados, obtendo vantagens indevidas no valor de R$ 30 milhões entre os anos de 2012 e 2014", informou o MPF, em nota.

Dentre os agentes beneficiados com os desvios do dinheiro público repassado a? OS Pro?-Saúde, figuram alguns dos investigados da Operação Dardanários, diz a Procuradoria.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA PIERPAOLO CRUZ BOTINI, DEFENSOR DE BALDY

Alexandre Baldy tem sua vida - particular e pública - pautada pelo trabalho, correção e retidão. Ao estar em cargos públicos, fica sujeito a questionamentos. Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre não participou.

Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE TRANSPORTES METROPOLITANOS

Na manhã de hoje (6), a Polícia Federal esteve na sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, em São Paulo, cumprindo mandado de busca e apreensão da Operação Dardanários, que foi expedido pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Importante ressaltar que tal operação não tem relação com a atual gestão do Governo de São Paulo. A STM colaborou junto à PF enquanto estiveram no prédio. Após as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Polícia Federal.

COM A PALAVRA, O GOVERNADOR JOÃO DORIA

Os fatos que levaram as acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de São Paulo. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na condição de Governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça.

COM A PALAVRA, A PRÓ-SAÚDE

A Pró-Saúde informa que, desde 2017, tem colaborado de forma irrestrita com as investigações e vem adotando ações para o fortalecimento de sua integridade institucional.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou em nota que as acusações contra o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, não têm relação com a atual gestão do governo estadual.

Baldy foi preso na manhã desta quinta-feira (6) pela Polícia Federal em operação que apura desvios de recursos do Rio de Janeiro repassados para a organização social Pró-Saúde, que administrou diversos hospitais no Estado e em outros locais do País.

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Segundo o texto assinado pelo governador, "os fatos que levaram às acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de São Paulo. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos". "Na condição de Governador de São Paulo, tenho convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça", concluiu.

O Ministério das Cidades anunciou, na noite deste sábado (17), que a norma que mudava as regras para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) será revogada. Em nota, a pasta disse que o recuo é “no sentido de simplificar a rotina e levar conforto e praticidade”  aos brasileiros. 

De acordo com a resolução, prevista para entrar em vigor no próximo dia 5 de junho, os motoristas que fossem renovar a CNH teriam que fazer um novo curso teórico e uma prova, além do exame médico já habitual. A norma ainda previa que o motorista deveria fazer duas balizas para reabilitar o documento.

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A revogação, segundo o Ministério das Cidades, acontecerá "no próximo dia útil". A medida é adotada após as novas normas gerarem polêmica. Deputados federais e senadores já haviam iniciado movimentações para barrar as mudanças.

Veja a nota do Ministério das Cidades na íntegra:

Nota de esclarecimento

Por determinação do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Maurício Alves, revoga a resolução 726/2018 que torna obrigatória a realização e aprovação em Curso de Aperfeiçoamento para renovação da Carteira Nacional de Habilitação.

A diretriz da atual gestão da Pasta tem por objetivo implementar ações e legislações que atendam às expectativas da população, no sentido de simplificar a rotina e levar conforto e praticidade a seu dia a dia. Esta ação acontece em conformidade com os objetivos do Governo Federal, de reduzir custos e facilitar a vida do brasileiro.

Esclarecemos que a medida é tomada com todo respeito ao trabalho da Câmara Temática de Educação, Habilitação e Formação de Condutores, ao trabalho realizado pelo Contran e todos os profissionais envolvidos. Neste sentido, informa-se que os técnicos do Denatran, do Ministério das Cidades, seguirão na busca de alcançar o objetivo de promover a cada vez mais a segurança dos usuários de trânsito, mas sempre com absoluto foco na simplificação da vida dos brasileiros e na constante busca pela redução de custos de forma a não afetar a rotina dos condutores que precisam renovar suas carteiras de habilitação/CNHs por todo o Brasil.

A revogação acontece no próximo dia útil.

Alexandre Baldy

Ministro das Cidades

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy (PP), entrega 900 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Pernambuco neste sábado (20). O governador Paulo Câmara (PSB) também participará das agendas do auxiliar do presidente Michel Temer (MDB). Às 10h, eles entregam o Conjunto Habitacional Ciranda da Ilha, em Itamaracá, com 500 moradias. 

Já à tarde, às 15h, os dois vão para Olinda onde inauguram o Conjunto Habitacional Vila Brasília, no bairro de Ouro Preto. Na Marim dos Caetés serão 400 apartamentos e os beneficiários são oriundos das localidades de áreas de risco existentes no Morro do Cuscuz, Ilha do Maruim, Carlos Melo, Caixa D’Água e outras. 

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Esta é a primeira vez o que o ministro das Cidades vem ao estado depois que assumiu o cargo no lugar do pernambucano e deputado federal, Bruno Araújo (PSDB). Recentemente, uma ação de Baldy causou reação negativa entre os parlamentares. Ele revogou a portaria assinada por Araújo que autorizava a contratação de 55 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida para todo o país - deste total, 2.687 eram destinadas a Pernambuco.

 

Alçado ao cargo por indicação de um consórcio de partidos, entre eles, MDB, DEM, PP, PR, PSD e PRB, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, considerou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que será difícil a base se unir para ter candidato único à Presidência, como quer o presidente Michel Temer. "Será um desafio enorme. Cada partido tem sua prioridade", disse Baldy, que é deputado licenciado e deve se filiar ao PP.

Um dos aliados mais próximos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele avalia que o parlamentar fluminense será um player "extremamente vigoroso", se decidir concorrer ao Palácio do Planalto. Para Baldy, o PSDB, que tem o governador Geraldo Alckmin como pré-candidato, precisa se organizar internamente para conseguir apoio da base. Para ele, o aceno do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) a eventual candidatura a presidente atrapalha a votação da reforma da Previdência por incomodar partidos da base. Abaixo, os principais trechos da entrevista:

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As recentes mudanças ministeriais e o enxugamento do texto serão suficientes para aprovar a reforma da Previdência ainda este ano?

As mudanças nos ministérios não implicam qualquer alteração no quadro da reforma da Previdência, que percebo estar ganhando cada dia mais força para ser votada e aprovada.

O aceno do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), com uma possível candidatura pode prejudicar a votação?

Creio que atrapalha. Partidos que têm pré-candidatos à Presidência ficam incomodados.

Acredita que há condições de uma candidatura única à Presidência?

Será um desafio enorme os partidos da base terem um único candidato. Cada partido tem o seu projeto, sua prioridade. Muitos preferem apoiar e fortalecer as eleições proporcionais do que a majoritária.

Quem está mais bem posicionado hoje na disputa presidencial?

O melhor posicionamento será daquele que liderar o processo de recuperação da imagem política perante a população. Creio que o que tiver liderança para se articular politicamente e transmitir a correta mensagem, de que conseguirá manter o Brasil no trilho do crescimento econômico, da geração de empregos e na melhoria de vida das pessoas.

Como fica Maia nesse cenário?

Acredito que Maia, que liderou importantíssimas votações de projetos do governo Temer, carregará todas as condições deste legado (do governo) e até além, com projetos que foram de autoria da Câmara, o que dá, sim, capital político para que se torne um player extremamente vigoroso, caso decida entrar.

O governador Geraldo Alckmin conseguirá se viabilizar como candidato à Presidência?

O PSDB precisa se reorganizar internamente para conseguir construir uma articulação política capaz de ter uma candidatura forte do ponto de vista político-partidário. Se o ex-presidente Fernando Henrique (Cardoso) teceu os comentários que teceu, não creio que haja melhor avaliação do que de um próprio presidente de honra do partido para poder compreender o momento que o partido vive (em entrevista ao Estado, FHC afirmou que Alckmin ainda precisa provar ser capaz de aglutinar o centro do espectro político e de "transmitir uma mensagem" aos brasileiros, para se viabilizar como candidato do PSDB e de seus aliados ao Palácio do Planalto em 2018).

O senhor será candidato à reeleição na Câmara em 2018?

Estou focado no ministério. Não tenho nenhum pensamento em eleição.

Vai rever atos de seu antecessor, Bruno Araújo (PSDB-PE), ligados ao Minha Casa Minha Vida (MCMV) como pedem MDB e Centrão?

Se atos foram competentes e tenham mostrado resultados, eles serão mantidos. Agora, se os atos deliberados pelo ministério demonstrarem ineficiência e falta de condições de aplicabilidade do recurso público, visto o resultado, não teremos receio nem dificuldade nenhuma de rever.

Por que a contratação de unidades do MCMV para faixa 1 (baixa renda) foi baixa em 2017?

Ainda não tenho como dar uma resposta objetiva. Estamos estudando para analisar o que foi bom. Teve atos bons, se colocou os pagamentos atrasados em dia. Hoje não há pagamento atrasado no MCMV. As empresas que prestam serviço e todas as operações estão em dia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com Pernambuco atingindo a marca de 5 mil homicídios em 2017, o governador Paulo Câmara (PSB) participa, nesta quinta-feira (7), de uma reunião de monitoramento do Pacto Pela Vida. O encontro será às 9h, na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão, no bairro da Boa Vista, no Recife. 

Nessa quarta (6), depois de entregar 77 novas viaturas como parte do Plano Estadual de Segurança, que prevê investimentos de R$ 290 milhões, Câmara disse acreditar na queda dos índices de violência no próximo ano. “Temos certeza, diante de todo esse planejamento, que teremos uma queda muito grande de homicídios em 2018”, cravou.

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Encontro com ministros em Brasília

Também nessa quarta, Paulo Câmara esteve em Brasília para audiências com os ministros da Integração Nacional,  Hélder Barbalho, e das Cidades, Alexandre Baldy. O governador solicitou que Barbalho liberasse os recursos da Emenda de Bancada, em o valor de R$ 126 milhões, previstos para a Adutora do Agreste. "Esses recursos são essenciais para que não ocorra a paralisação das obras", disse o pessebista. 

Já na conversa com Alexandre Baldy, o chefe do Executivo estadual apresentou  as prioridades de Pernambuco e o ministro, por sua vez, prometeu destravar projetos em andamento na pasta. "O ministro já tinha conhecimento de algumas das nossas demandas e se comprometeu em destravar projetos que estão no âmbito das Cidades", salientou Câmara.

Na área de Saneamento o governador tratou de um financiamento com recursos do FGTS para que a Compesa possa aplicar R$ 383 milhões em 10 obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Os destaques são a Adutora do Alto Capibaribe, que trará água da transposição do Rio São Francisco, captada já no estado da Paraíba, para atender Santa Cruz do Capibaribe, Jataúba, Toritama, Taquaritinga do Norte e outras cidades do Agreste Setentrional, e uma obra para atender Caetés e Capoeiras, no Agreste Meridional. 

O Palácio do Planalto formalizou no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (22) a nomeação do deputado Alexandre Baldy de Sant'Anna Braga (sem partido-GO) para o comando do Ministério das Cidades.

Baldy assume o posto em substituição ao deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que pediu demissão do cargo na semana passada, antecipando a reforma ministerial que será feita pelo presidente Michel Temer. A posse do novo ministro ocorrerá nesta quarta, às 15h30, em cerimônia no Palácio do Planalto.

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O Palácio do Planalto distribuiu uma nota confirmando a nomeação, pelo presidente Michel Temer (PMDB), do deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) para assumir o Ministério das Cidades, em substituição ao deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que pediu demissão do cargo na segunda-feira da semana passada, adiantando a reforma ministerial. A nota confirma também que a cerimônia de posse de Baldy está marcada para esta quarta-feira, às 15h30, no Salão Oeste, do Palácio do Planalto.

A demora na confirmação da posse de Baldy e o seu nome estavam causando incômodo em setores do Congresso. Temer está sendo pressionado também, principalmente pelo seu partido, o PMDB, para promover a substituição do ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB). O presidente, no entanto, ainda resiste à ideia. O nome mais cotado, no momento, levado pelo líder do PMDB, deputado Baleia Rossi (SP), ao Planalto, é do deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

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O presidente, apesar de tentar segurar Imbassahy o máximo de tempo no cargo, tem como objetivo principal conseguir os 308 votos necessários para aprovar a primeira etapa da reforma da Previdência no início de dezembro, conforme acerto com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Temer gostaria de esperar, pelo menos, a próxima reunião do PSDB, marcada para 9 de dezembro, para promover qualquer outra mexida entre os ministros do partido no governo.

Previdência

A quarta-feira será um dia bem importante para o Planalto nas discussões e avanços em relação à reforma da Previdência. Temer, que tem aberto suas portas dos gabinete para parlamentares, amanhã receberá às 11 horas, no Palácio da Alvorada, vários governadores, quando fará apelos pela reforma da Previdência. Na posse de Baldy, pretende fazer mais apelos, e depois, às 17 horas, quando recebe cerca de 25 prefeitos. O presidente acredita que os prefeitos poderão ajudar na mobilização e convencimentos dos parlamentares na aprovação do texto.

À noite, em jantar com líderes e mais de 200 deputados convidados, mais uma vez no Alvorada, haverá nova investida em favor da reforma da Previdência. Neste jantar, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da reforma da Previdência, deve apresentar o texto base da reforma e economistas defenderão a proposta para os parlamentares, assim como o próprio presidente Temer.

O novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy (sem partido-GO), teve uma ascensão meteórica na política. Deputado de primeiro mandato, foi escolhido aos 37 anos para o ministério graças à articulação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de quem é aliado.

Baldy é casado há 16 anos com Luana Limírio, com quem tem dois filhos. Tem um patrimônio declarado, em 2014, de R$ 4,2 milhões, entre imóveis, aplicações e carro de luxo. É sócio de cinco empresas, de representação comercial e de embalagens.

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Baldy é ligado ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), de quem foi secretário da Indústria e Comércio. Eleito pelo PSDB, Baldy migrou para o antigo PTN, hoje Podemos, legenda da qual chegou a ser líder na Câmara.

Para entrar no Ministério das Cidades, deve se filiar ao PP. Foi um dos idealizadores da CPMI da JBS, que governistas usam para investigar os investigadores e questionar o acordo de delação dos donos do frigorífico.

Baldy chegou a ser citado como político ligado ao contraventor Carlinhos Cachoeira num relatório arquivado da CPI que investigou os negócios dele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A posse do deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) como comandante do Ministério das Cidades está sendo organizada pelo Palácio do Planalto para quarta-feira, 22, às 15h30. Os detalhes ainda estão sendo fechados e o Planalto estudou divulgar uma nota hoje para oficializar o evento, mas há pouco foi decidido que o anúncio oficial deve sair apenas nesta terça-feira, 21.

A escolha de Baldy no lugar do tucano Bruno Araújo, que pediu demissão na semana passada, tem sido destacada por interlocutores do presidente como uma escolha que ajuda a organizar parte da base. A articulação, que foi feita diretamente com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segundo uma fonte, pode ajudar numa eventual manutenção de Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo. O cargo do tucano da Bahia está sendo pleiteado pelo PMDB e outras siglas do Centrão, mas Temer tem disto que não fará "nada com pressa".

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A avaliação é que a escolha de Baldy mostra uma costura eficiente do governo e ajuda a retomar a pauta da previdência. Após a escolha de seu aliado, Maia já anunciou que pretende colocar a reforma em votação na primeira semana de dezembro.

Um auxiliar reconheceu que a escolha de Baldy evitou uma guerra pelo comando da Caixa Econômica, que continua nas mãos do PP e serviu para "selar uma grande aliança na base".

Agenda

Além da cerimônia de posse de Baldy, o presidente organiza outros eventos para a semana, incluindo uma possível viagem a Porto Velho (RO), na quinta-feira, para uma visita a um Instituto de Câncer. A presença do presidente ainda não foi oficialmente confirmada, mas a cerimônia seria pela manhã. Na quinta à tarde, possivelmente no fim do dia, Temer deve participar em Brasília de uma cerimônia que está sendo fechada com o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Para esta terça, o Planalto prepara um evento de lançamento de uma de uma plataforma digital do Ministério do Trabalho. Na quarta-feira, Temer vai receber no Palácio da Alvorada um grupo de governadores para uma reunião seguida de almoço. Depois deste encontro, acontecerá a posse de Baldy no Palácio do Planalto. O governo ainda articula também para quarta-feira à noite um jantar - novamente no Alvorada - com líderes e economistas no esforço de ampliar o convencimento em torno da reforma da Previdência.

O deputado federal Alexandre Baldy (PSDB-GO) informou em nota publicada na sua página pessoal na internet que irá protocolar nesta segunda-feira (31) requerimento na CPI do BNDES para convocar o ex-presidente Luiz Inácio da Lula Silva e o ex-presidente da Odebrecht Alexandrino Alencar. O requerimento vai pedir esclarecimentos sobre suposto tráfico de influência de Lula para favorecer a empreiteira, como apontou reportagem da Revista Época deste fim de semana.

Segundo a reportagem, a empresa teria obtido condições mais do que facilitadas em empréstimos do banco público brasileiro para investir no Porto de Mariel, em Cuba. A matéria diz que, em visita em 2011 a Cuba, o ex-presidente Lula teria intercedido junto ao governo da ilha em favor dos interesses da Odebrecht. Segundo documentos obtidos pela revista, o petista reiterou ao dirigente Raúl Castro o desejo de aumentar a presença brasileira no país e citou o compromisso da presidente Dilma Rousseff nesse sentido. Ainda de acordo com a reportagem, Lula disse na ocasião que o financiamento ao Porto de Mariel estava "garantido" e não haveria mudanças, conforme trecho de telegrama do Itamaraty reproduzido pela publicação.

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"O BNDES usou centenas de milhões de dólares nas obras do Porto de Mariel, tocadas pela Odebrecht. Esse investimento foi feito com dinheiro público e se há indícios de irregularidades, a CPI deve averiguar", afirmou o deputado, que é um dos quatro sub-relatores da comissão. "Precisamos ouvir o ex-presidente (Lula) para falar das viagens e reuniões citadas e o Alexandrino (Alencar), então representante da Odebrecht, maior beneficiária dos financiamentos do BNDES", acrescentou.

Baldy ressaltou ainda que a reportagem da revista contradiz o que disse o atual presidente do banco, Luciano Coutinho, em depoimento à CPI do BNDES na última quinta-feira (27) de que Lula jamais interferiu em qualquer projeto de financiamento do banco. "Todo indício de tráfico de influência deve ser averiguado e os envolvidos devem ser punidos", defendeu.

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