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Apesar dos problemas que atingiram a economia brasileira nos últimos anos, o País ainda é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apontam que o rebanho nacional soma mais de 217 milhões de animais. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) calculou que as exportações de carnes em 2017 somaram 1,21 bilhão de toneladas, montante 12% superior ao de 2016. Entre as raças, a Nelore ainda lidera o rebanho, mas, há quase 18 anos, outra raça se firma no Brasil no que diz respeito ao melhoramento das nossas criações: a Senepol.

Desenvolvida no Caribe, a Senepol se destaca como uma raça que chegou às terras brasileiras para complementar as qualidades do Nelore e de outros animais de origem indiana. O primeiro rebanho foi trazido ao País em novembro de 2000, a partir de um projeto promissor do pecuarista João Arantes Júnior, em uma fazenda localizada em Porto Velho, Rondônia. Toda a história começa com a necessidade de oferecer à pecuária brasileira um animal de respeitável qualidade genética e de fácil adaptação às condições climáticas nacional. 

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Filho do pecuarista, o fazendeiro Neto Arantes, gestor da Fazenda Nova Vida, que possui terras em Rondônia, Mato Grosso e no interior de São Paulo, revela que antes de concretizar a importação de animais da raça Senepol para o Brasil, seu pai realizou pesquisas sobre o mercado pecuário internacional. Nos anos 90, com a abertura das fronteiras brasileiras para propostas do setor agropecuário, começaram a circular no País informações sobre o cruzamento industrial, que se resume à iniciativa de cruzar um animal de origem taurina com um de origem zebuína.

Ricardo e Neto Arantes, filhos de João Arantes Júnior - responsável por trazer ao Brasil o primeiro rebanho Senepol / Foto: Fabio Fatori / Fazenda Nova Vida/Divulgação

De acordo com Neto Arantes, esse trabalho já vinha sendo realizado nos Estados Unidos há muito tempo. Quarenta anos atrás, cientistas descobriram que quando é feito o cruzamento de um animal de origem europeia com outro de origem indiana, o fruto é um bezerro que se destaca por apresentar as melhores qualidades de seus ancestrais. “Se percebeu que esse bezerro engordava muito mais rápido do que o Nelore e era mais precoce no quesito sexual. Na metade dos anos 90, as primeiras fazendas começaram a fazer o procedimento por meio de inseminação artificial ou trazendo animais de fora do Brasil”, relembra o fazendeiro Neto Arantes.

Neto ainda recorda que, quando seu pai descobriu os benefícios do cruzamento industrial, começou a procurar animais que pudessem fazer o cruzamento de maneira natural. Na época, era necessário encontrar um touro que resistisse ao calor brasileiro e, para isso, João Arantes tomou conhecimento de uma empresa americana que estava comercializando sêmens de raças que poderiam cruzar da forma proposta.

Entre 1998 e 1999, João comprou algumas cabeças de gado e realizou o cruzamento com o Nelore. “Quando nasceram os primeiros bezerros, meu pai ficou maravilhado”, conta Neto. A partir desse momento, começa a se configurar na pecuária brasileira a necessidade do investimento na raça Senepol. Em 2000, Neto e seu irmão Ricardo Arantes foram a um centro de pesquisa nos Estados Unidos para aprofundar os conhecimentos acerca do gado.

Segundo Neto, os pesquisadores acreditavam que o Senepol seria mais indicado para o Brasil, uma vez que reunia inúmeras características favoráveis: fácil adaptação ao calor, pois foi uma raça desenvolvida no Caribe há mais de 100 anos em temperaturas extremas e em terra de baixa qualidade, onde o gado ficava gordo o ano inteiro sem receber ração e sais minerais; apresentava alta resistência a parasitas; não tinha chifre e dessa forma não machucava os funcionários das fazendas, até porque é um animal bastante dócil; apresentava precocidade sexual no macho e na fêmea; tinha pelo curto, o que facilita a resistência ao calor, e demonstrava rapidez na engorda. Foto: Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida

A família de criadores ainda foi ao Paraguai, onde conheceu um rebanho criado em uma fazenda de calor extremo, e mesmo assim os animais estavam em boas condições. Porém, no período, as fronteiras com o país vizinho estavam fechadas para transações comerciais; a família, no entanto, resolveu investir nos Estados Unidos. “Nós fomos obrigados a ir aos Estados Unidos e escolhemos os melhores animais de criatórios diferentes, fretamos um avião em Miami e colocamos 52 vacas e 13 bezerros na aeronave. Trouxemos esse gado para Porto Velho, em Rondônia, em novembro de 2000”, relata Neto Arantes.

A chegada do primeiro rebanho de Senepol ao Brasil não significou que todo o trabalho estava finalizado. De acordo com o fazendeiro, era natural que cada vaca só produzisse um bezerro por ano, o que dava em torno de 50 cabeças. Mas a ideia de João Arantes era ter 2 mil animais anualmente. Para resolver a questão, os criadores procuraram uma tecnologia classificada como fertilização in vitro, que proporcionava um aumento expressivo no nascimento de animais.

Segundo Neto, um laboratório que executava a fertilização in vitro foi instalado nas terras da Nova Vida de Rondônia. “De apenas 50 vacas, em 18 meses produzimos 2 mil. Nasceram metade macho e metade fêmea”, comenta o fazendeiro. Ainda de acordo com ele, o investimento em todo o processo, desde trazer o primeiro rebanho Senepol ao Brasil até a instalação do laboratório, custou 1 milhão de dólares. “Foi um projeto que meu pai apostou sozinho e, felizmente, o Senepol se tornou uma grande solução para aumentar a rentabilidade na pecuária brasileira”, acrescenta Neto Arantes.  

Hoje, o grupo Nova Vida produz anualmente para venda comercial de 800 a mil touros da raça Senepol. Além disso, são comercializadas de 200 a 300 novilhas todos os anos. “O Senepol ele complementa o Nelore e já contribuiu muito para a pecuária nacional. Considero que é a segunda raça mais importante da bovinocultura do Brasil”, destaca o criador.

No vídeo a seguir, produzido pela TV Senepol, da Fazenda Nova Vida, os criadores Neto Arantes e Ricardo Arantes comentam um trecho da história da chegada do Senepol ao Brasil. Confira o conteúdo do canal da empresa no YouTube:

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Na intenção de ampliar os trabalhos na pecuária nacional com a raça Senepol, a Fazenda Nova Vida lançou, neste ano, um projeto que fomenta o empreendedorismo rural entre pequenos criadores. Em formato de franquia que vale de R$ 15 mil a R$ 30 mil, fazendeiros poderão adquirir sêmens da marca e viabilizar fecundações. Outros custos poderão ser adicionados a cada vaca fecundada - R$ 1.500 - e a Nova Vida promete oferecer assessoria técnica e veterinários que ajudarão nos cuidados com os animais.

“No momento em que nascer o animal, vamos continuar fazendo o acompanhamento. Posteriormente, vamos ajudar os franqueados a colocar os animais nos nossos canais de vendas, comercializando a uma média de R$ 9 mil a R$ 11 mil por animal”, explica Neto Arantes. No áudio a seguir, ele apresenta mais detalhes sobre o projeto:

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A raça no Brasil

“O Senepol não é concorrente de raça nenhuma. Ela veio para complementar o que as outras raças têm de melhor. Ela tem crescido porque, ao se usar um touro Senepol em cima da base de fêmeas zebuínas, há um resultado muito favorável, o que a gente chama de potencialização genética”. O depoimento é do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bovino Senepol (ABCB), Pedro Crosara. Em entrevista ao LeiaJa.com, ele reforça que o valor do Senepol na pecuária nacional não é ser uma raça que tomará os postos das demais, mas sim serve para aumentar a qualidade dos animais do rebanho brasileiro.

O presidente destaca que pelas características favoráveis ao território e ao clima brasileiro, o animal propicia ganhos econômicos aos criadores nacionais. “Como é uma raça taurina, quando você faz o choque sanguíneo com as outras raças, os produtos saem com um diferencial genético muito grande, com custo zero para o criador, porque o boi cruza a vaca em campo”, acrescenta o gestor da ABCB. De acordo com levantamento da Associação, o Brasil possui 79 mil gados da raça registrados.

Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida/Ilustração/LeiaJáImagens 

Pedro Crosara faz um alerta importante para os pecuaristas nacionais. Apesar de não competir com as demais raças, o Senepol possui um “concorrente”. “Nosso grande concorrente, na verdade, é o boi ponta de boiada, aquele sem qualificação genética, sem avaliação, comprovação e sem registro. E alguns produtores colocam esse boi no seu plantel achando que é um boi melhorador, mas ele não repassa qualidades para os bezerros que produz”, esclarece o presidente da ABCB.

Sobre o cenário econômico, a associação de criadores aponta para resultados satisfatórios. Baseado em relatórios da DBO, o presidente destaca que foram realizados no Brasil, em 2017, 48 leilões da raça Senepol, que resultaram na venda de 1.199 machos a um preço médio de R$ 10.500 cada cabeça, além de 1.034 fêmeas ao valor médio de R$ 23.856 por animal. “Há uma valorização e reconhecimento da raça como ferramenta da expansão do mercado. É uma raça que veio para ficar, por causa da eficiência e benefícios dentro da porteira. Tem o seu espaço, principalmente para os criatórios que buscam eficiência econômica como um todo”, pontua Crosara.

Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida/Ilustração/LeiaJáImagens 

Por fim, o presidente da ABCB explica que existem vários projetos nas fazendas brasileiras que buscam práticas e tecnologias que possam proporcionar mais melhorias aos animais. No entanto, a Associação divulga seu próprio projeto, com o objetivo de oferecer um serviço unificado aos criadores associados. 

“Existem vários bons projetos, quem faz a raça, na verdade, é a ação conjunta de seus criadores. Como forma de manter uma união em torno da raça, a gente evita destacar criatórios ou programas. Como Associação, preservamos a independência de cada criatório. A Associação divulga o programa de melhoramento do Senepol, que contempla pilares e tem o objetivo de gerar diretrizes e boas práticas de melhoramento e seleção animal. Nosso programa também é uma ferramenta genética que precisa gerar carne de boa qualidade para o consumidor. Entre as diretrizes, temos o Serviço de Registro Genealógico – função de caraterização morfológica, funcional e genealógica dos animais -, provas zootécnicas – nas próprias fazendas ou provas comunitárias -, melhoramento genético – cálculos dos desvios esperados de progênies –, entre outras”, finaliza o presidente.  

Pesquisas auxiliam desenvolvimento da raça

A pesquisadora científica e diretora técnica do Instituto de Zootecnia de São Paulo, Joslaine Cyrillo, participou de vários estudos sobre animais da raça Senepol. As pesquisas tiveram início em 2013 e resultaram, até então, na avaliação de cerca de mil gados.

Entre as avaliações, existe o teste de desempenho e eficiência alimentar. Seu objetivo é identificar animais geneticamente superiores para características de crescimento e, ao mesmo tempo, mais eficientes em relação ao aproveitamento dos nutrientes do alimento utilizando a característica consumo alimentar residual (CAR), que trata-se de uma medida de eficiência alimentar baseada na diferença entre o consumo de matéria seca observado e o consumo de matéria seca predito com base no peso corporal metabólico e no ganho médio diário durante o teste. 

“No Instituto de Zootecnia são utilizados dois sistemas de mensuração do consumo individual, o GrowSafe®, de tecnologia canadense, e o sistema nacional, denominado Intergado®. Os testes de eficiência da raça Senepol seguem o protocolo oficial do Instituto, e são conduzidos por, no mínimo, 100 dias. A dieta é fornecida, diariamente, em duas etapas, às 9h e às 15h, e é composta por 60% de silagem de milho e 40% de concentrado (milho, farelo de soja, núcleo mineral)”, detalha a pesquisadora.

Consumo individual de alimentos, ganho médio diário, medidas corporais (altura na garupa, perímetro torácico, comprimento do corpo e perímetro escrotal), características de carcaça por ultrassonografia (área de olho de lombo, espessura de gordura na costela e espessura de gordura da garupa) são alguns aspectos analisados. “Ainda há análise de características de fertilidade e precocidade nos machos, já nas fêmeas, há opção de avaliações de ultrassonografia com o objetivo de quantificar a população folicular e verificar a ciclicidade das novilhas” acrescenta a pesquisadora. 

De acordo com Joslaine, os testes realizados constaram ganhos médios diários de 1,40 e 1,50 kg/dia, para fêmeas e machos, respectivamente. “Resultado maior que o esperado de acordo com a formulação da dieta, mostrando que a raça Senepol tem um grande potencial para ganho de peso. As fêmeas consumiram em média 10,7 kg de matéria seca para cada quilo de peso corporal, já os machos consumiram em média 8,4 kg de matéria seca para ganhar um quilo de peso corporal. Os testes desenvolvidos pelo Instituto de Zootecnia permitem a identificação de animais mais eficientes que serão os futuros reprodutores e matrizes, além de expandir o conhecimento sobre as particularidades da raça Senepol, bem como na contribuição para a bovinocultura de corte nacional”, esclarece a pesquisadora.

Segundo a diretora técnica do Instituto de Zootecnia, um novo projeto de pesquisa está sendo realizado para avaliar a qualidade da carne de animais da raça Senepol, além de animais cruzados Nelore x Senepol. Até o momento, o projeto não foi finalizado. 

Saiba mais: Como se calcula o CAR? - Para realização dos testes de CAR, os animais são avaliados por no mínimo 100 dias (28 dias de adaptação+72 de teste) ou mais. Os pesquisadores registram nesse período o consumo alimentar diário observado e o ganho de peso dos animais. Obtém-se, então, o chamado consumo predito, que é o consumo alimentar diário observado ajustado para seu ganho de peso e seu peso corporal no período. A equação matemática usada para descobrir o Consumo Alimentar Residual é o consumo alimentar diário observado menos o consumo predito.

Consumo Alimentar Residual negativo (CAR-) é sinal de maior eficiência alimentar e o contrário é verdadeiro, ou seja, Consumo Alimentar Residual positivo (CAR+) é sinal de menor eficiência alimentar.

O próximo domingo (1º) será de celebração à cultura popular em Camaragibe. O município recebe o VI Encontro das Variantes Culturais dos Bois e Similares de Pernambuco, que vai reunir mais de 20 agremiações de todo o estado. A festa será na Vila da Fábrica, às 9h.

Após cinco edições sendo realizado no interior pernambucano, esta é a primeira vez que o Encontro acontece na Região Metropolitana do Recife. Um dos objetivos do evento é buscar articulações em benefício dos grupos participantes, além de promover sua visibilidade, renovação e circulação. Estarão presentes, entre outros, o Boi Camará, Boi Manhoso, Boi Faceiro, Boi Dourado de Limoeiro e o Boi Maracatu de Arcoverde. 

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Também participam da festança, como convidados, o Urso Branco Cangaçá, Urso da Tua Mãe, Afoxé Povo dos Ventos e o Bloco Lírico Pierrot de São José. No domingo seguinte, 8 de julho, a Federação Cultural dos Bois e Similares do Estado de Pernambuco (Fecbois) promove oficinas nas áreas de percussão, dança e teatro. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail camaragibecultura@gmail.com.

Serviço

VI Encontro das Variantes Culturais dos Bois e Similares de Pernambuco

Domingo (1º) | 9h

Av. Dr. Pierre Collier (Em frente à sede da Fundação de Cultura) - Vila da Fábrica - Camaragibe

Gratuito

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Em acordo perante a Justiça Federal, a Companhia Docas do Pará (CDP) comprometeu-se a resgatar o navio Haidar, que naufragou com cinco mil bois vivos no dia 6 de outubro de 2015, no porto de Vila do Conde, em Barcarena, a cerca de 30 quilômetros de Belém. O acordo soluciona os processos judiciais movidos pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e prevê o resgate da embarcação, que permanece no local desde o acidente. A destinação do navio, as condições do resgate e os cronogramas do serviço foram previstos em concorrência pública, conforme edital publicado em 13 de dezembro passado.

A CDP e a Minerva, empresa proprietária dos bois que morreram no acidente, comprometeram-se a destinar mais de R$ 7 milhões que vão compor um fundo criado especificamente para financiamento de projetos ligados ao meio ambiente. Em relação às carcaças das reses, que ainda se encontram enterradas no porto de Vila do Conde e áreas próximas, a Minerva assumiu exclusivamente a obrigação de realizar o monitoramento das cavas, conforme plano de trabalho que ainda será apresentado em juízo.

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A concordância da CDP e da Minerva foi formalizada durante audiência de conciliação presidida pelo juiz federal Arthur Pinheiro Chaves, da 9ª Vara, a única especializada em todo o Pará que julga ações de natureza ambiental. Pontos que ainda ficaram pendentes serão discutidos em outra audiência, marcada para 6 de fevereiro. Ao final de todo o procedimento, o magistrado vai decidir se homologa ou não o que as partes acertaram.

A audiência contou com as presenças de representantes da União, do Ministério Público (Federal e do Pará), CDP, Capitania dos Portos, Defensoria Pública da União, Minerva S.A., Norte Trading Operadora Portuária Ltda. e Global Agência Marítima Ltda.

A CDP e a Minerva firmaram o compromisso de pagar, cada uma, R$ 1 milhão, como forma de contribuir para um fundo a ser criado para financiar projetos ligados ao meio ambiente e que beneficiem as comunidades afetadas pelo acidente. A empresa e a Companhia Docas do Pará também aceitaram pagar, por intermédio do Instituto Internacional de Educação do Brasil, R$ 7 milhões (R$ 3,5 milhões cada) que serão destinados às famílias identificadas como atingidas pelo acidente.

Caberá ao Instituto Internacional de Educação do Brasil repassar 50% desse valor para as famílias de Vila do Conde e 30% para as famílias de Beja, Itupanema e Ilha do Capim. Habitantes das comunidades do Caripi, Fazendinha, Trambioca, Boa Vista, São José, Caripejuba, Livramento, Abaetetuba, Ilha das onças, Ilha dos patos, Ilha Arapiranga, Ilha Sacaia, Ilha de Urubuoca, Praia do Cuipiranga (trambioca), Comunidade do Araticu Rio Muruça, Ilha Nova, Ilha Longa, Associação dos Trabalhadores Extrativistas de Curuçá, Comunidade Boa Vista, São José do Arrozal, Santo Afonso do Rio Xingu, Araquissaua, Icaru e Comatituea deverão receber 20% do montante de R$ 7 milhões. A distribuição do valor corresponde proporcionalmente aos danos experimentados por cada comunidade.

Da assessoria do MPF/PA.

LeiaJá também:

http://www.leiaja.com/noticias/2015/10/13/bois-mortos-em-naufragio-poluem-praias-no-para/

http://www.leiaja.com/noticias/2015/12/24/porto-volta-exportar-bois-comunidade-fica-ver-navios/

A autorização concedida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas) para o embarque emergencial de 50 mil bois no porto de Vila do Conde, em Barcarena, divulgada nesta quinta-feira (24), com base em portaria assinada pelo secretário Luiz Fernandes Rocha, reativa as atividades comerciais com carga viva na região portuária mas não resolve os problemas das comunidades atingidas pelo desastre ambiental provocado pelo naufrágio do navio Haidar, de bandeira libanesa, no dia 6 de outubro. A embarcação afundou com cerca de cinco mil animais. Muitos morreram e sangue e carcaças se espalharam pelas praias de Barcarena e Abaetetuba. Até novembro ainda havia carcaças no fundo do rio Pará. Também o óleo poluiu as águas.

Em Vila do Conde, a praia foi interditada. Logo após o desastre, a Semas interditou temporariamente o exercício da movimentação de carga viva no porto da Vila do Conde. Com a retomada das atividades, os 50 mil bois que estão sendo transportados para o exterior têm suporte de um plano emergencial da Companhia Docas do Pará (CDP) e das empresas exportadoras. O negócio volta a andar. A população afetada, no entanto, ainda espera ações do poder público.

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Representantes das famílias atingidas pelo desastre ambiental reuniram-se com o subdefensor Público Geral, José Arruda, e o coordenador de Política Cível, Márcio Cruz, em busca de ajuda para que os moradores da área tenham seus direitos assegurados. Pescadores, moradores e  representantes das comunidades foram ouvidos durante a reunião na instituição. 

A presidente do Centro Comunitário de Vila do Conde, Quezia Caetano, relatou que atualmente a comunidade está desolada e sem resposta após dois meses do acidente.  Ela disse que o setor produtivo da região está parado e boa parte da comunidade, que depende da pesca, sente os efeitos da contaminação do rio. “Há muitas pessoas que estão passando fome, porque não têm dinheiro para comprar o almoço da família. Os pescadores estão desolados, os barraqueiros das praias não têm renda porque não há turistas em Barcarena. Quem vai nos ajudar?”, desabafou. 

Quezia Caetano informou que uma equipe de moradores de Vila do Conde viajou a Brasília dia 14 de dezembro para relatar sobre o acidente na Comissão Ambiental da Câmara Federal e as dificuldades que a comunidade vem enfrentando. Também foram tentar assegurar o seguro defeso para os pescadores.

O coordenador de Política Cível, defensor público Márcio Cruz, informou que a Defensoria Publica já está atuando desde o início do desastre ambiental, por meio dos defensores públicos do município, Aline Rodrigues e Bernardo Moraes. Márcio Cruz esclareceu que no último dia 13 de dezembro a Defensoria, o Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual entraram com uma Ação Civil Pública pedindo que as empresas responsáveis pelo naufrágio do navio passem a fornecer água tratada, cesta básica e salário mínimo para a comunidade. “Há inúmeras demandas que não são do naufrágio, ou seja, há uma carência de políticas públicas, como falta de água potável permanente nas ilhas e energia elétrica”, destacou o defensor.

De acordo com Márcio Cruz, esse foi o 18° acidente ambiental em Barcarena, entre os de pequeno, médio e grande portes. No entanto, somente nove acidentes tiveram danos maiores, sendo este último, do naufrágio de cinco mil bois, o de maior  proporção e danos  ambiental e social.

O subdefensor, José Arruda, reforçou que a Defensoria Pública já atua para atender os moradores atingidos e solucionar os problemas em favor dessa população. "O Estado e os órgãos não estavam preparados para esse tipo de situação. Mas a Defensoria vai averiguar a demanda de cada morador e trabalhar para beneficiar a todos", finalizou.

Com informações de Letícia Sarges, da Defensoria Pública.

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Um vídeo filmado por policiais militares mostra um boi sendo morto a tiros de metralhadora, em Andradina, no interior de São Paulo. Na sequência, é possível ver o animal cercado por duas viaturas próximo a um muro.

O boi está parado quando recebe o primeiro tiro, ele dá alguns passos para trás tentando fugir quando vê o policial se aproximando com a arma em punho. O segundo disparo é dado e o animal cai no chão. Um último disparo é dado em seguida.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o fato ocorreu no dia 4 de novembro, na região de Andradina. O boi, que pesava 450 kg, fugiu de um frigorífico quando desembarcava de uma carreta e foi perseguido pelas imediações da rodovia Marechal Rondon.

A pasta diz que o animal já havia ferido um funcionário e levado cinco tiros na cabeça pelo segurança do local antes de a PM ser acionada. A ação foi considerada legítima pela corporação e os tiros foram disparados com a autorização dos responsáveis.

Pecuaristas do segmento da exportação de gado vão apresentar, nos próximos dias, um plano emergencial de contingenciamento para ser aplicado no Porto de Vila do Conde. O documento será avaliado e sua execução monitorada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O plano é fruto de um entendimento entre o setor produtivo e o Governo do Estado.

Desde o naufrágio do navio Haidar no dia 6 de outubro, o Porto de Vila do Conde está interditado para operações com carga viva. Apesar da restrição ser uma medida preventiva, ela prejudica a exportação dos quase 30 mil bois vivos estocados em pontos de apoio de embarque. O acidente transformou o berço 300 do porto em área de risco, pois até hoje permanecem submersos o navio e parte de sua carga.

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Para que o porto retome a rotina, é preciso que a Companhia das Docas diga como pretende evitar novos acidentes e de que modo vai agir se eles acontecerem. Além disso, é indispensável tomar uma decisão acerca da retirada, transporte e destinação dos animais submersos. São protocolos de segurança necessários à preservação do meio ambiente e proteção da vida das pessoas.

Em reunião convocada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Adnan Demachki, debateu-se na terça-feira (24) uma solução temporária, de modo a não prejudicar os exportadores. Cerca de 51 mil bois destinados à exportação aguardam liberação do embarque em Vila do Conde. São animais já comercializados, e a demora embaraça os exportadores.

Participaram da reunião técnicos da Semas, do Ibama, da Sedeme e representantes das empresas exportadoras Agropexport, Minerva Foods, Mercurio e da Associação Brasileira de Exportadores de Gado (Abeg). A solução apresentada evita prejuízos ao setor, como a quebra de contratos, e atende à preocupação das autoridades com a questão ambiental. É uma manifestação de boa vontade de ambos os lados.

“Não estamos liberando o porto em definitivo. Isso dependerá do cumprimento total das exigências feitas pelos órgãos ambientais. Trata-se de liberação provisória, emergencial, a ser consolidada até a semana que vem, para evitar novos danos econômicos e ambientais’’, afirmou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Luiz Fernandes da Rocha, à Agência Pará.

O Pará é o maior exportador de boi vivo do Brasil. Em 2014, foram exportadores 547 mil bois em 1,2 mil operações de embarque. O gado é retirado das fazendas e enviado para estações de pré-embarque, onde recebe tratamento para engordar até seguir viagem para o exterior. Atualmente, a produção de bois vivos do Pará abastece 75% do consumo total da Venezuela e 65% do Líbano. Além disso, 400 mil cabeças saem do Estado, todos os anos, para o Nordeste brasileiro.

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A Prefeitura de Belém realiza através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) o monitoramento das praias nas ilhas de Cotijuba e Outeiro para avaliação dos riscos causados pelo naufrágio do navio Haidar, em Barcarena, no nordeste do Pará. O acidente provocou a morte de cinco mil bois, cujas carcaças apareceram na praia de Vila do Conde, e o vazamento de óleo.Técnicos começaram na terça-feira (20) o teste de balneabilidade nas ilhas de Cotijuba e Outeiro. As informações são do portal Agência Belém.

Pelo Decreto Municipal n° 83.983-PMB, instituído pelo prefeito Zenaldo Coutinho, as praias de Vai Quem Quer, Farol, Praia Funda, Praia da Saudade e Praia do Amor, em Cotijuba, e Praia Grande, do Amor e da Brasília, em Outeiro, terão coletas das amostras de água. As análises vão ser enviadas ao Lacen (Laboratório Central do Governo). A previsão é que os resultados sejam divulgados em 15 dias.

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O resultado do teste de balneabilidade será comparado aos resultados dos anos anteriores para avaliar os danos causados pelo desastre ambiental, caso cheguem às margens de Belém. “Em cada praia são colhidas duas amostras, a um metro de profundidade, que serão analisadas com base na Resolução do Conama Nº 274, de 29 de novembro de 2000”, explica a Chefe de Fiscalização da Semma, Ivanelma Gomes, segundo a Agência Belém.

O objetivo é verificar quais riscos o naufrágio do navio com cinco mil bois e mais 700 mil litros de óleo no porto de Vila do Conde, em Barcarena, representa para a saúde da população. Caso haja contaminação nas águas do rio Guamá, a prefeitura pretende discutir medidas de prevenção e plano emergencial que podem ser adotados.

 

 

 

O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Pará (MPPA) e a Denfensoria Pública entraram com ação judicial na Justiça Federal, em Belém, pedindo suspensão total das atividades do porto de Vila do Conde, em Barcarena. O documento foi protocolado na quinta-feira (15).

As instituições consideram que as instalações do porto, administrado pela Companhia Docas do Pará (CDP), não oferecem condições mínimas de utilização após o naufrágio do navio cargueiro Haidar, que levaria aproximadamente 5 mil bois vivos para a Venezuela. O acidente aconteceu há dez dias, mas providências solicitadas por autoridades da área ainda não foram executadas totalmente. 

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São réus na ação a CDP e as companhias Global Norte Trade e Minerva - responsáveis pela carga e embarcação. A ação foi assinada pelos procuradores da República Bruno Araújo Soares Valente e Ubiratan Cazetta, pelos promotores de Justiça Viviane Lobato Sobral Franco (Barcarena) e Márcio Leal Dias (Abaetetuba) e pela defensora pública Aline Rodrigues de Oliveira Lima.

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A demora para a remoção das carcaças dos bois que morreram afogados e do oléo que vazou do navio prejudica diretamente centenas de moradores de praias do distrito de Vila do Conde, em Barcarena, e comunidades de Abaetetuba, município próximo.

"As medidas até aqui tomadas pelos responsáveis não surtiram efeito, seja quanto ao óleo já derramado, seja quanto ao óleo ainda existente na embarcação ou, ainda, quanto aos animais, estejam eles dentro da embarcação, estejam na contenção ou nas praias da região”, aponta a ação judicial.

As autoridades envolvidas na força-tarefa de apoio ao desastre ambiental ainda não divulgaram e quantidade de oléo que vazou do navio de bandeira libanesa. Manchas se espalham por quilômetros ao longo do rio Pará e 4 mil cabeças de gado mortas permanecem dentro do Haidar.

Procuradores, promotores e a Defesa Civil temem impactos ainda maiores à população e ao meio ambiente caso medidas urgentes não sejam tomadas. 

Cerca de 23 bois e vacas escaparam nessa quinta-feira (15) de um frigorífico e causaram transtornos na cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Um animal atingiu uma criança de seis anos, que sofreu escoriações no corpo. O menor está em observação no Hospital da Criança, onde passa por exames.

Alguns bois e vacas foram da Vila Industrial, onde fica o frigorífico, para o centro da cidade e prejudicaram o trânsito, principalmente na Avenida Bady Bassitt, uma das mais movimentadas de Rio Preto.

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Os bois chegaram a entrar em estabelecimentos e um deles invadiu um estacionamento. Ao todo, cinco equipes do Corpo de Bombeiros, auxiliados por funcionários da Prefeitura e do frigorífico, capturaram os animais durante a tarde.

O frigorífico ainda não explicou como os bois e vacas conseguiram fugir.

Na última terça-feira (6), o navio Haidar naufragou no cais do porto de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste paraense, com uma carga de 5 mil cabeças de gado vivo, que seriam levadas para o abate na Venezuela. O naufrágio ocorreu duas horas depois do adernamento. Na quinta-feira (8), inúmeros bois, em estágio de putrefação, trazidos pela maré do rio Pará, amanheceram nas praias da região. Além da carga bovina, o óleo marítimo, altamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente, vazou da embarcação, contaminando um raio de cerca de 4 km.

Em entrevista para o portal de notícias LeiaJá, a professora Maria Carolina Sousa, de Legislação Básica e Ambiental da Universidade da Amazônia (Unama), diz que "a tragédia tomou as proporções que vemos em virtude da demora na efetivação de um plano de contingência do sinistro, o que teria reduzido significativamente o tamanho da tragédia ambiental".

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Apesar de o governo estadual ainda não ter uma resposta para a causa do naufrágio, a professora Maria Carolina aponta a acomodação da carga viva e semovente como um aspecto importante para a ocorrência do naufrágio. 

Em entrevista à imprensa, o superintendente do Ibama no Pará, Alex Lacerda, aponta erros na contenção do sinistro, como a demora no atendimento e a falha de comunicação entre o CDP (Companhia Docas do Pará) e os órgãos competentes. Sousa acredita que tais erros potencializaram os impactos ambientais em Barcarena. Ele disse que, se as medidas preventivas tivessem sido colocadas em prática da forma mais imediata possível, boa parte dos impactos ambientais teria sido minimizada. 

Sobre os impactos ambientais gerados a longo prazo, a professora Maria Carolina diz que "tal sinistro deve levar a maior atenção a esse tipo de embarque e, na seara ambiental, a melhoria em ações preventivas, de aplicação de ações de emergência e contingência de futuras situações como a ocorrida". Segundo a pesquisadora, os efeitos negativos são muito preocupantes. "Lançamento de muita matéria orgânica, juntamente com o óleo espalhado, altera a qualidade da água para a sobrevivência das espécies de fauna e flora aquáticas, comprometendo as comunidades que dependem da água para pesca em sua economia", informa.

O Pará é um grande exportador de boi vivo, tendo grande parte de seu PIB composto pela atividade pecuária.

A Praia Vila do Conde, em Barcarena, nordeste do Pará, amanheceu na segunda-feira (12) com mais de 200 bois mortos após um navio que transportava os animais naufragar no Rio Pará. O acidente foi na terça-feira (6) e a maré carregou os animais após uma barreira de contenção se romper. Moradores usam máscaras para suportar o mau cheiro.

Histórico

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Um navio que fazia o carregamento de 5 mil cabeças de boi naufragou na terça-feira, no maior porto do Pará, o Porto de Vila do Conde, às margens do Rio Pará no município de Barcarena, distante cerca de duas horas da capital. A embarcação AIDAR, de bandeira Libanesa, da Exportadora Minerva, sairia com destino à Venezuela. Ela estava atracada, mas tombou para cima do cais após o carregamento. Ainda não se sabe as causas do acidente.

Em imagens que circularam na internet, os animais apareceram tentando sair da embarcação pela lateral do navio quando ele já estava quase completamente submerso. Imagens aéreas mostravam um vazamento de óleo no rio. Além disso, foi possível identificar animais que tentavam fugir do acidente sendo mortos nas beiras do rio por moradores ribeirinhos das proximidades.

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Desde 2010 integrante do calendário pernambucano, o Dia da Cultura de Bois – 28 de fevereiro – foi comemorado, de fato, neste domingo (1º), com um encontro de agremiações de bois e ursos, no Recife Antigo. Concentrados na Avenida Rio Branco, inúmeros grupos compuseram o primeiro evento do tipo realizado nas ruas históricas do Bairro do Recife.

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Do Marco Zero, o cortejo segue pela Avenida Marquês de Olinda, Ponte Maurício de Nassau até o destino final, a Praça da República. Entre os grupos presentes à celebração estavam o Boi de Mainha, Boi Malabá, Boi da Mata, Boi Glorioso de Bonito e Urso Zé da Pinga. Integrante deste último, Edileuza Lira afirmou que cada Boi convida um Urso para o evento anual. 

O trecho escolhido pelo trajeto e o dia oficial da cultura de Bois não são em vão. Foi em 28 de fevereiro de 1644 quando o lendário boi, confeccionado pelo governo de Maurício de Nassau, foi visto voando sobre a então Ponte do Recife. Vertente cultural das mais representativas do Estado, a cultura de Bois conta, atualmente, com mais de 300 grupos em Pernambuco. 

Neste domingo (1º), diversas agremiações de boi se reúnem, no Marco Zero, para celebrarem o Dia Estadual e Municipal da Cultura dos Bois. A concentração será às 15h e um cortejo, saindo Às 16h30, seguirá até a Praça do Diário. Participam bois do Recife, Arcoverde, Timbaúba, Limoeiro e Bonito, entre outros. 

O dia 28 de fevereiro foi escolhido como Dia da Cultura dos Bois em referência ao episódio, ocorrido em 1644, em que Maurício de Nassau fez um boi "voar" sobre a ponte que hoje leva o seu nome. Este é o primeiro registro da confecção e um boi no país. Segundo o presidente da Federação de Bois e Similares do Estado de Pernambuco, Aelson da Hora, atualmente existem mais de 300 agremiações de bois que precisam ser constantemente fortalecidas. 

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O Boi é uma manifestação cultural derivada do Bumba-meu-Boi, presente em quase todo o território brasileiro. O brinquedo caracteriza-se pelo improviso e irreverência e leva para a rua diversos personagens como Mateus, Capitão e o boi que morre e ressurge no final da brincadeira. 

Serviço

Comemoração do Dia Estadual e Municipal da Cultura dos Bois

Domingo (1º) | 15h

Marco Zero do Recife 

Gratuito

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Por Tarcísio Acioli

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Alguns acreditam que o ano só começa depois do carnaval, mas na Galeria Arte Plural o ano começa mostrando o carnaval. Entra em cartaz nesta sexta-feira (4) a exposição Carnaval de Rua, do fotógrafo Fred Jordão.

Natural de Bonito e formado em jornalismo, Fred possui em seu currículo exposições nos principais espaços de Pernambuco e de outros estados do país, além de mais de dez livros publicados. As fotos mostram manifestações tradicionais de Pernambuco durante o carnaval. Ursos, bois, maracatus, troças e clubes carnavalescos são personagens principais da exposição, composta por 24 fotografias e que tem como curadora a jornalista e crítica de arte Simonetta Persichetti.

As fotos em exposição foram produzidas nos pátios de São Pedro e Santa Cruz, bairros de Água Fria, Nova Descoberta e Casa Amarela, no Recife, e em outras cidades como Olinda e Carpina. As imagens possuem como objetivo principal trazer o olhar do público para as diversas manifestações culturais carnavalescas tradicionais que, segundo Fred Jordão, estão desvalorizadas e precisam de mais espaço no carnaval.


Serviço:

Exposição “Carnaval de rua”, de Fred Jordão
Abertura sexta (3), às 19h
Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife)
Até 31 de janeiro | terça a sexta, das 13h às 19h; sábados e domingos, das 16h às 20h
(81) 3424 4431
Gratuito

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