Tópicos | Desastre ambiental

Em votação simbólica, a Comisão Temporária Externa para acompanhar as ações de enfrentamento às manchas de óleo no litoral brasileiro (CTEOLEO), em sua reunião final, realizada nesta sexta-feira (4), aprovou o relatório do senador Jean Paul Prates (PT-RN) que aponta o “sistemático desmantelamento da estrutura de governança ambiental” do governo Jair Bolsonaro como importante fator para o agravamento dos efeitos do desastre. 

O relator salienta que as causas e a autoria dos vazamentos de petróleo ainda não foram esclarecidas e critica o governo pelo atraso no acionamento do Plano Nacional de Contingência (PNC) e pela falta de articulação entre a autoridade federal e os estados atingidos. 

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“A letargia e a leniência apontadas nos itens anteriores parecem ter sido compensadas pela pressa do governo federal em apontar culpados ou indicar suspeitos pelo derramamento de óleo por meio de insinuações e afirmações desprovidas de lastro comprobatório e que, posteriormente, demonstraram-se inverídicas. Por meio dessa postura, foram apartados países e entidades que poderiam cooperar com as investigações e as ações de resposta”, acrescenta o relatório. 

A “indisponibilidade de informações suficientes” nas investigações da Polícia Federal, do Ministério Público e da Marinha, segundo o texto, limitou a capacidade de conclusões e encaminhamentos por parte da Comissão. O relatório menciona análises independentes da Petrobras e da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que verificaram correlação entre as manchas nas praias brasileiras e petróleo produzido na Venezuela, mas ressalva que a confirmação da hipótese não configura prova material de autoria do crime.

  O PNC, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, foi posto em funcionamento pela primeira vez desde sua instituição. Porém, conforme o relatório, o governo federal só acionou o PNC 43 dias após a chegada da primeira mancha de óleo, e houve atraso significativo no envio de materiais necessários para as ações de resposta. O relator salientou os graves prejuízos sociais, ambientais e econômicos do desastre. 

“A sequência dos trágicos eventos aqui tratados (...) não pode ser reputada ao acaso, mas é potencializada pela conjugação de opções políticas e sociais como modelos de desenvolvimento insustentável, crise gerencial ambiental, despreparo institucional particularmente para a prevenção de eventos sociais e técnicos ampliados e políticas discriminatórias com populações vulneráveis”, explica. 

Jean Paul, ao comentar seu parecer, sublinhou que o país segue sem medidas de mobilização de forças para aprimoramento da resposta a futuros acidentes do gênero. Ele embrou o esforço dos senadores na inspeção dos locais atingidos e no acompanhamento da falta de equipamentos, mas o governo teria reagido com “fake news e brincadeiras” sobre movimentos ambientais. 

"Essas atitudes irresponsáveis e negacionistas se assemelham muito com o que aconteceu logo depois, com a pandemia. Se nós tivéssemos logo detectado o DNA e a forma de atuar desse governo em relação a um desastre como esse, provavelmente poderíamos ter previsto muitas das atitudes que foram repetidas e magnificadas durante a questão da pandemia", criticou. 

O presidente da Comissão, senador Fabiano Contarato (PT-ES), elogiou o relatório e cumprimentou o colegiado pelo trabalho que, segundo ele, dá uma resposta à sociedade e evita que crimes dessa natureza voltem a ocorrer.  "Temos que buscar, até que ocorra ou não a prescrição, a responsabilização por esse crime ambiental", afirmou. 

O derramamento de óleo ocorreu em 2019 e atingiu mais de mil localidades do Maranhão ao Rio de Janeiro, numa extensão estimada em 4 mil quilômetros. A situação foi tema de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente, em 17 de outubro de 2019, e na semana seguinte uma comitiva de senadores visitou algumas das praias afetadas em Alagoas e Sergipe. Em 5 de novembro de 2019 o Senado instalou a Comissão Externa, com prazo de funcionamento de 180 dias, para acompanhar as ações de combate ao óleo e apontar responsabilidades pelo desastre ambiental. Com a pandemia de covid-19, os trabalhos do trabalho foram suspensos entre 20 de março de 2020 e 18 de agosto de 2022. 

*Da Agência Senado

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Neste domingo (30), completa-se um ano do desastre ambiental causado pelo vazamento de óleo que atingiu, principalmente, o Nordeste brasileiro. Mesmo tendo passado todo esse tempo, até hoje não se sabe quem são os responsáveis por essa tragédia. Praias, mangues, rios e áreas de proteção ambiental de ao menos 130 municípios dos nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas do petróleo cru.

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A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a registrar os fragmentos de petróleo cru, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos estavam sendo achados no Espírito Santo desde 7 de novembro, e no Rio de Janeiro, desde 22 de novembro.

Para se ter noção, em janeiro deste ano o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontava que 433 locais atingidos pelo óleo ainda tinham fragmentos da substância. 

Paraíba foi o primeiro Estado do Nordeste com as manchas. Foto Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo

No mês de junho de 2020, a Marinha informou que continuava monitorando o aparecimento de pequenos fragmentos de óleo no litoral nordestino. Praias e costões dos estados de Alagoas e Pernambuco foram os locais onde registrou-se a continuidade de localização dos fragmentos do petróleo cru de origem desconhecida.

Especialistas apontavam que esses novos aparecimentos estavam acontecendo porque, após permanecer por meses em repouso no fundo do mar, a substância voltou a se soltar devido à ação das correntes marítimas combinadas a fatores meteorológicos.

Ainda no mês de junho deste ano, novas ocorrências foram registradas nas praias do Cupe e Muro Alto, localizadas em Ipojuca, e na praia de Tamandaré, na cidade que leva o mesmo nome. 

Foram toneladas de petróleo retirados do mar. Foto Arhur Souza/LeiaJá Imagens/Arquivo

Quando a população nordestina ainda se recuperava de tudo o que foi causado pelo vazamento do óleo, veio a pandemia da Covid-19 e uma realidade que os trabalhadores e moradores dessas localidades pensavam que não ia mais se repetir: o vazio das praias. Depois de meses fechadas por conta do novo coronavírus, até este domingo (30), nas praias de Pernambuco só está permitido o banho e que os banhistas fiquem na faixa de areia, sem cooler e com máscara. 

Essa situação pandêmica, segundo os trabalhadores da praia do Cupe, afasta os turistas e, consequentemente, quebra o ciclo econômico do local que está estagnado desde o mês de março, quando os decretos de isolamento social começaram em Pernambuco.

“Sempre quando acontece qualquer tragédia que atinge as praias nós somos os primeiros impactados com tudo isso. Se não tem turista, nem ninguém vindo para a praia não tem dinheiro e ninguém pra gente vender os nossos serviços”, diz um jangadeiro que não quis se identificar. Ele complementa dizendo: “Na época do óleo aqui nós, trabalhadores, fomos os primeiros a limpar todo esse litoral. Agora que a gente precisa do governo, ficamos mais de cem dias sem trabalho.”

Situação foi crítica, principalmente para quem trabalha no Litoral. Foto Arthur Souza/LeiaJá Imagens/Arquivo

Posicionamento Marinha

A Marinha do Brasil, responsável pelas investigações, aponta que terminou todo o seu trabalho, mas não identificou os culpados pelo derramamento de óleo. Agora, um relatório do que se foi apurado será entregue à Polícia Federal, que continuará investigando.

"A MB conduz, de forma ininterrupta, desde o aparecimento dos primeiros vestígios de óleo nas praias, uma investigação complexa, contando com a participação de diversas instituições, técnicas, científicas e especializadas, brasileiras e estrangeiras e tem trabalhado de forma cooperativa com o inquérito criminal instaurado pela Polícia Federal", revela.

Segundo a Marinha o relatório com conclusões entregues à PF contribui para a identificação do provável causador e a origem do crime ambiental. "Os trabalhos permanecerão até que o responsável seja identificado. É importante destacar que a MB e a PF trabalham juntas, e a PF vai consolidar essas informações para o desdobramento da investigação", pontua.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um inquérito civil para investigar a qualidade dos pescados, frutos do mar, moluscos e outros produtos de origem marinha no estado após o vazamento de óleo que atingiu o litoral. O inquérito, publicado nesta terça-feira (12), é assinado por promotorias de defesa do consumidor da capital.

 Com a abertura do processo, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) será notificada para que realize análises nos produtos de origem marinha possivelmente afetados por hidrocarbonetos, encaminhando os resultados em até dez dias. Análises já realizadas após o derramamento de óleo também deverão ser enviadas.

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 Também serão notificados para que façam o mesmo tipo de análise o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco. 

 O Governo de Pernambuco já enviou para a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) 50 amostras de pescados recolhidos nas áreas atingidas pelo derramamento de petróleo. O Ministério da Agricultura afirmou, na segunda-feira (11), que resultados iniciais mostraram que o pescado está próprio para o consumo humano.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (1º), a Operação Mácula, para apurar a origem e autoria do vazamento de óleo que atingiu mais de 250 praias do Nordeste. A investigação aponta como principal suspeito do derramamento um navio petroleiro de bandeira grega.

De acordo com a PF, a entidade conseguiu identificar a localização da mancha inicial de petróleo cru em águas internacionais, a aproximadamente 700 km da costa brasileira, em sentido leste, com extensão ainda não calculada. A partir da localização, com técnicas de geointeligência e cálculos oceanográficos regressivos, foi possível identificar o único navio petroleiro que navegou pela área suspeita.

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A embarcação atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias e seguiu rumo a Singapura pelo Oceano Atlântico, vindo a aportar apenas na África do Sul. “O derramamento investigado teria ocorrido nesse deslocamento”, diz nota da PF. Acredita-se que o vazamento ocorreu entre 28 e 29 de julho.

O navio grego está vinculado, inicialmente, a uma empresa de mesma nacionalidade. Ainda não há dados sobre a propriedade do petróleo transportado pelo navio identificado. Foram solicitadas diligências em outros países por meio de mecanismos de cooperação internacional, pelo canal Interpol. Com isso, espera-se levantar dados adicionais sobre a embarcação, tripulação e empresa responsável.

A investigação criminal visa punir os responsáveis pela poluição e pela não comunicação do incidente às autoridades. Nesta sexta-feira, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal-RN, em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil.

Paralelamente, a Polícia Federal está realizando diversos exames periciais no material oleoso recolhido em todos os estados brasileiros atingidos, bem como exames em animais mortos, já havendo a constatação de asfixia por óleo, assim como a similaridade de origem entre as amostras.

De acordo com o Ibama, 286 localidades foram afetadas no Nordeste. Isto significa 98 municípios de nove estados atingidos. Em Pernambuco, foram recolhidos até o momento 1561 toneladas do resíduo.

A investigação teve ação integrada com a Marinha do Brasil, o Ministério Público Federal, o IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, Agência Nacional do Petróleo, a Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília e Universidade Estadual do Ceará, bem como o apoio espontâneo de empresa privada do ramo de geointeligência.

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Depois de visitar a praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio afirma que as praias atingidas pelo óleo e que já foram limpas estão “aptas para o banho”. No entanto, o ministro não tem nenhum embasamento técnico para tal afirmação e aponta que soube pelo Ministério da Saúde, que não repassou nada referente para a imprensa. 

“Existem hoje praias que já estão limpas e com total condição de receber os turistas e os banhistas. Mesmo as praias que já foram impactadas e já foram limpas, existe sim a possibilidade do turismo”, assegura Álvaro.

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A afirmação do ministro vai de encontro ao que está sendo indicado por diversos biólogos. Os estudiosos apontam que o banho só deve ser liberado nos locais que já foram atingidos pelo óleo depois de uma análise da água. Até esta sexta-feira (25), 10 cidades pernambucanas já foram atingidas. Em todo o Nordeste já foram retirados mais de 958 toneladas do petróleo. 

Na última quarta-feira (23), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil requisitando uma série de medidas do Governo de Pernambuco e do município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, acerca do combate ao óleo que atinge o litoral. À Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o MPPE requisitou a avaliação da balneabilidade, ou seja, condições para banho e atividades esportivas, das áreas de praia do Cabo de Santo Agostinho. Caso haja necessidade, as praias deverão ser interditadas. Foi fixado um prazo de cinco dias para o órgão prestar informações ao ministério público.

O ministro aponta ainda que menos de 10% das praias de Pernambuco foram impactadas pelo óleo. O Secretário de Turismo de Pernambuco Ricardo Novaes diz que Álvaro está equivocado e que os 10% se refere a extensão atingida de Porto de Galinhas.

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instituiu o Gabinete de Crise Ambiental para acompanhar a crise do vazamento de óleo que atinge o Nordeste. A portaria de criação do gabinete foi publicada nesta sexta-feira (25).

 A equipe atuará em regime de Força-Tarefa Interestadual Integrada pelos Ministérios Públicos de Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Nordeste e Ceará.

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 Com a formação do comitê, o MPPE espera contribuir na capacidade de resposta dos agentes públicos, minimizar os danos ambientais e evitar prejuízos para a saúde pública, "inclusive com medidas de orientação à população sobre a ingesta de pescados face a uma possível contaminação pelo óleo", assinala o texto.

 O gabinete permanecerá funcionando enquanto durar a crise ambiental e seus efeitos. Ele será formado pelo Procurador-Geral de Justiça e cinco coordenadores dos Centros de Apoio Operacional de Meio Ambiente, Cidadania, Saúde, Criminal e Consumidor.

 A atuação se dará nos seguintes municípios do litoral pernambucano: Recife, Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Igarassu, Itapissuma, São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso, Sirinhaém, Ipojuca e Goiana.

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Partículas de óleo chegaram à Praia do Sossego, na Ilha de Itamaracá, Litoral Norte de Pernambuco, nesta sexta-feira (25). O município já havia sido atingido pela substância na quinta-feira (24) nas praias do Pilar e Jaguaribe. 

Segundo a Prefeitura da Ilha de Itamaracá, o resíduo chegou em mínimas quantidades em um trecho de três a cinco metros. A suspeita é que tenha sido uma parte do óleo da quinta-feira trazido pela maré. 

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A prefeitura pontuou ainda que, por ser uma pequena quantidade, não é necessário emitir alerta ou abrir protocolos. No dia anterior, foi instalada na Praia do Sossego uma rede de contenção. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) monitora a rede. De acordo com a prefeitura, não há registro de resquício de petróleo no equipamento.

Pernambuco

A Secretaria de Meio Ambiente do Estado segue em monitoramento nesta sexta-feira. Por volta das 6h30, foi realizado um sobrevoo no Litoral Norte e em parte do Litoral Sul, não sendo identificadas manchas. O governo também continua realizando o trabalho de limpeza das praias, como a de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho. 

O secretário de Meio Ambiente, José Bertotti, visitará Tamandaré para avaliar a retirada de óleo na boca de estuários. "Faremos também o trabalho de verificação, que começou ontem, do óleo depositado no fundo de alguns arrecifes", diz o secretário. José Bertotti afirma ter solicitado serviço especializado à Marinha para esse tipo de recolhimento.

O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco vai disponibilizar mergulhadores para fazer a visualização no fundo dos arrecifes. “No entanto, é bom que se afirme que o Governo Federal não tem disponibilizado serviços técnicos especializados da indústria petroleira”, critica Bertotti. Até a quinta-feira (24), foi recolhido em Pernambuco 1358 toneladas da substância.

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Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o óleo recolhido na Praia do Janga, em Paulista, no Grande Recife, caindo de um caminhão da Prefeitura de Paulista, e espalhado em rodovia. Os registros foram feitos na quarta-feira (23).

De acordo com a Prefeitura de Paulista, o óleo que caiu na pista já foi recolhido. A coleta foi efetuada pela Secretaria de Infraestrutura, Serviços Públicos e Meio Ambiente.

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Em Paulista, os resíduos atingiram, inicialmente, a Praia do Janga. Nesta quinta-feira (24), a substância também alcançou a Praia de Pau Amarelo. O Governo de Pernambuco já confirmou o recolhimento de 958 toneladas de petróleo do litoral do estado.

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O município da Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco, é o décimo atingido pelo óleo em Pernambuco desde a quinta-feira (17). Os fragmentos chegaram nesta quinta-feira (24) à cidade. Em Paulista, também no Litoral Norte, o resíduo alcançou a Praia de Pau Amarelo nesta madrugada. O município já havia sido atingido no dia anterior, na Praia do Janga.

De acordo com a prefeitura da Ilha de Itamaracá, não é uma grande quantidade de óleo, tendo chegado em pequenos pedaços, mas a extensão preocupa. A substância está espalhada desde a Praia de Jaguaribe à Praia do Pilar, uma extensão estimada pela prefeitura de cerca de 1 km. 

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“É com muita tristeza que a gente confirma essa realidade”, disse o secretário de Meio Ambiente da Ilha de Itamaracá, Clóvis Barreto. Segundo ele, Forças Armadas, Ibama e Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) já foram acionados. Voluntários já recolhem o resíduo no local.

A Prefeitura de Paulista informou que o óleo atingiu dois pontos da Praia do Janga e mais dois pontos da Praia de Pau Amarelo. Até a quarta-feira (23), o Governo de Pernambuco havia recolhido 958 toneladas da substância. 

Os municípios pernambucanos atingidos desde a última quinta-feira são Ilha de Itamaracá, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso, Sirinhaém, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho.

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As manchas de óleo que ganharam grandes proporções nos últimos dias em Pernambuco, e em outras cidades do Nordeste, continuam causando preocupação entre ambientalistas e moradores das áreas afetadas. Nesta quarta-feira (23), a Praia do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, sofreu com a intensidade do óleo.

Moradores e voluntários foram ao local para amenizar a situação do avanço das manchas. Em nota publicada nas redes sociais, a prefeitura do Paulista informou que que planejamentos estão sendo criados para que haja uma solução em prol de minimizar o impacto do óleo.

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"A prefeitura do Paulista está fechando o planejamento que vai mobilizar todas as secretarias, ONGs, colônias de pescadores e a população para minimizar um possível desastre ambiental, caso o óleo que atingiu o litoral sul, chegue em nossas praias. Se você quiser fazer parte desta brigada, entre em contato. Essa luta é de todos, juntos somos mais fortes", diz o comunicado, convocando pessoas que estejam interessadas em ajudar.

Atualmente, o município do Paulista é a nona cidade de Pernambuco que está sofrendo com a chegada das manchas de óleo.

Confira as imagens:

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A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau instalou três pontos de coleta de doação de materiais destinados à limpeza do óleo que atinge as praias dos Estados do Nordeste do Brasil e, recentemente, voltou a aparecer no litoral pernambucano. Quem quiser ajudar pode doar luvas, pás, peneiras grandes, ciscadores, galochas, sacos de lixo 100L, carrinhos de mão e óleo de cozinha. 

O material está sendo recolhido em três locais espalhados pelo Recife, nos bairros de Boa Viagem (Igreja Mosaico - Rua José Moreira Leal, n° 214), Santana (Colégio Cognitivo - Rua Santana, n° 213) e no Recife Antigo (Igreja A Ponte - Rua Cais do Apolo, n° 594). 

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Os motoristas que precisarem se dirigir à praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, para ajudar na remoção das manchas de petróleo no local não precisará pagar o pedágio. A determinação foi da Concessionária Rota dos Coqueiros como uma forma de ajudar aqueles que estão empenhados na limpeza do local.

Para conseguir a isenção, quem pretende auxiliar na remoção da substância no Paiva deve procurar previamente a Associação Geral da Reserva do Paiva (AGRP), através do WhatsApp (81) 99296-4408. A concessionária aponta que é necessário informar o nome do condutor, a placa do veículo e demais informações que a associação solicitar. 

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O Esporte Clube Bahia divulgou um manifesto no qual chama para toda a população - sem deixar de cobrar as autoridades - a responsabilidade ambiental de preservar os mares e mangues, diante do desastre ambiental do aparecimento de toneladas de petróleo cru em mais de 150 praias em 171 municípios dos nove estados nordestinos. Na próxima segunda-feira (21), às 19h30 (horário de Brasília), a equipe entrará em campo contra o Ceará no estádio de Pituaçu, em Salvador, e divulgou que usará um uniforme manchado de óleo. 

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“Quem derramou esse óleo? Quem será punido por tamanha irresponsabilidade? Será que esse assunto vai ficar esquecido? O Bahia é você, somos nós, cada ser humano. É a forma como representamos o amor, o apego, o chamego, o sagrado, a justiça. O Bahia é a união de um povo que vibra na mesma direção, que respira o mesmo ar e que depende da mesma natureza para existir, para sobreviver. (...) Um convite à reflexão: o que faz um ser humano atacar e destruir espaços sagrados? O lucro a qualquer custo pode ser capaz de destruir a ética e as leis que regem e viabilizam a humanidade? A barbárie deve ser tratada como tal, não como algo natural”, diz o manifesto divulgado pela equipe.

No Estado, as manchas de óleo surgiram pela primeira vez em outubro. Até agora, atingiram os municípios de Itacaré, houve registro da substância nas cidades de Vera Cruz, Itaparica, Salvador, Jandaíra, Lauro de Freitas, Conde, Camaçari, Entre Rios, Esplanada e Mata de São João. O problema teve proporções tão graves que levaram o Governo a decretar Estado de Emergência.

A atitude do Bahia foi apoiada não somente por seus torcedores, mas também por outras equipes e competições de futebol do Brasil. A conta oficial da Ouvidoria Fortaleza Esporte Clube respondeu ao Bahia com emojis de aplausos, enquanto o perfil da Copa do Nordeste disse “Parabéns, Bahia! Sensacional”. A conta oficial do Santos e o pernambucano Íbis também felicitaram o Bahia pela atitude. 

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Fragmentos de óleo voltaram a chegar em maior quantidade à Praia de Muro Alto, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, na tarde deste sábado (19). Além de Muro Alto, foram atingidas as praias do Cupe, Serrambi, Enseadinha e Pontal de Maracaípe.

A substância havia aparecido pela manhã em Muro Alto, mas em menor quantidade. Voluntários e profissionais municipais fazem a coleta. Do mar, eles saem com carros de mão cheios de petróleo. 

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"Dá pena o lugar desse jeito. É triste e revoltante", diz Wangra Correia, costureira local que está ajudando a retirar o óleo. "Vim ajudar. Aqui é onde moro", emendou.

Funcionários do Ibama e da Fiscalização Ambiental de Ipojuca estão no local.

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*Foto Arthur Souza/LeiaJáImagens

A situação da Praia do Cupe, em Ipojuca, Litoral Sul, não está mais crítica graças aos esforços de moradores e trabalhadores da região que se uniram em um mutirão de limpeza. A praia foi a mais atingida em Pernambuco por fragmentos de óleo neste sábado (19).

"Vim salvar meu ganha-pão", diz o bugueiro Márcio Barbosa, de 42 anos. "Isso está sendo um prejuízo grandioso. Essa situação não acaba hoje, vamos ser impactado por anos", acrescenta. 

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A dona de casa Josineide de Assis, 45, deixou a moradia no Cupe chorando.  Ao longo do caminho para a praia saiu catando o que conseguia. "O paraíso está sendo destruído. Isso aqui é um assassinato. Muitas famílias dependem daqui", diz.

O bugueiro Luiz Eduardo se uniu com outros colegas de profissão para coletar o óleo. "Fizemos uma paralisação.  Nenhum bugueiro rodou. Quem queria rodar foi impedido. Pedimos para eles virem para a praia e ajudar na limpeza", afirma. Luiz está preocupado que o turismo diminua na cidade.

O argentino Nahuel Araujo, 32 anos, que mora há um ano e meio em Ipojuca chegou por volta das 8h. "Aqui é um paraíso, o lugar que escolhi morar. Não vou deixar ser destruído."

Além da Praia do Cupe, foram atingidas em Ipojuca Pontal de Maracaípe, Enseadinha, Muro Alto e Serrambi. Segundo a prefeitura, não há previsão de chegada de novas manchas de petróleo. 

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O Governo de São Paulo promove a 3º edição da campanha #Aprender para Prevenir. As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de outubro no link: http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2018. Com o tema “Água [D+ ou D-] = Desastre?”, o objetivo é estimular o desenvolvimento e projetos educativos ligados à prevenção de riscos de desastres socioambientais relacionados com a água, seja o excesso ou a escassez.

Escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, públicas, privadas, comunitárias e instituições de educação não-formal poderão se inscrever também.

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Os 12 vencedores irão ganhar 12 pluviômetros semiautomáticos, que podem ser usados na medição das chuvas, além de 12 kits educativos com livros, cartilhas e outras publicações sobre Educação em Redução de Riscos de Desastres.

A Secretaria da Educação do Estado também criou o jogo “Defesa Civil – A Aventura”, que debate as ações para os cidadãos se protegerem de chuvas fortes. A participação é livre para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e gratuita.

Para acessar o “Defesa Civil – A Aventura”, o interessado terá que informar o número do R.A. (registro do aluno) no http://www.educacao.sp.gov.br/evesp/cursos/.

O rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, pode ser um dos fatores que levaram ao surto de febre amarela pela região sudeste do Brasil. O acidente ocorreu em 5 de novembro de 2015 e, de acordo com biólogos da Fiocruz, alguns casos de contágio de febre amarela foram registrados nas mesmas áreas do desastre ambiental.

Foram encontrados macacos mortos na região próxima à cidade de Colatina, no Espírito Santo, também afetada pela barragem de Mariana. Os episódios deste ano se assemelham ao surto de 2009, no Rio Grande do Sul.

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Ambos são de febre amarela silvestre - cujo ciclo se mantém na floresta. No entanto, com casos de degradação ambiental, os animais se aproximam mais do homem e aumentam os riscos de contaminação nas áreas urbanas. Desde janeiro de 2017, o governo brasileiro admite que o desastre de Mariana possa ter alguma ligação com o surto de febre amarela.

Da Ansa

O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Pará (MPPA) e a Denfensoria Pública entraram com ação judicial na Justiça Federal, em Belém, pedindo suspensão total das atividades do porto de Vila do Conde, em Barcarena. O documento foi protocolado na quinta-feira (15).

As instituições consideram que as instalações do porto, administrado pela Companhia Docas do Pará (CDP), não oferecem condições mínimas de utilização após o naufrágio do navio cargueiro Haidar, que levaria aproximadamente 5 mil bois vivos para a Venezuela. O acidente aconteceu há dez dias, mas providências solicitadas por autoridades da área ainda não foram executadas totalmente. 

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São réus na ação a CDP e as companhias Global Norte Trade e Minerva - responsáveis pela carga e embarcação. A ação foi assinada pelos procuradores da República Bruno Araújo Soares Valente e Ubiratan Cazetta, pelos promotores de Justiça Viviane Lobato Sobral Franco (Barcarena) e Márcio Leal Dias (Abaetetuba) e pela defensora pública Aline Rodrigues de Oliveira Lima.

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A demora para a remoção das carcaças dos bois que morreram afogados e do oléo que vazou do navio prejudica diretamente centenas de moradores de praias do distrito de Vila do Conde, em Barcarena, e comunidades de Abaetetuba, município próximo.

"As medidas até aqui tomadas pelos responsáveis não surtiram efeito, seja quanto ao óleo já derramado, seja quanto ao óleo ainda existente na embarcação ou, ainda, quanto aos animais, estejam eles dentro da embarcação, estejam na contenção ou nas praias da região”, aponta a ação judicial.

As autoridades envolvidas na força-tarefa de apoio ao desastre ambiental ainda não divulgaram e quantidade de oléo que vazou do navio de bandeira libanesa. Manchas se espalham por quilômetros ao longo do rio Pará e 4 mil cabeças de gado mortas permanecem dentro do Haidar.

Procuradores, promotores e a Defesa Civil temem impactos ainda maiores à população e ao meio ambiente caso medidas urgentes não sejam tomadas. 

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