[@#galeria#@]
Mais de 400 embarcações foram inspecionadas, 14 pessoas presas por pesca predatória, consideradas crimes ambientais, que retiram as espécies em extinção do mar, 31 marinas fechadas por irregularidades nos documentos e atividades ilícitas. Essas e outras apreensões foram realizadas na Operação Fronteira Marítima II, inédita em Pernambuco, e divulgadas nesta terça-feira (13), na sede da Polícia Federal, localizada no Cais do Apolo, Bairro do Recife.
##RECOMENDA##
Seis órgãos envolvidos inspecionaram o Litoral Sul do Estado e também Fernando de Noronha, da última quinta-feira (7) até esta segunda (12). Polícia Federal, Receita Federal, Marinha do Brasil, Capitania dos Portos, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes estavam a frente da Operação. Os presos já foram liberados após pagarem fiança, que varia de acordo com o salário de cada pescador. Dentre as marinas fechadas, o Cabanga Iate Clube estava incluso, mas conseguiu 15 dias para apresentar as declarações.
De acordo com Luiz Fernando Teixeira, superintendente da Receita Federal, muitas apreensões foram realizadas devido a irregularidades. “As 427 embarcações inspecionadas apresentaram problemas. Os proprietários estão sendo intimados a depor e veremos quais medidas serão tomadas para o desdobramento da operação”, relatou.
Um container foi apreendido por não estar listado em um dos navios vistoriados pela Operação. O material contido não foi divulgado, porém, o dono da carga, que vinha de Santos e seguia para a Espanha, está sendo investigado pela Receita Federal. No total, 59 embarcações foram notificadas, nove lacradas, seis apreendidas, entre elas um Jet boat no valor de R$ 130 mil, um Jet-ski de R$ 35 mil, além de 60 embarcações estrangeiras irregulares, que têm dez dias para regularizar a ordem fiscal.
O Ibama aplicou 54 infrações de crime ambiental, aplicou multas no valor total de R$ 735 mil e apreendeu 30 kg de lagostas, já doados para instituições. De todas as prisões, três foram em flagrante: uma delas no Recife, outra em Tamandaré e uma em Fernando de Noronha. "O principal objetivo da Operação foi para avaliar e legalizar os principais locais de entrada e saíde de carga, marinas, dentre outras medidas para estarem dentro da lei. É preciso que todos respeitem isso para serem respeitados também. Por isso, essa fiscalização acontecerá sempre", afirma Bernardo José Gambôa, comandante do 3° Distrito Naval.