Ele atua, cozinha, modela, apresenta, constrói... Você já deve imaginar de quem estamos falando, né? Rodrigo Hilbert sempre levou a fama de ser o homem perfeito por ser multifacetado. Contudo, o apresentador afirma que, durante muito tempo, se incomodou com o título. Em entrevista ao jornal O Globo, ele desabafou sobre o estigma.
"Me incomodou lá no início, mas hoje lido melhor. Tão falando isso em que sentido? É porque eu varro a casa, arrumo a louça, faço uma churrasqueira? Se você for a uma favela do Rio de Janeiro, vai achar um milhão de pessoas fazendo isso. Na época, eu ficava muito chateado quando me chamavam de homão da p***a. E eu dizia: Não, é mulherão da p***. Que é a minha mulher, minha mãe, minha avó. São as mulheres que acordam às três da manhã para pegar mais de um ônibus para ir para o trabalho e que voltam para casa dez horas da noite para fazer comida para a família inteira. O que eu faço nada mais é que a minha função de dividir os afazeres da casa com quem mora comigo. Eu tomo conta da cozinha, da arrumação, e a Fernanda toma conta de outras coisas. Ela carrega toda carga mental da casa. E tocamos juntos nossa vida, e deu certo até hoje."
##RECOMENDA##Quando questionado sobre a idealização do casal perfeito, o apresentador, que é casado com Fernanda Lima, disparou:
"Isso é uma fantasia criada por alguém, não nos contagia de jeito algum. Se contagiasse, estaríamos ferrados, não somos uma família perfeita, não somos um casal perfeito. Temos nossas questões, nossas discussões. São 21 anos juntos. O casal perfeito não existe. O casal perfeito já separou há muito tempo."
Por falar no mozão, Rodrigo celebrou o marco no casamento com Lima e relembrou o período que ficaram separados:
"Hoje, a juventude talvez nem saiba o que significam bodas. Meus avós foram casados por 55 anos, quase completaram bodas de diamante. Sempre disse para a Fernanda que queria uma pessoa para viver junto comigo da mesma forma que eles. Ela me perguntou: Quanto tempo? Eu falei: Cinquenta anos. E ela: Ui, meu Deus do céu. Já temos uma história de 21 anos desde que nos conhecemos. Passamos um período separados, mas não conto, porque passamos esse tempo pensando um no outro e querendo estar um com o outro. Encontrei a pessoa que eu tenho certeza que irei durar até o final da minha vida. Vamos fazer bodas até morrer. A Fernanda não liga muito para datas, mas eu conto essas coisas. Eu sei o dia que a gente ficou pela primeira vez, que foi 19 de abril de 2002, perto do meu aniversário. Ela nem lembra dessas coisas, mas eu lembro."
Na próxima quinta-feira, dia 16, estreia a nova temporada de seu programa no GNT, Tempero de Família - e surpresas estão vindo por aí. Isso porque a atração completa uma década no ar e Rodrigo decidiu fazer uma temporada temática só com casais comemorando bodas de casamento.
"Nunca me imaginei fazendo entrevistas ou apresentando. Sempre havia trabalhado na TV criando um personagem. Mas foi algo natural. Era um papo com a minha avó, com as minhas tias. Só nas temporadas seguintes que comecei a receber convidados e comecei a ter que entrevistar, mas sempre levei para um lado mais natural, do bate-papo."
Hilbert ainda afirmou que não pensa em voltar a atuar:
"Posso dizer que das dez novelas que fiz, em apenas uma eu senti que fiz um trabalho legal de ator, que foi em Duas Caras. Não consegui, em nenhuma das outras, ser ator. No teatro e nos cursos, tive momentos de me encontrar como ator, o que é muito difícil conseguir fazer numa novela. A novela é tudo muito rápido, a toque de caixa, as coisas são sempre pra ontem. Eu não me encontrei como ator ali. Hoje, não penso em atuar, mas sei que tem um ator dentro de mim, que encontrei ele um dia, mas que está guardado. Precisa ser algo que me toque para poder voltar a atuar. Não quero apenas decorar um texto."