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Os novos diretores do Banco Central, Rodrigo Alves Teixeira e Paulo Picchetti, foram nomeados nesta quarta-feira, 27, em decretos publicados no Diário Oficial da União, com mandatos até 31 de dezembro de 2027. Os dois tiveram as indicações aprovadas pelo Senado Federal em 12 de dezembro.

Rodrigo Teixeira irá exercer o cargo de diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, na vaga decorrente do término do mandato de Maurício Moura.

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Já Picchetti será diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, ocupando o lugar de Fernanda Guardado que também encerra seu mandato.

O Senado aprovou nesta terça-feira, 12, as indicações de Rodrigo Teixeira e Paulo Picchetti para diretorias do Banco Central. Os dois foram indicados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no fim de outubro e foram aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no fim de novembro.

Os dois substituirão diretores que têm mandato até 31 de dezembro deste ano.

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Ambos contaram com apoio expressivo no plenário do Senado:

Picchetti foi aprovado por 53 votos a 4 e Teixeira, por 50 votos a 3.

O primeiro será o próximo diretor do órgão na vaga aberta com o término do mandato de Fernanda Guardado, que chefia a Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.

O segundo será o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, na vaga que hoje é ocupada por Maurício Moura.

O indicador de difusão do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu 75,29% em abril, o maior patamar mensal da série desde janeiro de 2003, quando foi de 78,86%, informou nesta segunda-feira (5), o coordenador do índice e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. "E, naquela época, vale lembrar, era um tempo de desconfiança sobre a economia, com o Lula recém-empossado e o dólar nas alturas", disse. De acordo com ele, o indicador de difusão, que mostra o nível de disseminação de preços em alta dentro do índice, em patamar elevado aponta que a inflação segue desconfortável, apesar do IPC-S ter desacelerado de 0,85% em março para 0,77% em abril.

Além do indicador de difusão, outro indício de que a inflação está em patamar incômodo é o comportamento do núcleo, que, ao contrário do IPC-S, avançou entre março e abril, de 0,55% para 0,62%, patamar bem acima do registrado em abril de 2013, de 0,45%. Em 12 meses até abril, o núcleo acumula alta de 5,36% e o IPC-S, 6,36%. Em abril de 2013, o núcleo em 12 meses estava em 5,23%. "Os núcleos mostram que a inflação não está confortável. Fica claro que o problema não é choque de oferta", disse Picchetti.

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Previsão - Picchetti informou também que a inflação medida pelo IPC-S de maio deve ficar em 0,50%. Se confirmada a previsão, o indicador acumulado em 12 meses passaria dos atuais 6,36% até abril para 6,55%. Portanto, acima do teto da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 6,50%.

A aceleração do índice em 12 meses se dará porque o IPC-S de maio de 2013, que sairá dos cálculos, foi bem mais baixo, de 0,32%, do que a previsão para este mês. Com isso, perguntado sobre se haveria alteração na atual projeção para o IPC-S fechado de 2014, de 6,30%, o coordenador afirmou que é preciso aguardar os próximos meses. "A princípio, a projeção está mantida. Se na virada do próximo semestre a descompressão, principalmente de alimentos, não for maior, a expectativa será revisada", disse. De acordo com ele, o IPC-S em 12 meses deve seguir em trajetória ascendente até bater no pico de 7% em algum momento do terceiro trimestre para, então, desacelerar.

Picchetti informou, contudo, que para que o IPC-S feche o ano em 6,30% serão necessárias taxas médias mensais de inflação de 0,35%, cenário que não é de todo improvável. "Há alguns meses que sazonalmente costumamos ter até deflação", lembrou. Em abril de 2013, Picchetti recordou que a taxa média mensal dos oito meses restantes para o encerramento do ano ficou em 0,37%.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de maio deve ficar em 0,50%, informou nesta segunda-feira, 05, o coordenador do índice e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, em entrevista para comentar o indicador de 0,77% em abril. Em março, o IPC-S foi de 0,85%.

De acordo com Picchetti, a expectativa é de que neste mês haja uma desaceleração mais firme dos preços de alimentação, num ritmo maior do que o visto em abril. "Esperava que os preços dos alimentos tivessem uma desaceleração maior em abril, principalmente os in natura", disse o coordenador, ao falar sobre o motivo pelo qual a inflação de abril fechou bem acima da sua previsão de 0,60%. De março para abril, o grupo Alimentação passou de 1,63% para 1,42%.

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Segundo Picchetti, outros fatores também vão ajudar a inflação a recuar de abril para maio, entre eles alívio nos preços dos combustíveis e a saída gradual dos impactos dos reajustes dos medicamentos e das tarifas de ônibus no Rio de Janeiro. "Há espaço para a desaceleração da inflação", comentou.

Por outro lado, o movimento deve ser limitado por algumas pressões de alta, como a previsão de mais reajustes nos preços da energia e do condomínio residencial.

A variação marginal da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) entre a primeira e a segunda quadrissemanas de abril, de 0,58% para 0,57%, não traz nenhum tipo de alívio em relação à expectativa de aceleração do índice nas próximas leituras. "O índice não variou muito, mas a sua composição, sim", afirmou nesta segunda-feira o coordenador do IPC e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. "O que ajudou foi Alimentação. Não fosse por isso, o número já caminharia para algo em torno do que esperamos para o fechamento do mês", disse Picchetti, que projeta alta de 0,60% para o IPC de abril.

Das oito classes de despesas que compõem o IPC-S, duas tiveram altas menores. Alimentação registrou variação positiva de 0,52%, de 0,64% na primeira quadrissemana, com destaque para Frutas (5,06% para 2,57%). Habitação desacelerou de 0,87% para 0,70%, ainda sob efeito da Tarifa de Telefone Residencial (-1,03% para -0,33%). "Mas o impacto do reajuste de baixa da tarifa de telefone já está saindo do índice", alertou o coordenador.

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Além do fato de contribuições benignas do indicador, como tarifa de telefonia, estarem perdendo espaço no indicador, outras forças nocivas, por sua vez, já devem começar a se impor. É o caso do reajuste de medicamentos, autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), de 2,82% em média, que entrou em vigor em 31 de março. O aumento nos preços de cigarros, aplicado pela Souza Cruz em abril, de 23,5%, também já pressiona a inflação, levando o grupo Despesas Diversas a saltar mais de 1 ponto porcentual, de 0,46% para 1,56%, entre a primeira e a segunda quadrissemanas do mês.

Transportes teve aceleração modesta, de 0,30% para 0,31%. Picchetti, embora não veja trajetória futura de aceleração forte, tampouco vê grandes alívios para os preços de combustíveis no curto prazo. Os preços da gasolina continuaram a desacelerar a queda, de -0,11% para -0,02%, enquanto o aumento do álcool combustível passou de 1,18% para 1,32%.

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