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Os Estados Unidos e o Japão anunciaram nesta segunda-feira (24) que o Japão entregará mais de 315 quilos de material nuclear para custódia dos Estados Unidos, como parte de medidas de segurança nuclear anunciadas em cúpula que está sendo realizada em Haia, na Holanda.

O plutônio e urânio altamente enriquecido estão armazenados atualmente pela Agência de Energia Atômica do Japão em uma instalação de Tokai, ao norte de Tóquio. Em comunicado conjunto, os países disseram que o material será enviado para uma instalação segura nos EUA e convertido em formas menos sensíveis.

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Os EUA haviam emprestado plutônio ao Japão para pesquisa nos anos 1960 e estavam pedindo o retorno do material. Aquele plutônio emprestado para pesquisa agora representa apenas uma fração das cerca de nove toneladas de plutônio armazenadas no Japão.

Segundo os EUA, a agência atômica do Japão pode dar continuidade às suas pesquisas sem a necessidade de urânio altamente enriquecido - que pode ser usado para produzir uma arma nuclear - ou plutônio separado. No ano passado, os EUA haviam manifestado preocupações com a segurança do excedente de plutônio armazenado pelo Japão, disseram à época autoridades norte-americanas e japonesas.

A China recentemente aumentou o tom das críticas ao Japão por seus estoques de plutônio para armas e urânio enriquecido, afirmando que representam um risco para a não-proliferação nuclear. O porta-voz chefe do governo japonês, Yoshihide Suga, afirmou hoje que as críticas chinesas não refletem a realidade. Ele reiterou a posição do governo de que, "como única vítima de um ataque nuclear e uma potência nuclear avançada", o Japão tem intenções pacíficas e o seu programa foi cuidadosamente examinado pela Agência Internacional de Energia Atômica.

A Casa Branca também informou nesta segunda-feira que os Estados Unidos alcançaram acordos com Bélgica e Itália para remover urânio altamente enriquecido e plutônio desses países. Segundo a Casa Branca, os EUA já removeram uma "quantidade significativa" de material nuclear da Bélgica e cerca de 20 quilos da Itália. Não foram informados prazos ou detalhes das operações. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O governo da Coreia do Norte prometeu nesta terça-feira reativar um reator nuclear que pode produzir uma bomba de plutônio por ano, intensificando as tensões já elevadas em razão das ameaças quase diárias contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

O reator de plutônio foi fechado em 2007 como parte das negociações internacionais de desarmamento, paralisadas desde então. A declaração da retomada da produção de plutônio - o combustível mais comum em armas nucleares - e de outras instalações do complexo nuclear de Nyongbyon deve elevar os temores de Washington e seus aliados a respeito do tempo que a Coreia do Norte vai levar para construir um míssil com um ogiva nuclear que possa chegar aos Estados Unidos, tecnologia que, acredita-se, o país ainda não possua.

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Um porta-voz do Departamento Geral de Energia Atômica norte-coreano disse que cientistas iniciarão o trabalho numa instalação de enriquecimento de urânio e num reator moderado a grafite de 5 megawatt, que gera barras de combustível gastas associadas ao plutônio, e são o núcleo do complexo nuclear de Nyongbyon.

A fonte, que não foi identificada, disse que a medida é parte dos esforços para resolver a severa falta de eletricidade do país, mas também para "reforçar o potencial nuclear armado tanto em qualidade quanto em quantidade", segundo comunicado divulgado pela agência oficial de notícias Korean Central News Agency.

Pyongyang realizou seu terceiro teste nuclear em fevereiro, o que resultou numa nova rodada de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), que por sua vez enfureceu os líderes norte-coreanos e levou a uma série de ameaças.

Os Estados Unidos enviaram bombardeios com capacidade nuclear e jatos que não podem ser detectados por radares para participar dos exercícios militares anuais com a Coreia do Sul. As manobras, consideradas rotineiras pelos aliados, são vistas como preparações para uma invasão por Pyongyang.

A Coreia do Norte declarou inválido o armistício que encerrou a Guerra da Coreia em 1953, ameaçou lançar armas nucleares e foguetes contra os Estados Unidos e, mais recentemente, declarou, durante uma assembleia de alto nível do governo, que a produção de armas nucleares e o fortalecimento da economia são as principais prioridades do país. As informações são da Associated Press.

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