De acordo com um levantamento feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), o Brasil perdeu mais de 7,8 milhões de postos de trabalho no primeiro semestre de 2020. Pela primeira vez na história, menos da metade da população com idade para trabalhar tem ocupado uma vaga no mercado. O dado é um reflexo da crise do coronavírus (Covid-19), que afetou diversos segmentos.
As principais áreas afetadas são aquelas que exigem que as pessoas saíam de casa. "O isolamento afetou áreas como alimentação, moda, varejo tradicional, construção civil, beleza, feiras livres, indústria de eletroeletrônicos, logística e transporte, serviços educacionais presenciais, cinema, teatro e turismo", relata a consultora de RH e especialista em gestão de pessoas e liderança Dilza Taranto.
##RECOMENDA##Apesar dos impactos causados pela crise, uma lenta recuperação se inicia. Porém, o perfil de trabalho e consumo mudou. "Alguns exemplos são a manutenção parcial do trabalho em home office, o consumo de produtos sustentáveis e o consumo minimalista, reconfiguração do comércio e maior qualidade de vida", aponta a consultora. Segundo ela, o atual cenário exige inovação por parte daqueles que estão no mercado, além de aliar o modelo de negócio com as evoluções tecnológicas.
O cenário de pandemia também requer criatividade por parte do empreendedor, e muitos trabalhadores vão precisar se adaptar às novas tendências do mercado. "É preciso que cada empreendedor questione, repense seu negócio, crie formas alternativas de produtos, serviços e entregas de maneira que ele sobreviva à crise", afirma Dilza.