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O Ministério de Minas e Energia (MME) exonerou Eva Maria Cella dal Chiavon da função de membro do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural - Pré-Sal Petróleo (PPSA). Na vaga dela, entrou Arnaldo Barbosa de Lima Junior, com prazo de gestão até 17 de dezembro de 2017.

No Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério do Planejamento reconduziu Daniel Sigelmann à função de membro do Conselho de Administração do banco de fomento.

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A exoneração e as nomeações estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (11).

O consultor jurídico da Pré-sal Petróleo S/A (PPSA), Olavo Bentes, afirmou que, caso o governo opte por unitizar o campo Gato do Mato, na Bacia de Campos, pelo sistema de partilha, a Shell perderá a operação da área, que passará a ser ocupada pela Petrobras.

A unitização diz respeito à produção em uma área contínua àquela já concedida a uma petroleira. Como no caso de Gato do Mato a unitização ocorreria no pré-sal e todo pré-sal, por lei, pertence à União, criou-se uma definição sobre o futuro da produção na área. Essa definição caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

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"Nesse momento, não há nada que indique isso (que a Petrobras assumirá a operação). É uma decisão governamental. Prevalecerá o que for melhor ou pior, economicamente, para a União", afirmou Bentes, após palestra na feira e conferência Rio Oil&Gas.

As áreas do pré-sal já contratadas e descobertas contêm um volume de petróleo recuperável entre 28 bilhões e 35 bilhões de barris de óleo equivalente, segundo estimativas da Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA), estatal criada para gerir e fiscalizar as áreas pertencentes à União. Esse volume representa um terço do total estimado para as reservas de petróleo em águas profundas do País.

De acordo com o presidente da estatal, Oswaldo Pedrosa, o volume já contempla as áreas contratadas sob regime de partilha, cessão onerosa o e também por contratação direta. Além disso, compõem as reservas áreas onde o óleo já foi identificado, mas situado em regiões que fogem ao escopo do contrato vigente. Elas são alvo de unitização, processo de revisão do contrato pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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"São números que apresentamos referentes ao que já foi descoberto e inclui todas as áreas contratadas", afirmou Pedrosa durante conferência realizada pela Câmara Americana de Comércio do Rio de Janeiro (Amcham). "É um potencial incrível e os leilões que vierem a acontecer não serão como Libra, com poços perfurados anteriormente", ressaltou.

Para efeito de comparação, a Petrobrás possui em reservas provadas cerca de 16 bilhões de barris. Somente a área de Libra, única do pré-sal que passou por um leilão, tem reservas estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris recuperáveis e custou ao consórcio vencedor R$ 15 bilhões de bônus de assinatura.

Os volumes citados pelo executivo também compreendem os 5 bilhões do contrato de cessão onerosa nas áreas de Florim, Nordeste de Tupi, Entorno de Iara e Búzios. Em junho, a Petrobrás foi contratada diretamente, sem licitação, para operar volumes excedentes nessas mesmas áreas. Esse volume adicional está estimado em 9,8 bilhões e 15,2 bilhões de barris.

Unitização

Ao todo, essas áreas já contratadas somam 32,2 bilhões de barris recuperáveis, segundo estimativas da ANP. Os volumes adicionais (2,8 bilhões de barris) estariam localizados em áreas já descobertas, mas ainda sem contratação específica.

Nesse volume adicional também estão compreendidas nove áreas da Bacia de Santos que passam por processo de unitização pela agência, como Sapinhoá, Lula, Tartaruga Mestiça, operados pela Petrobrás, e Gato do Mato, operado pela Shell. Nessas áreas, as operadoras identificaram óleo em reservas que excedem os limites estabelecidos na concessão, alcançando áreas ainda não licitadas.

Há casos em que as operadoras descobrem volumes também na camada do pré-sal, que pertence à União e possui marco regulatório específico. "Avançamos no acordo de confidencialidade para Gato do Mato e também em Lula e Tartaruga Mestiça. Assim, verificamos o que tem ali, o quanto se estende para áreas da União", explicou Pedrosa.

Segundo ele, a primeira área a concluir o processo deverá ser Lula, operada pela Petrobras. Ainda não há uma definição sobre o destino final desse volume que excede os limites contratuais das áreas. "Pode vir a leilão ou por contratação direta", afirmou o executivo. Pedrosa afirmou, porém, não ver necessidade de uma contratação direta da Petrobrás. Em junho, a estatal recebeu, sem licitação, os volumes excedentes das áreas de Entorno de Iara, Florim, Nordeste de Tupi e Búzios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) divulgou nesta sexta-feira (18) um acordo firmado com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) para troca de informações e dados sobre a produção nas áreas do pré-sal. O acordo foi fechado na quinta-feira (17) e prevê também o compartilhamento de informações sobre as exigências de conteúdo local na exploração do petróleo nas águas profundas.

De acordo com o comunicado, as instituições farão "esforços conjuntos" para criar um sistema de gestão dos dados. "A cooperação técnica entre ANP e PPSA persistirá enquanto estiverem em vigor os contratos de partilha ou existirem acordos de individualização da produção em áreas não contratadas", informa a nota.

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O acordo também prevê a troca de relatórios e informações sobre a fiscalização das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.

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