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A Shell anunciou nesta terça-feira (8) planos de gradualmente abandonar operações de petróleo e gás natural na Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia por forças russas. De imediato, a petrolífera britânica está interrompendo todas as compras à vista de petróleo bruto russo e não renovará mais contratos com o país. Em comunicado, a empresa disse que fechará seus postos de serviços e encerrará as operações de combustíveis de aviação e lubrificantes na Rússia.

Além disso, a Shell irá alterar sua rede de fornecimento de petróleo de modo a retirar os volumes russos do produto o mais rápido possível. A petrolífera ressaltou, porém, que essa iniciativa pode demorar semanas, a depender da localização física e disponibilidade de alternativas.

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A Shell disse também que abandonar os produtos russos de forma gradual será um desafio complexo e que mudar essa parte do sistema energético exigirá esforços coordenados de governos, fornecedores de energia e clientes.

A empresa também se desculpou por ter comprado uma carga de petróleo bruto russo na semana passada e prometeu destinar os lucros dos volumes russos restantes que ainda processará para um fundo voltado para aliviar a crise na Ucrânia.

Estão abertas 80 vagas na área de tecnologia da Raízen, empresa integrada de energia e licenciada da marca Shell no Brasil. São 71 oportunidades para profissionais da área, que podem ser acessadas pela internet, e nove para o programa de estágio Talentos Raízen.

Os interessados nas vagas de estágio têm até o dia 7 de abril para se inscrever. A seleção será toda on-line e busca diferentes perfis e níveis de carreira. São oportunidades para trabalhar remotamente, permitindo que os candidatos estejam em qualquer parte do País, e também para ocupar os escritórios de São Paulo e Piracicaba, no interior do Estado.

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Há vagas para os seguintes perfis: Product Owner, SAP Basis, desenvolvedor IOS, Android e RPA, analista DevOps e de inteligência, especialista em Cyber Security, CX, Data Science, Scrum Master e perfis correlatos. Os candidatos aprovados farão parte das equipes de projetos de transformação digital, Analytics, dados, entre outros times.

Segundo informações da assessoria de comunicação da empresa, a remuneração oferecida é compatível com a média de mercado e inclui pacote de benefícios como plano de saúde, assistência médica e odontológica, previdência privada, entre outros. Já as vagas para a área de tecnologia do programa Talentos Raízen 2021 são voltadas para estudantes da graduação, com previsão de concluir o curso em, no mínimo, um ano e no máximo dois. Não são exigidos conhecimentos em inglês ou Excel, tampouco ter tido experiências anteriores. O processo seletivo também será feito remotamente, abrindo as chances para estudantes de todo o País se candidatarem.

De acordo com o diretor de tecnologia da informação (CIO) da Raízen, José Massad, as oportunidades buscam melhorar a performance da empresa. “Incentivamos continuamente o desenvolvimento e fomento de inovações que possam impactar positivamente o ecossistema no qual atuamos. Fazemos isso trabalhando com times diversos e multidisciplinares, diferentes metodologias de trabalho, criando um ambiente dinâmico e desafiador que nos ajuda a entregar mais valor para os negócios a cada dia”, afirma Massad, conforme informações da assessoria.

Após um jovem de 24 anos forçar um funcionário de uma loja de conveniência a entregar todo o dinheiro durante um assalto na madrugada desta última quarta-feira (27), uma mulher de 35 anos, identificada apenas como Sona, conseguiu 'distrair' o criminoso até a polícia chegar.

O fato aconteceu em Bratislava, na Eslováquia. Segundo informações do The Sun, durante o assalto Sona entrou pela porta dos fundos e conseguiu seduzir o jovem durante o assalto, realizando um sexo oral nele para impedí-lo de fugir.

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Enquanto a mulher 'distraia' o criminoso, o funcionário do estabelecimento chamou a polícia, que encontrou Sona e o suspeito deitados nus no chão da loja.

À emissora TASR, o porta-voz da polícia de Bratislava, Michael Szeiff, confirmou que os policiais viram o homem recebendo "serviços sexuais da mulher" e, com a chegada dos oficiais disse: "Leve-o, não consigo mais".  

O aplicativo de transporte 99 firmou uma parceria com os postos Shell que vai beneficiar os condutores integrados à plataforma com o desconto de 5% no abastecimento. Para conquistar o abatimento, os 600 mil motoristas da startup brasileira devem baixar o app de pagamento desenvolvido pela rede de postos de combustível, disponível para iOS e Android.

Os condutores interessados no desconto devem possuir o Cartão99 da bandeira MasterCard e vinculá-lo como forma de pagamento ao aplicativo Shell Box. Após o cadastro, a redução no valor do abastecimento de etanol e gasolina será permitida, segundo a 99. A promoção não se estende ao abastecimento de gás natural. 

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 O objetivo é difundir a plataforma para proporcionar mais agilidade e segurança às viagens dos 18 milhões de clientes no país. Outros benefícios como o acúmulo de milhas também são prometidos na plataforma.

 

Como "narcisos", indústria e governo falharam ao dimensionar os últimos leilões de petróleo. Foi o que disse o presidente da Shell no Brasil, André Araujo, em palestra na Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro. Segundo ele, ao contrário do que se pensa, o pré-sal é cheio de riscos e surpresas, e os bônus estão muito altos. "Quem não é do setor acha que essa indústria tem o bolso muito cheio", acrescentou. O executivo chamou o setor à reflexão e defendeu que as empresas tenham liberdade para decidir por conta própria o retorno que são capazes de dar aos governos.

"No momento em que tiver uma série de descobertas, não precisa ninguém dizer que o bônus vai ser alto. O bônus vai ser alto, é natural. A nossa indústria tem capacidade suficiente para fazer uma avaliação e dar retornos para o governo adequadamente pelo que espera daquelas áreas", afirmou o executivo.

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O bônus de assinatura é uma ferramenta típica do contrato de concessão usado em áreas de pós-sal. Por esse regime, sai vencedor do leilão a empresa que apresentar o maior lance pelo bloco do seu interesse. Já no regime do pré-sal, o de partilha, além de um bônus previamente fixado pelo governo, parte da produção é repassada à União e a empresa estatal PPSA controla os custos de cada projeto para ter a certeza de que não haverá desperdícios. Na partilha, portanto, a interferência do Estado é maior.

Mas, diante da ausência das gigantes estrangeiras nos leilões desta semana, o governo já cogita mudar o regime do pré-sal. Por enquanto, predomina a defesa da extinção da preferência dada à Petrobras para que lidere o desenvolvimento das áreas. As companhias petroleiras, no entanto, pedem um pouco mais - a completa substituição do regime de partilha pelo de concessão.

Apesar das críticas ao desenho dos leilões, o presidente da Shell elogiou a atuação da Petrobras nas duas licitações desta semana e demonstrou que gostaria de ter comprado a área mais nobre do megaleilão de quarta-feira, o campo Búzios, arrematado pela estatal em parceria com a CNODC. A fatia da sócia chinesa foi de apenas 5%.

"Búzios é um bloco que todos queriam ter. Nós adoraríamos estar na posição da empresa que domina aquele bloco", afirmou, complementando que, no lugar da Petrobras, "não ia querer mais parceiro nenhum".

Já no leilão de quinta-feira, mesmo tendo exercido seu direito de preferência no leilão em três dos cinco blocos ofertados, a Petrobras comprou, em conjunto com a chinesa CNODC, apenas o bloco de Aram, o maior e mais caro da rodada. As duas empresas vão pagar R$ 5,05 bilhões pela área e foram as únicas, das 17 habilitadas, a participar da 6.ª Rodada de Partilha de Produção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Super-Eco Tankers Management, empresa que comprou tambores da Shell encontrados em praias do Nordeste, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que atua com o transporte de óleo em águas brasileiras, mas negou que tenha ocorrido acidente com seu navio-tanque. No dia 17 de outubro, a fabricante Shell encaminhou os nomes de dois clientes que compraram os tambores encontrados no meio do piche que polui as praias nacionais.

O primeiro é a empresa Hamburg Trading House FZE, uma distribuidora com base nos Emirados Árabes, que adquiriu 20 tambores atrelados ao lote encontrado na costa brasileira. O segundo cliente é a empresa Super-Eco Tankers Management, que tem base em Monróvia, na Libéria, e sede na Grécia.

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A Super-Eco Tankers, segundo a Shell, comprou cinco tambores relacionados ao lote do tonel encontrado no Brasil. A reportagem enviou uma série de perguntas à matriz da Super-Eco Tankers. Em resposta, a empresa afirma que seu "navio-tanque Elektra, sob a gestão da Super-Eco Tankers Management Inc. opera em águas brasileiras transportando apenas óleo refinado para exportação".

Segundo a empresa, "a embarcação não está envolvida no transporte de petróleo bruto e, portanto, não está conectada ao petróleo encontrado nas praias brasileiras". A companhia afirma ainda que "o navio nunca esteve envolvido em nenhum incidente relacionado à poluição por óleo".

A Marinha e a Polícia Federal acionaram a empresa para que preste informações. A Shell já declarou que os tambores não foram produzidos ou comercializados pela Shell Brasil e se trata de embalagem usada para guardar produto diferente do petróleo que polui o litoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Associação dos Pescadores de Barra de Jangada é composta por mais de duzentos trabalhadores que atuam na área. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

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De acordo com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, o nome da segunda cidade mais populosa de Pernambuco é uma corruptela do termo indígena “Yapoatan”, referente a uma árvore comum na região, utilizada para confeccionar embarcações. Tendo a pesca como um dos componentes mais fortes de sua identidade, Jaboatão assiste à aproximação da mancha de óleo que já percorreu 2.1000 quilômetros nos litorais dos nove estados nordestinos, segundo o Ministério Público Federal (MPF). O LeiaJá visitou a Associação dos Pescadores de Barra de Jangada, bairro litorâneo da cidade, onde a apreensão já mudou a rotina dos trabalhadores que tiram o sustento do Rio Pirapama, que deságua no mar, com o qual compartilha algumas espécies de peixes.

“Eu estou até o momento acordado para que essa mancha não entre na margem do rio de Jaboatão, onde pescamos. Se o óleo chegar a gente vai lamentar e sentir o impacto, porque aqui é um berçário de camarão, tainha, marisco, dentre outros. É esperar a boa vontade dos governos de nos dar um apoio”, comenta Paulo José da Silva, tesoureiro da Associação e pescador desde criança, quando aprendeu o ofício com o pai. Paulo é um dos trabalhadores que mantém contato constante com a superintendência de Meio Ambiente de Jaboatão dos Guararapes, que montou um ponto de apoio a cerca de um quilômetro da Associação, onde agentes da Fiscalização Ambiental, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil realizam monitoramento visual da praia. “Eu estou ali com um ‘mói’ de rede que eles (prefeitura) deixaram aqui para a gente ficar alerta. Desde ontem que estamos com jangada para lá e pra cá, já entramos no mar ‘pra mais’ de dez quilômetros. Precisam de apoio nosso, mas não tem promessa pra gente ainda”, acrescenta.

Paulo José mostra rede e oito pares de luvas disponibilizados pela prefeitura para eventual chegada do óleo. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Ednaldo garante que coleta de Tainha já está mais difícil. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

De acordo com a superintendente de Meio Ambiente de Jaboatão dos Guararapes, Edilene Rodrigues, o município já recebeu pelo menos duas notificações de que seria atingido pelo óleo. “Primeiro, fomos alertados de que seríamos atingidos no domingo e, posteriormente, de que as manchas estariam aqui na segunda-feira, mas até agora não apareceu nada. O Ibama está fazendo vôos e de helicóptero e passando as informações e estamos com biólogos, químicos acompanhando a situação, além de 300 homens da prefeitura prontos para limpar a orla. A ideia é fazer a contenção antes que o óleo bata nos arrecifes ou entre em contato com o mangue”, explica.

Queda da pescaria

Área próxima ao Rio Pirapama, à praia da Ilha do Amor e à praia de Barra de Jangada está sendo monitorada pela Prefeitura. (Google Earth/reprodução)

O pescador Ednaldo Januário garante que, há cerca de quinze dias, a coleta da Tainha, espécie mais comum na região, vem caindo vertiginosamente. “Tinha dias em que a gente pegava entre 25 kg e 30 kg de Tainha, cada um. Agora, para a gente trazer seis, sete quilos é um trabalho danado”, lamenta. Ednaldo teme que, caso as manchas de óleo realmente atinjam Barra de Jangada, os pescadores precisem de auxílio financeiro do estado. “A sensação é terrível, a gente tira nossa alimentação daqui. Eu só espero que as autoridades competentes descubram o responsável (pelo vazamento) e apoiem o pescador”, desabafa.

Atentos às novidades na televisão e com os olhos no mar, os trabalhadores alternam a pesca com a vigília incansável da costa. “Fui ao mar em busca do óleo e ainda não achei nada. Eu tenho 51 anos, sou nascido e criado aqui e nunca vi nada parecido com isso. A Associação tem mais de duzentos pescadores que sobrevivem exclusivamente dessa região e dependem dela para sustentar suas famílias”, lembra. Confira mais relatos no vídeo a seguir:

 

A empresa Shell informou nesta segunda-feira, 14, que não transporta óleo cru acondicionado em tambores em rotas transatlânticas. Estudo da Universidade Federal de Sergipe constatou que tambores encontrados na Praia de Formosa, em Sergipe, com o logo da empresa, continham óleo similar ao que apareceu em diferentes pontos das praias do Nordeste ao longo das últimas semanas.

No sábado, em uma outra nota, a Shell já havia dito que o conteúdo original daqueles tambores não tem relação com o óleo cru que vazou no Atlântico. "São embalagens de lubrificante para embarcações, de um lote não produzido no Brasil", explicou a empresa. "Vale ressaltar que o próprio adesivo em um dos tambores encontrados em Sergipe traz a data de 17/02/2019 associada ao transporte do lubrificante Argina S3 30 e que a mancha de óleo cru que está atingindo o litoral começou a impactar a costa em setembro."

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Segundo a empresa, "isso aponta uma possível reutilização da embalagem em questão - reutilização essa que não foi feita pela Shell". A empresa informou ainda que não foi notificada pelo Ibama a prestar esclarecimentos.

Maior produtora privada de petróleo no Brasil, e uma das maiores parceiras da Petrobras na exploração do pré-sal, a Shell Brasil vai iniciar este ano uma ampla pesquisa sobre o ecossistema em águas profundas, uma região explorada há anos pela estatal brasileira. O estudo será feito em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP), que se dividirão em duas expedições pela costa sudeste do País.

Para a pesquisa será utilizada uma embarcação da Shell dotada de equipamentos de alta tecnologia, entre eles um veículo de operação remota. O objetivo, segundo a Shell Brasil, é reunir informações para conhecer melhor a região e tentar entender e reduzir o impacto da exploração do petróleo no meio ambiente.

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A Shell está presente em grandes reservatórios do pré-sal brasileiro, como Lula e Sapinhoá, os dois maiores campos produtores de petróleo do País. Em novembro do ano passado, os dois campos produziram mais de 1,1 milhão de barris de petróleo por dia, quase a metade da produção total de 2,5 milhões de barris diários registrados no último boletim de produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

"Tornar nossas operações mais seguras e garantir a preservação da vida marinha sempre foram questões fundamentais para a Shell Brasil. Agora, com esse projeto, poderemos ir além, ajudando toda a indústria na compreensão desse ecossistema tão específico e pouco acessível, garantindo que ele seja conservado", declarou em nota a gerente geral de Tecnologias de Subsuperfície da Shell Brasil, Aly Brandenburg.

A equipe da UFRJ, com apoio também da Universidade de New South Wales, de Sydney, na Austrália, mapeará a diversidade de corais e esponjas, estudando como eles se adaptaram ao ambiente de mar profundo e como podem responder às mudanças e perturbações ambientais. Será construído um sistema avançado de aquário, conhecido como "Deep Sea Simulator", para reproduzir e manipular as condições encontradas no fundo do mar e, em um segundo momento, os pesquisadores desenvolverão probióticos com consórcios microbianos benéficos (BMC, na sigla em inglês), que permitirão que corais lidem melhor com estressores ambientais, incluindo alterações climáticas.

Já os pesquisadores do Instituto Oceanográfico da USP irão procurar e monitorar sistematicamente as exsudações de petróleo e gás natural e as suas consequências para o ecossistema. O estudo permitirá, por exemplo, entender os microrganismos capazes de dispersar hidrocarbonetos, criando soluções para biorremediações.

Superada a tensão em torno da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral, Moreira Franco, o governo aposta na agenda econômica para virar a página e criar um clima positivo. Na sexta-feira (27), o governo realiza duas rodadas de leilão de áreas de exploração de óleo e gás no pré-sal e espera um ágio elevado. Programado há bastante tempo, esse será o primeiro grande evento econômico após a votação na Câmara.

"Todos os números que temos indicam uma trajetória de muito sucesso", disse Moreira Franco ao Estado. Para ele, a inscrição de 16 grupos econômicos para participar dos leilões é uma clara demonstração de volta da confiança no Brasil. "Se continuar assim, vamos cantar 'o campeão voltou' em pouco tempo", brincou.

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"Vai bombar", afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, sobre o resultado do leilão. Ele disse que espera um ágio elevado, mas não arriscou dizer de quanto. Diferentemente dos leilões de concessão, as áreas do pré-sal funcionarão num sistema de partilha e o critério de escolha dos vencedores é diferente. A disputa se dará na parcela a ser paga ao governo ao longo da exploração. Além disso, há o bônus de assinatura fixado em R$ 7,75 bilhões para as duas rodadas.

Esse bônus é uma espécie de pedágio pago à União pelo direito de explorar e produzir petróleo e gás nas bacias brasileiras.

"Nesse leilão estarão as maiores petroleiras do mundo e a afirmação de várias delas é de disposição de investimento no Brasil, independente do leilão", disse Moreira Franco. Ele cita alguns dados que ouviu nas conversas e de anúncios das próprias petroleiras. A British Petroleum e a Shell disseram que pretendem quadruplicar sua produção no Brasil na próxima década. A maior empresa do setor no mundo, a Exxon Mobil, estava fora do mercado brasileiro havia cinco anos, voltou no mês passado, na rodada de leilões de áreas no pós-sal, e está inscrita no leilão de sexta.

A norueguesa Statoil anunciou recentemente um investimento de R$ 1,2 bilhão na Bacia de Santos. Além disso, pretende comprar participação de empresas para produzir energia solar, numa demonstração de que os investimentos desses grupos têm um alcance mais amplo. A China estará presente com três grupos: Sinopec, CNOOC e CNPC. E a Petronas, da Malásia, vai estrear no País.

Os investimentos estimados para os campos do pré-sal leiloados amanhã chegam a R$ 100 bilhões para o período de dez anos. Com os leilões previstos para 2018, a conta sobe para R$ 260 bilhões.

O Rio deverá ter um incremento de R$ 25 bilhões em suas receitas. O dinheiro, estima o governo, permite elevar em um terço os investimentos em saúde ou em educação. Espera-se a geração de 500 mil empregos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-sal brasileiro "é o lugar onde todo mundo quer estar", afirmou ontem o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast. Apesar do entusiasmo, o executivo afirmou, no entanto, que não há um carimbo de qualidade válido para toda a área, numa demonstração de que a empresa tem na manga diferentes apostas para os blocos que serão oferecidos nos leilões de outubro.

Durante a conversa, Araújo repetiu enfaticamente as palavras oportunidade e competitividade ao tratar dos planos para o País. Ele defende, por exemplo, que a plataforma que produzirá o primeiro óleo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, seja contratada ainda este ano, apesar da contestação na Justiça dos estaleiros nacionais, que acusam o consórcio responsável pela área de descumprir os compromissos de contrato de aquisição local.

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Araújo disse ainda que "seria bom" se a Shell levasse a área contígua a Gato do Mato no próximo leilão. A primeira fase do projeto foi adquirida pela empresa em regime de concessão, mas, desde a descoberta de que o reservatório excede os limites concedidos, o projeto está parado. Por fim, a continuação de Gato do Mato foi incluída no leilão de pré-sal de outubro e o mercado, agora, aposta na Shell como principal interessada no ativo.

Leia os principais trechos da entrevista:

Como a Shell classifica o momento atual da indústria petroleira no Brasil?

Nos últimos 12 meses, percebemos uma melhoria muito forte nos diálogos (com o governo). Conseguimos ter um bom diálogo sobre temas que não são novos: Repetro (regime fiscal aduaneiro), conteúdo local, unitização (áreas contínuas a outras já concedidas), rodadas de leilões. Então, é um momento positivo para o País e para a gente. A gente não quer perder boas oportunidades.

O pré-sal é competitivo em relação ao 'shale gas' americano?

A gente já sabe que não são todas as áreas de águas profundas que são competitivas. Ao mesmo tempo que, entre os não-convencionais, há setores nos Estados Unidos que estão progredindo bem e outros nem tanto. Não é o conceito de um ou outro. A gente sabe também que as melhores áreas de não-convencionais vão colocar uma pressão sobre o preço em águas profundas. O objetivo é estar à frente.

O pré-sal brasileiro ocupa qual posição dentro da Shell?

O pré-sal brasileiro, pela geologia, é o lugar onde todo mundo quer estar. É muito positivo. Mas não é todo igual. Sem entrar em detalhes, pela definição de bônus de assinatura (valor pago pelas empresas à União pelo direito de explorar e produzir na área) é possível ver a expectativa do regulador para cada bloco. Não há um bônus por metro quadrado. Depende muito da localização, da região, do que se espera daquele bloco.

Então o bônus de assinatura é um bom termômetro do que é mais promissor?

Não. Ali tem uma visão do regulador, que só mostra que o pré-sal não é um carimbo que diz que tudo é igual.

O lançamento de uma concorrência internacional para a contratação da plataforma de Libra provocou indignação na indústria nacional, principalmente, na naval, que levou o caso para a Justiça. Como a Shell, sócia no projeto, participa desse debate?

Ativamente, em todas as frentes. Primeiro colocando nossa posição sobre a importância da competitividade, de que projetos desse porte não se atrasem.

O cronograma para a extração do primeiro óleo em Libra em 2021 está mantido?

É possível, continuamos trabalhando com ele. Trabalhamos com prazos curtos, mas está dentro do factível.

A contratação da primeira plataforma acontece neste ano?

Ela precisa acontecer, porque não é só a plataforma. Tem uma sequência de contratações. Tem muita gente ansiosa batendo a nossa porta já querendo olhar os próximos contratos.

A Shell vai concorrer pela área contígua de Gato do Mato?

O ponto importante é: Gato do Mato precisa ter um dono do outro lado. Seria bom que fosse a gente. Mas o importante é que o projeto saia do freezer.

A Shell já declarou interesse em negócios de gás no Brasil. A empresa quer comprar os terminais de regaseificação e outros ativos de gás da Petrobrás?

A gente olha. Gás é uma prioridade para o grupo. E entendemos que é um momento de oportunidade no Brasil.

A recente entrada no segmento de comercialização de energia elétrica está relacionada a investimentos em usina térmica?

Não obrigatoriamente. Nosso conhecimento na área de comercialização de energia é forte. É muito recente para falar sobre isso, porque acabamos de receber licença da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e agora estamos estruturando a parte comercial para começar a atuar.

Mas podemos esperar investimentos em energia elétrica?

Se propostas boas acontecerem. Dentro do escritório, meu foco é fazer a empresa ser competitiva. Fora, é fazer o Brasil ser competitivo. Brinco que um pedaço do meu salário deveria ser pago pelo governo brasileiro. Porque presidentes da Shell em mais de 60 países competem comigo. Dinheiro no mundo tem. Não é ilimitado, mas tem.

Há intenção de participar do gasoduto Bolívia-Brasil, com uma possível saída da Petrobrás?

Não é nossa prioridade participar do Gasbol. Temos olhado, eventualmente, suprimento de gás proveniente da Bolívia. Mas olhamos a molécula. Não é preciso ter a propriedade do Gasbol. Recentemente, tivemos uma reunião com o governo da Bolívia avaliando oportunidades de suprimento de gás. Nosso time vai olhar essa possibilidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas e Região divulgou nota na quarta-feira (24) manifestando posição contrária à nova negociação do acordo homologado em 2013 pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), garantindo assistência de saúde vitalícia às vítimas da contaminação ambiental ocorridas na planta industrial da Shell e Basf, em Paulínia, interior de São Paulo.

Cerca de 400 ex-funcionários da Shell entraram na Justiça do Trabalho de Paulínia com petições, manifestando interesse em permutar o plano de saúde por uma indenização que pode chegar a R$ 1,5 milhão por beneficiário. Para o sindicato, o acordo foi uma "expressiva vitória em defesa dos trabalhadores, não sendo admitida a comercialização desse direito básico ao acesso à saúde e ao atendimento médico-hospitalar". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O incêndio que atinge uma floresta na província de Alberta, no Canadá, levou a Shell a interromper a produção de petróleo em areias betuminosas (tar sands) em um complexo e reduzir a operação em outro.

A companhia também retirou todos os funcionários da primeira instalação, que produz cerca de 250 mil barris por dia. O complexo se encontra a cerca de 95 quilômetros das chamas. Um porta-voz da Shell não soube dizer até quando a medida irá durar.

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Outras companhias, como a Suncor Energy, maior produtora da commodity no Canadá por volume, também reduziram ou interromperam as operações. As areias betuminosas não estão diretamente ameaçadas pelas chamas, mas a produção é prejudicada pela evacuação obrigatória dos moradores que estão próximos ao incêndio. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Shell vai olhar com "forte interesse" qualquer ativo de petróleo em águas profundas que a Petrobras, eventualmente, coloque à venda, disse nesta quinta-feira, 30, o presidente da petroleira Ben van Beurden. "Se coisas forem oferecidas em áreas do pré-sal que nós conhecemos, iremos olhar para elas com forte interesse", disse van Beurden após a divulgação de resultados trimestrais da Shell, que deve se tornar a principal petroleira estrangeira atuando no Brasil após a conclusão da compra da rival BG Group.

Seis ativistas do Greenpeace que protestam contra a exploração de petróleo no Alasca subiram e ocuparam uma plataforma de perfuração que estava sendo transportada pelo oceano Pacífico até Seattle, onde ela seria preparada para atuar em concessões da empresa Shell em águas do Alasca.

A plataforma, cuja dona é a empresa Polar Pioneer, estava a cerca de 1.200 a nordeste do Havaí quando ativistas, usando botes infláveis, conseguiram subir a bordo do equipamento, disse o porta-voz do grupo conservacionista, Travis Nichols.

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Segundo Nichols, o grupo quer estender um banner em protesto contra a exploração de petróleo no oceano Antártico. No entanto, eles não têm planos de interferir com a navegação da plataforma.

A porta-voz da Shell USA, Kelly Op De Weegh, disse por email que os manifestantes invadiram ilegalmente o navio, colocando em perigo suas vidas e da tripulação do navio.

"Nós respeitamos suas opiniões e damos valor ao diálogo", disse Kelly. "Nós não iremos, entretanto, aceitar táticas ilegais usadas pelo Greenpeace. Nem iremos permitir que elas nos distraiam das preparações para executar um projeto de exploração seguro e responsável.

A última vez que a Shell perfurou o oceano Ártico foi em 2012. Na ocasião, um de seus navios perfuradores encalhou perto da Ilha Kodiak, em 2012. A empresa responsável pelo barco, a Noble Drilling, foi processada por violar regras ambientais e de segurança, e recentemente concordou em pagar US$ 12,2 milhões.

Ambientalistas dizem que o ecossistema do Ártico é muito frágil para arriscar um vazamento, e que uma limpeza seria dificultada ou mesmo impossibilitada por causa do clima e do gelo. A infraestrutura necessária para uma operação desse tipo, que envolve bases da guarda-costeira, portos de águas profundas, aeroportos e outros recursos, também não está presente na região.

"Se existe um lugar pior para procurar por petróleo, eu não sei qual é", disse Niel Lawrence, diretor da Natural Resources Defense Council para o Alasca. "Não há nenhuma prova comprovada de se limpar um vazamento na região." Fonte: Associated Press.

A Shell concordou em vender um bloco de petróleo na Nigéria a um consórcio comandado pela empresa nigeriana Taleveras, que pagará mais de US$ 2,5 bilhões pelo bloco e por um oleoduto. A companhia anglo-holandesa tem procurado vender várias de suas propriedades em terras nigerianas, que há anos têm problemas de vazamentos principalmente em decorrência de roubos de petróleo. A informação foi repassada por duas pessoas familiares com a transação.

O bloco, conhecido como Oil Mining License 29 (OML 29), é um dos maiores ativos do sul do Delta do Níger que a Shell colocou à venda no ano passado. Além do bloco de petróleo, o acordo com a Taleveras ainda incluiria um oleoduto em Nembe Creek, que é mais antigo e propenso a vazar, mas é uma das principais vias de transporte de petróleo do país. "Esse é um acordo muito bom para a Taleveras. OML 29 ainda produz muito petróleo e eles podem lucrar com o oleoduto", informou uma das fontes.

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Um porta-voz da Shell se recusou a comentar especificamente sobre o OML 29. "Nós fechamos acordos de vendas e compras para algumas das seções de exploração de petróleo. No caso de uma conclusão bem sucedida do processo de vendas devemos fazer um anúncio ao mercado", informou.

A Taleveras disse que estava entre os licitadores preferenciais para o OML 29, mas não quis responder quando perguntada sobre a conclusão do acordo.

A venda seria um dos maiores movimentos da Shell até agora para deixar atividades de produção de petróleo em uma região que tem causado problemas há décadas. Fonte: Dow Jones Newswires.

O consultor jurídico da Pré-sal Petróleo S/A (PPSA), Olavo Bentes, afirmou que, caso o governo opte por unitizar o campo Gato do Mato, na Bacia de Campos, pelo sistema de partilha, a Shell perderá a operação da área, que passará a ser ocupada pela Petrobras.

A unitização diz respeito à produção em uma área contínua àquela já concedida a uma petroleira. Como no caso de Gato do Mato a unitização ocorreria no pré-sal e todo pré-sal, por lei, pertence à União, criou-se uma definição sobre o futuro da produção na área. Essa definição caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

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"Nesse momento, não há nada que indique isso (que a Petrobras assumirá a operação). É uma decisão governamental. Prevalecerá o que for melhor ou pior, economicamente, para a União", afirmou Bentes, após palestra na feira e conferência Rio Oil&Gas.

Moscou, 18/04/2014 - A petroleira anglo-holandesa Royal Dutch Shell afirmou nesta sexta-feira que está disposta a continuar desenvolvendo seus projetos na Rússia. Após uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, o diretor operacional da companhia, Ben van Beurden, elogiou a parceria com a estatal russa de gás, a Gazprom, no projeto Sakhalin II.

"Eu estou feliz que a companhia tenha planos para expandir suas atividades, e juntamente com seus parceiros russos. Ou, mesmo que vocês desenvolvam certos projetos de maneira independente, nós obviamente vamos fornecer o apoio administrativo necessário", disse Putin.

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A Shell é a segunda petroleira global a mostrar apoio à Rússia apesar das pressões do Ocidente sobre o governo Putin, em função da crise com a Ucrânia. Esta semana o executivo-chefe da britânica BP, Bob Dudley, já havia dito que as sanções não teriam impacto nas atividades da companhia no país e que os investimentos na Rússia permaneciam "firmes como rocha". A BP tem uma fatia de 19,75% na petroleira estatal Rosneft. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os rebeldes separatistas que atuam no Delta do Níger informaram que mergulhadores sabotaram as obras de reparação de um oleoduto da Shell Nigéria que foi alvo de um ataque no começo do mês.

Uma declaração atribuída ao Movimento para a Emancipação do Delta do Níger diz que o grupo sabotou o oleoduto em 1º de março e que nesta quinta-feira rebeldes causou "mais danos para as obras de reparação em curso". Em 2009, os separatistas diminuíram suas atividades após assinarem a anistia com o governo nigeriano. Porém, os ataques foram retomados nos últimos tempos.

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Em comunicado, na terça-feira, a Shell Nigéria atribui os ataques a "pessoas desconhecidas que instalaram um ponto para roubo de petróleo".

A Shell não informou o quanto de petróleo deixou de ser exportado após o ataque. O terminal de Forcados tem capacidade de embarque de 400 mil barris de petróleo por dia, mais de um quinto da produção da Nigéria. Fonte: Associated Press.

Uma das marcas mais valiosas do mundo, a Shell quer fazer valer o poder de sua concha no Brasil. A companhia, que atua no País por meio da Raízen, joint venture com a Cosan em distribuição de combustíveis e produção de açúcar e etanol, está com planos agressivos de expansão. A estratégia passa pela abertura de 200 postos de combustíveis por ano e a ampliação do número de lojas de conveniência. A companhia está em processo para abertura de 200 lojas nos próximos meses, com a marca Select.

Os investimentos da Raízen na divisão de combustíveis estão estimados em R$ 500 milhões para este ano, 20% acima do aportado no ano passado, afirmou uma fonte da companhia ao jornal O Estado de S. Paulo. O valor não inclui aportes na área de combustível para aviação. “Os acionistas vão aprovar esse valor em reunião de conselho em maio.”

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A Raízen disputa o mercado de distribuição de combustíveis palmo a palmo com a Ipiranga (Grupo Ultra), vice-líder no setor, atrás da BR Distribuidora (Petrobras). Enquanto a Ipiranga vê no posto uma central de serviços, não só para abastecer o carro, a Shell focava na qualidade do combustível. Agora, está mudando.

Rodovias. A expansão da Shell não está calcada apenas em aberturas de lojas, mas na consolidação de seus negócios em regiões pouco exploradas e em serviços que possam trazer mais conveniência ao consumidor.

Com quase 5 mil postos de combustíveis espalhados no Brasil, a Shell quer reforçar sua posição em rodovias. A empresa está se estruturando para construir uma cadeia de restaurantes em postos de estrada para atender caminhoneiros que transitam nos grandes rincões agrícolas. No ano passado, a Raízen e a International Meal Company (IMC), dona da rede Frango Assado, deram início a conversas para uma joint venture, mas o negócio não foi levado adiante. Agora, o grupo quer ter estruturas próprias em postos e busca um parceiro para gerir o negócio.

“A estrutura de postos em rodovias ficou meio carente de investimentos nos últimos anos”, diz Leonardo Linden, vice-presidente de marketing da Raízen, sem dar mais detalhes sobre o negócio. “O motorista que vai para o litoral é diferente do que está transportando soja. O caminhoneiro precisa de uma infraestrutura maior do que uma loja de conveniência.”

A Shell ganhou maior musculatura no Brasil há três anos quando se juntou à Cosan, dona da Esso, comprada em 2008, para criação da Raízen. A nova companhia decidiu tirar a bandeira Esso do mercado e trabalhar a Shell, considerada mais forte. “Agora queremos rejuvenescer e resgatar a força da marca Shell”, diz Linden.

Esse trabalho não está restrito à expansão física do negócio. A partir de quarta-feira, 26, a companhia passará a veicular nova campanha publicitária para se aproximar mais do consumidor. Seguindo uma tendência de mercado, a Shell também quer oferecer maior conveniência ao cliente que vai abastecer no posto. “A Shell é conhecida pelo combustível de qualidade. Nosso combustível V-Power (gasolina e etanol) é referência. A ideia é reposicionar a marca para todos os serviços.”

A companhia pretende aumentar a sinergia com a Sem Parar a partir do segundo semestre. A Raízen, que comprou 10% no STP (Serviços e Tecnologia de Pagamentos), responsável pelos sistemas de cobrança eletrônica Sem Parar e Via Fácil, já tem projetos-piloto para pagamento de combustível via tag e quer ampliar o serviço este ano.

Riscos

O mercado de combustível tem crescido 5% ao ano. Mas o avanço menor da frota de carros pode mudar essa taxa de crescimento. “Este ano será de expansão, mas não me arrisco a fazer projeção”, diz Hélvio Rebeschini, diretor de planejamento estratégico do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom).

Na avaliação de um analista de banco, o grupo Raízen tem um perfil de negócio parecido com o do seu rival mais próximo, o Ultra, mas está sujeito a um risco maior. “A Raízen está exposta ao etanol, que não vive uma boa fase”, afirma o analista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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