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 A  Prefeitura do Recife (PCR) lançará, o Programa Qualifica Pré-Natal, nesta terça (1), às 14h, para celebrar o dia das mulheres. A iniciativa visa a redução da mortalidade materna no contexto da pandemia da Covid-19 através da qualificação dos profissionais da Rede Municipal de Saúde. O evento acontecerá no Auditório Capiba, no Edifício-sede da Prefeitura, e também será transmitido no canal do YouTube (https://www.youtube.com/user/prefrecife). Além disso, a prefeitura do Recife incluirá na programação de março a circulação de dois mamógrafos móveis, que permitirão a oferta de 3.420 vagas para realização de mamografia em 43 ações em diversos bairros da cidade. 

O Qualifica Pré-Natal Recife  é um projeto para o desenvolvimento de ações estratégicas de apoio à gestação, pré-natal e puerpério, com vistas ao enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional decorrente da pandemia do novo coronavírus. O projeto contará a participação de enfermeiras obstetras, contratadas para desenvolver o trabalho com mais de 100 equipes nas unidades de saúde do Recife, no intuito de reduzir os riscos no período da gestação e do pós-parto no contexto da pandemia de covid-19.

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Também estará disponível ações de suporte no acompanhamento pelo Atende em Casa e telessaúde, com busca ativa de gestantes positivas para Covid-19; ampliação do vínculo entre a gestante e as maternidades; monitoramento e acompanhamento qualificado das gestantes com Covid-19 e suspeita clínica por meio de apoio obstétrico; e apoio clínico assistencial para as equipes de Atenção Básica à Saúde e um Curso de Qualificação do Pré-Natal nas Unidades Básicas de Saúde do Recife para mais de 200 profissionais. 

Estará disponível 80 vagas para o exame de mamografia, (metade pela manhã e outra metade à tarde) em cada local onde o mamógrafo móvel estará, exceto no dia 12 de março, quando serão disponibilizadas 60 vagas. Para realização do exame, será necessário agendamento, no dia terá que, levar documento de identificação, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e comprovante de residência.

No espaço onde é realizado o exame, é obrigatório o uso de máscara e o respeito ao distanciamento físico. O resultado sai em até 30 dias, na própria unidade onde o caminhão permaneceu ou na mais próxima do ponto da ação. 

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Acompanhamento indispensável durante a gestação, o pré-natal ainda é visto como desnecessário por muiitas mulheres. Mas os números do SisPreNatal, sistema de monitoramento e avaliação da atenção ao pré-natal e ao puerpério dos serviços de saúde a cada gestante e recém-nascido, apontam que em Belém há mais de cinco mil grávidas cadastradas no programa.

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Camila Miranda, especialista em saúde da mulher, falou da importância do acompanhamento durante o período de gestação. “Muitas começam no fim da gestação, já com 38 ou 39 semanas. Algumas moram no interior e não fazem o pré-natal ou iniciam próximo do parto. Começam muito tarde”, disse Camila.

Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), os postos de atendimento de pré-natal estão sendo ampliados. Atualmente, são 70 unidades. “A gente capacita, sempre que pode, os agentes comunitários para dar enfoque à importância do pré-natal. Com fôlderes, impressos, informativos e flywers”, informou Camila.

Para que o pré-natal obtenha sucesso, durante o programa é desenvolvida a conscientização sobre o parto humanizado. As unidades básicas de saúde incentivam a participação de pessoas mais próximas da gestante, como o companheiro. Segundo Camila Miranda, desde 2014 as futuras mães, durante o pré-natal, podem conhecer as maternidades onde terão seu bebê para que se sintam mais acolhidas. “O parto humanizado tem uma série de fatores que vão desde a visita dos pais à maternidade, antes do nascimento do bebê, até a entrada do pai na hora do parto. Isso traz para elas mais conforto e mais segurança. Elas são convidadas a irem ao hospital, com seus familiares, e têm uma série de datas prováveis para realizar essa visita”, declarou a especialista.

Para Camila, o parto humanizado diminui os riscos de morte dos bebês. “O parto humanizado é uma prática obstétrica que diminui os riscos de morte da mãe e do bebê. São incentivados o parto natural e a presença do pai durante este processo, evitando as cesarianas”, disse a enfermeira.

As mulheres com gestação de alto risco podem fazer os acompanhamentos pela Casa da Mulher, que fica na Cidade Velha e é referência no Estado. “Nós temos alguns projetos que consideramos modelos exitosos, em que são estimuladas as boas práticas do parto, que começam desde o grupo de gestantes. São feitos exercícios com uma bola para a dilatação do cólon e outras atividades”, detalhou Camila.

Para prevenir a microcefalia são distribuídos para as gestantes durante o pré-natal dois frascos repelentes por mês. “A distribuição desse repelente começou ano passado, entre outubro e novembro, durante o período chuvoso. São garantidos para as gestantes de 23 a 26 exames, dependendo da necessidade. De todas as sorologias (sorologia é um tipo de exame de sangue que é processado de uma forma diferente e que detecta vírus e bactérias), a sífilis é a doença mais comum entre as gestantes, que geralmente só é descoberta durante a gravidez. Oferecemos também os exames mais básicos, porém não menos importantes, como urina e vários outros”, afirmou Camila.

Para as futuras mães, um bom atendimento é essencial durante o período de gestação. “Meu pré-natal começou recentemente. Comecei a fazer agora. É a minha primeira consulta, pelo SUS. Não tenho nada a reclamar. Desde a ginecologia, enfermagem, nutrição, peso, medida, em todas as consultas eu estou sendo bem atendida. O que eu espero do pré-natal é que todos os acompanhamentos tenham um bom resultado para a minha gestação. Para que o meu filho nasça saudável vou precisar tomar medicamentos, vitaminas e é isso que espero do meu pré-natal: bom atendimento”, disse a dona de casa Michele Damasceno, gestante de 3 meses.

No início da gestação, como forma de incentivo ao pré-natal, são disponibilizados nas unidades de saúde kits de teste de gravidez para quem suspeita estar grávida, que podem ser entregues a qualquer familiar da gestante. O teste pode ser feito em casa. “A etapa principal é a mulher diagnosticar a gravidez o mais breve possível. Para nós, o mais breve possível é menos de 12 semanas”, concluiu a especialista.

 Por Rosiane Rodrigues, Cleo Tavares, Nathalia Lavoura e Jesiel Farias. 

 

Uma ministra indiana defendeu nesta terça-feira a necessidade de estabelecer um exame pré-natal obrigatório para detectar o sexo das crianças, com o objetivo de reduzir os elevados níveis de feticídio de meninas no país.

Os exames para descobrir o sexo do bebê estão proibidos na Índia para evitar que os pais que desejam um menino provoquem abortos dos fetos femininos.

Mas a ministra da Mulher e Desenvolvimento da Infância, Maneka Gandhi, viúva de um dos descendentes de Indira Gandhi, propôs uma alteração da política, que consistiria em conhecer o sexo do feto o mais rápido possível e supervisionar a evolução da gravidez.

"Na minha opinião, temos que mudar a política atual. Cada mulher grávida deve saber obrigatoriamente se é um menino ou uma menina", disse Maneka Gadhi em um discurso em Jaipur (norte).

"Qualquer mulher grávida deve ser registrada e, desta forma, poderemos acompanhá-la até o final e saber se deu à luz ou não e o que aconteceu", completou a ministra.

Atualmente, os pais e os médicos podem ser condenados a até cindo anos de prisão caso tentem descobrir o sexo do bebê ou realizem um exame pré-natal, mas a ameaça penal não conseguiu acabar com uma tradição muito propagada.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, fez um apelo para que os compatriotas parem de matar os fetos femininos, apontando que o desequilíbrio entre os sexos pode ter graves consequências.

Um estudo publicado em 2011 pela revista britânica The Lancet indicou que nos 30 anos anteriores a Índia registrou 12 milhões de abortos por causa do sexo feminino do feto.

A Índia tinha em 2011 uma proporção de 940 mulheres para cada 1.000 homens, um pouco superior a de 2001, que era de 933 por 1.000.

Os dados justificam, segundo algumas ONGs, a proibição dos exames de pré-natal.

Mais de 99,2% das crianças e gestantes beneficiárias do Bolsa Família, que foram acompanhadas durante o primeiro semestre deste ano, cumpriram as condicionalidades de saúde do programa. O percentual representa 5,5 milhões de crianças de até sete anos com as vacinas em dia e 234,3 mil grávidas com o pré-natal também em dia.

Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), registrou dados de 8,9 milhões de famílias, número que representa 73,9% do total com perfil para acompanhamento. “Os números mostram que de fato as famílias estão tendo acesso ao serviço básico de saúde. As condicionalidades reforçam esse direito àqueles que são historicamente excluídos”, destaca Rodrigo Lofrano, coordenador-geral de Acompanhamento das Condicionalidades do MDS.

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O acompanhamento de saúde é feito a cada seis meses e é um compromisso das famílias que integram o programa e do poder público para ampliar o acesso dos beneficiários a direitos sociais básicos. Os recém-nascidos e as crianças de até 7 anos devem ser pesados, medidos e ter o calendário de vacinação atualizado. Mulheres entre 14 e 44 anos ou que estejam grávidas também devem ser assistidas.

Extrato – A partir desta terça-feira (18), quando começa o novo período de pagamento do Bolsa Família, mais de 10 milhões de famílias receberão mensagens no extrato de saque informando sobre o início do acompanhamento de saúde no segundo semestre. “As equipes de saúde já estão mobilizadas para fazer o registro das informações”, explica Lofrano.

Lofrano lembra que as famílias que mudaram de cidade devem acompanhar as condicionalidades no novo endereço. “Elas devem atualizar o Cadastro Único e procurar uma unidade de saúde no novo município para fazer o registro das condicionalidades.”

Local - Em Pernambuco, mais de 970 mil famílias que recebem o benefício se enquadram neste perfil e 76% delas são acompanhadas quanto ao cumprimento das condicionalidades de saúde, que são a vacinação de crianças e os exames pré-natal das grávidas. Das que estão sendo "fiscalizadas" 99,6% estão em dia com suas obrigações. Porém, curiosamente, no Recife apenas 33,5% das 89.044 famílias são acompanhadas, o menor índice entre todos os municípios pernambucanos, justamente na cidade com o maior número de beneficiados.

Com informações de assessoria

A portaria regulamentando o auxílio, estabelecido pela Medida Provisória 577, lançada pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no final do ano passado, foi divulgada ontem (12), pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União.

O benefício de até R$ 50 faz parte da Rede Cegonha e tem por objetivo incentivar as futuras mães a fazerem o pré-natal completo. Para garantir o auxílio, a grávida tem que ser cadastrada pelos serviços de saúde no Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para prevenção da Mortalidade Materna. Outro requisito é preencher um formulário requerendo o auxílio que será pago em até duas parcelas de R$25 cada.

A primeira parcela será destinada aos gastos com o transporte, acompanhamento do pré-natal, que deve ser até a 16° semana de gestação e ter no mínimo uma consulta já realizada. A segunda parcela será paga após a 30ª semana, sendo necessária ter pelo menos mais outra consulta. Nos casos em que as mulheres solicitarem o benefício após a 16ª semana de gestação só será paga uma parcela de R$ 25,00.

Para a coordenadora nacional da saúde da mulher, Esther Vilela, a dificuldade no deslocamento é um dos principais fatores para que as mulheres não iniciem o pré-natal no momento correto. Além disso, o transporte interfere na continuidade do pré-natal, ou seja, façam a primeira consulta e retornem às unidades. “Essa interrupção ou demora ao iniciar o acompanhamento no parto contribui para o aumento do risco de complicações no parto e até a mortalidade materna”, enfatiza a coordenadora.

A gestante beneficiada do Programa Bolsa Família receberá a ajuda de custo junto com o benefício do programa.

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