Tópicos | Prêmio Nobel

Vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 2009, Herta Müller alegou motivos de sáude para cancelar sua participação no ciclo de debates Fronteiras do Pensamento, que acontece em São Paulo e Porto Alegre. Além disso, a escritora romeno-alemã também estava cotada para participar da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que ocorre no mês de julho, em Paraty, no Rio de Janeiro.



Líderes europeus que chegaram à Noruega para receber amanhã o prêmio Nobel da Paz de 2012 disseram que a União Europeia precisa de mais integração e autoridade para resolver seus problemas, incluindo a crise financeira.

Reconhecendo que a União Europeia não teve poderes suficientes para impedir a Guerra da Bósnia na década de 1990, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou que esse é "um dos mais poderoso argumentos a favor de uma União Europeia mais forte".

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Barroso está em Oslo, Noruega, junto com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, para receber o prêmio deste ano, concedido à UE por promover a paz em um continente devastado por guerras. As informações são da Associated Press.

O médico Joseph Murray, que ganhou o prêmio Nobel por realizar o primeiro transplante de órgãos bem-sucedido, morreu na noite de segunda-feira aos 93 anos, informou o jornal Boston Globe.

Depois de sofrer um derrame cerebral na quinta-feira, Murray faleceu no Brigham and Women's Hospital de Boston, onde havia realizado o histórico transplante de rim no dia 23 de dezembro de 1954, indicou o jornal.

O Hospital não confirmou o falecimento imediatamente.

Nascido no dia 1º de abril em Milford, Massachusetts, Murray manifestou seu interesse na incipiente ciência dos transplantes nos três anos em que permaneceu na ala de cirurgia de um hospital do exército na Pensilvânia, durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1954, realizou a histórica operação ao transplantar um rim de Ronald Herrick para seu irmão gêmeo Richard, estendendo sua vida por oito anos.

Nos anos 1960, Murray ajudou a desenvolver o remédio Imuran, que afetava o sistema imunológico de forma a permitir que os pacientes tolerassem os transplantes de doadores não relacionados.

Ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 1990, junto com E. Donnall Thomas, pioneiro em transplantes de medula óssea.

Murray depois se focou na cirurgia plástica, especificamente na reparação de defeitos faciais em crianças. Liderou o departamento de cirurgia plástica do hospital Brigham por quase quatro décadas e esta divisão do Children's Hospital Medical Center de 1972 a 1985, de acordo com o jornal.

"Minha vida como cientista-cirurgião, combinando a humanidade e a ciência, foi fantasticamente gratificante", escreveu Murray na autobiografia do Nobel.

Murray deixa esposa, três filhos, três filhas e 18 netos, indica o jornal.

O Brasil deve pôr em prática, nos próximos anos, testes clínicos para avaliar a eficácia de dois tratamentos desenvolvidos pelo pesquisador Ferid Murad, prêmio Nobel de Medicina de 1998. Um deles é para diarreia infantil e doença inflamatória do intestino e o outro, para um tipo de tumor cerebral comum e agressivo: o glioblastoma. A iniciativa é resultado de uma parceria oficializada na semana passada em São Paulo entre Murad e a indústria farmacêutica Biolab.

Os estudos com pacientes serão desenvolvidos com a colaboração da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No caso da droga contra a diarreia, a previsão é de que os testes comecem em dois anos. Murad diz que a diarreia pode ser provocada por várias bactérias, entre elas a Escherichia coli. O que seu grupo de pesquisa descobriu em 1978 foi que o mecanismo de atuação da E. coli envolve o aumento da produção da molécula GMP cíclico. Foi o estudo desse mensageiro químico que lhe rendeu o prêmio Nobel (mais informações nesta pag.). Há oito anos, descobriu um componente capaz de bloquear a produção de GMP cíclico pelas bactérias.

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Em animais, o uso desse componente cessou a diarreia provocada pela E. coli e também pelo vibrião colérico, ligado à cólera. Principalmente entre crianças e idosos, a desidratação decorrente da diarreia pode matar. Hoje, o tratamento indicado é a reidratação com soro caseiro, feito com água, sal e açúcar. Trata-se de uma receita simples e barata, porém o problema é o acesso à água limpa em situações de desastres naturais, como enchentes, furacões e terremotos.

"Há cerca de três anos, um furacão atingiu o Haiti. Mais de mil pessoas morreram de diarreia. Se houvesse uma droga como essa, isso não teria acontecido", observa. O objetivo da pesquisa é obter uma pílula capaz de cessar a diarreia sem depender da disponibilidade de água limpa.

Estudo complementar, feito em parceria com a Biolab em uma universidade do Canadá, mostrou que as conclusões são válidas para diarreias não relacionadas a bactérias. "Poderia ser útil não só para diarreia, comum no terceiro mundo, como para doenças inflamatórias do intestino, típicas de primeiro mundo, e para as quais não há remédio eficaz", diz Gilberto De Nucci, professor da Unicamp.

Câncer

Ao identificar que em muitos tipos de tumor faltava uma enzima que produz o GMP cíclico, Murad desenvolveu a hipótese de que, aumentando a produção dessa molécula, o tumor pararia de crescer.

Em camundongos, a aplicação dessa estratégia quadruplicou a sobrevida. Enquanto os que não receberam o tratamento sobreviviam apenas 21 dias depois do início do câncer, os que foram tratados sobreviveram 84 dias.

"Esse conceito pode ter aplicação para câncer de pulmão, pâncreas e ovário", diz Murad. Em 2013, uma pesquisa na Unicamp testará se a medicação é capaz de chegar ao cérebro dos pacientes. Essa etapa, mais inicial do que a pesquisa sobre diarreia, é chamada de prova de conceito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Quanto mais chocolate consumir a população de um país, mais prêmios Nobel vai conquistar, o que prova que o cacau pode aumentar a capacidade mental de seus consumidores, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na respeitada revista médica New England Journal of Medicine.

Os flavonoides, poderosos antioxidantes presentes nos grãos de cacau, o chá verde e o vinho tinto demonstraram a capacidade de reduzir o risco de demência e melhorar a função mental nos idosos, explica Franz Messerli, da Universidade de Columbia (Nova York) e autor da pesquisa.

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"Dado que o chocolate hipoteticamente pode melhorar a função cognitiva nos indivíduos e, por isso, a população em seu conjunto, me perguntava se poderia existir uma correlação entre o consumo de cacau em um país e a capacidade mental de sua gente", disse ainda, com um toque de humor.

"Que eu saiba, não há dados disponíveis que meçam as funções mentais de toda uma nação", acrescentou. "Portanto, é concebível que o número total de prêmios Nobel per capita possa dar alguma medida da função cognitiva geral de um país", acrescentou.

Segundo suas observações, "há uma correlação significativa surpreendente entre o consumo de chocolate per capita e o número de prêmios Nobel por cada dez milhões de pessoas em um total de 23 países".

A Suíça encabeça tanto o número de prêmios Nobel como a quantidade consumida de chocolate, afirma Messerli, que diz ter utilizado as estatísticas de consumo fornecidas por diferentes fabricantes.

Estados Unidos, França e Alemanha se encontram no meio, enquanto a China, o Japão e o Brasil estão no final da classificação.

A Suécia é a exceção. Enquanto, segundo os cálculos, com 6,4 quilos de chocolate consumidos por habitante por ano os suecos deveriam ter conquistado cerca de 14 prêmios Nobel, na realidade acabaram levando 32 ao todo.

Há duas explicações possíveis, ironizou o pesquisador: "O Comitê Nobel de Estocolmo pode ter favorecido os suecos, ou os suecos podem ser particularmente sensíveis aos efeitos do chocolate".

O cientista acrescentou que estes dados se baseiam no consumo médio por país e que a quantidade de chocolate consumida individualmente pelos ganhadores do Nobel "é desconhecida", da mesma fomra que as doses acumuladas de cacau necessárias para aumentar as possibilidades de ganhar um Nobel.

A Fundação Nobel, sob pressões para cortar os custos após fracos retornos de capital nos últimos anos, anunciou nesta segunda-feira que está reduzindo o valor dos prestigiosos prêmios pela primeira vez em 63 anos, ao mesmo tempo em que tentará reduzir os gastos em outras áreas, como nas despesas relacionadas ao seu banquete anual.

Os vencedores do prêmio Nobel de 2012 receberão o correspondente a 8 milhões de coroas suecas, ou cerca de US$ 1,1 milhão, o que representa uma queda dos 10 milhões de coroas, ou US$ 1,4 milhão, que receberam os vencedores do ano passado. A Fundação Nobel, tipicamente, premia a cada ano vencedores em seis categorias, da medicina à literatura e à química.

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O prêmio Nobel da Paz, o mais popular dos prêmios, virou uma das distinções mais cobiçadas do mundo.

Os cortes acontecem no momento em que os organizadores se defrontam com a instabilidade econômica, particularmente com as quedas nos mercados financeiros, onde a Fundação Nobel sempre investiu uma quantidade expressiva dos seus ativos. Nos últimos anos, despesas extraordinárias e os prêmios em dinheiro superaram o retorno obtido com os investimentos.

A última vez em que o valor do prêmio foi reduzido foi em 1949 e desde então os valores dos prêmios foram gradualmente elevados. Muitos dos premiados, incluído o atual presidente dos Estados Unidos, que obteve o Nobel da Paz, deram pelo menos parte do dinheiro para instituições de caridade.

"O valor do Prêmio Nobel está na nossa habilidade em distinguirmos as pessoas certas, mas ninguém deveria minimizar o dinheiro do prêmio", disse o diretor executivo da Fundação, Lars Heikensten. "O Nobel foi e é um grande prêmio e temos a ambição de crescer no futuro", disse.

As informações são da Dow Jones.

Foi divulgada nesta quinta-feira (17) a programação da 10ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, de 4 a 8 de julho deste ano.

Em 2012, participam nomes de destaque no cenário da literatura mundial. No segundo dia da festa, marcam presenças na mesa Autoritarismo, passado e presente, Luiz Eduardo Soares e Fernando Gabeira, com mediação de Zuenir Ventura. Já nos dias 6 e 8 de julho, o poeta homenageado do evento, Carlos Drummond de Andrade é tema das mesas Drummond o poeta moderno, com Antônio C. Secchin e Alcides Villaça e Drummond o poeta presente, com com Armando Freitas Filho (em vídeo), Eucanaã Ferraz e Carlito Azevedo, ambas mediadas por Flávio Moura. 

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Cidade e democracia é o tema de uma das mesas do dia 7, que traz Richard Sennett e Roberto Da Matta e mediação de Guilherme Wisnik. No último dia da programação, na mesa Livro de cabeceira, autores convidados leem e comentam trechos de seus livros prediletos. Ainda participam da programação o francês Le Clezio, o quinto ganhador de um prêmio Nobel que participa da Flip desde a primeira edição da festa, a americana Jennifer Egan, ganhadora do Pulitzer Prize for Fiction em 2011, os cartunistas brasileiros Laerte e Angeli e a aplaudida escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso.

 

10 anos da Flip - Compondo a programação especial da comemoração, serão lançados dois livros e um DVD que retratam a história da Flip. A primeira celebração será feita pelo cronista gaúcho Luis Fernando Veríssimo, na conferência de abertura do evento, quando ele presta uma homenagem fazendo uma crônica a partir do título Flip ano dez, comentando as mudanças vividas pelo Brasil nesses dez anos.

Editado pela criadora da festa, Liz Calder, o livro 10/Ten, ilustrado por Jeff Fisher, traz contos e ensaios inéditos dos autores brasileiros Bernardo Carvalho, Milton Hatoum, Cristóvão Tezza, Beatriz Bracher e Reinaldo Moraes e de cinco estrangeiros: Ian McEwan, Margaret Atwood, Nadine Gordimer, Julian Barnes e Colm Toibin. Também vai ser lançado o livro Flip - Dez Anos, que foi escrito como reportagem pelos jornalistas convidados Zuenir Ventura, Angel Gurría Quintana, Sergio Augusto e Humberto Werneck, com imagens e textos exibindo os momentos mais importantes das edições anteriores.

Além dos lançamentos literários, o DVD O Ofício do Escritor mostra uma montagem temática a partir das apresentações dos autores nas mesas sobre alguns tópicos, como a criação de personagens e o ritual de escrever. O DVD, dirigido por Gustavo Moura e com curadoria de Flávio Moura, é o primeiro material que reúne os registros das mesas e debates das edições anteriores.

Durante os dias da Festa Literária, uma exposição com fotos de Walter Craveiro ficará em cartaz, com registros de todas edições da Flip. Também comemorando a primeira década da festa, a Flip publica periodicamente em seu novo blog depoimentos de autores, curadores e amigos que fizeram parte da história da festa. Participam desta homenagem o pernambucano Xico Sá, Marçal Aquino, Valter Hugo mãe e Zuenir Ventura.

Os ingressos começam a ser vendidos no dia 4 de junho pela internet, no site da Tickets for Fun. Os valores variam entre R$ 40 (tenda dos autores), R$ 30 (show de abertura) e R$ 10 (casa da cultura). Após o dia 3 de julho, as entradas só podem ser compradas em Paraty.

Serviço
10ª Festa Literária Internacional de Paraty 
4 a 8 de julho
Paraty, Rio de Janeiro
www.flip.org.br

Renato Dulbecco, que dividiu o prêmio Nobel de 1975 de medicina por sua pesquisa sobre a interação entre tumores e células, morreu na Califórnia, Estados Unidos, aos 97 anos. Sua morte foi anunciada nesta segunda-feira pelo Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, onde Dulbecco trabalhou nos anos 90 organizando o Projeto Genoma do país.

Nascido em Catanzaro, na Itália, ele foi um dos fundadores da La Jolla, Instituto Salk de Estudos Biológicos, na Califórnia, onde também atuou como professor. De acordo com o instituto e o comitê do Nobel, a pesquisa de Dulbecco deu a primeira pista para a descoberta da natureza genética do câncer, mostrando como um vírus poderia colocar seus próprios genes dentro de um cromossomo da célula infectada e transmitir a característica de crescimento desordenado do câncer. As informações são da Associated Press.

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