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O presidente russo, Vladimir Putin, ligou para o cantor pop britânico Elton John para fazer um convite, após o cantor ter sido vítima na semana passada de um trote de um homem que fingiu ser o chefe de Estado russo. "Putin conversou com Elton John", indicou seu porta-voz, Dmitry Peskov, citado pela agência RIA Novosti nesta quinta-feira (24).

O presidente russo pediu para que ele não se sentisse ofendido com a piada e sugeriu que eles se encontrassem, segundo o porta-voz. Na semana passada, o artista, ativista dos direitos dos homossexuais, postou em sua conta no Instagram um retrato do presidente russo no qual agradecia o telefonema.

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Um dia antes, John havia expressado seu desejo de se reunir com Putin para discutir a questão dos direitos dos homossexuais na Rússia. Pouco depois, o Kremlin negou que Putin tivesse contactado Elton John e um homem confidenciou mais tarde ter telefone ao artista se passando pelo presidente russo.

A Rússia, onde a homossexualidade era considerada um crime até 1993 e como uma doença mental até 1999, aprovou em 2013 uma lei que pune com multas e prisão qualquer ato homossexual de "propaganda" na frente das crianças.

O presidente russo Vladimir Putin se reunirá na quarta-feira no Vaticano com o papa Francisco, para discutir o conflito na Síria e na Ucrânia e tentar sair de seu isolamento internacional. Defensor de um modelo alternativo ao Ocidental, baseado em grande parte em valores conservadores, Putin espera encontrar apoio no pontífice argentino.

"Putin quer deixar seu status de pária, e espera alcançar isso com o Papa", com quem se reunirá pela segunda vez, explica Boris Falikov, do centro de estudos religiosos da Universidade de Ciências Humanas de Moscou.

"No entanto, o cálculo Putin está errado, porque (desde a última reunião bilateral em 2013) houve a anexação da Crimeia e a invasão do leste da Ucrânia", lembra o estudioso.

Na Ucrânia, os rebeldes separatistas pró-russos são em sua maioria ortodoxos obedientes ao patriarcado de Moscou. Por sua vez, as forças leais a Kiev tem entre suas fileiras ortodoxos e greco-católicos, sob a autoridade de Roma.

Em 25 de novembro de 2013, o chefe de Estado russo, que afirma ser um fervoroso ortodoxo, foi recebido pela primeira vez pelo papa Francisco. Desde então, a guerra civil síria se tornou incontrolável, e o conflito ucraniano colocou o Vaticano e o Papa ante um novo desafio diplomático, em que a Santa Sé tem uma estreita margem de manobra.

O Vaticano tem mantido uma atitude muito cautelosa neste conflito, o que gerou críticas afiadas dos católicos em Kiev por não ter condenado abertamente a política russa na Ucrânia. O Vaticano mantém há décadas um diálogo com o patriarcado russo, que considera de suma importância.

A aproximação entre as duas igrejas atingiu tal ponto que se chegou a planejar uma visita do Papa a Moscou. Essa visita foi um evento histórico, tendo sido a primeira viagem de um Papa à Rússia desde a separação das igrejas do Oriente e do Ocidente, durante o cisma de 1054.

Mas a crise ucraniana tornou-se um importante ponto de discórdia neste diálogo. O patriarca da Igreja Ortodoxa russa Kirill recusou o convite para a Jornada Mundial da Juventude de 2016 em Cracóvia, Polônia, um país que apoia fortemente Kiev.

De acordo com o vaticanista Giuseppe Rusconi, há também "uma convergência entre a Rússia e o Vaticano em defender valores não negociáveis", como a rejeição do casamento gay. A Santa Sé também pode encontrar um aliado na Rússia, em sua tentativa de se aproximar da China, de acordo com vários observadores da diplomacia do Vaticano.

Um estudo feito pelo Pentágono em 2008 afirma que o presidente russo, Vladimir Putin, tem síndrome de Asperger, e atribui a esta condição uma necessidade de exercer "controle extremo" quando confrontado com crises, revelou um informe publicado nesta quinta-feira.

Após estudar os movimentos e as expressões faciais do chefe de Estado russo em imagens de vídeo, especialistas especularam que o desenvolvimento neurológico de Putin sofreu algum distúrbio na infância, dando a ele um senso de desequilíbrio físico e desconforto com a interação social, segundo relatório elaborado pelo 'think tank' (centro de estudos) interno do Pentágono, o 'Office of Net Assessment'.

"Esta profunda mudança comportamental foi identificada por neurocientistas de renome como Síndrome de Asperger, um distúrbio do espectro autista, que afeta todas as decisões dele", escreveu a autora do estudo, Brenda Connors, da Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos.

"Em situações de crise, para estabilizar a si próprio e suas percepções, diante de qualquer contexto em evolução, ele reage impondo um extremo controle", escreveu Connors, que também estudou a linguagem corporal de outros líderes mundiais.

O jornal USA Today foi o primeiro a divulgar o estudo, na quarta-feira, seguindo um pedido baseado na Lei da Liberdade de Informação.

A condição de Putin também pode levá-lo a "privar-se de estímulos sociais, como fez na época do incidente com o submarino nuclear Kursk", no ano 2000, quando a embarcação russa naufragou no Mar de Barents, matando sua tripulação, acrescentou o estudo.

A teoria sobre a condição de Putin não poderia ser confirmada definitivamente sem um exame de escâner cerebral, explicaram os autores da pesquisa. Mas especialistas citaram os movimentos corporais do presidente russo e suas "micro-expressões" como indícios de Asperger, uma forma de autismo de alto rendimento.

Desde que chegou ao poder, mais de uma década atrás, Putin tem atormentado os Estados Unidos. Especialistas em Washington foram pegos de surpresa pela decisão do presidente de anexar a península da Crimeia, no ano passado, e apoiar separatistas pró-Moscou na Ucrânia.

É conhecida a expressão do ex-presidente americano, George W. Bush, que dizia olhar nos olhos do colega russo e, mesmo assim, ser incapaz de enxergar "sua alma". Mas o estudo do Pentágono afirma que o olhar indiferente de Putin reflete uma anormalidade neurológica e a incapacidade de captar dicas sociais.

Sua condição significa que Putin demonstraria uma "hipersensibilidade" e "uma forte confiança em respostas diretas, rápidas e frias" ao invés de um comportamento social mais variada, acrescentou.

O Pentágono negligenciou o estudo, afirmando que nunca completou a trajetória até a mesa do Secretário de Defesa ou outros altos tomadores de decisão.

"O Office of Net Assessment não enviou estes informes ao secretário e não está informado sobre quaisquer demandas de um líder do DoD (Departamento de Defesa) para revisar estes relatórios", declarou à AFP a tenente-coronel Valerie Henderson, porta-voz do Pentágono.

Todos os indícios eram de que "os relatórios permaneceram no escritório", afirmou.

O autor do informe, no entanto, argumentou que examinar o movimento corporal de líderes e seu potencial "para prever o comportamento e as decisões é um instrumento poderoso como um sistema de defesa em evolução".

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