Praticar um esporte profissionalmente exige dedicação e, acima de tudo, amor pelo que faz. Priscilla Annes, camisa 10 da seleção brasileira de handebol de areia, leva isso como um mantra, e não reclama. Pernambucana de 32 anos, a defensora se divide nas duas modalidades do esporte: indoor (de quadra) e areia. No primeiro, ela joga pelo Clube Português, do Recife, onde passa boa parte do tempo. Já o último, que a levou a representar o Brasil, ela veste a camisa da APCEF, da Paraíba.
“É uma satisfação poder jogar o indoor e o de areia. Apesar do cansaço, dá para conciliar os dois. Quando entro de férias de um, jogo o outro”, disse, sem saber explicar qual prefere. “Na verdade, gosto dos dois. Adoro essa adrenalina que o esporte me proporciona. Não tem como escolher apenas um”, revelou.
##RECOMENDA##A pernambucana se desdobra entre o Recife e João Pessoa durante o ano. Mas isso poderia ser diferente caso a capital pernambucana tivesse uma equipe de handebol de areia. E não é por falta de tentativa que isso não se concretizou.
“O handebol indoor é o preferido aqui no Recife. Até tentamos implantar no clube que jogo, mas não deu certo. E não há outra equipe que tenha o interesse no handebol de areia”, lamentou.
Mundial de Handebol de Areia
Apesar de não ter tradição na modalidade, Recife recebe o Mundial de Handebol de Areia, que começou nesta terça-feira (22). O que acabou tornando realidade um sonho de Priscilla Annes: vestir a camisa da Seleção na sua terra.
“É inexplicável essa sensação de jogar com a torcida e a família junto. Aqui, realmente, estou em casa perto da minha mãe, família, filho, amigos. É muito gratificante”, afirmou, mesmo reconhecendo que sentiu um pouco de pressão pela responsabilidade diante dos familiares. “Me cobro bastante e fiquei um pouco ansiosa, sim”, contou.
Mais do que jogar no ‘quintal de casa’, Priscilla espera levantar o troféu no próximo domingo (27). Para realizar mais esse desejo, a pernambucana está ciente de quais as adversárias precisam ficar pelo caminho para o Brasil seguir em frente.
“Todas as seleções são fortes. Nessa primeira fase, temos uma rivalidade com a Noruega de quem já ganhamos e perdemos. Na fase final poderemos ter Dinamarca, que fizemos a final do último Mundial, e a Hungria, que enfrentamos no World Game. São essas nossas principais adversárias na busca pelo título”, concluiu a defensora do Brasil.