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Apesar do crescente otimismo sobre as contas públicas neste ano, o mercado voltou a piorar as expectativas para o resultado fiscal de 2023. De acordo com os analistas consultados mensalmente pelo Ministério da Economia, depois de retornar ao azul em 2022, o Governo Central voltará a registrar forte rombo no próximo ano.

O Prisma Fiscal de outubro, publicado nesta quinta-feira pela Secretaria de Política Econômica da pasta, mostra que a mediana para o superávit primário deste ano passou de R$ 30,519 bilhões para R$ 40,0 bilhões. A estimativa do mercado já é bem superior ao superávit de R$ 13,547 bilhões projetado pela equipe econômica no mês passado - o primeiro resultado no azul desde 2013. A meta de resultado primário do Governo Central deste ano admitia um rombo de até R$ 170,5 bilhões.

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A mediana do Prisma para a receita total em 2022 subiu de R$ 2,220 trilhões para R$ 2,239 trilhões, com receita líquida de R$ 1,861 trilhão. Já estimativa para a despesa total passou de R$ 1,809 trilhão para 1,819 trilhão.

Já para 2023, o cenário é de piora nas contas públicas em meio às incertezas sobre as promessas eleitorais de aumento de gastos no próximo ano. A projeção de rombo primário no Governo Central passou de R$ 43,177 bilhões para R$ 57,809 bilhões, cada vez mais próxima do limite de R$ 65,9 bilhões para o déficit imposto pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023.

A mediana para a arrecadação total do próximo ano passou de R$ 2,297 trilhões para R$ 2,312 trilhões, com receita líquida de R$ 1,884 trilhão. Já a estimativa para as despesas totais em 2023 saltou de R$ 1,910 trilhão para R$ 1,936 trilhão.

Ainda de acordo com o Prisma, a expectativa para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) caiu de 78,19% para 77,55% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Entretanto, a mediana para a DBGG em 2023 aumentou de 81,70% para 81,80% do PIB.

Os analistas do mercado financeiro elevaram a projeção de déficit para as contas do governo neste ano para R$ 134,178 bilhões, segundo a mediana das expectativas do Prisma Fiscal de maio, divulgado pelo Ministério da Fazenda. No mês passado, a previsão era de R$ 104 bilhões.

Para junho, a previsão mediana é de um déficit primário de R$ 13,620 bilhões, ante um déficit de R$ 12,399 bilhões previsto no mês anterior. O levantamento aponta para um déficit primário de R$ 104,843 bilhões em 2017, ante R$ 92,080 bilhões anterior.

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A arrecadação prevista para 2016 passou de R$ 1,274 trilhão para R$ 1,273 trilhão no documento divulgado nesta quinta-feira, 16.

O Prisma também colheu as previsões para a receita líquida do governo, que passou de R$ 1,090 trilhão para R$ 1,086 trilhão. A expectativa para despesa total para 2016 foi de R$ 1,200 trilhão para R$ 1,225 trilhão em 2016.

O porcentual da dívida bruta na proporção do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 74% do PIB em 2016 para 74,35% do PIB.

Em meio à crise política e com a piora dos indicadores econômicos, o mercado financeiro projeta um resultado primário cada vez mais pessimista para o Governo Central em 2016. Dessa vez, a expectativa para o ano é de que ele seja deficitário em R$ 79,473 bilhões, de acordo com pesquisa feita pelo Ministério da Fazenda com bancos, corretoras e consultorias. No mês passado, a previsão do Prisma Fiscal era um pouco mais otimista e previa um déficit de R$ 70,751 bilhões.

Na primeira edição do relatório, divulgado em dezembro, a expectativa para 2016 era de um déficit de R$ 53,078 bilhões. O resultado anual terá a colaboração dos dados de março, quando o déficit deve ficar em R$ 2,419 bilhões, segundo o documento. A projeção anterior apontava para um déficit de R$ 1,632 bilhão neste mês.

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A previsão é que a dívida bruta encerre 2016 em 74,15% do PIB, acima do que esperavam os analistas no mês passado, quando a previsão era de 73,99% do PIB. Com a queda na atividade econômica, o mercado projeta ainda uma queda na arrecadação de tributos federais. A previsão anual foi alterada de R$ 1,294 trilhão para R$ 1,285 trilhão em 2016.

A receita líquida do governo central, por sua vez, deve fechar 2016 em R$ 1,102 trilhão e a despesa, em R$ 1,184 trilhão - as projeções anteriores indicavam R$ 1,112 trilhão e R$ 1,181 trilhão, respectivamente. Enquanto as projeções de receita caíram, as de despesa subiram.

Já para este mês, o mercado espera uma queda na arrecadação. A arrecadação de tributos federais deve somar R$ 96,649 bilhões em março ante R$ 98,325 bilhões da previsão passada. A receita líquida deve fechar o mês em R$ 85,032 bilhões, e a despesa líquida, R$ 86,787 bilhões.

O relatório fez projeções para os próximos dois meses. Em abril, o resultado primário deve ser superavitário em R$ 5,050 bilhões - a projeção anterior era de R$ 6,812 bilhões. A arrecadação deve somar R$ 113,264 bilhões, a receita líquida, R$ 101,796 bilhões, e a despesa líquida, R$ 94,400 bilhões.

O resultado primário de maio deve ser deficitário em R$ 10,482 bilhões. A arrecadação deve chegar a R$ 98,108 bilhões, a receita líquida, R$ 80,171 bilhões, e a despesa líquida, R$ 91,399 bilhões.

Relatório

É o quarto mês que o Prisma Fiscal é divulgado. O relatório foi feito a partir de pesquisa do Ministério da Fazenda com instituições financeiras em janeiro.

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