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A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou, nesta sexta-feira (8), o Facebook de ter deletado "injustamente" suas publicações em defensa dos interesses palestinos durante a escalada violenta em maio em Israel e nos territórios palestinos.

Segundo essa organização defensora dos direitos humanos, várias publicações de palestinos ou de apoio a eles foram consideradas "discursos ou símbolos de ódio" e apagadas do Instagram, rede social que pertence ao Facebook.

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A empresa de Mark Zuckerberg removeu até publicações que consistiam simplesmente em compartilhar informações de jornais.

"Injustamente, o Facebook retirou ou apagou conteúdos (...), alguns deles sobre abusos dos direitos humanos promovidos por Israel na Palestina durante as hostilidades de maio", afirmou a organização em um comunicado.

"Essas remoções nos fazem pensar que o Instagram restringe a liberdade de expressão sobre questões de interesse público", criticou a HRW, que denunciou uma "censura" por parte da multinacional americana.

"A dimensão e a quantidade das restrições apontadas justificam uma investigação independente", acrescentou.

No início de maio, confrontos violentos começaram em Jerusalém Oriental, a área palestina da cidade, ocupada e anexada por Israel desde 1967.

O movimento islamita Hamas reagiu lançando mísseis em Gaza para Israel, que respondeu com 11 dias de intensos bombardeios sobre o enclave palestino.

Esses confrontos provocaram 260 mortes no lado palestino e 13 no israelense.

As contas do WhatsApp - que também pertence ao Facebook - de jornalistas palestinos também foram bloqueadas, incluindo as de repórteres da AFP na Faixa de Gaza.

Uma grande manifestação em favor do povo palestino pediu, neste sábado, em Santiago que a presidente chilena, Michelle Bachelet, rompa relações diplomáticas com Israel devido ao grave conflito na Faixa de Gaza.

"Rompa relações com Israel!" gritaram os manifestantes que percorreram várias ruas da capital chilena agitando centenas de bandeiras palestinas e usando o típico ‘kufiya’ (lenço árabe) no pescoço e nos ombros.

"Estamos pedindo que a presidente Michelle Bachelet expulse o embaixador de Israel e rompa relações com Israel. Queremos dizer ao mundo que os chilenos estão mobilizados contra o massacre israelense", disse à AFP Mauricio Abu-Gosh, presidente da Federação de Palestinos no Chile.

O Chile abriga uma das maiores comunidades árabes do mundo, com cerca de 300.000 pessoas.

O protesto foi pacífico e terminou diante do Palácio de La Moneda, onde foram exibidos cartazes e faixas com frases como "Parem o genocídio de palestinos" ou "Chega de mortes de crianças inocentes".

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