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Queijos, ovos, pescados, mortadelas. Itens tão comuns nos cardápios cotidianos, comercializados no Recife, tiveram como destino final, nesta quarta-feira (29), o Aterro Sanitário da Muribeca. Após fiscalização realizada no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), mais de sete toneladas de alimentos impróprios para o consumo foram jogados fora. Uma das maiores operações realizadas no tradicional centro de vendas.
##RECOMENDA##O balanço da Operação, divulgado nesta quinta (30), revela os números alarmantes. Ao todo, 16 estabelecimentos foram fiscalizados e um total de 7 toneladas e 136 quilos de alimentos destruídos. Foram quase 632 mil ovos recolhidos em seis lojas, quase 4 toneladas de peixes e frutos do mar apreendidos da Pernambuco Pescado e mais de 1 tonelada de queijos, lingüiças e derivados do leite nas lojas Casa Queijo e Casa da Mussarela.
As irregularidades variavam. Em alguns locais, prodeutos estragados, fora da validade, sem a refrigeração adequada para conservação. Noutros casos, não havia um responsável técnico para acompanhar o armazenamento das comidas e os milhares de ovos, por exemplo, não tinham registro e, portanto, não se sabia a origem daqueles produtos. A Vigilância Sanitária autuou três estabelecimentos, enquanto o Procon Pernambuco autuou um total de sete. Todos estão passíveis de multas variantes de R$ 40 mil a R$ 400 mil.
Chefe da Unidade Estadual de Inspeção Animal da Agencia de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), André Sérgio Dias afirmou que a falta de um efetivo suficiente nos órgãos fiscalizadores impossibilita vistorias mais regulares e rigorosas por parte destas entidades. “Só no Recife são mais de 5 mil pontos de comercialização de abate clandestino de aves, por exemplo. Não há efetivo para fiscalizar todos esses estabelecimentos”, garantiu.
Para tentar coibir a continuidade destas práticas ilícitas, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) será proposto pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), para que todos os comerciantes se registrem no Ministério da Agricultura e possam, inclusive, atuar fora do Estado. Não se estabeleceu um prazo para esta tentativa de acordo, nem para novas vistorias no centro comercial.