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Há 25 anos entrava em vigor o Acordo Internacional sobre Proibição de Armas Químicas. 165 países são signatários do acordo atualmente, como as principais potências militares do mundo  e, em 2013, cerca de 78% do estoque (declarado) de armas químicas do mundo foi destruído. Mas o que são as armas químicas?

A definição atual estipula que armas químicas são substâncias tóxicas que podem levar à morte ou causar lesões permanentes, seja em seres humanos ou animais. O modo de espalhar a substância também é importante para a definição.

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No caso das armas químicas, o poder destrutivo não está relacionado à explosão, como as bombas, mas sim à capacidade de gerar reações em organismos e que podem ser fatais. Mesmo sendo absorvida pela pele, boca e mucosas, o principal modo de envenenamento por armas químicas é a respiração, isso porque essas armas geralmente estão em forma líquida e são pulverizadas para atingir maiores áreas.

As armas químicas estão divididas em cinco categorias:

Agentes neurotóxicos: os agentes neurotóxicos são chamados assim pois atuam no nosso cérebro (sistema nervoso central) e provocam graves efeitos. O principal representante desta categoria é o Sarin (usado na Síria em agosto de 2013 e abril de 2017)

Agentes sufocantes: são substâncias que agem nos pulmões. O principal representante deste grupo é o cloro. A inalação deste gás causa a sensação de queimação nos olhos, nariz e garganta. O cloro aumenta a quantidade dos fluídos no pulmão e a pessoa pode morrer tendo a sensação de estar afogada.

Agentes sanguíneos: são nomeados assim pois o composto é transportado na corrente sanguínea até as células e bloqueia a respiração celular. O principal composto desta categoria é o cianeto. Foi o principal gás usados nas câmaras de gás na 2ª Guerra Mundial (Holocausto).

Agentes vesicantes: este composto ao entrar em contato com a pele provoca bolhas na pele, além de efeitos nos olhos e no sistema respiratório. O principal representante dessa categoria é o conhecido “gás mostarda”, nomeado pelo seu odor característico.

Toxinas: são extraídos de microorganismos. Um dos componentes desta categoria é a ricina, composto extraído da mamona.

Três pontos para entender a proibição das armas químicas

1 - Convenção internacional

A imensa maioria dos países abriu mão de usar armas químicas por um tratado multilateral assinado em 1993, em Paris. A Convenção de Armas Químicas (CAQ) foi assinada por 191 países membros, representando 98% da população mundial.

Apenas quatro países, Coreia do Norte, Angola, Egito e Sudão do Sul não assinaram nem ratificaram a convenção, embora o Sudão do Sul já tenha manifestado interesse em assiná-lo. Israel assinou o acordo em 1993, mas não ratificou o acordo no parlamento.

2 - Mortes indiscriminadas e sofrimento inútil

As armas químicas continuam sendo um tabu principalmente por estarem associadas aos sofrimentos e desastres que sua utilização em massa causou durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais.

Além disso, as armas químicas são consideradas um método que mata indiscriminadamente, pois atingem tanto militares quanto civis. Bombas, morteiros apontam para um alvo em específico, já litros de gás podem se espalhar com o vento por centenas de quilômetros.

3 - Uso desastroso em guerras

As armas químicas foram associadas a experiências desastrosas em guerras. Em abril de 1915, perto de Ypres, na Bélgica, o exército alemão pulverizou uma nuvem de cloro nas linhas inimigas, causando a morte de 15 mil soldados. Já na segunda guerra, os agentes sanguíneos foram usados nas câmaras de gás do regime nazista. Foi preciso esperar os anos 1980 e a utilização de armas químicas por parte do Iraque contra o Irã para se chegar à assinatura da Convenção de Paris (1993) e a proibição total da preparação, fabricação, armazenamento e utilização de armas químicas.

Por Matheus de Maio

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que vai pedir autorização ao congresso americano para atacar a Síria. ''Muitas pessoas me aconselharam a não tomar esta atitude, já que recentemente, o parlamento do Reino Unido não aprovou uma resolução com objetivo similar, mesmo depois do primeiro-ministro ter apoiado a ação. Ainda assim, apesar de ter autoridade de comandar uma ação militar independente da autorização do congresso, sei que o país vai ser muito mais forte se for por este caminho. Devemos ter este debate, porque os problemas são muitos maiores para tratar do que os de costume'', disse Obama. Segundo informou o presidente americano, os militares estão posicionados na região e prontos para atacar quando solicitado.

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