Tópicos | racismo no futebol

O Salgueiro realizou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (3) e apresentou uma camisa que terá como intuito a união no combate ao racismo. O presidente do clube, José Guilherme, revelou que o novo padrão será usado já no estadual contra o Náutico.

"O mundo hoje, além da covid-19, vive outro grande problema: o racismo. Queríamos expressar a nossa revolta contra este e todo tipo de preconceito", disse José Guilherme. 

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O dirigente aproveitou ainda para apresentar o novo reforço da equipe, o meio campista Ciel, que estava no Guarany de Sobral e já atuou pelo Carcará.

Aproveitntando a oportunidade, José Guilherme também criticou a possibilidade do Pernambucano ser disputado em sede única. "Tirar nossos direitos, conquistados em campo, e colocar a gente pra jogar no Recife, onde tem 5.000 casos e times que não conquistaram o direito de disputar em casa, eu não admito", disse. 

A onda de protestos por conta da morte de George Floyd, asfixiado por um policial em Mineápolis nos Estados Unidos foi aderida pelo Náutico, Santa Cruz e Sport nesta segunda-feira (1º).

O clube alvirrubro aproveitou o momento para lembrar nomes de atletas negros que vestiram a camisa alvirrubra. "Para a gente as cores só tem que importar na camisa e no escudo de um clube de futebol. Lula Monstrinho, Jorge Mendonça, Nílson e muitos outros heróis alvirrubros fizeram parte da nossa história e merecem respeito". O clube ainda pediu para que atos racistas sejam denunciados e que esse é um momento de evolução. 

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O Santa Cruz também citou alguns nomes como Lacraia e Grafite e lembrou: “o Santa é de todos”. O Sport se posicionou dizendo que essa será sempre uma pauta presente no clube: "Uma luta diária sem espaço para omissão. São vidas que fazem parte da nossa história, nossa glória e grandeza. Vidas que precisam ser respeitadas".

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Um projeto de Lei de autoria do deputado estadual João Paulo Costa do Avante, foi publicado no Diário Oficial de Pernambuco nesta quinta-feira (5). O projeto prevê punição para torcedores e para os clubes que forem condenados por racismo praticado pelo público presente nas partidas. 

Além da punição que pode variar de R$100 a R$500 reais para torcedores, aumentando para R$1000 em caso de reincidência. O projeto também será responsavél pela criação do Fundo Estadual do Combate ao Racismo que será o destino de toda verba arrecadada. O Fundo terá a função de produzir campanhas de conscientização. 

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Para os clubes só haverá punição caso o infrator não seja identificado, ou mediante comprovação do ato criminoso. Os clubes pagarão multas entre dois e três mil reais. Em caso de reincidência a multa dobra para R$6.000. O projeto está em vigor desde a sua publicação nesta quinta. 

Novamente o racismo no futebol marca presença na Europa. Desta vez foi durante uma partida da Liga Regional Junior da Alemanha. O confronto deste sábado (14), entre a equipe sub-16 do Hertha Berlim e o VFB Auerbach 1906, não terminou. Os jogadores do Hertha abandonaram o jogo após sofrerem com racismo da torcida adversária.

Foi na metade do segundo tempo que a equipe do Hertha tomou a decisão de deixar o jogo. Segundo o comunicado feito pelo clube, a equipe seguiu uma orientação do próprio arbitro.

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"Existem situações em que o futebol também se torna secundário para nós. Temos uma responsabilidade para conosco, para nossos jogadores e também para a sociedade. Levamos essa responsabilidade muito a sério e é por isso que foi assim. A única decisão certa de não continuar esse jogo", disse Paul Keuter, membro do conselho executivo do Hertha Berlim.

"Talvez essa medida seja um alerta para que todos nós juntos - jogadores, clubes, associações e torcedores - finalmente resolvamos esse problema. Nessa situação, valores e uma atitude clara são mais importantes para nós do que a vitória ou uma derrota em campo", completou.

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