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A ampliação da participação feminina na política é um desafio que vai além de recursos para candidaturas e cotas partidárias. Para Mônica Sodré, diretora executiva da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), é preciso estimular as mulheres a participar da política de forma institucional, já que, culturalmente, elas não são encorajadas a ocupar esses espaços.

Esse foi um dos temas do seminário Desafios da Democracia no Brasil: Inovação e Representação num Mundo Hiperconectado, realizado pela Raps e pela reportagem, no Senado, em Brasília. A Raps é uma organização não-governamental que busca contribuir com a melhora da democracia e formar novas lideranças políticas. Uma das lideranças ligadas ao grupo é a deputada Tábata Amaral (PDT-SP).

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"Temos um compromisso de estimular que mais mulheres participem da política institucional, reconhecendo que esse é um grupo que não foi criado para esses espaços", disse. "É muito difícil que uma mulher se acredite candidata sem que isso venha acompanhado de trabalho social pregresso: só depois de trabalho social de anos uma mulher se convence de que poderia estar ocupando espaço de representação."

Segmentos

Uma das preocupações do grupo, disse a diretora, é estimular a diversidade na formação de lideranças. Neste ano, por exemplo, 40% das inscrições abertas anualmente pelo grupo foram de negros e pardos - a diretora reconhece, no entanto, que essa fatia ainda não reflete a participação efetiva da população. Da mesma forma, também há dificuldades para atrair mulheres.

"Numa sociedade tão desigual quanto a nossa, e que traz aspectos historicamente ligados ao machismo, nem sempre os homens veem com bons olhos que sua esposa ou namorada se aventurem numa candidatura", disse Mônica Sodré. "Obviamente estamos muito mais sujeitas a assedio do que homens no mesmo papel."

Outro aspecto que dificulta a participação de mulheres é o financiamento das candidaturas. "No modelo de financiamento atual, cada partido decide sobre a divisão de recursos. Se o partido entende que um candidato é menos viável, ele recebe menos dinheiro, e, para as mulheres, isso é particularmente sensível", disse Sodré.

A Lei Eleitoral determina uma cota de gênero entre as candidaturas: ao menos 30% das vagas devem ser preenchidas por um dos sexos - historicamente, as mulheres são minoria.

Foi a criação do fundo eleitoral que abriu a possibilidade de que as mulheres conquistassem mais verbas públicas para as campanhas femininas. Na primeira eleição com mais recursos, houve um aumento na representação das mulheres na Câmara: 77 foram eleitas em 2018, o que representa 15% da Casa. Na legislatura anterior, eram 51,10% do total. Das deputadas que assumiram o mandato este ano, 43 ocuparam o cargo pela primeira vez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de interessados no processo de seleção de líderes promovido pela Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) mais que dobrou em relação à edição do ano passado. Neste ano, 7.030 pessoas se inscreveram para participar do curso de capacitação da rede - aumento de 104%. O processo busca políticos com mandato ou pessoas que pretendem se candidatar nos próximos anos, em todos os níveis de governo.

Além do aumento dos interessados, as inscrições para esse processo tiveram representantes de mais cidades. De 537 municípios em 2018, o número agora chegou a 1.421. A representatividade de candidatos negros e pardos também mais que dobrou, de 1.417 para 3.244, e agora é 46% do total.

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Os candidatos a integrar a Raps vão passar por um processo de seleção que inclui, entre suas fases, entrevistas com a comissão de seleção.

Criada em 2012, a Raps possui hoje uma rede de 581 integrantes ligados a 28 partidos políticos, além de pessoas sem vínculo partidário. Segundo a rede, 133 dos seus membros estão no exercício de mandatos em municípios, Estados e no Congresso Nacional - sendo seis senadores e 26 deputados federais.

Diversidade

Nascido em um bairro periférico de Ipatinga (MG), Samuel Emílio, de 23 anos, que participou do último processo de seleção de lideranças do Raps, afirma que ficou surpreso com a diversidade de pessoas com variadas orientações políticas que encontrou. "Na minha turma tem pessoas do PSL ao PT e elas são obrigadas a conversar e atuar em conjunto", afirmou.

Samuel é hoje coordenador nacional do movimento Acredito e não é filiado a partido político. Para ele, a Raps se diferencia por estabelecer uma rede de contatos e conexões profissionais. "Não é uma escola ou um movimento, é uma rede que se propõe a conectar pessoas de diferentes visões e propor discussões a partir dessa conexão", diz o ativista, que pretende se filiar a algum partido e disputar eleições no futuro.

A deputada estadual de Alagoas Cibele Moura (PSDB), de 22 anos, está em seu primeiro mandato. "Considero a capacitação positiva pela oportunidade de conversar com pessoas de todo o Brasil sobre temas nacionais." Ela afirma que as trocas possibilitam trazer para o mandato a experiência de outros Estados e partidos. "Pude trazer experiências que têm dado muito certo", afirma Cibele, destacando o "networking" com pessoas de diferentes espectros políticos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.D

O cenário político que está se formando para a eleição presidencial em 2018 foi um dos assuntos abordados durante a Virada Política que aconteceu no Recife, neste sábado (11). Ao destacar a necessidade de uma conscientização da sociedade para que o pleito eleitoral não promova um retrocesso no país, o membro da Rede de Ação Política Pela Sustentabilidade (Raps), Fernando Holanda (Rede Sustentabilidade), disparou contra figuras como o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o apresentador Luciano Huck, que aparecem como eventuais candidatos ao Palácio do Planalto.

"Ao debatermos a conjuntura atual, fica claro a importância de que possamos vencer 2018 e ir além com alternativas que não façam o país retroagir e não retomem situações que eram falidas", declarou. "Quero ver a política no Brasil apontar de fato para o futuro e isso não é feito com os extremos, como Bolsonaro, nem com figuras pop up como Luciano Huck ou o próprio João Doria", acrescentou Holanda. 

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Sob a ótica dele, é preciso "construir a política com ética, competência, legitimidade e defender ideias de pluralidade como a questão de gênero" para que o país possa se tornar mais desenvolvido e a união de movimentos, como os que integram a Virada Política, podem facilitar a construção disso. 

"No ponto de vista nacional a intransigência e a intolerância são maiores entraves à perspectiva de uma sociedade melhor. Coloco isso para fazer um link com a situação estadual, muitas vezes as pessoas estão mais apegadas a uma identidade de um partido A ou B, de política de esquerda ou de direita e se esquecem que a política tem que ser tratada com base em evidências", salientou.

Em 2016, Fernando Holanda foi candidato a vereador do Recife, mas não foi eleito. Indagado se participaria da disputa em 2018 por alguma vaga Legislativa, ele disse que não. "Nossa campanha foi cívica, para mostrar que era possível fazer política de forma diferente, mas esta empreitada não significa um carreirismo na política. O que defendi que não deveria acontecer, caso tivesse sido eleito, uma recondução do mandato. Não vou fazer das eleições estaduais de um trampolim para uma nova municipal. Não me furto de uma nova disputa, claro, mas se acontecer será de forma pensada", disse.

Além da conjuntura política nacional, a Virada Política também abordou temas como corrupção, participação da juventude na política, feminismo e ações nos bairros. Esta foi a primeira vez que a iniciativa aconteceu no Recife.

Nesta segunda e terça-feira (3 e 4), o Cabo de Santo Agostinho irá sediar o 1° Encontro de Coordenadores da Saúde Mental da Região Nordeste. Com o tema "A construção da Rede de Anteção Psicossocial (RAPS) e Estratégias de Sustentabilidade", o encontro acontecerá no Hotel Canariu’s, em Gaibu, e é uma iniciativa do Ministério da Saúde. 

De acordo com o coordenador de Saúde Mental do Cabo, João Marcelo Ferreira, o evento servirá como troca de experiências. “Com isso, podemos atender melhor a nossa população”, ressaltou. 

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O evento contribuirá para a construção de estratégias de alinhamento e organização do coletivo regional para promover espaços de discussão e de fortalecimento do avanço da Reforma Psiquiátrica dentro da região. 

Na programação, estão previstas mesas de debates com representantes da área, criação de grupos de trabalho para elaboração de preposições, plenária e ainda uma atividade cultural com a apresentação da banda Campo Verde, do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Camaragibe. 

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