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O depoimento no qual o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) é citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, como beneficiário de dinheiro desviado da Petrobras,  será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte será responsável pela análise das declarações do agente policial, preso na Operação Lava Jato. A informação consta em despacho proferido nesta segunda-feira (2) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações na primeira instância.

A remessa do depoimento ao STF conta com parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF), órgão que lidera a força-tarefa nas investigações. De acordo com a petição do MPF, as declarações do policial fazem "menção a pessoas com prerrogativa de foro em decorrência da função que exercem, sendo necessário prévio exame do caso pelo Supremo".

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De acordo com reportagem divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 8 de janeiro, o policial Jayme Alves, conhecido como Careca, afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que foi enviado a Belo Horizonte para entregar R$ 1 milhão a Anastasia, a pedido de Youssef.

Segundo o agente, o dinheiro foi entregue em 2010, em uma casa da capital mineira, a uma pessoa que não se identificou. Conforme o policial, o doleiro disse que o dinheiro era para o então governador Antônio Anastasia.

Em nota divulgada após a publicação da reportagem, Anastasia disse que nunca se encontrou com o policial e que não conhece Alberto Youssef.

"Em primeiro lugar, registro que não conheço este cidadão. Nunca estive ou falei com ele. Da mesma forma, não conheço, nunca estive ou falei com o doleiro Alberto Youssef. Em 2010, como governador de Minas Gerais, não tinha qualquer relação com a Petrobras, que não tinha obras no estado, ademais do fato de eu ser governador de oposição ao governo federal", disse o senador.

Em petição encaminhada no último dia 13 à Justiça Federal, em Curitiba, o próprio doleiro Alberto Youssef negou que tivesse ordenado o envio de dinheiro para Anastasia.

Por determinação do juiz Sérgio Moro, Jayme Alves foi afastado das funções de policial federal em novembro passado. De acordo com as investigações, Jayme prestava serviços ao doleiro na entrega de remessas de dinheiro. Ele é réu em uma das ações penais da operação e não fez acordo de delação premiada.

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