O filho do último xá do Irã se solidarizou nesta quinta-feira (20) com os ucranianos, afetados por ataques com drones russos, supostamente vendidos por Teerã, e instou novas e duras sanções contra o regime da república islâmica.
"Nossos corações estão com o povo ucraniano, que defende sua soberania", disse Reza Pahlavi a jornalistas, após discursar em sua casa, em Washington, onde vive exilado, sobre os protestos que sacudiram o Irã nas últimas semanas.
##RECOMENDA##"Acusamos o regime islâmico não só de ter destruído por completo a nossa liberdade", como "agora também de cooperar com quem está pondo em risco a soberania de outro país", afirmou.
Nesta quinta, a União Europeia (UE) impôs sanções a três generais iranianos e uma empresa, acusados de fornecer estes drones, que mataram cinco pessoas em Kiev na segunda-feira e destruíram centrais elétricas e outra infraestrutura civil crucial na Ucrânia. O Reino Unido se somou a estas medidas.
Funcionários americanos e europeus dizem ter evidências de que a Rússia comprou drones iranianos de baixo custo que explodem com o impacto. Rússia e Irã negaram estes apontamentos em uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, convocada pelos países ocidentais na quarta-feira.
Pahlavi disse que tinha poucas dúvidas de que o Estado clerical do Irã, que substituiu a monarquia de orientação oriental de seu pai, após a revolução de 1979, opera em todo o mundo.
"A pergunta não é o que o regime iraniano está fazendo. A pergunta é como o mundo vai reagir e se vai tomar medidas claras para condenar as ações do regime através de sanções com consequências dolorosas", expressou.
Pahlavi defende a formação de uma democracia secular no Irã e não necessariamente a restauração da monarquia, uma opção que tem um apelo limitado dentro do país.