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A conselheira de segurança nacional da Casa Branca, Susan Rice, admitiu ao ministro brasileiro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que são legítimos os questionamentos do Brasil ao fato de os Estados Unidos espionarem amigos e aliados.

Rice e Figueiredo reuniram-se nesta quarta-feira na Casa Branca depois de a presidente Dilma Rousseff ter exigido de Washington respostas sobre as denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) espionou as comunicações. A próxima visita oficial de Dilma aos EUA, programada para outubro, está condicionada à resposta norte-americana.

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Na semana passada, durante a reunião do Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) em São Petersburgo, o presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu explicações a Dilma.

Na conversa com Figueiredo, Rice acusou a imprensa de "distorcer" algumas das informações sobre os atos de espionagem promovidos pela NSA. Segundo ela, no entanto, são legítimos os questionamentos em relação a como os EUA empregam sua capacidade de espionagem, o que vem criando tensão nas relações entre Brasília e Washington. Fonte: Associated Press.

A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, repudiou as afirmações de que o vazamento de informações sobre sistemas de vigilância norte-americano por Edward Snowden tenha enfraquecido a presidência de Barack Obama e prejudicado a política externa do país. Segundo Rice, os Estados Unidos continuarão a ser "o mais influente, poderoso e importante país do mundo."

As declarações de Rice foram as únicas que ela fez em público sobre o caso envolvendo Snowden e aconteceram durante uma entrevista à Associated Press. Ela se prepara para deixar o cargo na ONU e assumir o posto de conselheira nacional de segurança de Obama.

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Para Rice, ainda é muito cedo para dizer se haverá repercussões sérias no longo prazo do vazamento de informações de inteligência feitos pelo ex-funcionáiro da CIA e de uma empresa que presta serviços para a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), que fugiu para Hong Kong e depois para a Rússia. "Eu não acho que as consequências diplomáticas, pelo menos no que são previsíveis no momento, sejam significativas", afirmou ela.

O secretário de Defesa norte-americano Chuck Hagel e o general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, disseram que o vazamento foi uma séria violação, que prejudicou a segurança nacional. "Sempre haverá questões difíceis no dia a dia", disse Rice, "e, francamente, este período não é particularmente único".

"Eu acho que a questão envolvendo Snowden é obviamente algo que vai passar e superamos todas as questões como esta no passado", declarou ela em entrevista concedida na quinta-feira, antes de participar de um almoço em sua homenagem, oferecido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Rice repudiou os comentários que afirmam que as ações de Snowden fizeram de Obama um presidente que não tem mais nada para fazer - como num final de mandato -, e tenha prejudicado sua base política e sua política externa. Ela afirmou que "eu acho que isso é um disparate".

"Eu acho que os Estados Unidos da América são e continuarão a ser o mais influente, poderoso e importante país do mundo; a maior economia, o maior Exército, com uma rede de alianças e valores que são universalmente respeitados."

Para Rice, Obama tem "ambições significativas e uma agenda de verdade" para seu segundo mandato. Ela lembrou os discursos feitos na semana passada sobre desarmamento e não-proliferação de armas nucleares, além da questão das mudanças climáticas, abordado nesta semana. Fonte: Associated Press.

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