Tópicos | NSA

O ex-analista de Inteligência e lançador de alertas americano Edward Snowden, procurado por Washington, obteve uma permissão de residência permanente na Rússia, onde está refugiado desde 2013, anunciou seu advogado nesta quinta-feira (22).

"Os serviços de migração da Rússia concederam hoje a Snowden uma permissão de residência permanente", disse Anatoli Kutcherena, advogado do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.

Kutcherena confirmou à AFP que a permissão de residência foi estendida por tempo indeterminado. O anúncio foi possível graças às recentes mudanças nas leis de imigração russa.

A solicitação foi feita em abril, mas sua revisão atrasou, devido à pandemia de coronavírus, acrescentou.

Edward Snowden se beneficiava até agora de um primeiro direito de asilo de um ano, depois uma permissão de residência de três anos, estendida em 2017.

O ex-analista abandonou os Estados Unidos depois de divulgar à imprensa dezenas de milhares de documentos que comprovam o alcance das atividades da NSA, demonstrando o alcance da vigilância eletrônica exercida pelos EUA.

Essas revelações provocaram fortes tensões entre Estados Unidos e seus aliados. Depois, a decisão das autoridades russas de lhe conceder uma permissão de residência enfureceu Washington.

Em agosto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que "iria dar uma olhada" em um possível indulto a Edward Snowden, acusado de "espionagem" em seu país. Se for julgado e considerado culpado nos EUA, pode enfrentar até 30 anos de prisão.

Privado de seu passaporte americano a pedido de Washington, Snowden acabou indo para Moscou em maio de 2013, depois de chegar lá procedente de Hong Kong e com a intenção de buscar refúgio na América Latina. Finalmente, viu-se estancado na Rússia, onde recebeu asilo.

Edward Snowden, o ex-analista da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês) que fugiu para a Rússia depois de vazar informações sobre o programa de vigilância em massa do governo dos Estados Unidos, publicará suas memórias - informou a editora nesta quinta-feira (1º).

O livro "Permanent Record" estará à venda a partir de 17 de setembro e será publicado mundialmente pela Macmillan Publishers.

##RECOMENDA##

Snowden, que trabalhava para a CIA, além da NSA, vive na Rússia desde 2013, após ter vazado milhares de papéis secretos para a imprensa. Esses documentos expuseram o alcance da vigilância dos Estados Unidos depois dos ataques do 11 de Setembro.

Enquanto seus defensores o elogiam por defender a privacidade, os Estados Unidos o acusam de pôr a segurança nacional em risco.

Snowden enfrenta acusações de espionagem nos Estados Unidos, pelas quais pode ser condenado a passar décadas na prisão.

"Aos 29 anos, Edward Snowden decidiu desistir de seu futuro para o bem de seu país", disse o CEO da Macmillan Publishers nos Estados Unidos, John Sargent, em um comunicado.

"Ele demonstrou enorme valor em fazer isso e, gostando, ou não, é uma incrível história americana", acrescentou.

"Não há dúvida de que o mundo é um lugar melhor e mais privado, graças às suas ações", completou.

Em sua conta no Twitter, Snowden postou uma mensagem, informando ter escrito um livro, e incluiu um vídeo dele.

"Tudo o que fazemos hoje é para sempre, não porque queremos lembrar, mas porque não temos o direito de esquecer", diz ele no vídeo.

"Ajudar a criar este sistema é do que mais me arrependo", conclui.

O governo do Canadá concedeu asilo a uma mulher que ajudou a esconder o americano Edward Snowden durante sua fuga para Hong Kong após ele tornar público detalhes da atuação da agência americana de vigilância NSA no mundo, informou nesta segunda-feira uma associação para a proteção dos direitos dos refugiados.

"Vanessa Rodel e a filha de 7 anos, Keana, estão atualmente em um voo que partiu de Hong Kong e que aterrizará no aeroporto Pearson, em Toronto, nesta noite", indica um comunicado da associação For The Refugees, acrescentando que as duas viajarão na terça-feira para Montreal onde ficarão como refugiadas patrocinadas pelo setor privado.

Consultado sobre este caso durante uma entrevista à imprensa, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, se negou a comentar sobre um "caso específico".

O Departamento de Imigração do país também não ofereceu mais detalhes, mas informou através de um e-mail enviado à AFP que, "em circunstâncias excepcionais", os trâmites de asilo poderiam ser "acelerados" em relação aos procedimentos habituais.

De acordo com o jornal local National Post, outros cinco cidadãos do Sri Lanka seguem esperando a resposta do governo canadense sobre seus pedidos de asilo.

Natural das Filipinas, Rodel escondeu Snowden em seu apartamento de Hong Kong em 2013, após o ex-analista de sistemas da NSA revelar a existência de um sistema global de vigilância e monitoramento de comunicações e internet, segundo a Rádio Canadá.

Os líderes de seis grandes agências de inteligência dos EUA advertiram que os cidadãos americanos não devem usar produtos e serviços feitos pelos fabricantes de smartphones chineses Huawei e ZTE. De acordo com um relatório da CNBC, o grupo fez a recomendação em uma reunião nesta terça-feira (13), que incluiu os chefes do FBI, CIA, NSA e o diretor de inteligência nacional.

"Estamos profundamente preocupados com os riscos de permitir que qualquer empresa ou entidade que sejam subordinadas a governos estrangeiros de ganhar posições de poder dentro de nossas redes de telecomunicações", afirmou o diretor do FBI, Chris Wray.

##RECOMENDA##

A comunidade de inteligência dos EUA há muito tem se preocupado com a Huawei, que foi fundada por um ex-engenheiro do Exército de Libertação Popular (ELP) da China e foi descrita pelos políticos norte-americanos como um braço do governo chinês.

Embora a Huawei tenha iniciado a vida como uma empresa de telecomunicações, os smartphones da empresa se mostraram incrivelmente bem-sucedidos nos últimos anos. Em setembro passado, a companhia ultrapassou a Apple como a segunda maior fabricante de telefones inteligentes do mundo, atrás apenas da Samsung.

Mas a empresa nunca conseguiu fazer incursões no lucrativo mercado americano. No mês passado, a Huawei planejava lançar o seu smartphone Mate 10 Pro nos EUA através da operadora AT&T, mas o acordo foi desfeito devido à pressão política.

Os legisladores dos EUA estão atualmente considerando um projeto de lei que proibiria os funcionários do governo de usar telefones da Huawei e da ZTE. Em resposta a esses comentários, um porta-voz da Huawei disse à CNBC que está ciente das atividades governamentais dos EUA.

LeiaJá também

--> Principais TVs inteligentes estão vulneráveis a hackers

Edward Snowden ajudou a criar um aplicativo para smartphones projetado a proteger os usuários contra espiões. O software usa sensores - incluindo a câmera, o microfone, o giroscópio e o acelerômetro de um telefone - para detectar intrusos que tentam roubar informações pessoais ou pertences.

Segundo o ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, o aplicativo chamado Haven foi feito para jornalistas investigativos, defensores de direitos humanos e pessoas que se sentem ameaçadas. Ele foi projetado para ser usando em um segundo smartphone, que pode ser deixado perto das posses que um usuário deseja monitorar.

##RECOMENDA##

"Imagine que você é um jornalista que trabalha em um país estrangeiro hostil e que está preocupado com o fato de as autoridades de segurança entrarem em seu quarto de hotel e vasculharem seus pertences e computador enquanto você está ausente", informa um comunicado sobre o aplicativo.

Usando os sensores que a maioria dos celulares disponíveis no mercado possuem, a ferramenta detecta mudanças no ambiente e emite um alerta criptografado ao smartphone principal do usuário caso perceba alguma movimentação estranha.

A revista Wired testou o aplicativo e informou que ele é extremamente sensível ao movimento. As organizações por trás da invenção criaram uma página de doações para aqueles que desejam apoiar seu desenvolvimento. Por enquanto, a novidade só está disponível para plataformas com Android, por meio da Google Play.

Edward Snowden não está colaborando com esse projeto por acaso. Ele vive em um exílio em Moscou, na Rússia, desde 2013, depois de revelar ao mundo o esquema de monitoramento em massa promovido pelo governo dos EUA por meio da NSA.

LeiaJá também

--> França proíbe WhatsApp de compartilhar dados com Facebook

Um grupo hacker conhecido como Shadow Brokers divulgou nesta sexta-feira (14) um vasto conjunto de ferramentas confidenciais usadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA), dos EUA, para explorar vulnerabilidades de software do sistema operacional Windows, da Microsoft.

O vazamento é o mais recente e, de acordo com especialistas em segurança, o mais prejudicial conjunto de documentos roubados publicados pelo grupo Shadow Brokers, que é amplamente creditado por ser vinculado ao governo russo.

##RECOMENDA##

Os documentos, que são substancialmente linhas de código, podem servir para permitir que uma pessoa má intencionada se infiltre em dispositivos que possuem o Windows instalado, para fins de espionagem, vandalismo ou roubo de dados.

Algumas das ferramentas de hacking foram sinalizadas por serviços antivírus já em 2012, mas especialistas acreditam os documentos contém pelo menos algumas vulnerabilidades não reveladas pelas versões mais antigas do Windows.

Figuras conhecidas na comunidade de segurança ressaltaram a gravidade do evento para a Microsoft. De acordo com o pesquisador Cris Thomas, alguns dos produtos mais visados pelas vulnerabilidades são os Windows XP, Windows 8, Windows Server 2003 e Windows Server 2012.

Em resposta ao caso, a Microsoft publicou uma postagem em seu blog oficial afirmando que após uma análise do vazamento, determinou que a maioria das vulnerabilidades foram corrigidas em uma série de atualizações do Windows lançadas em março.

LeiaJá também

--> Vírus disfarçado de game rouba controle do seu smartphone

Um grupo secreto que publicou uma série de ferramentas para "hackear", supostamente usadas por espiões norte americanos, divulgou hoje uma senha que afirma poder liberar arquivos relacionados.

Em uma publicação na plataforma Medium, o grupo "Shadow Brokers" revelou a senha para arquivos relacionados ao kit de ferramentas que seria da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Alguns especialistas de segurança tuitaram que a senha funciona.

##RECOMENDA##

Em outubro, o grupo vazou informações que especialistas dizem poder identificar computadores usados para disfarçar a escuta eletrônica dos EUA.

A publicação do grupo também incluiu um discurso contra o presidente Donald Trump e críticas ao recente ataque dos EUA a uma base militar síria. Fonte: Associated Press.

O Yahoo! negou nesta quarta-feira (5) que faça uma vigilância generalizada das mensagens de de seus usuários, depois que a imprensa divulgou informações de que a empresa tinha criado um programa especial de rastreamento a mando dos serviços de Inteligência dos Estados Unidos.

O artigo da agência de notícias Reuters, publicado na terça-feira e segundo o qual o gigante da Internet teria rastreado em segredo milhões de contas de para ajudar as autoridades americanas, era "enganoso", afirmou o Yahoo! em um comunicado enviado à AFP. "Interpretamos rigorosamente cada solicitação do governo para obter dados dos usuários, para reduzir ao mínimo o que divulgamos", afirma o Yahoo!.

##RECOMENDA##

"O rastreamento de descrito no artigo não existe nos nossos sistemas" informáticos, garante. Segundo a Reuters, que citou ex-funcionários do Yahoo! como fontes, o grupo teria criado em 2015 um programa sob medida que fazia uma varredura em todas as mensagens eletrônicas de seu servidor para ajudar a Agência de Segurança Nacional (NSA) e a Polícia Federal americana (FBI).

Horas depois da divulgação dessas informações, o Yahoo! publicou um breve comunicado, no qual não desmentia, nem confirmava, as acusações. "O Yahoo! é uma empresa que respeita a lei, e atua em conformidade com as leis dos Estados Unidos", frisou. Contactados pela AFP, a Agência de Segurança Nacional (NSA) e o FBI se negaram a comentar o assunto.

O Yahoo foi acusado de ter construído secretamente um programa de software em 2015 que analisou e-mails de milhões de clientes a mando de oficiais de inteligência dos EUA, atitude que levou o chefe de segurança da companhia a renunciar ao cargo em protesto. Pedidos de informações teriam partido do FBI e da Agência de Segurança Nacional (NSA). As informações foram divulgadas nesta terça-feira (4) pela agência Reuters.

Segundo a reportagem, não se sabe quais informações as autoridades de inteligência dos EUA estavam procurando. A Reuters também não conseguiu determinar quais foram os dados repassados, se houve realmente essa transferência, e nem se outros provedores também receberam esse pedido do governo americano.

##RECOMENDA##

De acordo com dois dos ex-empregados do Yahoo, a decisão da CEO Marissa Mayer de obedecer ao governo americano irritou alguns executivos de alto escalão e causou a demissão do chefe de segurança de informação Alex Stamos, que agora trabalha para o Facebook.

"O Yahoo é uma empresa que cumpre a lei, e está em conformidade com as leis dos EUA", disse a companhia em um breve comunicado. O grupo se negou a fornecer qualquer comentário adicional. Especialistas em segurança ouvidos pela Reuters acreditam ainda que a NSA e o FBI tenham feito o mesmo pedido para outras empresas do ramo.

Esse é o segundo escândalo que envolveu a empresa recentemente. Em setembro, a companhia admitiu o vazamento de dados de pelo menos 500 milhões de usuários em 2014. A gigante de tecnologia, que foi comprada pela Verizon por US$ 4,83 bilhões, solicitou na época a troca de senhas de todos os clientes afetados pelo incidente.

A justiça norueguesa rejeitou nesta quarta-feira mais uma vez um recurso do ex-consultor da Agência de Segurança Nacional americana (NSA), Edward Snowden, que pedia garantia contra uma eventual extradição se for à Noruega para receber um prêmio.

A corte de apelações de Borgarting (Oslo) considerou que não está habitada a examinar se existem condições de uma possível extradição par os Estados Unidos, ou seja, antes que Snowden pise em solo norueguês e que Washington envie um pedido formal.

Acusado de espionagem em seu país depois de ter revelado a amplitude dos programas de vigilância da NSA, o americano, que atualmente se encontra na Rússia, contatou a justiça para poder receber o Prêmio Ossietzky de liberdade de expressão sem que isso implicasse um risco de ser enviado aos Estados Unidos.

Seu pedido já havia sido negado em uma primeira instância no final de junho pelos mesmos motivos.

A entrega do prêmio Ossietzky, que foi concedido em março pela seção norueguesa do PEN clube, está prevista para 18 de novembro.

Snowden está há três anos em Moscou por ter vazado milhares de documentos que trouxeram à tona o sistema de vigilância mundial dos Estados Unidos, desencadeando um vivo debate sobre o direito à privacidade frente à atuação do Estado.

Edward Snowden, o ex-consultor americano por trás das revelações sobre os programas secretos de vigilância dos Estados Unidos, fez uma grande entrada nesta terça-feira (29) no Twitter, onde começou a seguir a conta da Agência Nacional de Segurança americana (NSA). "Podem me ouvir agora?", perguntou em seu primeiro tuíte, publicado às 13h (horário de Brasília) e retuitado dezenas de milhares de vezes.

Sua conta @Snowden, certificada pelo Twitter, já era seguida por centenas de milhares de pessoas pouco depois de sua criação. "Antes, trabalhava para o governo. Agora, trabalho para o público", explica em sua biografia do Twitter este homem que se apresenta como diretor da Fundação Freedom of the press.

##RECOMENDA##

O The Intercept, o jornal online dirigido por Glenn Greenwald, um jornalista que ganhou o Pulitzer por ter publicado as revelações de Edward Snowden sobre um sistema de espionagem da agência de inteligência americana NSA, confirmou que a conta é autêntica. "Segundo o advogado de Snowden, Ben Wizner, o próprio Snowden controlará sua conta", escreveu a publicação.

Um detalhe divertido. A primeira e única conta que Snowden segue até o momento é a da NSA (@NSAGov). Edward Snowden vive atualmente em Moscou (Rússia), que lhe ofereceu asilo. Buscado por espionagem e roubo de documentos propriedade do Estado, pode ser condenado a até 30 anos de prisão nos Estados Unidos.

A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos (EUA) teve uma parceria de décadas com a operadora AT&T para bisbilhotar sobre o uso da internet, de acordo com documentos que vazaram recentemente por Edward Snowden. Os documentos fornecidos pelo ex-funcionário da NSA e revisados pelo The New York Times e pelo ProPublica descrevem uma alta colaboração da gigante das telecomunicações, que demonstrou uma vontade extrema de ajudar.

O jornal nova-iorquino diz que não está claro se esses programas ainda estão em operação atualmente. Os documentos vazados são do período entre 2003 e 2013. Os documentos mostram que a AT&T concedeu à NSA o acesso a bilhões de e-mails que transitavam pela rede norte-americana e ajudou a agência de espionagem a se inteirar de todas as comunicações online da Organização das Nações Unidas (ONU).

##RECOMENDA##

AT&T é a fornecedora da linha de Internet da ONU.

O porta-voz da empresa, Brad Burns, insistiu que a At&T não fornece informações para quaisquer autoridades de investigação sem uma ordem judicial a não ser que a vida de uma pessoa esteja em perigo. Nos documentos, a AT&T e outras empresas não foram identificados pelo nome, mas, sim, por um codinome. Um dos programas mais antigos, o Fairview, foi lançado em 1985 e envolve a AT&T, disseram o The New Times e a ProPublica, citando funcionários da inteligência. A Verizon e a antiga MCI - que a Verizon comprou em 2006 - são parte de um outro programa, de codinome Stormbrew.

O Senado americano não conseguiu um acordo, neste domingo, para evitar a expiração, à meia-noite, da Lei Patriótica antiterrorista, que inclui a coleta de dados telefônicos pela Agência de Segurança Nacional (NSA), depois que o senador republicano Rand Paul bloqueou a possibilidade de chegar a uma solução.

"A Lei Patriótica expirará esta noite", disse Paul, que aspira à Presidência, depois de horas de um debate infrutífero para aprovar uma reforma que permitisse manter em vigor importantes medidas de segurança nacional.

A reforma, denominada "Freedom Act" (Lei da Liberdade), já tinha sido aprovada pela Câmara de Representantes (baixa), com republicanos e democratas unidos no desejo de controlar a coleta, por parte da NSA, de dados telefônicos de milhões de americanos sem nenhuma ligação com o terrorismo.

Também permitia continuar coletando dados através de operadores telefônicos e não da NSA.

O chefe da CIA, John Brennan, advertiu neste domingo que permitir que expirem os programas de vigilância incluídos na Lei Patriótica pode implicar em um aumento das ameaças terroristas.

"Isto é algo que não podemos nos permitir neste momento", disse Brennan sobre a expiração da norma à meia-noite.

"Porque se olharmos para os horrendos ataques terroristas e a violência que têm lugar hoje no mundo, precisamos manter a segurança no nosso país e nossos oceanos não nos mantêm mais seguros da forma como faziam um século atrás", destacou em declarações à emissora CBS.

O presidente Barack Obama exigiu na sexta-feira ao Senado votar "rapidamente" a reforma do programa de coleta de dados de ligações telefônicas da NSA, e advertiu contra as consequências de não fazê-lo.

"Não quero que (...) enfrentemos uma situação em que teríamos podido impedir um ataque terrorista ou deter alguém perigoso e não o tenhamos feito simplesmente devido a uma inação do Senado", disse.

A Casa Branca e a Câmara de Representantes estavam de acordo em aprovar uma nova lei que permita continuar coletando dados telefônicos nos Estados Unidos (horário, duração, número do destinatário), mas através de operadoras telefônicas e não da NSA.

A Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) começou a desacelerar seu controverso programa que vasculha os registros telefônicos de milhões de norte-americanos, após a decisão do senado dos Estados Unidos de entrar em recesso, neste sábado, sem antes chegar a um acordo.

"Nós dissemos durante os últimos dias que o processo de desaceleração deveria ter começado ontem, se não houvesse um acordo legislativo", afirmou um funcionário do governo. "Esse processo já começou."

##RECOMENDA##

A NSA, uma divisão das forças armadas, coletou registros telefônicos, como a duração das chamadas, destino de ligações realizadas, entre outros detalhes, por cerca de 10 anos em um programa secreto construído fora do Ato Patriótico, da lei de 2001 que ampliou a autoridade do governo de buscar pessoas suspeitas de terrorismo.

Não está claro, no entanto, quais as medidas que a NSA irá tomar. Funcionários da Casa Branca se recusaram a dar mais informações sobre, como por exemplo, se a agência vai destruir o banco de dados ou se vai simplesmente para de coletar. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente Barack Obama autorizou nesta quarta-feira (1º) a aplicação de sanções econômicas contra hackers americanos e estrangeiros, ao permitir que o governo congele os ativos de pessoas envolvidas em ataques cibernéticos contra os Estados Unidos.

"As ameaças cibernéticas representam um dos problemas econômicos e de segurança nacional mais graves para os Estados Unidos. Minha administração está aplicando uma estratégia global para enfrentá-lo", afirma Obama na ordem executiva.

##RECOMENDA##

Com a ordem, o Tesouro americano tem o poder de poder de congelar ou bloquear ativos das pessoas envolvidas em ataques contra redes virtuais americanas "cruciais", como sistemas bancários ou relacionados ao roubo de dados de cartões de crédito.

"As invasões e ataques cibernéticos - muitos procedentes do exterior - afetam nossos negócios, roubam segredos comerciais e custam empregos americanos. Hackers iranianos atacaram bancos americanos", escreveu Obama na mensagem.

"Os ataques virtuais da Coreia do Norte contra a Sony Pictures destruíram informações e colocaram milhares de computadores fora de uso. Nas falhas (de segurança) recentes que viraram manchetes, dados pessoais de mais de 100 milhões de americanos foram comprometidos, como informações sobre seus cartões de crédito ou informações médicas", completa.

A Casa Branca pediu ao Congresso, nesta segunda-feira, que aprove o prolongamento de um programa amplo de espionagem telefônica implementado pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), que deve expirar em junho.

Revelado pelo ex-analista de segurança Edward Snowden, o programa permite coletar continuamente os metadados das chamadas telefônicas nos Estados Unidos - que incluem a duração da chamada, o número discado, o horário, mas não as ligações -, apesar de a Constituição exigir um mandado judicial para qualquer procedimento nesse sentido.

"Se o artigo 215 da Lei Patriota expirar, não poderemos continuar executando o programa de coleta de metadatos telefônicos", defendeu o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Ned Price, alegando que essa habilitação é "uma ferramenta crucial para a segurança do país".

Um mês e meio depois dos atentados do 11 de Setembro, o então presidente americano, George W. Bush, promulgou a Lei Patriota, uma medida antiterrorista complexa. Algumas de suas consequências vieram à tona apenas em 2013, quando Edward Snowden entrou em cena.

A lei recebeu várias emendas e, hoje, quase todos os artigos se tornaram permanentes, salvo o célebre "artigo 215".

Hackers que atacam redes de computadores norte-americanas parecem estar deixando "pegadas digitais" para mandar um recado sobre a vulnerabilidade de sistemas críticos, afirmou a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), nesta quinta-feira (19).

O almirante Michael Rogers, diretor da NSA e chefe do ciber-comando do Pentágono, fez os comentários durante um painel no Senado dos Estados Unidos, alertando sobre a crescente sofisticação dos ciberataques. "Pesquisadores de segurança privada durante o ano passado relataram inúmeros achados de 'malware' nos sistemas de controle industriais de organizações do setor de energia", disse Rogers, em depoimento por escrito.

##RECOMENDA##

"Acreditamos que adversários em potencial podem estar deixando impressões digitais em nossa infraestrutura crítica para transmitir uma mensagem de que nossa pátria está em risco caso as tensões aumentem para um conflito militar", acrescentou.

Rogers disse aos senadores que "ameaças e vulnerabilidades estão mudando e se expandindo em ritmo acelerado e alarmante", forçando os EUA a reforçarem as medidas defensivas.

Em alguns casos, os atacantes podem estar planejando a criação de "uma ponte para uma futura sabotagem cibernética", disse Rogers.

"Os invasores cibernéticos de hoje, em muitos casos, não só querem atrapalhar nossas ações, mas procuram estabelecer uma presença persistente em nossas redes", afirmou o almirante o painel.

As chamadas redes de infraestruturas críticas - redes de energia, transporte, água e controle de tráfego aéreo, por exemplo - correm um risco particular, e uma queda de computador poderia ser devastador.

Rogers acrescentou que o exército está no meio do caminho para a construção de seu novo corpo de defesa cibernética, que pode ajudar na defesa do país contra ataques cibernéticos.

"Há três anos não tínhamos capacidade, tínhamos visão e expertise, mas eram muito sofisticadas. Hoje, as novas equipes estão vigiando ativamente (Departamento de Defesa) as redes e estão preparadas, quando for apropriado e autorizado, para ajudar os comandos combatentes a negar liberdade de manobra para nossos adversários no ciberespaço".

Rogers disse que a maioria da equipe teria "capacidade operacional inicial" pelo menos até setembro de 2016, final do próximo ano fiscal.

Mas ele falou aos legisladores no Comitê de Serviços Armados que quaisquer cortes orçamentários ou atrasos em fundos orçamentários "vão desacelerar a construção de nossas equipes cibernéticos" e prejudicar os esforços dos EUA de defesa no ciberespaço.

"Se nós não continuarmos a investir em nossas capacidades existentes e futuras, não teremos a capacidade necessária e correremos o risco de estar menos preparados para enfrentar as ameaças futuras", alertou.

A fundação Wikimedia, organização sem fins lucrativos responsável pela enciclopédia colaborativa Wikipédia, está processando a NSA (Agência de Segurança Nacional) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Leia mais:

##RECOMENDA##

Governo dos EUA tenta hackear o iPhone desde 2007

O processo, segundo a entidade, é uma resposta ao programa de espionagem da NSA e sua pesquisa em larga escala para interceptar comunicações através da internet – atividade frequentemente citada como vigilância em massa.

Para a fundação Wikimedia, a privacidade é o fundamento da liberdade individual e deve ser tratada como um direito universal. Tais princípios, segundo a entidade, resumem o fundamento que sustentam a  visão do grupo. “Quando estes valores estão em perigo, nossa missão é ameaçada”, afirma a organização, em comunicado.

A empresa afirma ainda que o programa da NSA ameaça os valores da liberdade intelectual. Junto com a fundação Wikimedia, mais oito organizações estão apoiando a briga judicial. Eles são representados pela ONG americana ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis).

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (25), a fabricante de chips Gemalto admitiu que seus sistemas foram invadidos, como adiantou o relatório entregue pelo ex-analista da NSA Edward Snowden.

Leia mais:

##RECOMENDA##

Gemalto investiga invasão de seus sistemas por espionagem

A polêmica veio a tona na última semana, quando a Sede das Comunicações do Governo britânico (GCHQ, na sigla em inglês), em cooperação com a Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês), foram acusadas de invadir o sistema da Gemalto. A violação teria como objetivo o roubo de códigos que permitiriam as agências espionarem telefones celulares ao redor do mundo

Com base nas investigações, a Gemalto afirma ter detectado tentativas de invasões em 2010 e 2011, como indica o relatório, que lhe dão motivos para crer que uma operação encabeçada pela NSA e pela GCHQ pode ter acontecido.

No entanto, de acordo com a Gemalto, os ataques só afetaram suas redes internas. As chaves de criptografia SIM e outros dados de seus clientes não são armazenados nestas redes, portanto, permanecem seguros.

Esse sistema de segurança começou a ser adotado pela fabricante em 2010. Os documentos disponibilizados por Snowden relatam tentativas de ataques a chips de operadoras de países como Afeganistão, Índia e Paquistão. Muitas dessas tentativas falharam justamente por conta da estratégia.

“Como líder de mercado, a Gemalto pode ter sido o alvo dos serviços de inteligência, a fim de alcançar o maior número de telefones móveis”, admitiu a companhia.

Para evitar que novos ciberataques ocorram, a Gemalto afirma que continuará a adotar medidas de segurança, entre elas criptografia avançada de dados, de modo que, mesmo que as redes sejam violadas, terceiros não poderão acessar qualquer uma das informações. 

A coleção de registros telefônicos da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês) enfrenta um teste na próxima semana quando um tribunal ouvirá argumentos sobre o programa de vigilância.

Os argumentos a serem apresentados na terça-feira serão apenas um dos três desafios federais de apelação em tribunais sobre o programa da NSA que reúne milhões de registros telefônicos de norte-americanos, um assunto que pode eventualmente chegar à Suprema Corte. Os casos, que incluem dois processos independentes em Nova Iorque e em São Francisco, foram iniciados pelas revelações do ex-contratado da NSA Edward Snowden ano passado detalhando o funcionamento do programa de vigilância.

##RECOMENDA##

As declarações de Snowden desencadearam batalhas legais, políticas e estratégicas sobre em qual amplitude o governo pode espionar seus próprios cidadãos e pessoas em outros países. O caso de terça-feira vem de um processo iniciado ano passado pelo ativista legal Larry Klayman pedindo para que seja encerrada a vigilância.

Em 2013, o juiz distrital Richard Leon considerou "praticamente certo" que o programa do governo violou a constituição. A administração do presidente Barack Obama apelou sob a argumentação de que coletar registros telefônicos não é uma violação da proibição constitucional a buscas sem justificativa.

Autoridades dizem que a NSA somente analisa o banco de dados de registros telefônicos coletados quando há a identificação de um número de telefone de um suspeito de terrorismo. Patrick Toomey, um advogado da União Americana pelas Liberdades Civis, que está processando o programa de espionagem, disse que assessores da presidência já teriam concluído que é possível rastrear ligações de suspeitos de terrorismo mesmo sem coletar dados de milhões de americanos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando