Tópicos | Roberto Dornellas

Foi inegável a liderança de Érika no time do Sport campeão da Liga de Basquete Feminino. Atleta mais experiente e com várias passagens pela seleção brasileira, a pivô é vista como exemplo de dedicação ao esporte e de como se jogar com prazer.

Além do título, a atleta ainda foi a cestinha do time na competição com 167 pontos. Porém, ela revela que isso nunca foi prioridade. “Não me preocupo com isso, o que eu sempre quis foi o título. Se eu fui a cestinha, tenho que agradecer as minhas companheiras. É com a ajuda delas que eu marco pontos”, admite.

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Para Érika, mesmo com um título em disputa, o importante mesmo é sempre entrar em quadra com alegria. “Sou do tipo que joga para se divertir, isso é que é o importante. Fazer a festa da galera é o que me dá prazer de entrar em quadra”, conta.

Primeira final de Liga e título inédito para ele, clube e Região Nordeste. Podemos dizer que 2013 foi um ano perfeito para o técnico rubro-negro, Roberto Dornelas. Mas o trabalho que resultou na conquista da LBF começou bem antes.

“De todos os campeonatos que o Sport disputou, a partir de 2005, ele só não ficou entre os quatro primeiros colocados em 2009”, contou o treinador. Naquele ano, Dornelas havia deixado o clube para ser presidente da Federação Pernambucana de Basquete. “Eu me afastei para comandar a entidade, mas achei que nas quadras seria mais útil”, diz.

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Segundo ele, o projeto que ele próprio montou no Sport em 2005 já visava dar condições ao clube de algum dia disputar um título nacional. Porém, por motivos que vão além das quadras, a ideia foi interrompida. Mas no ano passado, o técnico conseguiu conscientizar a diretoria rubro-negra de que valia a pena investir em um time para jogar a LBF.

“Se alguém aqui merece um crédito especial é o vice-presidente de esportes amadores do Sport, Aluísio Monteiro, que acreditou e bancou esse time”, elogia Dornelas. Em junho de 2012, fizemos uma reunião com todos que hoje formam a comissão técnica e eles aceitaram o desafio. Juntamos pessoas que quiseram vestir a camisa. Ninguém aqui ganha fortuna”, revela.

Para ele, o futuro da equipe no basquete nacional é promissor. “Hoje em dia, há jogadoras que querem vir para o Sport. Sabe por quê? Porque o trabalho foi bem feito e isso conta muito”, afirma.

Por falta de competições de basquete feminino locais e regionais, o time do Sport está trabalhando com a possibilidade de participar do Campeonato Paulista da modalidade, em setembro. Segundo o diretor de basquete do Sport, Valter Ferreira, essa seria a saída para manter o time em atividade. “Já existem algumas cidades de São Paulo interessadas em fazer essa parceria, mas a intenção joga lá e continuar mantendo a nossa base em Recife, com nosso ginásio”, explica o dirigente.

O objetivo do clube também é manter a equipe, mas algumas jogadoras não ficarão mais na equipe. As americanas Sky e Alex voltarão para seu país onde têm compromissos com times de universidades. A maior estrela da equipe, Érika, é outra que se despede esse ano. A pivô se apresenta no Atlanta Dream, no dia 12 de maio, para a disputa da WNBA, liga de basquete feminino americano.

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De acordo com Valter Ferreira, todos os planos ainda dependem de patrocínios, que já estão sendo procurados. “Para a final, nós fechamos com três marcas, mas para os próximos campeonatos vamos rever todos os nossos contratos”, revela.

 

O título da Liga de Basquete Feminino realmente ficou em boas mãos. A campanha do Sport foi incontestável e inédita. Pela primeira vez na história uma equipe do Nordeste conquistou o troféu da LBF. Foram 10 jogos e 10 vitórias, contando com a primeira fase, semifinal e final.

A campanha perfeita das “Leoas” começou no dia 19 de janeiro, no ginásio Jorge Maia, na Ilha do Retiro. O primeiro adversário das pernambucanas foi justamente o time que elas enfrentariam na final. Mesmo favorito ao título, o Americana saiu derrotado pelo time da casa por 66 x 60. Já nessa partida, a torcida do Sport deu exemplo e lotou as arquibancadas. Fator esse que seria um dos diferenciais durante todos os jogos da Liga em Recife.

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Porém, após a estreia, o time rubro-negro partiu para três desafios longe da sua torcida. Mas isso não abalou a equipe, que voltou para casa com três vitórias: 69 x 56 contra o Maranhão Basquete; 60 x 44 contra o São José e 81 x 51 contra o Ourinhos.

Foi justamente após esses resultados que o clube pernambucano ganhou status de favorito ao título. Nas volta para casa, o Sport venceu mais duas na Ilha do Retiro: 65 x 58 contra o Santo André e 92 a 51 contra o Guarulhos. Como essa campanha irretocável, o time terminou a primeira fase na liderança e garantiu o direito de se classificar direto para as semifinais.

Na luta por uma vaga na final, o Sport encarou o São José e, mas uma vez, fez bonito. Duas vitórias: 73 x 58 na casa do adversário e 73 a 63, em Recife. Pela primeira vez na história, um clube nordestino estava na final da LBF.

Na decisão do título, um confronto contra o time que foi o adversário na primeira rodada. No primeiro jogo, no interior paulista, o rubro-negro pernambucano sofreu, mas venceu o Americana por 54 x 44. Na partida de volta, ginásio lotado e troféu garantido: 62 x 57 e título inédito para o Nordeste.

O nome Claudinete Oliveira Barros pode não ser famoso, ainda, mas o apelido “Mô” já é sinônimo de garra e superação para os torcedores rubro-negros. Moradora da comunidade Caranguejo Tabaiares, a atleta de 27 anos, é uma das poucas atletas formadas no clube e virou xodó da torcida.

“Tem um sabor especial conquista meu primeiro título pelo Sport. Já joguei em outras equipes, mas aqui foi onde eu fui mais aproveitada”, afirma. Após conquistar espaço no elenco campeão da LBF, Mô agora quer se dedicar aos estudos. “Meu plano agora é terminar a faculdade”, conta a aluna do curso de Educação Física da Faculdade Maurício de Nassau. “Tenho cinco anos pra torrar ainda. Pretendo ficar, mas não sei ainda. Vamos ver no que dá”, brinca.

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O Sport confirmou o favoritismo e conquistou a dobradinha no Pernambucano de Basquete Adulto. Tanto no feminino quanto no masculino a equipe da Ilha do Retiro levantou o troféu e ficou com as medalhas de ouro.

No feminino, a equipe comandada pelo técnico Roberto Dornellas atropelou a AVB-PE por 91 a 34. Já o masculino, do comandante Rildo Accioly, teve uma decisão mais equilibrada. Vitória por 74 a 66 contra a FASE Faculdade.

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O troféu desse ano levou o nome do ex-árbitro Nilton Agra, primeiro oficial de quadra do Norte-Nordeste a ganhar o carnê da Federação Internacional de Basketball (FIBA).

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