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A Billboard, uma das mais importantes paradas musicais do mundo, elencou as 50 músicas de rock mais tocadas na década de 2010. Surpreendentemente, o Top 10 da lista não conta com nenhum nome significativo do gênero trazendo bandas como Imagine Dragons e Twenty One Pilots. Grupos mais 'tradicionais' como Linkin Park, Bush e Rise Against aparecem nas últimas colocações. 

O ranking leva em consideração o número de visualizações no YouTube além dos números de plataformas de streaming e vendas de mídias digitais e físicas. Sendo assim, alguns grupos listados nesses serviços como rock, levaram a melhor ficando nas primeiras colocações. É o caso do Imagine Dragons, que encabeça a lista e ocupa, também, a segunda e terceira colocação; e o Twenty One Pilots, que garantiu, igualmente, três posições no Top 10.

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Bandas consideradas mais 'rock'n'roll' acabaram amargando as últimas colocações na lista. O Foo Fighters e o Rise Against aparecem em 16º e 22º lugares, respectivamente. O Linkin Park, Bush e a Fall Out Boy aparecem depois da 30ª colocada, no fim do ranking. 

Nas redes sociais, os seguidores da Billboard comentaram o Top 10. "Nenhuma dessas é rock"; "A próxima será a Taylor Swift como melhor rapper da década? Rídiculo"; "Procurando o rock nessa lista"; "O rock morreu em 2016"; "Essa lista é abominável, um insulto aos fãs de rock".

Confira o ranking na íntegra

01. Imagine Dragons– “Believer”

02. Imagine Dragons – “Thunder”

03. Imagine Dragons – “Radioactive”

04. Panic! at the Disco – “High Hopes”

05. The Lumineers – “Ho Hey”

06. Twenty One Pilots – “Heathens”

07. Walk the Moon – “Shut Up and Dance”

08. Portugal. the Man – “Feel It Still”

09. Twenty One Pilots – “Ride”

10. Twenty One Pilots – “Stressed Out”

11. Bastille – “Pompeii”

12. Hozier – “Take Me to Church”

13. Imagine Dragons – “Natural

14. AWOLNATION – “Sail”

15. Lorde – “Royals”

16. Foo Fighters – “Rope”

17. Fall Out Boy – “Centuries”

18. The Black Keys – “Tighten Up”

19. Foo Fighters – “Walk”

20. Imagine Dragons – “It’s Time”

21. Imagine Dragons – “Whatever It Takes”

22. Rise Against – “Savior”

23. Imagine Dragons – “Demons”

24. Stone Sour – “Say You’ll Haunt Me”

25. X Ambassadors – “Unsteady”

26. lovelytheband – “Broken”

27. Elle King – “Ex’s and Oh’s”

28. fun. – “Some Nights”

29. The Dirty Heads feat. Rome – “Lay Me Down”

30. MUSE – “Uprising”

31. Lorde – “Team”

32. Passenger – “Let Her Go”

33. X Ambassadors – “Renegades”

34. Vance Joy – “Riptide”

35. The Black Keys – “Lonely Boy”

36. Paramore – “Ain’t It Fun”

37. Coldplay – “A Sky Full of Stars”

38. Of Monsters and Men – “Little Talks”

39. American Authors – “Best Day of My Life”

40. Neon Trees – “Animal”

41. Foster the People – “Pumped Up Kicks”

42. Lil Wayne, Wiz Khalifa & Imagine Dragons With Logic & Ty Dolla $ign – “Sucker For Pain”

43. Bush – “The Sound of Winter”

44. Fall Out Boy – “Uma Thurman”

45. Mumford and Sons – “Little Lion Man”

46. Panic! At the Disco – Hey Look Ma, I Made It”

47. Capital Cities – “Safe and Sound”

48. Linkin Park – “Waiting For the End”

49. Disturbed – “The Sound of Silence”

50. The Lumineers – Ophelia”

Um senhor de mais de 60 anos, vibrante, contestador, revolucionário e que provoca as mais diversas sensações e reações em quem tem contato com ele ou em quem não vive sem ele.

Este é o rock'n'roll, um estilo musical que nasceu entre as décadas de 1940 e 1950, nos Estados Unidos, e se popularizou para o mundo. Para celebrar a relevância do ritmo, que varia entre diversos estilos e épocas, foi instituído no Brasil o Dia Mundial do Rock, comemorado hoje (13). 

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A data é uma alusão ao Festival Live Aid que ocorreu em 1995, simultaneamente, na Filadélfia, nos EUA, e em Londres, na Inglaterra, com a participação de artistas de rock da época, para conscientizar a população mundial sobre a situação drástica de fome e pobreza da África, além de arrecadar fundos para a causa. Durante o show, transmitido ao vivo para vários países, o cantor e baterista Phil Collins sugeriu que a data fosse lembrada como Dia Mundial do Rock.

"Houve um ano em que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez uma menção condecorando o Live Aid e isso foi divulgado no Brasil e comemorado pelas rádios brasileiras. Foi aí que instituíram que a data seria o dia do rock. Isso pegou forte aqui no Brasil. Lá fora, eles não comemoram como dia do rock, mas todo ano eles lembram desse fato importante que foi o Live Aid", disse o locutor da rádio paulistana voltada para o gênero, Kiss FM, Rodrigo Branco.

Embora muita gente afirme que o rock já morreu, para Branco isso não aconteceu e nunca acontecerá, mas é fato que o estilo passa por ondas, o que é normal, por ser um evento musical que surgiu há mais de 60 anos. “É natural que atualmente não tenha mais a força que teve no passado. De certa forma, convivemos com outros estilos mais atuais e modernos que impactam a juventude e, por isso, já não tem mais a relevância que teve no sentido de alcançar as massas."

A popularização de outros estilos musicais mais comercialmente rentáveis foi um dos fatores para que o cenário rock encolhesse no Brasil, fazendo com que a grande mídia deixasse de dar espaço para as bandas. "Isso não quer dizer que tenha acabado, mas a quantidade de oferta para o grande público é menor. Até a década de 1990, o estilo musical ainda aparecia nos programas populares de televisão. Isso fazia o rock atingir mais a população, dando mais força para o gênero". 

Para o produtor e apresentador da mesma rádio, Samuel Canalli, um dos fatores que não deixaram a modalidade morrer foi justamente o público criado com várias bandas e estilos diferentes. "O público sempre vai se renovando e o interesse nunca morre. As pessoas sempre vão querer saber sobre o rock, tanto que as bandas tocam aqui e enchem estádios."

Canalli define o rock com uma palavra: revolução. “O rock é um gênero que surgiu para contestar os padrões da sociedade e os comportamentos que essa mesma sociedade espera e impõe. O rock começou com os jovens se rebelando contra isso. Revolução combina muito com o rock."

O proprietário do Manifesto Bar, Silvano Brancatti, define o rock como um estilo de vida e uma forma de expressão. “Para muitos há bandas que são como religião. Para quem toca é uma forma de transmitir mensagens de forma mais forte. Há várias vertentes que dão a possibilidade de manifestação e transmissão de mensagens.”

Foi em uma conversa entre dois irmãos e um amigo que surgiu a ideia de criar um local para reunir aqueles que como eles, gostavam do estilo. "Em uma certa noite, pensamos: porque não juntar o agradável com o trabalho, fazer algo que gostamos realmente? Por isso, decidimos montar a casa. Pela necessidade que havia no mercado e para tentar unir o que nosso público precisaria, um bom atendimento, cerveja gelada, música boa. E esse é o segredo de existirmos até hoje", ressaltou.

Em 25 anos de existência, o bar, que é referência para os fãs, teve apresentações de bandas como o Skid Row, Marky Ramone, ex-baterista da banda Ramones, e visitas ilustres de membros de bandas internacionais que passam por São Paulo para fazer shows. "Elas acabam passando aqui para curtir a balada. Passaram por aqui Deep Purple, Iron Maiden, Motorhëad, Helloween, Rammstein. Eles vêm e, a partir do momento em que sentem à vontade, acabam se soltando e fazendo uma jam, participando com os músicos da casa".

O bar apoia também as bandas nacionais, dando espaço para as covers, bandas que fazem tributos aos artistas. “Essas bandas são importantes para manter o rock vivo, porque o Brasil está na rota dos eventos, mas não é todo final de semana que tem show, como nos EUA, então, o que deixa o rock vivo são as bandas cover que representam muito bem as oficiais."

Nos corredores da Galeria do Rock, um centro comercial existente desde 1963 e localizado na região central da capital paulista, o pintor e tatuador de 40 anos, Caio José da Silva, disse que admira o estilo desde os sete anos de idade. A influência veio dos irmãos mais velhos que já ouviam bandas como Kiss, Led Zeppelin, entre outras. "Veio no sangue! O rock dá energia para nós que batalhamos muito no dia-a-dia. O rock ajuda a extravasar de uma forma cultural e pacífica. Deveríamos ter vários dias do rock, apesar de que rock é todo dia, rock é cultura".

O tatuador Erich Demuro, de passagem pela cidade para visitar a família, também ouve o estilo musical desde criança, depois de seu pai o ensinar a ouvir música com o fone de ouvido plugado na vitrola. Desde então, o gênero musical se tornou uma religião em sua vida.  "Os primeiros álbuns aos quais eu tive acesso foram The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, Emerson Lake and Palmer, entre outros. O rock é algo que dá para se comparar a algo divino. É uma coisa que está no DNA, é indescritível".

Álvaro Augusto é funcionário de uma das mais tradicionais e antigas lojas de discos da Galeria do Rock. Segundo ele, a loja, que existe há 26 anos, tem clientes fiéis, que acompanham os lançamentos, encomendam títulos e pesquisam sobre as bandas. "Para se ter uma ideia, temos caixas de coleções de discos de vinil que custam R$ 3,9 mil, como uma dos The Beatles, que reúne toda a obra da banda. Desde 2012 Já vendemos mais de 50 dessas."

Amy Lee, Pitty, Cássia Eller (1962-2001), Rita Lee e Janis Joplin (1943-1970) são algumas das musas que conquistaram o público fã de rock 'n' roll. Mas não é só no mainstream que elas tocam um som pesado. Na atual cena underground e independente, vertentes do gênero, muitas mulheres estão cravando seu espaço, liderando suas bandas e conquistando seguidores.

A Cosmogonia é uma banda punk/hardcore formada no início dos anos 1990 por Elisangela Souza e Renata Tolli, em Osasco, na Grande São Paulo. Entre 1998 e 2006, o conjunto participou de festivais em São Paulo, Brasília, Salvador e Rio de Janeiro. Ao defender seu som, o grupo sofreu preconceito pelo fato de ter apenas integrantes mulheres. "E também por sermos da periferia, pois sempre foi difícil o acesso a instrumentos, estúdio, aulas de música. Naquela época, as integrantes já trabalhavam, algumas já eram mães, e era bem complicado conciliar tudo", lembra a vocalista Gabi Delgado.

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Além de Gabi, a formação atual da Cosmogonia reúne Maria Esther Rinaldi (guitarra), Fernando Hernandez (baixo) e os bateristas substitutos, Felipe Fregnani e Roberto Salgado. A banda está em busca de uma nova baterista. "O Fernando, apesar de estar a pouco tempo conosco, já é alguém que temos contato e amizade de longos anos. É alguém que soma, que nos ajuda sempre. Cremos que precisamos de aliados para tudo que acreditamos e lutamos, então o Fernando é alguém que sempre está conosco e é muito bom ter alguém como ele para nós apoiar em nossa caminhada e projetos", conta.

Show da banda Cosmogonia | Foto: Morts HC

As artistas Alê Labelle (guitarra e vocal), Dani Buarque (guitarra e vocal) e Joan Bedin (baixo) participavam da banda BBGG e, após a saída do baterista, Daniely Simões juntou-se ao grupo para assumir o instrumento e o projeto mudou totalmente, sendo rebatizado de The Mönic. "Todas nós nunca tivemos uma banda só de mulheres e temos muita certeza que esse foi o modelo que mais deu certo em termos de convivência, a gente se entende muito bem. Não temos um propósito de ter uma banda apenas com mulheres, o propósito é fazer música e fazer rock", conta Dani.

Com um ano e meio na estrada, The Monic lança seu primeiro álbum, "Deus Picio", com faixas em inglês e português. O show de lançamento acontece neste sábado (13), Dia Mundial do Rock, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na capital paulista.

As integrantes da banda The Monic | Foto: Divulgação

Já Ana Morena é produtora musical, baixista e fundadora da Camarones Orquestra Guitarrística, uma banda de rock instrumental que em 11 anos já lançou sete discos. O grupo é de Natal (RN) e já fez turnê pelo Brasil, Estados Unidos e Europa. "Natal é uma cidade que sempre teve muitas mulheres tocando, se compararmos as outras. Mesmo assim, quando comecei, havia poucas mulheres em bandas, principalmente musicistas. Em muitos momentos, eu notava que era a única mulher no palco em shows e festivais com várias bandas tocando", conta Ana.

Em quase 20 anos tocando pelos palcos, Ana se lembra do preconceito que já sofreu. "Tudo o que é diferente rola um estranhamento. Se os homens são difíceis hoje, quem dirá há 20 anos. Mulher em banda era exótico e, às vezes, acontecia dos músicos homens e técnica [que sempre era homem], querer nos ensinar algo óbvio e inerente a qualquer pessoa que toca, como se fôssemos imbecis. Rolava um descrédito e, depois, um 'poxa é mulher, mas sabe tocar', bem típico."

Tocando ao lado de três homens, Ana acredita que a sociedade evoluiu bastante, mas ainda precisa melhorar em muitos quesitos, como aceitar mais a mulher na cena muscial ocupada em sua maioria por homens. "A importância da mulher no cenário musical é a mesma da mulher na sociedade. Fundamental e essencial. Ninguém pergunta a importância dos homens em canto nenhum porque é óbvio que eles são importantes. Então, eu considero a mesma coisa para as mulheres", conclui.

A banda Camarones Orquestra Guitarrística | Foto: Mylena Sousa

A turnê europeia da banda Foo Fighters sofreu alterações na agenda após o seu vocalista e guitarrista, Dave Grohl, quebrar a perna em pleno show na Suécia, na última sexta (12). A apresentação no PinkPop Festival, na Holanda, que seria realizada no domingo (13), e a de St. Gallen, na Suiça, que seria nesta quarta (16), foram canceladas.

Dave Grohl tropeçou e caiu do palco enquanto cantava durante o show da última sexta (12), em Gotemburgo, Suécia. O músico foi prontamente atendido e rodeado pelos paramédicos garantiu ao público que voltaria para terminar o show: "Eu acho que acabei de quebrar a perna de novo. Agora eu vou ao hospital 'consertar' minha perna, me desculpem, mas prometo pra vocês que o Foo Figthers vai voltar e terminar o show", disse, antes de sair deitado numa maca. 

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Momentos depois, o guitarrista voltou para cumprir a promessa. De muletas e com a perna engessada, Grohl voltou para dar continuidade à apresentação e foi ovacionado pela plateia. Confira um vídeo, postado por um fã, que mostra o momento da queda e do atendimento do cantor.

Conhecida como a capital do forró, a cidade de Caruaru - localizada à 130km do Recife - é palco para a segunda edição do festival Agreste in Rock (AIR). A programação ocupa grande parte do mês de agosto, começando no dia 12 com a exposição Atitude Rock'n'Roll , que conta com capas clássicas e raras de discos de vinil, uma noite de autógrafos do músico Lobão, mostra de cinema e oficinas de capacitação, culminando com dois dias de shows com grandes bandas.

"Nós fizemos um estudo e percebemos que a cidade de Caruaru precisava de um festival musical na baixa temporada, em um momento em que não existia nenhuma atividade do tipo", conta Danilo Lúcio, produtor do evento. A escolha da cidade também não foi aleatória. "Caruaru é um pólo centralizado para a realização do evento no Agreste. Além de contar com uma boa infraestrutura", afirma Lúcio.

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Com ingressos entre R$ 20 e R$ 40, o Agreste in Rock espera superar o número de público da primeira edição. "Com um dia de evento recebemos 1.500 pessoas. Foi muito animador. Nós queremos e esperamos bater esse número, até por que desta vez ele ocorre em dois dias e ainda temos seis oficinas", fala Danilo. Bandas do Recife, Caruaru, do Rio Grande do Norte compõem o line-up do AIR. "As atrações principais são, no primeiro dia, Lobão e Casa das Máquinas, e no segundo Sepultura", revela o produtor.

Animados com os resultados já alcançados, a produção do festival não descarta a realização da terceira edição e deixa escapar que já começaram a sondar alguns artistas. "Nada definido ainda, mas já estamos com alguns nomes", diz o produtor. Com apoio do Funcultura, o AIR 2 tem seus shows agendados para os dias 30 e 31 de agosto, no Palladium de Caruaru. Confira abaixo o convite feito por Danilo Lúcio para os leitores do LeiaJá.

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Serviço

Agreste in Rock

Palladium (Rodovia BR-104, 1846 - Nova Caruaru, Caruaru/PE)

30 de agosto | 20H

31 de agosto | 18h30

R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia) R$ 700 (camarote lateral - 10 pessoas) R$ 800 (camarote frontal - 10 pessoas)

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