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Na manhã desta terça-feira (11), as linhas da Rodoviária Caxangá sofreram atraso devido uma mobilização do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana na garagem da empresa, no bairro de Peixinhos, em Olinda. A categoria cobra o pagamento imediato de um desconto na folha de alguns profissionais. 

Em conversa com os trabalhadores, o presidente do sindicato, Aldo Lima, comentou sobre a falta de segurança nos ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife e criticou a cobrança indevida de compensação das horas não trabalhadas de funcionários que participaram de manifestações em setembro e outubro de 2020.  

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Para o sindicato, o desconto seria uma tentativa de intimidação para desmobilizar a categoria justamente quando é debatida a campanha salarial deste ano. Inclusive, de acordo com o sindicato, a entidade patronal se mostrou desinteressada em negociar o reajuste e não apresentou contraproposta na primeira tratativa.

Também houve mobilização no Terminal de Xambá para conversar com os usuários sobre a causa dos trabalhadores. Em determinado momento da fala, Aldo comparou os donos das empresas como coronéis e traçou um paralelo entre as condições do período de escravidão com a realidade imposta aos rodoviários. 

Após uma paralisação de dois dias, os motoristas e cobradores da empresa Rodoviária Caxangá voltaram às suas atividades normalmente nesta quarta-feira (12). Os trabalhadores resolveram cruzar os braços já na madrugada da última segunda-feira (10) e, segundo eles, o motivo do protesto era reivindicar contra referidas demissões. A empresa chegou a solicitar ao Grande Recife Consórcio de Transporte que outras empresas reforçassem as linhas sem circulação.

Segundo a categoria, com a implantação da exclusividade do pagamento das passagens através dos cartões VEM, cobradores foram demitidos. Isto porque, com o novo método, houve a extinção deste trabalhador em algumas linhas operadas pela empresa. Por outro lado, em nota, a empresa informou não ter havido qualquer demissão a cobrador em função das alterações do funcionamento das operações das linhas. “Os cobradores foram capacitados e aproveitados em outras funções ou realocados para outras linhas. Nos últimos meses, 314 cobradores foram promovidos e 89 estão atualmente em escolas de formação de motoristas”.

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Conforme informações do Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE), a Rodoviária Caxangá informa que sua operação foi normalizada nesta quarta-feira (12). Além disso, alegou que 100% da frota está na rua e seguindo quadro de horários.

Desde as primeiras horas da última segunda-feira (10) os motoristas e cobradores da Rodoviária Caxangá estão de braços cruzados em protesto por demissão de funcionários com a implantação de pagamentos somente através do VEM. A paralisação foi mantida para esta terça (11). De acordo com a empresa, através de nota à imprensa, “uma parte da frota iniciou a operação na manhã desta terça-feira, mas alguns rodoviários e representantes do Sindicato dos Rodoviários bloquearam a saída dos ônibus, impedindo o trabalho dos operadores, inclusive de forma violenta, depredando veículos e ameaçando trabalhadores”. 

Diante disso, a empresa informou ter solicitado ao Grande Recife Consórcio de Transporte reforço para a operação das linhas paralisadas. “As demais empresas do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife auxiliarão no atendimento às linhas afetadas de forma a minimizar os transtornos aos usuários”. 

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A Rodoviária ainda apontou para a existência de uma determinação da Justiça do Trabalho “no sentido de assegurar o funcionamento da empresa, que tomará as providências judiciais cabíveis e que não medirá esforços para normalizar a operação e restabelecer o serviço”. A empresa atende cerca de 240 mil passageiros diariamente em mais de 50 linhas.  

Os trabalhadores afirmam ter havido demissões de funcionários após a implantação do VEM como única forma de pagamento em algumas linhas. Diante dessa afirmação, “a empresa reitera que nenhum cobrador foi demitido em função das alterações de funcionamento de operação das linhas. Os cobradores foram capacitados e aproveitados em outras funções ou realocados para outras linhas”. Em números, a Caxangá explicou ter promovido 52 cobradores a motorista nos últimos meses e “outros 22 participam atualmente de escola de formação para a função de motorista”.

Conforme o Grande Recife, a Justiça havia feito a determinação de que os operadores rodassem com, no mínimo, 30% da frota. Em nota eles explicam que “o órgão gestor montou um plano de contingência para minimizar o desconforto aos usuários que utilizam as linhas operadas pela Caxangá”. 

A linha 820 – TI Xambá (Cabugá) e 861 – TI Xambá/TI Joana Bezerra passou a ser operada pelo Consórcio Conorte. A 914 – PE-15/Afogados, que antes tinha mais da metade da sua frota operada pela Caxangá, ganhou o reforço hoje da Empresa Globo e do Consórcio Conorte. Já a linha 743 – Alto José Bonifácio (João de Barros) passou a ser operada pela empresa Globo. A 825 – Jardim Brasil/Joana Bezerra está operando com a empresa Borborema. E as linhas 742 – Linha do Tiro e 718 – Córrego do Euclides/Derby estão sendo operadas pelas empresas Pedrosa e Transcol.

De acordo com o Grande Recife, “é importante deixar claro à população, que essas linhas não estão operando com a totalidade da sua frota”. 

A última segunda-feira (10) foi de muito transtorno para os usuários dos ônibus da empresa Caxangá. Isto porque motoristas e cobradores resolveram cruzar os braços em protesto contra cortes de funcionários pela implantação do pagamento exclusivamente através do cartão Vem. A paralisação está mantida para esta terça-feira (11).

De acordo com os trabalhadores, com esse método, o posto de cobrador deixou de existir e funcionários afirmam ter havido demissões após o novo formato de acesso aos coletivos. Segundo o Grande Recife, algumas linhas operadas pela empresa seguem sem circular, como é o caso das 861 - TI Xambá/TI Joana Bezerra e a 825 - Jardim Brasil/Joana Bezerra, complicando a locomoção de passageiros no Terminal Joana Bezerra.

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Segundo a cobradora Teresa Cristina, mais de 30 cobradores já foram demitidos. "Queremos que eles parem com essa demissão em massa. É um absurdo a gente trabalhar tanto tempo e depois ser chutado desse jeito. Queremos que eles parem de nos obrigar a vender esse cartão VEM para ganhar R$ 1,00", afirmou ela. 

Ainda de acordo com a funcionária da Caxangá, algumas linhas já vem operando com o motorista fazendo as vezes de cobrador. "O microônibus que fazem linha aqui por dentro de Olinda já estão trabalhando assim", disse ela, que questionada sobre o medo de perder o emprego disse já se sentir demitida. "Já fui. Não vão acabar com os cobradores? Estamos lutando pelo pão de cada dia, para não ficar desempregado", esbravejou.

Apesar disso, em nota divulgada pela Rodoviária Caxangá na segunda-feira (10), eles afirmam não ter havido nenhuma demissão de cobrador "em função das alterações de funcionamento de operação das linhas". Eles ainda afirmam que esses profissionais "foram capacitados e aproveitados em outras funções. Neste mês de abril, 17 cobradores foram promovidos a motoristas".

A Caxangá explicou ainda não ter sido informada previamente sobre a paralisação e "está se esforçando para normalizar as atividades o mais rápido possível". Atualmente, na Região Metropolitana do Recife (RMR), a empresa possui quase dois mil funcionários. Sua atuação é em 54 linhas, atendendo 240 mil passageiros. 

O LeiaJá esteve ao vivo na entrada da garagem da empresa Caxangá, localizada na Avenida Transamazônica,em Peixinhos, Olinda. Confira o que rolou na nossa transmissão:

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