Tópicos | Rosalvo Ferreira Franco

O delegado Mauricio Leite Valeixo, novo Superintendente da Polícia Federal, do Paraná, toma posse nesta quinta-feira, 21, às 15h. Seu antecessor, delegado Rosalvo Ferreira Franco o descreve, nesta entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, como ‘um amigo’ e ‘um profissional extremamente capacitado’.

Rosalvo ficou 4 anos e 8 meses à frente da PF no Paraná. Acompanhou a Operação Lava Jato, maior investigação contra corrupção já desencadeada no País, desde seu início, em março de 2014.

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"A Lava Jato vai continuar porque (Valeixo) é um profissional extremamente capacitado que está assumindo aqui. Alto gabarito", afirmou o delegado.

A posse de Valeixo vai ocorrer no auditório na Superintendência da PF em Curitiba, no bairro de Santa Cândida.

Ele falou sobre o que espera na Superintendência."O que espera? Eu acho que sim, dar continuidade ao trabalho. É uma pessoa muito capacitada, foi o diretor de Combate ao Crime Organizado a nível de Brasil, né? Todas as operações policiais estavam subordinadas a ele, inclusive a Lava Jato. Pessoa altamente capacitada, que já foi adido, já foi diretor de Inteligência. Não poderia estar em melhores mãos".

Sobre a continuidade da Lava Jato, ele disse "com certeza. A Lava Jato vai continuar porque é um profissional extremamente capacitado que está assumindo aqui. Alto gabarito. A transição foi feita da melhor maneira possível", afirmando ainda sobre a possibilidade de ninguém parar "não, não".

Quanto sua avaliação sobre o período a frente da Superintendência, ele disse que "foram 4 anos e 8 meses muito bons. Foi uma honra para mim estar à frente da Lava Jato durante esses quatro anos. Só tenho a agradecer o trabalho de todos os servidores que me ajudaram".

Rosalvo falou também sobre quando entrou na Polícia Federal, se imaginava que comandaria uma Superintendência. "Jamais. Eu entrei como agente há 32 anos, fui 13 anos agente. Jamais pensei, nunca nem pensei em chegar a ser Superintendente. Para mim foi uma honra, porque foi o primeiro agente da Polícia Federal que aqui tomou posse que chegou a Superintendente".

Quanto aos seus planos, ele disse que "por enquanto descansar. Saiu minha aposentadoria".

Durante a coletiva que detalhou a 29ª fase da Operação Lava Jato, o delegado da Polícia Federal (PF) Luciano Flores de Lima, responsável pelo caso no Paraná, rebateu as declarações de um áudio vazado, nesta segunda-feira (23), em que o ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), promete “estancar essa sangria” representada pela operação.  

Segundo Lima, a Lava Jato já atingiu um patamar republicano que não sofre influências políticas. “Não bastam intenções, de qualquer governo que seja, para frear esta investigação. A Lava Jato sempre age a partir de provas contundentes para que o poder judiciário possa julgar com abundância de provas. Este motivo, talvez, seja a razão de termos o apoio popular e a legitimidade para sermos cada vez mais fortes e termos uma autonomia necessária para continuarmos investigando de maneira imparcial”, observou. “Não damos chance para sofrer este tipo de influência”, acrescentou o delegado.

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Ditos “pegos de surpresa” com as declarações de Jucá, os membros da Polícia Federal que participaram da coletiva negaram qualquer indício de “estancar” o andamento das investigações. O superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, disse, inclusive, que recentemente a instituição recebeu novos recursos para prosseguir com as fases da Lava Jato. “Não temos qualquer tipo de aviso sobre a possibilidade de que nós tenhamos qualquer intervenção na Lava Jato. Temos tido o total apoio”, cravou.

Ainda não há expectativa da Polícia Federal ouvir o ministro Romero Jucá sobre o áudio vazado hoje. “Caberá o procurador geral da República deliberar sobre esses fatos”, acrescentou o superintendente.

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