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O governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT), rebateu as críticas da oposição sobre o fato de os eleitores do Nordeste votarem na presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff em razão do Bolsa Família. No primeiro turno, Dilma obteve 16,3 milhões de votos na região, contra 4,3 milhões de Aécio Neves (PSDB). "É uma avaliação simplista e reducionista isso de que o Nordeste é o Bolsa Família. Quem conhecia o Nordeste de 15 anos atrás e conhece o de agora vai perceber que a realidade das famílias e a dinâmica econômica mudou radicalmente", afirmou em entrevista ao Broadcast Político, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. "Vejo os articulistas (da imprensa) criticando o Nordeste sem de dedicar por 30 minutos para entender a região", observou.

A afirmação foi uma crítica à declaração recente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que "o PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres". Embora FHC não tenha citado o Nordeste, a afirmação se 'viralizou' nas redes sociais como um ataque tucano à supremacia petista nas urnas nordestinas. Na entrevista, Costa defendeu o governo petista na esfera federal como responsável pelo surgimento de cidades médias com atividades econômicas locais.

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O governador eleito aponta a consolidação do polo de energia eólica no Estado baiano como resultado da gestão petista. "A Bahia passa, a partir de 2015, a ser o maior parque eólico do País, com a instalação de geradores no interior e a verticalização que fizemos de toda a cadeia de produção de componentes", disse.

O substituto do atual governador Jaques Wagner (PT) prometeu uma retomada no polo petroquímico de Camaçari, esquecido pela Petrobras. A estatal priorizou nos últimos anos investimentos no Porto de Suape, em Pernambuco, onde constrói a refinaria de Abreu e Lima. "Conseguimos negociar com as empresas, depois de ficar anos sem investimentos no polo petroquímico, o pagamento de créditos tributários que estavam retidos", relatou.

A meta a partir de 2015, segundo ele, é construir um polo têxtil e consolidar o núcleo fabril de acrílicos de Camaçari. "Conseguimos um investimento de R$ 1,3 bilhão da Basf no complexo de acrílicos. Isso abre perspectiva para uma nova cadeia produtiva de plástico. Eu diria que até para indústria têxtil, já que passamos a ter o poliéster e temos algodão no oeste da Bahia. Teremos, assim, duas matérias-primas para a produção têxtil e vamos buscar verticalizar essa cadeia produtiva aqui no Estado", afirmou.

O candidato do PT ao governo da Bahia, Rui Costa, prometeu acionar judicialmente a revista Veja pela publicação, na edição distribuída neste fim de semana, de uma denúncia sobre desvios de recursos públicos federais e estaduais destinados à construção de habitações populares para financiar as candidaturas do partido.

A denúncia, segundo a revista, partiu da presidente da ONG Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, que foi contratada pelo governo baiano para gerenciar as construções. Ela acusa o partido de ter desviado cerca de R$ 6 milhões dos repasses públicos para financiar campanhas eleitorais. De acordo com a reportagem, alguns dos principais dirigentes petistas no Estado, entre eles Costa, foram beneficiados.

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"É uma iniciativa suja e leviana da revista que, às vésperas da eleição, está nitidamente a serviço dos partidos de oposição", disse o candidato à sucessão de Jaques Wagner (PT). "A denúncia mostra o desespero dos partidos de oposição com o crescimento da nossa candidatura. Desafio qualquer um a provar minha relação com o caso." Segundo sua assessoria, os advogados da campanha vão interpelar judicialmente a revista e a acusadora "já na próxima semana". O governo baiano ainda não se pronunciou sobre as denúncias.

Secretário da Casa Civil da Bahia no segundo mandato de Jaques Wagner (PT) e titular de Relações Institucionais na primeira gestão petista, o economista Rui Costa sempre foi o preferido do governador para sua sucessão. A parceria desde os tempos de sindicalismo, nos anos 80, foi mais forte que a resistência entre os partidos aliados do governo e dentro do próprio PT.

O temor é de que, embora não seja estreante nas urnas ­- já foi vereador e se elegeu deputado federal em 2010 -, Rui Costa não tenha cacife eleitoral para uma disputa estadual. Alas do PT apontavam que nomes como os do senador Walter Pinheiro e do ex-presidente da Patrobrás, José Sergio Gabrielli, teriam mais aceitação entre os eleitores. Wagner, porém, fez valer sua posição.

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Apesar de estrear em disputas majoritárias, Costa rejeita o rótulo de "poste" de Wagner. "Só quem não pesquisou pode dizer isso", argumenta. Para confirmar a posição, lembra ter sido o terceiro deputado federal mais votado no Estado, em 2010, e o vencedor entre os candidatos petistas, com 212 mil votos. Foi fundador do PT na Bahia e vereador por dois mandatos (2000 e 2004).

Sua indicação, porém, tem menos a ver com o desempenho nas urnas e mais com a relação com Wagner. Costa acompanha o governador desde o início da carreira política, à frente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica da Bahia (Sindipetro), na década de 1980. "O governador optou por alguém em quem confia plenamente para seguir seu trabalho no Estado", diz um colega de secretariado de Costa.

Para ampliar seu grau de conhecimento entre os eleitores, Costa tem sido presença constante em eventos e inaugurações pelo Estado desde o início do ano passado, em geral ao lado de Wagner. Para tornar a imagem mais simpática à população, tirou do figurino os óculos e passou a frequentar consultórios de fonoaudiólogos, para melhorar a dicção.

Além disso, passa por treinamento em oratória, com o objetivo de fazer frente a candidatos com mais bagagem em disputas e debates políticos. Seus prováveis principais adversários, a ex-prefeita de Salvador Lídice da Mata (PSB), o ex-governador Paulo Souto (DEM) e o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB), além de mais experientes em eleições, são conhecidos pela boa capacidade de argumentação.

A oposição ainda não decidiu se vai lançar Souto ou Geddel. PMDB e DEM querem uma aliança, mas não entraram em acordo sobre a cabeça de chapa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Governadores em ascensão política e oligarquias em declínio adotaram táticas semelhantes para tentar manter o poder nos Estados e lançaram candidatos "postes" para a disputa de outubro. Inspirados no sucesso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que promoveu as estreias nas urnas dos então ministros Dilma Rousseff, em 2010, e Fernando Haddad, em 2012, os caciques estaduais recorreram a nomes de perfil mais técnico que político e agora correm para jogar holofotes sobre os escolhidos.

Nos últimos dias, governadores do Nordeste apresentaram como seus candidatos secretários fiéis de suas gestões. Em Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) lançou Paulo Câmara (Fazenda). No Maranhão, Roseana Sarney (PMDB) tenta emplacar Luis Fernando Silva (Infraestrutura), o escolhido de seu pai, o senador José Sarney (PMDB-AP). Jaques Wagner (PT) fez valer sua vontade na Bahia e lançou Rui Costa (Casa Civil), contra a vontade de petistas históricos. No Ceará, Cid Gomes (PROS) quer indicar José Albuquerque, que preside a Assembleia Legislativa e pode furar a fila formada por senadores e deputados influentes.

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Todos os escolhidos são aliados de longa data dos líderes estaduais. Rui Costa acompanha Jaques Wagner desde o tempo de sindicalismo em Camaçari. Paulo Câmara começou a militar na política com Eduardo Campos. Luis Fernando Silva, economista e auditor do Estado, foi secretário estadual oito vezes, em cinco gestões, e é próximo de Roseana e do marido dela, Jorge Murad. José Albuquerque está com Cid desde os anos 1990, quando o hoje governador era deputado estadual.

Nem todos aceitam a definição de poste. Costa lembra ter sido o terceiro deputado federal mais votado na Bahia em 2010, embora a proximidade com Wagner tenha pesado mais que o desempenho nas urnas para superar no PT a concorrência do senador Walter Pinheiro ou do ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli.

Passar à frente de nomes de destaque na política local também é o desafio de Cid Gomes para emplacar Albuquerque. O governador levou o deputado estadual a mais de 50 eventos nos últimos seis meses e tem apoiado bandeiras empunhadas pelo presidente da Assembleia, como uma campanha para cobrar da Petrobrás a implantação de uma refinaria.

Num dos eventos em que Albuquerque acompanhava Cid, o governador deu um mergulho para desentupir uma adutora em Itapipoca, cidade que estava sem água. Na ocasião, Cid anunciou um bônus de R$ 200 para cada morador prejudicado pelo problema. Por essa ação, os dois respondem na Justiça Eleitoral por propaganda antecipada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O britânico Chris Froome está cada vez mais próximo de conquistar o título da Volta da França. Nesta sexta-feira, ele se manteve na liderança da prova após a realização da 19ª das 21 etapas, disputada entre Bourg-D'Oisans e Le Grand-Bornand, em um circuito montanhoso, com um percurso de 204,5 quilômetros, que foi vencido pelo português Rui Costa.

Froome ficou na 25ª colocação na etapa desta sexta da Volta da França, 8 minutos e 40 segundos atrás do vencedor. Isso, porém, não fez muita diferença na classificação geral, pois ele completou a etapa com o mesmo tempo do espanhol Alberto Contador, que ficou na 23ª posição e é seu principal adversário na luta pelo título da Volta da França, assim como o colombiano Nairo Quintana, 22º lugar na etapa desta sexta.

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A expectativa era para que Contador atacasse Froome, o que acabou não acontecendo. Assim, o britânico permanece na liderança da classificação geral da Volta da França, com um tempo total de 77 horas e 10 minutos e uma vantagem de 5 minutos e 11 segundos para o espanhol. Em terceiro lugar, Quintana está 21 segundos atrás de Contador.

Rui Costa conquistou a sua segunda vitória em uma etapa desta edição da prova ao completar a disputa, realizada sob chuva, em 5 horas, 59 minutos e 1 segundo, com uma vantagem de 46 segundos para o alemão Andreas Kloeden e de 1 minuto e 44 segundos para o belga Jan Bakelants.

Após a etapa desta sexta, o eslovaco Peter Sagan lidera a disputa por pontos, a Team Saxo-Tinkoff, de Contador, ocupa o primeiro lugar pela equipes, Froome também está na frente entre os montanhistas e Quintana é o melhor jovem.

Único representante brasileiro na Volta da França, Murilo Fischer ficou na 93ª colocação na etapa desta sexta, 27 minutos e 19 segundos atrás do vencedor, e ocupa o 133º lugar, na classificação geral, com uma desvantagem de 3 horas, 18 minutos e 28 segundos.

A penúltima etapa da Volta da França será neste sábado, em um percurso de 125 quilômetros entre Annecy e Annecy-Semnoz. Esta deve ser a chance final para uma mudança na liderança da prova, pois tradicionalmente não há disputa de posições na última etapa, marcada para o domingo, com chegada na avenida Champs-Elysées, em Paris.

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