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A cada ano que se passa, a tecnologia mostra suas novidades para facilitar o cotidiano das pessoas. Com o advento dos serviços de streaming, por exemplo, ter acesso aos álbuns que não foram conquistados em forma física se tornou muito mais fácil de achar. Apesar de ter o trabalho do artista preferido com praticidade, algumas pessoas preferem ter os discos em mãos, sentindo mais de perto a essência do ídolo nos encartes. 

Entre nostalgia e modernidade, a foto ainda é um dos fatores que chama a atenção de quem não vive sem a música. Simples ou sofistacadas, as imagens são retratadas pela transparência que cada cantor propõe exibir para o público.

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Para celebrar o Dia do Fotógrafo, nesta terça-feira (8), o LeiaJá selecionou sete capas de discos de artistas nacionais que foram idealizadas para causar empatia e discussão.

Confira as imagens selecionadas:

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LeiaJá também

--> Do pop a MPB: músicas que completam 20 anos em 2019

Neste domingo (30), às 14h, no Morro da Conceição, Zona Norte da capital pernambucana, Karynna Spinelli irá comandar a última edição de 2018 do Clube do Samba de Recife. A artista escalou um time de cantoras e percussionistas para dividirem com ela o palco na quadra da escola de samba Galeria do Ritmo.

Entre as convidadas estão Keka VillaVerde, Michelle Monteiro, Poly Nascimento, Amanda Ganimo, Branca Gil, Vanessa Reis, Selma do Samba, Manu Travassos, Monike Carvalho, Pandora Calheiros, Marília Fernandes e Bárbara Regina, Tambores de Saia e Preta Kalua, que juntas fazem parte do coletivo ELAS.

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Com entrada de 2kg de alimentos não perecíveis, o espetáculo de Karynna dará início às comemorações dos 10 anos do Clube do Samba. Em 2019, a artista irá homenagear Lia de Itamaracá e Iemanjá com o projeto "Encontro das Águas". A intenção é que o público compareça ao show com roupa branca para celebrar a chegada do ano que se aproxima. 

Serviço

Clube do Samba de Recife 

30 de dezembro (domingo) | 14h

Galeria do Ritmo (Rua Belarmino Henrique, 147 - Casa Amarela, no Recife)

Entrada: 2kg de alimento não perecíveis

O Carnaval de Olinda não é para amadores. Prova disso é a dedicação das agremiações e blocos que meses antes da festa já começam a preparar roupas, coreografias e batuques, para que seus integrantes estejam tinindo nos dias de folia.

Mas os ensaios de blocos percussivos, afoxés e orquestras de frevo são tão bons e divertidos que acabam virando um Carnaval fora de época arrastando para as ladeiras do Sítio Histórico aqueles foliões que não sabem esperar. Para ajudar a localizar alguns desses (mini) eventos, o LeiaJá preparou um roteiro com parte dos ensaios que tomam as ruas olindenses semanas antes da festa oficial.

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Prepare a animação e planeje a folia:

Orquestra Mistura Fina - Terça - 20h, Grêmio Henrique Dias (Quatro Cantos)

Bloco Alafia - Quarta - 20h, Mercado da Ribeira

Orquestra do Maestro Carlos - Quinta - 19h, Clube Vassourinhas (Amparo)

Orquestra do Maestro Oséas - Sextas - 19h ,  Grêmio Henrique Dias (Quatro Cantos)

Aparte Percussiva - Sábado - 17h, Bica dos Quatro Cantos (Amparo)

Maracatu Nação Pernambuco - Sábado e Domingo 15h às 18h, Praça do Carmo

Bateria Cabulosa -Domingo - 16h às 18h, Praça do Carmo

Samba Sol Delas - Domingo - 15h às 17h, Praça do Carmo

Maracatu Batadoni -Domingo - 15h às 18h, Praça do Carmo

Maracatu Batuques de Pernambuco - Domingo - 15h às 18h, Praça do Carmo

Tambores de Saia - Domingo - 15h às 18h - Receptivo Turístico (Praça Maxabomba, no Carmo)

Bloco da Dinda -  Domingo - 16h às 18:00h, Vila Popular

Patusco - Domingo -  15h às 20h, Espaço Cultural do Patusco (Santa Tereza)

Sambadeiras -  Domingo - 15h às 18h, Mourisco (Carmo)

Tambores Dumundo - Domingo - 16h,  Prefeitura de Olinda

Pitombeira dos Quatro Cantos  - Domingo - 13h, Carmo

Afoxé Alafin Oyó - Domingo - 14h, Fábrica do Carnaval (Varadouro)

Afoxé Oxum Pandá - Domingos - 15h, Solar da Marquesa  (Varadouro)

*Algumas agremiações fazem uma parada para as festas de final de ano, retomando os ensaios no mês de janeiro.

O samba, um dos mais brasileiros dos ritmos - senão o maior deles -, é consagrado por várias honrarias. Como se já não bastasse o reconhecimento popular do gênero como símbolo tácito da cultura nacional, o samba também é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, título concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); e tem um dia próprio no calendário para ser celebrado: 2 de dezembro.

Mas, apesar de ser legitimamente tão brasileiro, sendo parte expressiva da identidade nacional em seus mais diversos tipos e manifestações, o samba ainda não tem registrado em sua certidão de nascimento um lugar, neste país de dimensões continentais, para chamar de berço primeiro. Pesquisadores vêm se debruçando, e, sobretudo, divergindo sobre o tema há tempos. Como dizia  o poeta, "desde que o samba é samba".

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A teoria mais difundida, e por que não dizer, mais aceita, é a de que o ritmo teria nascido no Rio de Janeiro, na virada do século 20, através da influência de outras manifestações trazidas pelos negros escravizados no país, uma dança chamada lundu vinda da África. Estes negros, quando trazidos da Bahia para o Estado fluminense, teriam levado consigo um jeito próprio de tocar e dançar que acabou esbarrando em outras expressões vindas da Europa, como a polca, dando origem ao maxixe, marchinhas e afins.

Conta-se ainda que o primeiro samba registrado, Pelo Telefone, de Donga, teria sido criado na casa de Tia Ciata, simpática moradora da Rua Visconde de Itaúna, no Rio, que abria sua residência aos músicos da época. Hoje, já se sabe, que muitas outras canções vieram antes, mas esta foi a que mais sucesso alcançou tendo sido alçada ao posto de 'mito fundador' do samba.

Porém, como diz o escritor Lira Neto, em seu livro Uma História do Samba, tal explicação seria bem aplicada no que diz respeito ao que ele chama de "samba urbano". Este teria, espalhados pelos quatro cantos do país, vários "primos", nem sempre reconhecidos como samba. Já para outros pesquisadores, o samba teria uma origem bem diferente, ele seria uma expressão originária da cultura indígena e vinda do Nordeste.

É o que pensa o jornalista cultural, fotógrafo e cineasta Fabio Gomes. Ao ler o livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, Fabio encontrou no texto várias menções ao samba. "Considerando o que dizia Euclides, não era possível considerar que o samba teria nascido no Rio de Janeiro, já no século 20, tendo em vista ele ser de conhecimento geral da população baiana em fins do século 19", disse o jornalista em entrevista ao LeiaJá.

Em seguida, Fabio encontrou um outro pesquisador do tema, Bernardo Alves, autor do livro 'A Pré-História do Samba'. Nele, Bernardo defende que o gênero seria originário das comunidades indígenas Kariri, que viveram em vários pontos do território nordestino. Este conhecimento teria sido conservado pelos descendentes dessas populações, os caboclos, e assim, teria sido levado a outros lugares do país. Fabio explica o processo: "Eu acredito que foi no ambiente dos quilombos, onde índios, caboclos e negros podiam conviver em liberdade, fora da repressão do colonizador português, que se deu o contato maior dos negros com o samba", diz o jornalista assinalando que "o início do samba carioca está sempre ligado a alguma comunidade de imigrantes nordestinos, baianos em geral, pernambucanos por vezes".  

Durante 20 anos de pesquisas, Bernardo Alves, falecido em 2004, levantou dados que o levaram a construir sua tese. Ele encontrou a presença da palavra samba em escritos do século 17, na Arte de Grammatica da Língua Brasílica da Nação Kiriri, escrita pelo padre Luiz Vincêncio Mamiani, que vivia no alto sertão nordestino. A descoberta o fez seguir na pesquisa que encontrou adeptos como Fabio, e até mesmo o músico Gilberto Gil: "No final de 2006, o então ministro da Cultura Gilberto Gil tomou conhecimento disso (das pesquisas) e entrou em contato comigo. A pedido dele, eu palestrei em dois eventos na Bahia em 2007, abordando a hipótese da origem indígena do samba, com base nos escritos de Bernardo Alves e alguns outros autores, como Décio Freitas", conta o jornalista. Em tempo, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano é tombado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, pelo Iphan.

Mas, afinal de contas, de onde mesmo é que vem o samba? Para Fábio, é fácil responder: "Após ler os estudos de Bernardo Alves e vários outros autores que se debruçaram sobre o tema, eu acredito que o samba teria surgido no Nordeste em algum momento dos últimos 12 mil anos". Tempo suficiente para ter ganho magnitude tal que não nos possibilita confinar essa expressão cultural tão brasileira, de construção coletiva e - importante pontuar -, de transmissão oral, a um único espaço no mapa do país. É como cantava o lendário sambista Sinhô, do século 20: “o samba é como um passarinho, é de quem pegar primeiro”.

*Fotos: Instagram Sambando Produções

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Em clima de festa, a UNAMA - Universidade da Amazônia fechou parceria com a Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT8 (Tribunal Regional do Trabalho) e vai cair na folia em 2019 junto com a Escola de Samba da Matinha. O enredo destaca o projeto “Ninho da Coruja - Sem trabalho Infantil”Um evento no campus Alcindo Cacela da instituição, na noite de quarta-feira (21), selou a participação da universidade no desfile oficial da prefeitura de Belém.

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O projeto “Ninho da Coruja - Sem trabalho Infantil” é desenvolvido pela desembargadora federal do Trabalho Zuíla Dutra e pela juíza Vanilza Malcher, do TRT8, dentro da Escola de Samba da Matinha, no bairro de Fátima. Rodolfo Trindade, presidente da agremiação, disse que a escola abraçou a causa, junto com a comissão. "A escola está embasada para que a gente possa fazer um grande desfile, um grande carnaval e conscientizar Belém de que criança tem direito de sonhar, criança tem direito de ser criança”, disse Rodolfo Trindade.

Para Vanilza Malcher, o evento foi uma mistura de emoções. “Estou dentro da UNAMA, onde estudei e me formei em Direito, com uma reitora que é acessível e abraçou o nosso projeto. Estamos felizes. Agora nós temos que trabalhar. Este não é só um projeto de carnaval, é um projeto de cidadania. Nós temos que construir juntos esse carnaval e a gente conta com a UNAMA nesse processo”, afirmou a juíza.

A UNAMA terá participação em duas alas. Uma delas como o tema “Direito de Sonhar”, da qual a reitora da universidade, Betânia Fidalgo, é madrinha. “Essa ala será composta apenas por jovens do projeto Padrinho Cidadão. Eles vão ganhar a fantasia. São meninos que estão se desenvolvendo orientados pelos padrinhos cidadãos. Na outra ala irão os professores, os técnicos, os alunos e acho que essa ala vai ficar pequena. A UNAMA vai precisar de mais uma”, explicou Vanilza.

A reitora Betânia Fidalgo disse que é maravilhosa a iniciativa do projeto e que a UNAMA não poderia ficar de fora. “É um tema que a UNAMA trabalha em vários cursos. Recebemos esse convite maravilhoso de apoiar, mais uma vez, junto com o carnaval, que é uma manifestação do povo brasileiro. Essa manifestação nos uniu. Que essa alegria traga conscientização para a sociedade que vai assistir ao carnaval. Estamos muito felizes. Agradecemos à escola, ao presidente que nos acolheu e disse sim à UNAMA”, detalhou a reitora.

Segundo a pró-reitora da UNAMA, Ana Vasconcelos, a oficialização foi maravilhosa. “A professora Betânia nos chamou e nos apresentou o projeto. Ficamos emocionados em saber como é que a universidade vai contribuir com uma temática e a cultura que é o nosso carnaval. Vamos estar juntos com a Escola de Samba da Matinha, estaremos lá no carnaval, prestigiando e, ao mesmo tempo, dando essa força para os adolescentes que estão inseridos nesse processo”, disse Ana.

O mestre de bateria Binho Setubal disse que as expectativas dessa pareceria são as melhores e que a escola foi muito feliz em abraçar a Comissão de Combate Infantil. “Apesar de nós já termos um trabalho que envolvia muitas crianças, após a parceria isso ganhou uma proporção e agora com a UNAMA também. A escola cresceu muito e ganhou parceiros e recursos para fazer um carnaval muito bom para 2019. As expectativas são as melhores para que a gente faça um grande carnaval, se Deus quiser, em busca do título”, explicou Binho.

A Matinha entra na avenida no dia 23 de fevereiro.

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Viviane Araújo já começou faz tempo os preparativos para o Carnaval. A atriz representa a escola de samba Salgueiro e tem frequentado os ensaios mostrando o seu samba no pé, além de seu corpão, em figurinos ousados.

Sempre muito simpática, Viviane se divertiu muito na festa, que aconteceu no último sábado (3), no Rio de Janeiro. No Instagram, ela celebrou:

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"Já é Carnaval?? Pra mim é! Bora sambar curtindo o ensaio do Salgueiro". Como sempre, ela foi o centro das atenções quando começou a dançar.

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No próximo sábado (27), a cantora Gerlane Lops irá comemorar os sete anos do projeto "Recife Samba de PE". Nesta edição, realizada na Sede do Galo da Madrugada, no bairro de São José, a anfitriã receberá a paraibana Lucy Alves. Divulgando o EP "Santo Forte", Lucy também dividirá o palco com a sambista Karynna Spinelli. 

Desde 2011, Gerlane convida artistas que fazem sucesso nos mais diversos gêneros musicais, como Márcia Freire, Mariene de Castro, Zélia Duncan, Luiza Possi e Ju Moraes. O evento tem início às 19h e os ingressos custam R$ 50 (inteira). Para quem optar por mesa, o preço está R$ 200 (quatro pessoas).

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Serviço

Recife Samba de PE - Gerlane Lops convida Lucy Alves e Karynna Spinelli

27 de outubro (sábado) | 19h

Sede do Galo da Madrugada (Rua da Concórdia, nº 984, no bairro de São José)

Ingressos: R$ 50 reais (inteira) e R$ 200 (mesa para quatro pessoas)

LeiaJá também

--> Lucy Alves recebe título de Cidadã Pernambucana

O sambista e ex-integrante do grupo Exaltasamba, Péricles, está chegando no Recife, trazendo sua nova turnê "Em Sua Direção". O show acontece no dia 10 de novembro, no Teatro Guararapes

O espetáculo é dirigido e assinado pelo ator Lázaro Ramos. "Ele veio e mudou tudo, em especial no cenário. Deixou o show mais dançante, movimentado e mais interativo com o público", comentou Péricles.

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Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro, nas loja Figueiras ou no site da Bilheteria Digital.

Serviço

Em Sua Direção - Péricles

Sábado (10 de novembro)|21h Teatro Guararapes - (Centro de Convenções de Pernambuco - Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N - Salgadinho, Olinda)

Ingressos

R$ 40 (balcão)

R$ 70 (plateia prata)

R$ R$ 100 (plateia ouro)

*Por Jhorge Nascimento

Na corrida contra todas as desvantagens que um artista periférico precisa enfrentar, como falta de patrocínio, visibilidade e espaço para tocar, estão, além dos próprios artistas, os produtores culturais. São pessoas que ‘compram’ a causa e se empenham na produção de eventos e festivais que fazem as cenas tomarem forma e, de fato, acontecer. Os bairros estão cheios de exemplos como o Festival de Inverno de Camaragibe, Festival de Inverno da Várzea, Rock Ribe e Ipsep tem Cultura, para citar alguns, que agregam os interessados e movimentam as engrenagens dos artistas independentes. O Especial 'Vozes da Periferia' conversou com alguns deles. 

A Praça da Convenção, emblemático ponto do bairro de Beberibe, foi o local escolhido para a realização da primeira edição do Rock Ribe. O festival, produzido pelo jornalista Fernando Parker, reuniu bandas como a Conspiração Reptiliana, Liv e Amperes, entre outras. Para Fernando, a maior dificuldade em realizar o evento foi conseguir patrocínio, além da organização da documentação necessário para deixar tudo em ordem.

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Porém, a união de forças entre os músicos e até outros produtores de localidades diferentes fez valer o esforço. “Deu muita gente. Foi muito bom porque Beberibe estava precisando de um evento de rock”, disse Fernando, que já idealiza uma segunda edição do festival ainda para o ano de 2018.

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Na Várzea, Zona Oeste do Recife, os próprios artistas é que mantêm a cena em constante movimento. A área é tradicionalmente conhecida por sua profusão de cultura popular, como maracatu de baque virado, coco e o carnaval de Mestre Dida. “Dida foi um brincante cantador de cocos e também compunha marchinhas para sair em cortejo pelas ruas da Várzea com a sua Burra. Manter acesa essa chama da cultura popular nas periferias é uma missão para mim”, diz o músico Publius, morador do local e, também, um agitador cultural de sua cena.

 Hoje o bairro conta com o Festival de Inverno da Várzea (FIV), evento já consagrado no calendário da cidade, além de estabelecimentos que abrem as portas para seus artistas. "Zé Freire e Iko Brasil vêm movimentando a música no bairro, além de Well, Lenilson Pop e outros artistas”, conta Publius. Ele também menciona o Maracatu Várzea do Capirabibe, Zé Lasca Vara e o Coco que Roda e Gustavo Paz, que estão “dinamizando” essas expressões populares. “Há espaço para todos. Na Várzea tem espaço para o coco, o maracatu, a MPB, a música nordestina, o choro, o jazz tupiniquim e para a Música Pop Periférica também”, sintetiza o músico.

Bem distante dali, em Camaragibe, uma iniciativa aos moldes do FIV realizou sua terceira edição em 2018, o Festival de Inverno de Camaragibe. Realizado de forma completamente independente por Vinícius Lima e Thiago Chalegre, músicos da banda Mangueboys, o evento, além de movimentar a cena da cidade, tem aberto espaço para bandas e artistas de diversas localidades. “A gente está nessa guerrilha, do movimento underground da cidade, de fazer esse levante mesmo, de resistir e insistir, porque acho que é isso que falta muito aqui em Pernambuco mesmo. A cultura é o símbolo da resistência”, diz Vinícius.

Se pudessem falar, as ruas de bairros como Jardim São Paulo, Totó e Tejipió, na Zona Oeste do Recife, contariam muitas histórias sobre o intenso movimento musical que levou jovens de todas as partes da cidade para lá e, também, fez surgir muitas novas bandas. Como não falam, quem conta sobre o período, os idos do início dos anos 2000, são os músicos Zaca de Chagas e os integrantes da Plugins, ‘crias’ daquela região e também portadores das muitas 'Vozes da Periferia', que você conhece nesta série especial de reportagens do LeiaJá.

Era na casa de Sérgio Sombra, guitarrista da Plugins, que a ‘galera’ se encontrava para curtir os sons que vinham de fora. Lá funcionava um bar onde tocava Ratos de Porão, DFC, Mukeka de Rato, Sheik Tosado e Pavilhão Nove, entre outras bandas. Depois, os eventos começaram a pipocar - o primeiro foi promovido por Dona Silvana, mãe de Sombra: Festival Raízes, Caverna do Sombra, Galpão do Rock, Jardim Sonoro. “Na época não tinha internet pra registrar. Mas era uma efervescência muito grande aqui na Zona Oeste, os últimos bairros do Recife”, relembra Sombra.

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Zaca tinha apenas 11 anos então, e foi estimulado pelos mais velhos a entrar na cena musical do bairro: “Era muito intenso o lance do rock'n roll, igual ao Alto Zé do Pinho. Eu acho massa isso, eu muito novo no meio da galera, conhecendo muita coisa. Tenho muitos amigos aqui que eram de banda”, relembra o rapper.

O movimento que reunia centenas de jovens foi essencial para o desenvolvimento artístico dos músicos, como diz Fabrício Felipe, vocalista da Plugins: “No começo foi mais uma questão de saber o caminho a seguir, na quebrada existem várias vertentes musicais, aqui a gente escuta todo dia o brega, o pagode, os MCs que moram aqui por perto, existe essa linguagem gigantesca, e vai de você escolher o seu direcionamento”.

Hoje em dia, a cena underground já não tem tamanha força na Zona Oeste:  “Hoje, a maioria (dos jovens) curte o brega, ficam na internet, cada um com seu som”, diz Sombra. Fabrício complementa o amigo citando o movimento de outra periferia, o Alto José do Pinho: “O Alto iniciou uma coisa da comunidade e ele permanece forte na comunidade. Aqui, a gente lutou até onde pôde para que as coisas continuassem. Hoje em dia a gente não tem mais o pico pra se encontrar como antes”.

‘Totólândia’

Todos concordam com a predominância da cultura do brega dentro da comunidade e fora dela, tendo se tornado, também, o estilo comercial da ‘quebrada’. Eles apontam que o modo de trabalhar dos artistas desta cena é diferente do deles, que atuam de forma independente: “Eles têm pessoas por trás, tem empresários que facilitam as coisas. Tem gente ‘da gente’ que não aceita essa parada. Isso também favorece muito para que a galera esteja na mídia, ter alguém de apoio por trás fazendo e indicando, fazendo a assessoria”, diz Zaca.

As temáticas abordadas nas letras e a forma de se apresentar também são diferenciais significativos, como aponta Fabrício: “Se você for num brega aqui a casa tá lotada, mas pra um show de rock e rap, com protesto como a gente faz, você colocar gente pagando dez conto, é complicado”. Sombra complementa: “O MC do brega saiu quebrando várias vertentes, do brega mesmo, aquele brega de banda, o clássico. Uma banda de brega é muito difícil gerar hoje. Levar um MC pra São Paulo é mais fácil que levar uma banda”.

Eles acreditam que parte do apelo desses artistas vem do pouco investimento que demandam em função de um retorno financeiro rápido que podem trazer. "Lógica de capitalismo”.

Resistência e referência

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“Existe muito esse foco de que a periferia é brega, a galera generaliza a quebrada. Quem quer entrar no brega, vai seguir nele, não tenho nada contra”, diz Fabrício sobre a predominância que o estilo tomou auxiliado pela grande mídia. Mas os tempos áureos de eventos e movimentos underground da Zona Oeste não deixaram só lembranças, eles continuam motivando artistas como Zaca de Chagas e a Plugins a se manterem na ativa, cantando suas periferias e servindo de influência para as novas gerações, como garante Fabrício: “Acontece até hoje porque a gente é resistência, a gente é chato e o cabelo ainda ajuda. Tem que gostar do que faz”.

O sexto município mais populoso da Região Metropolitana do Recife, Camaragibe, distante 16 km da capital, abriga uma cultura diversa e pouco valorizada, mas muito resistente. É de lá que vêm nomes como Zé Negão e Zé Maria, importantes mestres de coco e ciranda, e Beto Hortis, expressivo sanfoneiro, por exemplo. 

Os artistas de Camaragibe não se intimidam com qualquer distância geográfica e nem a quase total invisibilidade midiática os faz esmorecer na missão de levar sua arte adiante. Disputar espaço com os artistas do tecnobrega, bregafunk e correlatos é tareda diária para camaragibenses que escolheram a música como instrumento de comunicação e meio de vida. É lá que o LeiaJá encontrou mais uma das 'Vozes da Periferia' em mais esta reportagem da série especial.

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Os músicos da banda Atroça são parte desse movimento. Desde 2009, o grupo vem trabalhando a fusão do frevo com rock, com forte identidade sonora e visual. O guitarrista do grupo, Filipe Lima, sintetiza a música da periferia: “O conceito de música periférica, ao meu ver, diz mais ao gênero que discute os problemas relativos às minorias e às demandas de necessidade das pessoas que circundam os centros urbanos”. Dentro dessa gama de possibilidades, Camaragibe conta com vários nomes como Albino Baru, Cabeça de Rádio, Café Plural e a banda Mangueboys, entre outros.

Os integrantes d’Atroça apontam outros exemplos de movimentos locais que realizam um trabalho significativo para a cena cultural de Camaragibe: “Em nossa cidade temos os grupos de coco como referências de uma voz que propõem e divulgam seus ideais. O Laia, grupo formado por defensores da cultura regional, tem uma atuação muito importante nas políticas culturais e nas ações junto à comunidade de João Paulo II, periferia de Camaragibe”, diz Ivson Borges, saxofonista do grupo.

Os músicos também acreditam que a propagação de uma música que não contemple toda a diversidade das periferias - a exemplo da 'música rebolativa', mais comercial -, como sendo sua voz única é uma problemática que dialoga com os interesses da grande mídia e seu consumo. Para Uel, vocalista do grupo, “Por ser uma música de fácil assimilação e não problematizar as dificuldades das pessoas menos assistidas, dando a entender que os grandes centros não querem saber das problemáticas da periferia, a música tida como ‘voz da periferia’ surge com outro recorte, não sendo uma reflexão da realidade mas uma perspectiva de apelo da sexualidade e da ostentação de bens”.

O baterista Sérgio Francisco complementa: “Os canais que transmitem as músicas feitas na periferia buscam satisfazer as grandes massas, não estão interessados em música conceitual, que problematize ou tenha a intenção ideológica. Além das barreiras geográficas, esbarramos no conceito de música alternativa ou independente”.

Camaracity


A banda Mangueboys começou inspirada no trabalho vindo de uma outra periferia bem distante de Camaragibe, Peixinhos. Tocando covers de Chico Science e Nação Zumbi, o grupo consolidou seu nome em sua localidade e, agora, prepara-se para assumir seu trabalho autoral. Até um novo nome está em processo de escolha.

O vocalista, Vinícius Lima, neto e filho de músicos - seu pai, Alexandre Garnizé passou pelas bandas Afrocamarás, Faces do Subúrbio e, hoje, Abayomy Afrobeat Orquestra -, e o percussionista Huan Marley, apontam na diversidade cultural da cidade um dos motivos que os levou a fazer música. “Tudo isso soma, a gente tenta juntar na nossa música e tudo contribui um pouquinho”, diz Huan.  

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Para os músicos, fazer-se ouvir e defender o seu trabalho é uma espécie de “guerrilha” e, para isso, eles se dedicam ao ponto de criar os meios para escoar sua produção. Vinícius é um dos realizadores do Festival de Inverno de Camaragibe (FIC), ao lado de outro integrante da banda, Thiago Chalegre. O evento movimenta a cidade e abre espaço para tantos outros artistas periféricos há três anos.

Nos bairros de Olinda, distante apenas 6 km do Recife, a diversidade cultural e a multiplicidade de vozes que cantam sua realidade não é menor nem tem menos qualidade. Além de ter um Carnaval famoso em todo o mundo, a cidade, reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade e primeira Capital Brasileira da Cultura, ostenta um 'cardápio' de artistas de peso, e com muita vontade de produzir. Dali ecoa uma das 'Vozes da Periferia' que o LeiaJá foi ouvir nesta série especial de reportagens.

A música no quilombo urbano da comunidade da Nação Xambá, no bairro de Peixinhos, é feita como numa brincadeira e de forma natural. Assim é explicado o coco do grupo Bongar, por um de seus músicos, Thulio da Xambá. "Tá na carne e no sangue", diz. O trabalho desenvolvido pelos percussionistas do grupo tem a missão de transcender os palcos no que diz respeito à preservação da memória e de seus saberes tradicionais, além de buscar o empoderamento e o senso crítico de quem a ouve.

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Os tambores do Bongar ecoam alto e recentemente fizeram brilhar os olhos de um dos maiores percussionistas brasileiros, Carlinhos Brown. Em visita à comunidade, o músico garantiu nunca ter ouvido um som como aquele e, em suas redes sociais foi categórico: "O Brasil tem que conhecer isso".

Porém, não só o Brasil, como as próprias cidades mais próximas da comunidade não escutam o Bongar ao ligar o rádio ou a TV, de forma sistemática, assim como se pode ouvir artistas de outros gêenros como o tecnobrega e o bregafunk, que caíram nas graças de programações mais comerciais. Para Guitinho da Xambá, este é um processo intencional: "A música que a gente faz é uma música que atinge um processo de resgate, de memória, de promover o senso crítico". Thulio concorda com a posição do companheiro e diz acreditar que a grande mídia não se interessa por seu trabalho por este não ter um apelo comercial dirigido às grandes massas. "O que faz a gente não crescer é a invisibilidade que a mídia dá a gente", afirma.

Mas a preocupação dos músicos vai além. Eles temem pela educação das novas gerações, expostas à musicalidade de maior expressão nos meios de comunicação, que têm um apelo explícito à sexualidade e apologia ao álcool, por exemplo. "A gente tem que garantir o espaço de algumas posições que pra mim são fundamentais pra gente caminhar pra uma sociedade boa. A gente tem que ser radical com um determinado tipo de música que tá levando a sociedade a um processo de degradação das relações sociais humanas", afirma Guitinho.

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Para o músico, existe um movimento intencional da mídia na venda desse tipo de trabalho: "Pra mim, essa música retrata uma realidade construída para ser mantido um modelo social de apartheid, de miséria, e vem com esse discurso de convencimento de que é massa, é o retrato da periferia. Eu acho que isso é um desserviço dos meios de comunicação e destrói todo um processo educativo, isso é muito grave, é perigosíssimo".

Pensando nisso, o Bongar mantém, em seu Centro Cultural, inúmeras atividades voltadas aos jovens da comunidade. Para eles, a chave é estimular os mais novos: "A gente não vai dizer ‘tape os ouvidos’; o nosso trabalho é dizer ‘interprete o que você tá ouvindo’, escuta e tente interpretar o que essa música tá dizendo, e veja se é boa ou ruim", explica Thulio.

Paulista


Vindos de Paulista, município vizinho à Olinda, os músicos da Chave Mestra - Moral, Carl de Morais, Zaca de Chagas e Thiago Honorato -,  são fruto de uma cena forte não só em sua ‘quebrada’, mas em outras, também. Eles citam, como suas influências, outros artistas do rap e hip hop como Zé Brown e Faces do Subúrbio, do Alto José do Pinho, Diomedes Chinaski, também de Paulista, e o grupo Racionais MC’s - “representante de todas as quebradas”, segundo Thiago Honorato; prova de que a música feita nas periferias pode até não tocar nas rádios mas, certamente, toca os seus.

O quarteto da Chave convive bem com todas as linguagens oriundas da sua comunidade e consideram legítimo o alcance que artistas do bregafunk, por exemplo, estão tomando, mas, ponderam: “Eu acho que a gente também não pode limitar o público, achar que eles só ouvem isso. Porque com a internet, a gente consegue acesso à música do mundo todo”, diz Honorato.

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Na Zona Norte do Recife, um dos bairros de maior população da cidade, Casa Amarela, tem sido sinônimo de resistência desde sua formação. Segundo o historiador Pereira da Costa, ali se levantou, em 1630, o forte real do Bom Jesus - hoje Sítio Trindade - para proteger o interior de Pernambuco contra os holandeses.

Ao redor da fortaleza instalou-se um povoado e no início do século 20 iniciou-se a ocupação dos morros ao redor, entre eles, Morro da Conceição, Alto José Bonifácio e Alto José do Pinho. A população dessas localidades se organizou e, como não poderia deixar de ser, criou suas próprias expressões culturais, transformando-se em símbolo da cultura musical do Recife. Os morros do Recife são emissores de uma das 'Vozes da Periferia', que o LeiaJá apresenta nesta serie especial de reportagens.

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O manguebitt de Chico Science ‘desceu’ de Peixinhos, em Olinda, onde nasceu, e no Alto José do Pinho encontrou solo fértil para se multiplicar. Berço de várias manifestações populares - o Alto conta com o Maracatu Estrela Brilhante do Recife, o afoxé Ylê de Egbá e a escola de samba Unidos de Escailabe, só para citar alguns exemplos -, e com uma forte cena punk no início dos anos 1980, lá surgiram bandas como Matalanamão, Faces do Subúrbio e Devotos, que não só levaram sua comunidade para outros lugares da cidade como também serviram de exemplo para o surgimento de outras cenas Recife afora.

Devotos é referência no Alto e fora deleA Devotos, de Cannibal, Neilton e Celo, inclusive, é citada por 10 entre 10 jovens entusiastas da música na cidade, como grande responsável pela valorização da produção artística local. Em 2018, a banda completa 30 anos como uma das mais importantes da cena hardcore do país. Mas, a resistência da Zona Norte extrapola qualquer convenção ou limitação, sobretudo de ritmos. Grande celeiro cultural, o bairro agrega artistas do rock, do samba, hip hop e do reggae, entre outras vertentes.

Logo ali ao lado, na Bomba do Hemetério, a produção cultural fervilha com inúmeras agremiações de cultura popular como a Escola Gigante do Samba, a nação de Maracatu Raízes de África, a Tribo Canindé e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH), comandada pelo Maestro Forró. 

*No vídeo, o Maestro Forró e a OPBH dividem o palco com os 'vizinhos', Cannibal, da banda Devotos, e o Mestre Walter de França, ex- mestre de apito da Nação de Maracatu Estrela Brilhante do Recife e, agora, líder da Nação Raízes de África, da Bomba do Hemetério. 

 

Tem samba no Alto

Nilson Freitas, J.J., Xande Melo, Mano Black e Jamelão do Cavaco, nascidos e criados no Alto, escolheram o samba como estilo de vida e ferramenta de trabalho. Com o grupo Sambstar, formado há 22 anos, eles levam suas vivências e a alegria característica da comunidade para todo o Brasil e o mundo, fazendo parcerias, inclusive, com grandes artistas nacionais, como Roberto Menescal. "Isso aí é um orgulho que a gente leva no peito, onde chegar, nos quatro cantos do mundo, dizer que é da Zona Norte, do Alto Zé do Pinho, da periferia  e que fazemos uma música universal", diz com sorriso largo, o vocalista do grupo, Jamelão do Cavaco.

O quinteto de sambistas se julga privilegiado por ser ‘cria’ de um chão tão fértil em cultura e arte; para os músicos, não haveria outro caminho a seguir que não o da música vindo de um lugar como o Alto. "Aqui é um celeiro de música popular, tem samba, frevo, maracatu, afoxé, caboclinho, tem o repente, embolada, tem MC, já vou contando quase 11", enumera J.J.

E, vindos da periferia, fazem questão de levá-la à frente em seu trabalho: "A nossa linguagem musical é a linguagem da periferia, a gente tanto canta aqui como canta nos maiores eventos que tem e a linguagem é a popular, não tem como ser diferente", diz Jamelão.

Vindos de um lugar com tamanha diversidade cultural, os músicos convivem bem com todas as cenas surgidas e desenvolvidas ali. Eles acreditam que o vulto que os MCs de brega vêm tomando, como o próprio MC Troinha, originário do Alto, é legítimo e que eles representam sua comunidade tanto quanto qualquer outro artista originado ali, como afirma o vocalista Jamelão: "Embora o ritmo seja criticado por muitos, não pela massa, mas pela ‘crítica’ da mídia comum, os meninos estão de parabéns. Existem pessoas inteligentes por trás, eles também são muito inteligentes, eu tenho mais é que bater palmas e desejar sucesso. Representam a comunidade né? Por isso que estão aí nas cabeças".

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*Imagens: Rafael Bandeira

O Recife vai se tornar a capital nacional do samba, pois o maior encontro do Brasil de sambistas e pagodeiros aterrissa por aqui. O Samba Recife, maratona musical com 12 horas de duração e 14 artistas, acontece neste sábado (29).

A festa começa pontualmente às 18h e os ingressos custam R$ 90 vip, R$ 170 samba lounge e R$ 250 golden stage open bar e estão à venda nas lojas Figueiras ou pelo site e app da Bilheteria Digital.

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Entre as atrações estão Thiaguinho, Léo Santana, Ferrugem, Dilsinho, Belo, Sorriso Maroto, Péricles, Imaginasamba, Turma do Pagode, Vou Pro Sereno, Tiee, Diney, Chininha e Príncipe e Tá Na Mente.

SERVIÇO

Samba Recife 2018

Sábado (29)|18h

Área externa do Centro de Convenções de Pernambuco (Complexo Salgadinho, S//N)

R$90 a R$250

*Por Jhorge Nascimento

 
Quando Chico Science fincou uma parabólica na lama do bairro de Peixinhos, na periferia da Região Metropolitana do Recife (RMR), ele não podia imaginar o quanto aquele gesto ecoaria através dos tempos e gerações. O manguebit, movimento musical iniciado por ele e por Fred Zeroquatro, da Mundo Livre S.A., foi responsável por levar o som e a cara dos bairros periféricos da RMR para os mais inimagináveis lugares do Brasil e do mundo.

Porém, mesmo antes do malungo Science - e depois ainda mais e, talvez, com maior estímulo - artistas originários dos bairros periféricos recifenses têm se empenhado para, através de suas vozes, contar e cantar sua realidade, tristezas e belezas, com o objetivo de imprimir na sociedade a sua identidade e fazer-se ouvir para além de seus limites geográficos e sociais.

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Em tempos  em que as frequências de rádio e TV têm privilegiado apenas um recorte específico dessa gama cultural - a música 'rebolativa', das 'novinhas' e MCs de tecnobrega e bregafunk, por exemplo, sejam eles mirins ou não -, o LeiaJá percorreu alguns bairros que margeiam o centro da capital pernambucana para descobrir quais são as outras vozes que compõem o cenário cultural das periferias. Acompanhe a série especial 'Vozes da Periferia', que vai ao ar desta terça (25) até o próximo domingo (30).

Com iniciativas independentes, como festivais por todos os cantos da cidade, encontramos artistas que, muitas vezes, ainda nem tocam nas rádios, mas certamente tocam suas comunidades e são tocados por ela.

O grupo de rap Aliados CP é um dos exemplos de artistas que formam a identidade cultural de sua periferia. 

O Projeto Azougue aporta na cidade de Tracunhaém, na Zona da Mata de Pernambuco, neste sábado (22), promovendo uma sambada no terreiro do Maracatu Rural Águia Formosa. Além do grupo anfitrião, também participam da festa Ciranda Flor de Lírio e o Maracatu Piaba de Ouro. 

Em sua terceira edição, o Azougue busca cuidar da manutenção e estruturação do Maracatu Águia Formosa como entidade cultural. A iniciativa faz referência à atuação do grupo como instrumento social atuante na Zona da Mata de Pernambuco. O projeto conta com o incentivo do Funcultura. 

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Além da sambada, o Projeto Azougue também tem promovido outras cinco ções como o Encontro de Mestres e Poetas da Mata Norte, oficina de confecção de adereços de maracatu, curso de teoria musical e oficina de Rabeca, com Maciel Salú. O objetivo é demonstrar a atuação positiva e direta do Águia Formosa na vida de seus integrantes e da comunidade. 

Serviço

Sambada do Maracatu Águia Formosa 

Sábado (22) | 21h

Rua Professora Ana Vaz de Andrade - em frente ao Hamburgão do Lula (Tracunhaém - PE)

Gratuito

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A noite da última sexta-feira, dia 14, foi bastante especial para Sabrina Sato. A apresentadora foi anunciada como a nova Rainha de Bateria da Gaviões da Fiel, após 16 anos desfilando pela escola de samba.

Segundo informações do colunista Leo Dias, Sabrina entrou no lugar da antiga Rainha, Tati Minerato, após ela ter brigado com a imperatriz da agremiação, Renata Teruel,em janeiro deste ano.

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Polêmicas à parte, deu para perceber que Sabrina ficou bastante feliz e emocionada com o convite.

No evento, a artista usou um modelito azul todo brilhante de Fabiana Milazzo, com sapato da Gucci e joias por Marisa Clermann. A beleza foi feita por Krisna Carvalho e o design por Pedro Sales.

No Instagram, Sabrina ainda escreveu um texto sobre a conquista:

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A apresentadora Sabrina Sato tem vivido dias especiais à espera de sua primeira filha com o namorado, o ator Duda Nagle. Mas na última sexta (14) uma surpresa deixou a nova mamãe ainda mais feliz. Ela foi coroada rainha de bateria da Escola de Samba Gaviões da Fiel, da qual faz parte há quase 16 anos. 

Sem saber da coroação, Sabrina foi até a quadra da escola para participar de um ensaio como outro qualquer. Há nove anos, ela desfila como madrinha e, agora, a escola decidiu retribuir o carinho da apresentadora colocando-a em um dos postos de maior valor dentro da escola, rainha da bateria. Em seu Instagram, ela compartilhou a alegria de ter sido coroada: "Estou na Gaviões há quase 16 anos, já fui destaque, musa, estou há nove anos como madrinha. Que emoção receber esse presente nesse momento tão lindo que estou vivendo".

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Com o barrigão de sete meses à mostra, a nova rainha sambou em meio aos seus 'súditos' e distribui simpatia e alegria. Mas, apesar da honraria, ainda não se sabe se a apresentadora vai estar na avenida no Carnaval de 2019. Em recente entrevista ao UOL, ela falou sobre o assunto: "Vão ser três, quatro meses do nascimento dela para o Carnaval. Tenho que resolver se vou aceitar esse desafio e continuar ou se vou dar um tempo". 

*Foto: Reprodução/Instagram Sabrina Sato

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Neste sábado (1º), a cantora Beth Carvalho irá se apresentar no palco do KM de Vantagens Hall, no Rio de Janeiro, deitada. Travando uma batalha contra uma inflamação na parte inferior da coluna, a sambista de 72 anos não terá condições de cantar sentada. 

Em vídeo no Facebook da filha, a também cantora Luana Carvalho, Beth aparece ensaiando para o show na noite da última sexta-feira (31) já na posição em que os cariocas irão ver logo mais. "Que orgulho eu tenho dessa mulher. Que honra esse ser de coragem ter um dia deitado também para parir a mim. Vai, minha mãe, canta como for. Até o fim você é infinita!", escreveu Luana, ao mostrar para os fãs a imagem da mãe cantando.

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Confira o vídeo: 

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A véspera do feriado da Independência, na próxima quinta (6), promete ser de muito samba no Recife. O cantor Xande de Pilares sobe ao palco do Quintal da Boa Vista para cantar seus maiores sucessos. Também se apresentam, nesta noite, o Grupo Sambstar, Leno Simpatia e a Bateria do Samba Led. 

No show, Xande apresenta os sambas que ficaram marcados em sua voz. Muitos deles do repertório do grupo que o consagrou, o Revelação. Entre elas estão Tá escrito, Deixa acontecer, Coração Radiante e Fala Baixinho. O sambista também traz as canções de seu trabalho solo, como Logo você, Deixa eu te amar e Perseverança. 

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Serviço

Xande de Pilares no Quintal da Boa Vista

Quinta (6) | 21h

Quintal da Boa Vista (Rua Afonso Pena, 45 - Santo Amaro)

R$ 40

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