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Um ano sem Gal Costa! Caetano Veloso, cantor e parceiro musical da cantora, lamentou um ano da perda da amiga em um texto emocionante que publicou em suas redes.

Confira a mensagem:

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Hoje faz um ano que Gal morreu. Nem acredito. É como se tivesse sido ontem, é como se não tivesse sido. Emissão de voz que já era música antes de ela entrar um tanto nalguma música. Não dá pra medir, não dá pra entender. No filme que Dandara e Lô fizeram ri e chorei lembrando os começos. Agora, ela ter ido embora não metabolizo. Já faz um ano que o mundo não tem Gal? Impossível aceitar.

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Os dois além de parceiros na música, eram muito amigos na vida. A cantora o considerava seu irmão, de tão próximos que eram. A colaboração mais conhecida dos dois é a canção Baby, que ficou muito conhecida na voz de Gal e foi escrita por Caetano. Além de Da maior importância, Minha Voz Minha Vida e Meu Bem, Meu Mal.

Gal morreu no dia 9 de novembro de 2022, em decorrência de um infarto fulminante e deixou uma ferida no mundo da música, principalmente no MPB.

Gal Costa continua com sua obra exaltada por inúmeros admiradores. Em sua trajetória, a cantora encantou gerações através de músicas que embalaram grandes histórias. A artista morreu no dia 9 de novembro de 2022, aos 77 anos. Para destacar a carreira brilhante da baiana, o LeiaJá relembra os cantores que dividiram os vocais com Gal.

Artista: Seu Jorge

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Música: Juventude Transviada

Artista: Caetano Veloso

Música: Sorte

Artista: Marília Mendonça

Música: Cuidando de Longe

Artista: Tim Maia

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Artista: Criolo

Música: Paula e Bebeto

Artista: Maria Bethânia

Música: Minha Mãe

Artistas: Nando Reis e Gilberto Gil

Música: Palco

Artista: Preta Gil

Música: Vá Se Benzer

Todo fã que se preze tem no seu íntimo a certeza de que o ídolo merece ter sua vida contada no cenário do audiovisual. Os admiradores de Gal Costa tiveram essa sorte. Na próxima quinta-feira (12), chega aos cinemas brasileiros o filme Meu Nome é Gal. Com direção assinada por Dandara Ferreira e Lô Politi, o longa-metragem foi contemplado com o talento da atriz Sophie Charlotte para interpretar a artista.

Quem decidir prestigiar o projeto vai perceber que a música voraz de Gal permeará uma narrativa cheia de sensibilidade e poesia. Retratando o início da carreira da cantora, a produção de Dandara e Lô soube muito bem colocar para fora toda a doçura contida e afiada que Gal Costa tinha. Assim que chegou ao Rio de Janeiro, em 1966, Gal fez questão de mostrar ao pessoal distante de sua bolha que a arte tem o dom de tocar na ferida do desconhecido.

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Surfando na onda de uma trajetória tímida, o filme não poupou o fato de tirar Gal Costa do seu casulo. Apesar de estar rodeada de amigos, a filha de Mariah Costa Penna exalava acanhamento. Durante as cenas, Sophie mostrou uma Gal frágil, séria e certa de suas decisões.

Contando os sonhos, amores e dramas da baiana, até 1971, a obra fez questão de ressaltar que os desejos de Gal Costa eram destinados a um caminhar sem lamentações. O interessante disso tudo é perceber que a estrela da música popular brasileira posicionava suas conquistas e frustrações de uma forma sagaz, em que todos ao seu redor se curvavam para o seu instinto edificante.

Gal Costa presenteou seu público com grandes clássicos, e essa jornada sonora está presente na película. O espectador terá a chance de ver Sophie Charlotte dando vida aos sucessos eternizados na voz da cantora como Divino Maravilhoso, Fruta Gogóia, Dê um Rolê, Vaca Profana, Baby, entre outros estouros consagrados.

Além de Sophie, o elenco também se destaca com a entrega dos atores Rodrigo Lélis (Caetano Veloso), Dan Ferreira (Gilberto Gil), Camila Márdila (Dedé Gadelha) e Luis Lobianco (Guilherme Araújo), que juntos explanam na história o laço de amizade mais puro com 'Gracinha'. Meu Nome é Gal é um filme que faz rir, chorar e refletir, evidenciando a importância de Gal Costa nas mais diferentes configurações de Brasis.

Assista ao trailer de Meu Nome é Gal:

A atriz Sophie Charlotte marcou presença no Recife, na noite dessa terça-feira (3), para participar do lançamento do filme Meu Nome é Gal. A pré-estreia do longa-metragem aconteceu no Cinema da Fundação (Fundaj), no bairro de Casa Forte, Zona Note da capital pernambucana. Em entrevista ao LeiaJá, Sophie falou do processo imersivo no qual foi interpretar a cantora Gal Costa.

"Eu comecei em um ponto de determinado disco e aquilo se ampliava em significados. [Ao] Chegar perto nessa aproximação mais eu descobria. Eu ficava curiosa. Os discos, para mim, foram fundamentais. Acredito que você coloca como artista uma expressão no mundo de sua alma, do seu desejo. Tentei entender facetas ou detalhes da Gal que, por ela ter uma personalidade mais tímida e reservada, talvez eu não conseguisse em entrevistas, relatos ou em livros", explicou.

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Sophie ressaltou que sua entrega para a personagem teve como base o que Gal depositou de mais incrível nas obras: sua intensidade. Apesar de ter encontrado recortes e outras percepções da trajetória da artista, ela contou que se preocupou mesmo em passar no projeto toda vontade que a baiana queria propagar.

"Não sei se o ciclo desse trabalho vai se fechar em algum momento. Até agora não se fechou. Mesmo depois do encerramento no set de gravação, da última cena, eu não consegui me desvencilhar. A Gal me interessa muito. Essa homenagem chega num momento muito importante, em vários sentidos, principalmente pela retomada de sala de cinema", pontuou a protagonista.

Para Sophie, a ideia é que os espectadores se deliciem com a magnitude da vida de Gal Costa: "Que esse tributo nos dê alegria como ela sempre deu. Ela foi uma artista que cantou o Brasil em várias formas".

Dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi, Meu Nome é Gal estreia nos cinemas do país no próximo dia 12. Além de Sophie Charlotte, a produção reúne em seu elenco nomes como Rodrigo Lélis, Fabio Assunção, Luis Lobianco, Dan Ferreira, George Sauma e Camila Márdila.

Marina Sena foi um dos nomes mais aguardados para o último dia de The Town. Nesse domingo (10), a nova estrela da música popular brasileira encantou o público do festival com um show exaltando o legado de Gal Costa. Apesar dos elogios com o tributo, Marina também acabou sendo criticada na internet. Na sua conta do Twitter, nesta segunda-feira (11), a artista fez um desabafo sobre o espetáculo.

"Vocês juram que se eu fosse ruim eu seria uma menina de Taiobeiras que tá conquistando tanta coisa? Por qual motivo isso tudo me seria dado? De graça assim? Não tenho sobrenome, não tinha dinheiro, influência, não tinha absolutamente nada. Não havia nenhum motivo pra eu estar aqui a não ser minha própria coragem, dedicação, autenticidade e talento. Vocês que se mordam", disparou.

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Ainda na rede social, a dona do hit Que Tal falou da importância de Gal Costa: "Para o resto da minha vida, por onde eu for, eu vou levar o nome de Gal. Não quero ser a nova Gal, só quero que todos saibam de onde vem o pulso inicial desse movimento do corpo, da alma, do espírito, que Gal possibilitou a mim e a tantas pessoas sentir. Eu sou uma das tantas filhas de Gal desse país. Na voz dela é onde eu me conecto com Deus. E eu vou ter pra sempre gratidão por ela ter expandido tanto a minha alma".

Logo após o compartilhamento das mensagens, Marina Sena colecionou uma onda de apoio de inúmeros internautas. Ela chegou até a repostar um comentário de Luísa Sonza, que também cantou no evento. A artista gaúcha soltou: "Marina Sena é fod*, Jão é fod*, Pabllo Vittar é fod*, Iza é fod*, Ludmilla é fod*, Anitta é fod*, Gloria Groove é fod*, eu sou fod*. Isso independe da opinião de vocês".

Confira o desabafo de Marina Sena:

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Gal Costa foi um verdadeiro sucesso na música popular brasileira e em meados de novembro de 2022, foi anunciado que a cantora morreu aos 77 anos de idade. E depois disso, diversas homenagens começaram a serem feitas para a artista.

E durante a tarde desta terça-feira, dia 5, um novo cartaz do filme sobre Gal Costa foi divulgado pela Paris Filmes. Caso você não saiba, a produção relembra a história da cantora baiana que se mudou para o Rio de Janeiro na década de 1960.

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Nesta mesma época, Gal se juntou aos companheiros de vida Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha - que vão ser protagonizados por ótimos atores na produção. O filme tem previsão para chegar nos cinemas no dia 12 de outubro.

Gal Costa morreu aos 77 anos de idade em casa, mas a causa de morte ainda estava sendo mantida sob sigilo pela família, porém, no último domingo (16), ao Domingo Espetacular, foi revelado a certidão de óbito da cantora. Segundo o documento, a cantora sofreu um infarto do miocárdio e uma neoplasia maligna de cabeça e pescoço.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, a neoplastia é um tumor que pode ser maligno ou benigno que acontece pelo crescimento anormal do número de células. O crescimento celular fica fora do controle do organismo e desencadeia consequências graves no corpo. Vale lembrar que, dois meses antes de morrer, Gal passou por uma cirurgia para a retirada de um nódulo na região do nariz.

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Em meio ao luto, a viúva da cantora, Wilma Petrillo, está enfrentando uma polêmica. Ainda na exibição do Domingo Espetacular, foi revelado que ela está envolvida em uma série de acusações de assédio moral, descumprimento de contratos e de boicotar a carreira da ex-esposa.

Segundo Anamaris Torres, ex-assistente de Gal Costa, Wilma ficava responsável por tomar todas as decisões da carreira da artista e era ela quem administrava os contratos que a cantora iria assinar.

"Toda negociação, todo o tramite, toda mudança de contrato, contratante, era com a Wilma".

Wilma e Gal se conheceram na década de 1990 e algum tempo depois passaram a se relacionar. As duas moraram juntas por cerca de 26 anos e Petrillo passou a fazer parte ativamente da carreira da amada como sócia. Atualmente, ela ainda é dona de todas as empresas sob o nome de Gal Costa.

As acusações começaram com o processo iniciado por Anamaris. A ex-assistente da artista contou que sofreu diversos assédios morais por parte de Wilma e chegou a ficar alguns meses sem receber salário, apesar de estar com registro em carteira.

Na sequência, o programa revelou que um sobrado avaliado em cinco milhões de reais comprado por Gal Costa em 2020 está envolvido em outra polêmica de um possível golpe aplicado por Wilma. Acontece que, apesar de terem fechado a compra, Petrillo nunca transferiu as contas de luz ou de gás para seu nome, ou nome da amada, e as cobranças continuavam sendo enviadas para a antiga proprietária, que acabou endividada.

Mais uma polêmica que está sendo relacionada ao nome de Wilma é o fato dela ter supostamente conspirado contra a carreira musical de Gal. Anamaris revelou que ela costumava dificultar transações e fechamento de novos contratos, além de causar confusões e mudanças de última hora:

"Ela segurava dentro de casa, não pegava assinatura, não passava para a Dona Gal... Os contratantes ficavam ligando para a gente, para os produtores e precisava poder entregar no teatro, porque tem isso, sem contrato, não consegue fechar o teatro para o show".

Criado em 2015, após a criadora Dandara Pagu sofrer violência polícial, o Vaca Profana desfilou, nesta segunda-feira (20), em Olinda. Exaltando a liberdade de corpos e a cantora Gal Costa, que faleceu em 2022, o bloco se concentrou, às 14h, na Praça do Fortim.

"É um momento de celebra o que é ser feminino basicamente. Esse ano, eu acho que terá muitas mulheres. Eu não sei se é a sede do Carnaval,mas o último ano que teve foi muito bonito, foi lotado", explica Dandara Pagu. À reportagem, ela conta que, em 2020, o Vaca Profana reuniu cerca de cinco mil pessoas. 

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"Eu sou muito fã da Gal. O nome do bloco veio da música que Caetano [Veloso] fez para ela. Então, esse bloco tem tudo a ver com ela. Com a morte da Gal, nada mais justo que a gente pretar essa homenagem a ela", ressalda Dandara. 

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Serão muitas as homenagens àquela que tanto embalou décadas de carnavais. A figura, o legado e as canções interpretadas por Gal Costa são temas dos desfiles de novos e tradicionais blocos de rua de São Paulo neste ano, como Acadêmicos do Baixo Augusta, Tarado Ni Você e Bloco Pagu, meses após a morte da artista, em novembro, aos 77 anos. A folia paulistana também contará com a estreia de um bloco totalmente dedicado à trajetória da artista, o Gal total.

"Será uma celebração, um bloco muito diverso. Tem a figura da Gal em todas as camadas que representa e pode representar, de mulher, mãe, que sempre se posicionou, que fez uma revolução estética lá atrás", descreve a cantora Zulaiê Silva, de 34 anos, uma das idealizadoras do grupo e conhecida pelo nome artístico Zu Laiê. "Pessoas como a Gal não morrem. Mesmo vivas, já eram imortais."

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Zu Laiê conta que sentia falta de um desfile dedicado totalmente à cantora no carnaval paulistano, como ocorre com outros grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso (bloco Tarado Ni Você), Gilberto Gil (Filhos de Gil), Maria Bethânia (Explode Coração) e outros. "Tem que ter o da Gal. Foi um lance que convergiu. Mesmo que ela não tivesse passado para o outro plano, a gente teria feito do mesmo jeito."

O bloco é liderado por quatro mulheres artistas (as demais são Ellen Nicole, Marcela Corano e Ananda Macedo), parte delas com uma forte presença de canções interpretadas por Gal nos próprios repertórios de shows. A proposta é homenagear a complexidade da trajetória da homenageada, "na história, na cultura, na sociedade, na memória e nos afetos", com canções que vão desde os anos 1960 até os últimos anos de carreira.

Repertório

No repertório do desfile, estão confirmadas Brasil, Aquarela do Brasil e Miami Maculelê, entre outras, a maioria de canções conhecidas do público. O desfile ocorrerá no domingo de pré-carnaval, 12 de fevereiro, no entorno da Praça Elis Regina, no Butantã, zona oeste.

A expectativa é de 500 a mil pessoas, com um perfil voltado a famílias e sem a intenção de atrair multidões. Haverá um espaço exclusivo para crianças foliãs, com tapetes e brinquedos.

Gal também foi escolhida como o tema anual do desfile de alguns dos maiores blocos paulistanos. Será lembrada no repertório, com releituras em ritmos carnavalescos, e na estética dos cortejos, com cores e imagens que remetem à artista. As celebrações começarão já no fim de semana de pré-carnaval.

"A Gal tem um pedaço importante da carreira dela que tem muito a ver com o carnaval", diz o músico Wilson Simoninha, diretor musical e um dos fundadores do Acadêmicos do Baixo Augusta.

A homenagem à artista será protagonizada também pelas cantoras Céu, Marina Sena e Tulipa Ruiz e a atriz Sophie Charlotte, que interpreta a artista no filme Meu Nome É Gal, a ser lançado neste ano. Marcado para 12 de fevereiro e com expectativa de mais de 1 milhão de pessoas, o desfile terá mais participações especiais, como do Olodum.

CarnaVrah

Além do Gal ToTal, outro estreante que celebrará o legado de Gal Costa será o CarnaVrah. "Vai ter um momento de homenagem, de tocar só músicas de carnaval de Gal", comenta o ator Fernando Cabral, de 32 anos, um dos fundadores do bloco, ligado a artistas do teatro musical e do cinema. O desfile ocorre sábado, dia 18, no Butantã, zona oeste de São Paulo. Há a expectativa de até 2 mil foliões.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tarde desta quinta-feira (12), fãs de Gal Costa não gostaram de uma postagem no perfil da cantora baiana, no Instagram. Wilma Petrillo usou a conta da esposa para compartilhar uma foto pessoal. A imagem divulgada na rede social mostra a viúva de Gal, em Salvador, posando ao lado de um cachorro.

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Assim que o registro foi compartilhado, Wilma foi detonada pelos admiradores de Gal Costa. "Vamos todos denunciar como conteúdo falso. Essa impostora não vai administrar o legado de Gal", escreveu uma pessoa. Outra disse: "Que desrespeito!". Gal Costa morreu em novembro de 2022, em São Paulo, aos 77 anos.

Com as restrições à pandemia do coronavírus diminuindo, grandes eventos voltaram a agitar o público brasileiro. Infelizmente, também perdemos nomes importantes da música. Vimos ainda uma atriz brasileira ganhar o mundo. Confira nossa retrospectiva musical.

Anitta

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Entre todos os prêmios que a Garota do Rio ganhou em 2022, a gente destaca o MTV Video Music Awards, MTV Europe Music Awards, Latin American Music Awards e o American Music Awards. Além disso, Anitta se tornou a primeira brasileira indicada a uma categoria principal do Grammy Awards em 48 anos e foi o primeiro artista latino solo a alcançar o primeiro lugar no Spotify.

Festivais

Com a vacinação em andamento, o Brasil voltou a receber mega festivais, como o Lollapalooza e o Rock in Rio, que reuniram grandes nomes da música nacional e internacional do RJ e em SP.

Taylor Hawkins

Baterista do Foo Fighters, e ídolo de uma geração, Taylor Hawkins foi a morte mais sentida pelos fãs de rock do mundo todo. O músico de 50 anos faleceu em Bogotá, na Colômbia, onde se preparava para tocar.

Gal Costa

Os fãs de música brasileira também choraram a perda de um dos maiores nomes da MPB. Aos 77 anos, a baiana Gal Costa faleceu no dia 9 de novembro. Foram quase seis décadas anos de carreira e clássicos eternizados como Baby, Meu nome é Gal, Chuva de Prata, Meu bem, meu mal e Barato total.

Milton Nascimento

Aos 80 anos, o Bituca se despediu dos palcos. Milton Nascimento fez uma turnê de despedida (A Última Sessão de Música) que arrastou multidões por onde passou.

Fotos: Reprodução/Instagram

Ivete Sangalo lamentou a morte de Gal Costa. A cantora morreu na última quarta-feira (9), aos 77 anos de idade, e ainda não teve a causa revelada. Durante a Bienal do Livro Bahia, em Salvador, Ivete falou com carinho de Gal Costa ao Jornal da Manhã, da Rede Globo.

"Essa semana foi uma semana muito difícil. Gal é talvez a minha maior referência como cantora, não só minha, eu falo em nome de todas as cantoras, pelo preciosismo daquela voz", daquela cantora.

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Ivete não parou por aí e continuou com os elogios: "Uma mulher moderna, um canto moderno, fez parte de um movimento que revolucionou a geração. Minha amiga querida, minha vizinha, fã de Gabriel, uma amiga muito querida, uma mulher muito especial. Uma mulher muito presente através das suas canções e das suas falas. É muito difícil, mas eu tenho tantas memórias lindas, legais, que eu penso com carinho".

Tyler, The Creator homenageia Gal

Entre os artistas que homenagearam a cantora, o rapper Tyler, The Creator usou a sua conta no Twitter para se despedir de Gal. "Boa viagem, Gal Costa", escreveu.

No ar em Todas as Flores, vivendo a personagem Maíra, Sophie Charlotte poderá ser vista em breve no cinema. Em 2023, a atriz invadirá as telonas interpretando a cantora Gal Costa. O filme Meu Nome é Gal já está pronto, o que não deu tempo para a artista baiana conferir. Gal morreu nessa quarta-feira (9), em São Paulo, aos 77 anos.

"Foi a maior vivência, alegria da minha vida, a Gal me deu muitos amigos novos, a Bahia, ela é um pilar, ela é fundamental, ela ajudou a inventar o Brasil que eu acredito, que amo. A sua revolução através do canto, cabelo, pernas, gritos, agudos. Ter a honra de viver esse sonho com a bênção de Gal foi tudo, foi ganhar de presente uma estrela pra guardar no meu peito pra sempre. Estou eternamente ligada a ela", disse, em entrevista ao programa Encontro.

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Assistindo uma cena do projeto audiovisual, Sophie não segurou as lágrimas e acabou chorando: "Esse filme foi feito pra ela, pra ela ver, pra ela curtir, para o Brasil poder reverenciar um pedaço da vida que não está tão registrado em imagem. Amo demais a Gal. Ela é imensa, queria tanto que ela tivesse visto".

Conversando por chamada de vídeo com Patrícia Poeta, a esposa do ator Daniel de Oliveira confessou que foi incrível participar do longa-metragem em homenagem à Gal Costa. "Me diverti imensamente, aproveitei cada segundo porque foi uma coisa impossível de se imaginar viver, a minha ídola maior, a minha estrela mais brilhante. A obra de Gal é ímpar. Esse quarteto com Gil, Caetano, Maria Bethânia, são meus ídolos", contou Sophie Charlotte.

Na abertura da sessão plenária desta quarta-feira (9), os senadores prestaram um minuto de silêncio em homenagem a cantora e compositora Gal Costa, 77 anos, que morreu na manhã desta quarta-feira, em São Paulo, onde residia. Mais cedo, senadores também usaram as mídias sociais para lamentar a perda da cantora baiana.

  O primeiro a se manifestar e a solicitar a homenagem em Plenário foi o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO). Ele afirmou que a data é um dia muito triste para o país. "Para mim, uma das três maiores intérpretes da música brasileira em toda sua história. Presidente Vital e demais companheiros e amigos aqui, certamente concordam. Morreu hoje cedo a cantora intérprete Gal Costa, a baiana, aos 77 anos de idade. Então presidente, tenho certeza da sua concordância e toda esta Casa, deve prestar uma homenagem a ela por tudo que ela representou para nós", afirmou o parlamentar. 

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  Ao acolher a sugestão, o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que presidia a sessão, afirmou que Gal Costa foi uma extraordinária intérprete e brasileira, e transmitiu pesar aos familiares da artista em nome do Senado.

  "Uma extraordinária intérprete da música, não apenas popular brasileira, mas ela versou em outros campos dessa diversidade, nessa musicalidade, tão rica, nacional, prestar as homenagens pela ausência, a partir de hoje, desta grande brasileira, filha da Bahia, que foi, que é Gal Costa, e eu acolho a sua sugestão justa, merecida, no reconhecimento a todos os valores de uma cantora, de uma intérprete que há muitos de nós, que tivemos a oportunidade de alcançar nos melhores e áureos tempos de Gal Costa, se deleitavam com as suas interpretações incomuns. Então eu peço um minuto de silêncio aos presentes para que nós homenageemos a cantora e intérprete Gal Costa", disse. 

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador. Em 57 anos de carreira, Gal Costa lançou mais de 40 álbuns e recebeu diversos prêmios. A artista baiana deixa um filho de 17 anos. 

*Da Agência Senado

Nesta quarta-feira (9), a morte de Gal Costa pegou muita gente de surpresa. Dona de timbre inconfundível, a artista baiana já foi responsável por embalar a trajetória de diversos personagens em novelas. Além de emprestar seu talento para trilhas sonoras, ela também estampou de cara as aberturas de novelas da Globo. O LeiaJá relembra cinco sucessos eternizados na voz de Gal em chamadas dos folhetins.

Novela: Gabriela

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Ano: 1975

Música: Modinha Para Gabriela

Novela: O Casarão

Ano: 1976

Música: Só Louco

Novela: Vale Tudo

Ano: 1988

Música: Brasil

Novela: Deus nos Acuda

Ano: 1992

Música: Canta Brasil

Novela: Porto dos Milagres

Ano: 2001

Música: Caminhos do Mar

A morte da cantora Gal Costa deixou a classe artística e uma legião de fãs entristecidos pelo Brasil, mas o seu legado na música já está eternizado. E, há poucas semanas da Copa do Mundo, você sabia que a voz de Gal já embalou a Seleção Brasileira em um mundial?

Foi na Copa do Mundo de 1986, disputada no México, que ela deu voz ao tema da Seleção que chamava “70 neles”. Remetendo ao tricampeonato vencido em 1970, a música embalava o time brasileiro rumo ao tetra que acabou só vindo em 1994.

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Mas a relação da baiana Gal com o futebol não ficou por aí. Ela, junto com seus conterrâneos, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Caetano Veloso gravaram o hino do Bahia no disco “Doce Bárbaros Bahia” lançado nos anos 2000. Ela também participou da regravação do "Samba Rubro Negro" do Flamengo. 

Duas rainhas! Após o anúncio da morte de Gal Costa nesta quarta-feira, dia 9, os fãs relembraram com carinho de quando a cantora fez uma parceria com Marília Mendonça. O momento não poderia ser mais simbólico, já que há poucos dias a morte da sertaneja completou um ano.

O feat entre as duas foi lançado em 2018. Elas cantaram a música Cuidando de Longe. A faixa se tornou tão especial para Gal que, no dia 5 de novembro, ela repostou o vídeo da gravação com Marília para homenagear a cantora em seu aniversário de morte.

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Na legenda, ela escreveu um trecho da letra:

"Tô te cuidando de longe. Tô te amando no meu canto. Diga que está feliz. Que daqui eu vou me virando. E se eu tiver distante. Não quer dizer que eu não ame. Tô ensaiando a despedida. Mesmo tendo outros planos."

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Dona de uma das mais icônicas e importantes vozes brasileiras, a cantora e compositora Gal Costa, 77 anos, faleceu nesta quarta-feira (10) em São Paulo. Pelas redes sociais, senadores lamentaram a perda da artista baiana que estreou na década de 60 entre outros grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, todos ícones do Tropicalismo.

  Em nome do Congresso Nacional, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, prestou seus sentimentos aos familiares, amigos e fãs “neste triste dia para a cultura nacional”. “O Brasil perde Gal Costa. Compositora, cantora e uma das vozes mais expressivas da Música Popular Brasileira”, afirmou Pacheco. 

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Senador pela Bahia, Jaques Wagner (PT) disse que recebeu com tristeza a notícia da morte de Gal, uma das maiores artistas baianas e do Brasil. “Com sua voz inconfundível e seus posicionamentos firmes, Gal marcou a história da cultura brasileira. Fátima e eu nos solidarizamos com os familiares, amigos e fãs de Gal”, tuitou. 

Conterrâneo de Gal, o senador Otto Alencar (PSD-BA) lembrou nas redes sociais que na sua época de estudante pode acompanhar Caetano, Gil, Gal e Bethânia trazendo novidades artísticas e musicais em plena ditadura militar. “Minha solidariedade aos familiares, amigos e fãs de Gal. Vá em paz”, afirmou. 

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) também manifestou abalo pela notícia: “Uma tristeza a notícia da morte de Gal Costa, que nos deixa aos 77 anos. O Brasil e a Bahia perdem uma de suas grandes artistas, dona de uma das vozes mais marcantes da MPB. Ficaremos com seu legado musical de um talento inigualável! Que Deus console seus familiares e amigos.” 

Veja abaixo as manifestações dos senadores

Alessandro Vieira (PSDB-SE) 

“Lamentar o falecimento da extraordinária artista Gal Costa. Que Deus console familiares, amigos e fãs. Sua música vai continuar eternamente entre nós.” 

Alexandre Silveira (PSD-MG) 

“Gal Costa foi fundamental para a construção da cultura do país. Uma tristeza a partida de alguém cujo tamanho contribuiu até mesmo para a ideia de um Brasil. Seu talento, seu legado, ficam pra sempre. Meus sentimentos à família e amigos. Obrigado, Gal! Descanse em paz.” 

Alvaro Dias (Podemos-PR)

  “A cantora Gal Costa faleceu nesta quarta-feira, aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da cantora. Nossos sentimentos à família, amigos e aos milhares de fãs de uma das maiores cantoras da história brasileira. Que Deus possa confortar o coração dos familiares.” 

Chico Rodrigues (União-RR) 

"O Brasil perdeu hoje uma de suas grandes vozes." 

Confúcio Moura (MDB-RO) 

 “Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser...” é com essa passagem da música de Tom Jobim e Vinicius de Moraes que digo adeus à cantora Gal Costa. ícone da música popular brasileira. Gal embalou festas e sonhos de todos nós, com a sua voz inconfundível. Perde o Brasil, perde a cultura, perde cada um de nós que a amávamos. Conforto à família e que ela seja acolhida ao som de suas canções..." 

Daniella Ribeiro (PSD-PB) 

“Lamento profundamente a partida da nossa inigualável Gal Costa. Sua voz potente, única, maravilhosa está imortalizada nas nossas memórias, além do exemplo de grande mulher. Aos familiares, amigos e incontáveis fãs, meus sentimentos.” 

Dário Berger (PSB-SC) 

“O Brasil perde uma de suas maiores artistas. A música está de luto. Triste notícia!”  Davi Alcolumbre (União-AP)  “Perdemos hoje Gal Costa, uma das maiores vozes da música popular brasileira. De timbre inconfundível e grande talento, Gal deixa um legado inesquecível para a cultura e para o país. Meus sinceros sentimentos aos familiares, amigos e fãs que, assim como eu, sentem sua perda.” 

Eduardo Braga (MDB-AM) 

“Acabamos de perder uma das vozes mais talentosas da música brasileira. Gal Costa foi uma estrela que iluminou, com seu brilho ímpar, a arte e a cultura do país. Muito triste. Minhas orações e minhas condolências a toda a família. Sou de uma geração que ouviu e viu o talento de Gal Costa crescer e alimentar a alegria e a esperança dos brasileiros. Gal foi, certamente, uma das mais brilhantes vozes da nossa música.” 

Eliziane Gama (Cidadania-MA) 

“Gal Costa é uma referência na música popular brasileira, uma gigante, amada por todos os brasileiros. Lamento demais saber q ela nos deixou hoje. Sinto muito por sua família, por seus parceiros nos palcos e por todos os fãs, os quais me incluo. Que Deus conforte a dor de todos.” 

Fabiano Contarato (PT-ES) 

“Artista plena, genial, revolucionária e ousada, Gal Costa foi a perfeita tradução do que é ser uma cantora moderna e à frente de seu tempo. Fez história na música brasileira com seu canto agudo e sua potente expressão como musa da contracultura e do desbunde. Sua voz de cristal emprestou vida e ressignificou o gosto musical brasileiro, desde os clássicos de Dorival Caymmi, Tom Jobim e Lupicínio Rodrigues até o Tropicalismo, importante movimento de ruptura cultural iniciado nos anos 60. Intérprete capaz de fazer contestações políticas e rupturas comportamentais com seu posicionamento sempre libertário e autêntico, Gal foi legal, fatal, tropical, plural. O Brasil agradece sua existência tão gigante e luminosa, Gal, Gracinha, Gaúcha, Gal de Tantos Amores. Eterna.” 

Humberto Costa (PT-PE) 

“Gal, uma das mais belas vozes da música brasileira nos deixou e a gente não estava preparado para isso. Fica o carinho, a admiração e a boa lembrança. Todo meu amor para os familiares, amigos e fãs como eu”. 

Izalci Lucas (PSDB-DF) 

“Perdemos hoje uma das maiores vozes brasileiras. Gal Costa era talento puro, obrigada por tanto talento e por contribuir com nossa cultura! Deus conforte o coração de toda família, amigos e fãs.” 

Jean Paul Prates (PT-RN) 

“Gal Costa foi fortaleza de um grande legado para a Música Popular Brasileira. Sua partida nos deixa tristes, mas sua enorme contribuição para nossa cultura irá se manter sempre viva! Presto todas as minhas condolências à família e aos amigos/as que a cercaram em afeto.” 

Jorge Kajuru (Podemos-GO) 

“Tive o privilégio de conviver anos no Rio de Janeiro com ela e Leda Nagle! O brasil perde uma das 3 maiores intérpretes da história. Deus recebe Gal no colo.” 

Leila Barros (PDT-DF) 

“A morte de Gal Costa é uma triste notícia para a cultura brasileira. Reconforta saber que seu brilho nunca se apagará. O imenso legado deixado por Gal e sua voz incomparável ficarão para sempre em nossas memórias. Que Deus possa amparar os corações de familiares, amigos e fãs”. 

Marcelo Castro (MDB-PI) 

“Gal Costa, uma das maiores vozes da nossa Música Popular Brasileira nos deixou. Que perda irreparável! Perde a nossa cultura, a nossa arte. Mas Gal será eterna em nossa história e em nossos corações!” 

Maria do Carmo Alves (PP-SE) 

“Triste notícia, sobre a morte de Gal Costa. Mais uma linda voz que se cala ! Descanse em paz !”.  Paulo Paim (PT-RS)  Gal Costa, uma das maiores expressões da nossa música, deixa um legado artístico incomparável. Voz em poesia lírica, profunda, grandiosa e repleta de caminhos de brasilidade que nos faz sonhar e amar e ter a certeza de que as coisas belas estão na simplicidade da vida. 

Paulo Rocha (PT-PA) 

“Que grande perda para a nossa música e para o país! Hoje partiu Gal Costa, uma das maiores vozes da MPB, aos 77 anos. Meus sinceros pêsames a todos os familiares, amigos e, assim como eu, milhões de fãs desta gigante. Muito triste. A nossa cultura está em luto”.  Randolfe

Rodrigues (Rede-AP) 

“A nossa grandiosa Gal Costa nos deixou! A música e a arte dela fizeram parte de toda a minha vida e dos caminhos que trilhei. Gal deixou um legado incomparável e jamais sairá das nossas lembranças. Obrigado por tudo! Você é eterna!” 

Rogério Carvalho (PT-SE) 

“Que perda irreparável! Gal Costa é um ícone da música popular brasileira e fez história com seus posicionamentos à frente do tempo. Deus a acolha em seus braços.” 

Zenaide Maria (Pros-RN) 

 “Tristeza imensa em saber que perdemos Gal Costa, uma das maiores cantoras que este Brasil já teve! Será sempre lembrada por seu talento, sua arte, sua voz, sua importância tremenda para a música brasileira! Que Deus dê forças e conforte a família e os amigos!”, publicou Zenaide. 

*Da Agência Senado

A cantora brasileira Gal Costa, que morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos, transformou em hino inúmeras composições da música popular brasileira graças ao seu timbre de voz "cristalina", tornando-se a musa eterna da Tropicália.

De cabelos cheios, sorriso largo e lábios sensuais, Gal imortalizou canções de seu querido amigo Caetano Veloso, de Tom Jobim, Chico Buarque e Milton Nascimento, entre muitos outros compositores brasileiros, ao longo de seus 57 anos de carreira.

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Entre suas interpretações mais populares estão "Baby", "Que pena", "Quando você olha para ela", "Chuva de prata" e "Divino maravilhoso", incluídas nos mais de 30 discos que lançou.

Na adolescência conheceu figuras em Salvador (Bahia) que marcariam sua trajetória: Veloso, a irmã dele, Maria Bethânia - outra voz brasileira histórica - e Gilberto Gil, com quem seguiu para o Rio de Janeiro nos anos 60 para cultivar sua carreira.

"Gal tinha vindo da Bahia, como eu, na esteira de Bethânia e Gil, para tentar profissionalizar-se. Ela nunca tinha querido nada em sua vida a não ser cantar", conta Veloso em seu livro "Verdade Tropical".

Em 1967, lançou seu primeiro LP, "Domingo", com Caetano e no ano seguinte os dois juntaram-se a Tom Zé, Gil e ao grupo Os Mutantes, entre outros, para o disco "Tropicália ou Panis et Circensis", ponto de partida do movimento tropicalista, que misturava samba, bossa nova, jazz e rock psicodélico com uma encenação experimental que contrastava com a formalidade da bossa nova.

Foi porta-voz da contracultura do tropicalismo quando Veloso e Gil se exilaram em Londres em 1969, após serem presos nos primeiros anos da Ditadura Militar (1964-1985).

No entanto, Gal afirma que nunca foi "interrogada" ou teve "problemas" com os militares, exceto pela censura da capa de seu álbum "Índia", no qual exibia os seios.

- Uma voz "encomendada" -

Nascida em Salvador em 26 de setembro de 1945 como Maria da Graça Costa Penna Burgos, Gal teve o apoio incondicional de sua mãe, Mariah Costa Penna, chamada "Dedé", para dedicar sua vida à música, uma aspiração que foi estimulada desde o ventre materno.

Dedé pressionava a barriga contra o rádio, com a intenção de deixar Gal absorver a musicalidade das canções. "Minha filha, você vai ser uma grande cantora", dizia a ela segundo Tom Zé, seu vizinho de infância.

"Então, quando a menina saiu já veio com a voz, a voz foi encomendada", acrescentou Zé.

Cantora intuitiva, porque nunca estudou canto, Gal atribuiu grande influência ao seu estilo ao pai da bossa nova, o baiano João Gilberto, que depois de uma audição improvisada lhe disse: "Você é a maior cantora do Brasil", segundo ela mesma contou.

Pelo timbre da voz e pela afinação delicada, Gal se tornou a musa do tropicalismo, mas foi sua sensualidade transgressora durante a ditadura, especificamente no espetáculo "Fa-tal" (1971), que lhe rendeu o título de "musa do desbunde", chegando a ser comparada a Janis Joplin.

Com uma encenação - algumas vezes mostrando os seios - e seus trajes sensuais e coloridos ou seus cabelos "black power", Gal foi construindo uma identidade artística que a transformou em símbolo sexual, abandonando a timidez de sua juventude.

- Reinvenção permanente -

Depois do tropicalismo, Gal passou por diferentes fases, desde a interpretação dos sambas mais populares do carnaval passando pelo rock'n'roll, soul, disco até dezenas de canções para as famosas telenovelas.

Na pandemia de coronavírus, Gal celebrou seus 75 anos com um show transmitido pela Internet e a TV e gravou à distância o disco "Nenhuma Dor", no qual revisitou seus maiores sucessos junto a uma nova geração de compositores como Zeca Veloso (filho de Caetano), Tim Bernardes, Seu Jorge e o uruguaio Jorge Drexler.

Ganhadora do Grammy Latino à Excelência Musical em 2011, Gal sempre foi politicamente comprometida, mas discreta.

Reivindicou o feminismo e repudiou as políticas no setor cultural do governo de Jair Bolsonaro.

Administrou sua vida privada longe das câmeras, por isso surpreendeu quando publicou em 2021 em suas redes sociais uma foto de seu filho adotivo Gabriel para parabenizá-lo pelos seus 16 anos.

Gal revelou que não conseguiu engravidar devido a uma obstrução nas trompas, mas em 2007 - quando tinha mais de 60 anos - decidiu adotar seu filho: "Ele me deu muita energia, ele me rejuvenesceu", afirmou.

Morreu, nesta quarta-feira (9), a cantora baiana Gal Costa, aos 77 anos. Uma das maiores vozes da Música Popular Brasileira, a também compositora se preparava para a turnê “As Várias Pontas de uma Estrela”, com shows no Brasil e no exterior, entre novembro e dezembro.

Costa havia feito publicações nas redes sociais duas horas antes da notícia ser divulgada. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista. A causa da morte ainda não foi confirmada.

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Com agências

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